Plantei Rosas. Colho Rosas
Tijolo a tijolo podemos construir
A morada ou a prisão,
Dependendo de nossas escolhas.
Para viver o amor
Precisamos observar como atuar,
Pois os caminhos não são fáceis.
Embora guarde no olhar os sonhos
E desejos ainda nascituros,
Sempre soube que minha primavera
Não seria eterna,
E que um dia seguiria o inverno.
E meu inverno se aproxima.
Trouxe de minhas andanças
Longas noites de espera,
Penas de todas as eras!
Não que quizesse facilidades.
Uma vida pela metade,
Já que se morre pelo menos uma vez
Todos os dias.
Deixo o que não sou.
As idéias que não são minhas.
Meus medos. Minhas dores.
Minha solidão.
Deixo a palavra não dita
No silêncio que açoita.
Grito minhas verdades.
Escrevo meus sentimentos.
Já não me oculto.
Plantei rosas. Colho rosas.
Mas já plantei amarguras e colhi saudades.
E doce a boca que beija
No final da primavera!
Aprendi que na caminhada
Não estamos sozinhos.
Há uma ordem celestial
Guiando nossos passos.
Olhando-os, meus amigos, enxergo estrelas,
Nas orvalhadas madrugadas de
Nossos corações.
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