Como atender inusitados pedidos? Apesar da evolução tecnológica, alguns pedidos dificilmente chegarão às residências dos mais pobres. É aí que Papai Noel começa a ver o mundo que jamais gostaria: o da desigualdade, da injustiça que permeia entre os povos.
Foi na Cidade do Natal, iniciativa da Prefeitura de Campo Grande com a finalidade de manter entre as pessoas, ricas ou pobres, brancas ou negras, a essência do nascimento de Jesus Cristo, que ficou evidente que “o universo natalino nunca foi e jamais será igual para todos os mortais”.
Simpático, amável, atencioso, receptivo, enfim, o boa gente Papai Noel – contratado pela municipalidade para manter entre as crianças, principalmente, o sonho do Natal, ficou pesaroso, triste, sem palavras, literalmente emudecido por não ter como atender ao pedido de uma menina, uma criança!
Criança é criança em qualquer parte do mundo. É claro que a criança campo-grandense não difere de nenhuma outra criança aonde quer que a figura materna se faça presente. Então, com toda sinceridade, qual teria sido o pedido que desconcertou o Papai Noel da Cidade do Natal?
Através do jornalismo da TV Morena – MS TV – 1ª Edição, o sul-mato-grossense, como eu, acompanhou as lágrimas, viu os olhos avermelhados de Papai Noel, com o coração partido. Como dói saber que “um sonho tão fácil de ser transformado em realidade fez Papai Noel chorar!”.
Em pé ou sentado, quem sentiu dentro do peito o coração pulsar de forma diferente, uma dor que incomoda, que força o choro motivado pela emoção, soube compreender o porquê dos olhos avermelhados de Papai Noel.
Enquanto tem gente dormindo em “cama de ouro”, a menina que fez Papai Noel chorar e comoveu milhares de sul-mato-grossenses queria apenas uma cama para acomodar seu frágil corpo.
(Roberto Costa)
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