Brigas no PMDB

Deputados do PMDB temem
prejuízos à reeleição de Puccinelli

Deputados do PMDB, partido do governador André Puccinelli, demonstraram temer que a crise deflagrada em seu grupo político seja prejudicial à tentativa de reeleição. Murilo Zauith (DEM) anunciou que não concorrerá mais ao Senado e Edil Albuquerque (PMDB) que seria suplente do democrata anunciou ruptura com o governador. Apesar disso, os parlamentares mantêm esperanças de que Murilo e Edil revejam seu posicionamento.

“São duas lideranças políticas importantes. É claro que representa perda. Mas, eu acredito que esta situação será revista com diálogo”, avalia o líder do governo na Assembleia, deputado estadual Youssif Domingos (PMDB).

Murilo anunciou desistência após suposta declaração de Puccinelli à mídia local na qual disse que seriam eleitos senadores nas eleições deste ano Waldemir Moka (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT). Portanto, Murilo estaria excluído.

Youssif discorda da atitude de Murilo de recuar em sua candidatura. “Ninguém pode achar que uma eleição está perdida. Quem escolhe os representantes é a sociedade (...) Quem diria que o Delcídio se elegeria em 2002 contra o Pedro Pedrossian”, relembra o deputado.

O deputado Marquinhos Trad avalia que a ruptura pública das duas lideranças, Murilo e Edil, “machuca” a tentativa do governador de buscar a reeleição. O deputado, inclusive, insinua que a turbulência fora causada pelo próprio André. “Quem planta colhe”, diz, citando que Edil não é o primeiro no PMDB a romper com o governador. Houve também o senador Valter Pereira.

Outro que se preocupa com possíveis prejuízos políticos é o deputado Júnior Mochi, mas assim como Youssif ele acha que a situação é reversível. Para ele, nestes momentos decisivos, todos “brigam por espaço político”.

A oposição, por sua vez, acredita que vai tirar vantagens da briga no campo adversário. Os deputados do PT acham que a candidatura de Zeca do PT tende a se fortalecer enquanto a do rival se enfraquece com brigas internas.