Mentes criativas planejam o sucesso
Dentro de sala de aula fica simples observar como a questão financeira é tratada dentro da família, em virtude do comportamento e expressão das crianças durante uma aula de educação financeira. Observo no dia a dia com as crianças que, mesmo com dinheiro de "brincadeira", a maioria tem medo de investir por medo de perdê-lo. Claro, ninguém gosta de perder dinheiro e já é sabido e provado pela neurociência que quando temos e vemos o dinheiro em nossa mão, o sentimento de não querer "perdê-lo de vista" faz com que gastemos menos (por isso muitas pessoas cometem excessos com o cartão de crédito, porque é um dinheiro que não se vê).
O fato é que parece que as pessoas têm menos medo de gastar, nem que seja com inutilidades, e mais medo de investir dinheiro (quando deveria ser o inverso). Ao deixar de investir dinheiro, seja lá em qual poderia ser o investimento de preferência, cada pessoa deixará para depois a tranqüilidade do futuro. As pessoas parecem preferir sonhar com a ajuda de longos financiamentos, ao invés de sonhar com o dinheiro rendendo e trabalhando para elas no longo prazo, simplesmente por medo de achar que irão perder este dinheiro investido.
Devemos, portanto, procurar conhecer o que é desconhecido para sabermos avaliar os possíveis riscos que poderemos (ou iremos querer) correr ao investir dinheiro em algum tipo de aplicação, ao invés de ficarmos estagnados ou fugindo do assunto ou fechando os olhos para não investirmos dinheiro. Por isso, o mais importante, é transmitir às crianças a importância de investir dinheiro ao longo da vida e que cada pessoa tem um jeito para escolher como quer investir: uns são mais ousados e outros já são mais conservadores.
Por isso, permita que suas crianças tenham a ideia de que até uma simples caderneta de poupança é o melhor rumo para o dinheiro que está parado dentro da carteira ou engordando o porquinho. É importante que a criança saiba que riscos existem para serem administrados. (ei, ao sairmos de casa já estamos nos arriscando.) Não podemos simplesmente fugir deles.
Se você já tem uma caderneta de poupança, uma previdência, investe em ações ou outra forma de investimento para garantir o futuro de sua família ou de seu filho, partilhe isto diretamente com sua criança. Outro detalhe importante é criar sempre atitudes positivas, ou seja, manter sua mente de forma criativa sempre. Fomos criados em uma época bem diferente e, para quem leu "Pai Rico, Pai Pobre", do Kiyosaki, sabe bem sobre o que estou falando: "Você tem que ir à escola, tirar boas notas, arrumar um bom emprego.” E hoje em dia não dá para limitar nossas crianças com esses conceitos antigos (os postos de trabalho, denominados empregos, estão se reduzindo cada vez mais!!!). Na economia de hoje, precisamos ensinar nossos filhos a pensarem em seu autoemprego, porque um bom emprego hoje não é mais garantia de ter um passaporte para a segurança financeira. Até funcionários altamente especializados estão encarando uma incerteza sobre o futuro deles, desejando e rezando para que nada de mal aconteça na economia que possa abalar a situação financeira de seus empregadores ou que não afete o ramo de negócio em que eles trabalham. Por isso, mais e mais, os pais devem se preocupar com a educação financeira de seus filhos.
A verdade é que os pais devem ensinar lições de educação financeira a seus filhos e devem ensinar também a serem empreendedores. Já que toda poupança deve ter um objetivo, levar seu filho a pensar qual tipo de negócio ele gostaria de ter quando crescer e incentivá-lo a conhecer prós e contras (independente do tipo de negócio que ele deseje ter), quanto de dinheiro será preciso para investir em um negócio desses, mostrar a ele que todo negócio requer um investimento inicial, que existem despesas fixas e variáveis, qual material tecnológico e humano ele necessitará, qual o público alvo entre outros, são ensinamentos básicos que precisam ser transmitidos enquanto eles são jovens, entusiasmados e com tempo para mudar de ramo de negócio. Dedique um tempo a educação financeira e ao espírito empreendedor de seu filho. Você poderá descobrir idéias fantásticas de negócios vindas da cabeça do próximo empreendedor do futuro: SEU FILHO! (Silvia Alambert)
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