A falta que me faz...Sinto falta do canto do galo quando o dia esta pra nascer, pois o acordar mecânico não me trás nenhuma inspiração. Sinto falta do cheiro da terra quando começa a chover, pois a água que hoje rola no asfalto, só nos tem trago inundação. Sinto falta dos velhos temperos inventados, do velho fogão de lenha, em cima do qual panelas de ferro ou de barro guardavam iguarias invejáveis, mas tudo hoje se compra nos mercados, até nossos males vem enlatado. Sinto falta da água que do chão brotava, dos canteiros de couves e hortaliças, das galinhas que o chão ciscavam a procura de um bom petisco, das rosas e de todas as flores, que traziam a vida e os amores nas asas dos colibris. Sinto falta da velha lua, aquela que trazia em si a fantástica fantasia, de que nela havia um São Jorge montado num belo corcel branco, hoje o homem destruiu mais este encanto, ela continua la, mas nunca esteve tão só, pois até os namorados de agora não se conseguem nela se inspirar, e vivem apenas imaginando que sabem amar. Sinto falta de tudo isto e muito mais, mas dizem que hoje vivemos o tal de progresso, mas bem que poderia haver um retrocesso, na maneira de agir e de pensar, não falo só por mim, pois eu já estou quase indo, falo por todos que aqui estão, e os que estão para chegar.
Sinto falta de tudo isso...
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