Eleições 2008 - Transição - LXXVIII

Faltando 9 Dias para a Posse dos Eleitos
ADVENTO EM ÉPOCAS TURBULENTAS

A renovação das esperanças são entendidas a cada passo, pelo renascer do auto-conhecimento, ao entender de nossas próprias fraquezas. Levantar a fronte em agradecimento pelas dádivas da amizade, do relacionamento fraterno em família, já ajuda a pisar pedras e espinhos, ou se desviar por melhor caminho.

Ao chegarmos ao fim de 2008, ano que ainda perdura por uma dezena de dias, não pode ser considerado frustrante, nem tão pouco negativo; saber caminhar dia após dia construindo pedra sobre pedra nossas alegrias e tristezas, para se chegar ao final do ano, uns sorridentes, outros cobertos de incertezas, são momentos de reflexão.
O Brasil é um país de grandes dimensões, gigante pela própria natureza, onde as diferenças são visíveis, principalmente quanto se fala de tempo, do sul ao norte; alí o frio e o vento cortam as campanhas, e lá tem a seca ao nordeste, e chuvas torrenciais na mata tropical do norte; tudo entendido e aceito com a naturalidade nos pampas; assimilado no agreste, às verdejantes florestas úmidas ou alagadiças, na Amazônia.
Resulta para o centro-oeste brasileiro, terra em que vivemos, o aroma das flores do cerrado central, ao vento quente da evaporação dos imensos pantanais, no oeste. Esta dinâmica resiste no fervilhar do trabalho gigantesco de uma gente audaz; passa pelas universidades, onde uma centena de milhares de jovens se prepara em especialidades de primeiro mundo, altas tecnologias; preparação digna e desafiante desde o nascimento até o ensino fundamental, onde as crianças passam a entender a grandeza de sua presença, numa sociedade exigente de produção e de consumo.
São essas as situações de desafio de todo cidadão. A criação de sua família, agradecer a cada dia os avanços alcançados... sabedoria para entender as diferenças entre o que é certo ou errado, transmitindo assim a educação como herança mais sublime dentro de um mundo tão diverso. São os ensinamentos de pais para filhos, trazendo às novas gerações o respeito e a sociabilidade, necessárias ao bem viver.
Essas algumas reflexões para épocas turbulentas e não assimiladas, onde são desastres ecológicos como em Santa Catarina, ou desastre de relacionamento familiar, caso da pequena Isabela Nardoni, voando ao espaço, em São Paulo. Alguma coisa especial nos chama a atenção diante de nossos próprios problemas pessoais, para indagações sem respostas.
Ao levantar nossa fronte, ouvir os sons, ver as belezas da existência, ou cantarolar uma musica... as coisas tão simples como o andar, se preciso correr... abraçar e receber carinho, ajoelhar para agradecer por mais um dia... chorar, porque as emoções servem para mostrar que estamos vivos!
São com estes pensamentos e estas palavras, escritas com leveza, suavidade e gratidão, entendemos o advento das festas de Natal, quando existe uma manjedoura em cada lar, onde estão as esperanças que se renovam. Agradecer sempre, talvez a única maneira do merecimento da felicidade dos que estão a sorrir; aceitar as diferenças para irmãos bem próximo de nós, a espera de ultrapassar momentos, raiar de novo dia em 2009.
(Arthur Jorge do Amaral
Da União Brasileira de Escritores – UBE/MS)