a noite se acorrenta.
Em hora incerta
um garoto chora,
e a noite insiste,
negra e pachorrenta.
A não ir embora.
Vê-se da vidraça,
em translúcido gesto
a mão da mãe que enlaça
o pequeno em choro
-por si e pelo resto
da gente sem a Graça
de um berço de ouro.
Na sua luta inglória
o xarope é dado.
O menino chora
até que, conformado,
diz: “me conta uma história
e eu estarei curado.”
(Geraldo Generoso)
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