afirma que pode cortar o “saco”
O governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, ao duvidar que Zeca do PT, seu desafeto e ex-governador, tenha uma expressiva votação ao cargo de vereador da capital Campo Grande em outubro, afirmou:
“Corto o meu saco se ele conquistar 30 mil votos.”
A frase foi colhida pelo UOL Eleições. Em 2009, irritado com o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar do governo federal, que proibia plantações em áreas do rio Paraguai, Puccinelli perguntou se o então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participaria da Meia-Maratona Internacional do Pantanal. Diante da resposta, afirmou, durante um evento:
“Eu o alcançaria e estupraria em praça pública.”
Corto meu saco, estupro em praça pública… É deprimente a visão do estupro como instrumento de coação, punição ou controle que está embutida em seu discurso. Encaixa feito uma luva entre as práticas de alguns genocidas na Bósnia-Herzegovina ou em Ruanda e Burundi.
Desde sempre, o sexo foi usado como arma de dominação e ferramenta de hegemonia na humanidade. Não é de se estranhar, portanto, que uma derrota na vida política do governador seja, para ele, uma forma de castração. Que materializou no ato de rifar seus testículos. Provavelmente, em sua cabeça, um homem sem poder não é um homem e, portanto, não precisa da representação simbólica desse poder, do falo. Não é um touro e sim um boi, não é um reprodutor, mas sim gado para corte.
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