quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Genoves: 40 Anos Depois

GENOVES: 40 ANOS DE SERVIÇOS
PRESTADOS AO INCRA

Genoves de Lima Brito ingressou no INCRA exatamente no ano de sua criação: 1970. Era a época da implantação do Projeto Mundo Novo, onde o seu pai foi assentado. Abatido por um acidente na Gleba, o rapaz tentou ser açougueiro, mas logo resolveu arriscar a sorte como motorista no órgão que havia garantido terra à família. “No dia que entrei, disse para minha chefe que era uma experiência de um ano. Se não desse certo, iria voltar para o açougue. Isso foi há 40 anos!

As quatro décadas como colaborador, foram suficientes para Genoves testemunhar muitas mudanças. O trabalho era árduo, e o motorista perdeu as contas das noites dentro de viaturas quebradas em estradas desertas. No entanto, a estrutura era ampla e o número de funcionários era suficiente para a quantidade de assentamentos sob a responsabilidade do Órgão. “Todo mundo era servidor. Não tinha ninguém terceirizado. A gente recebia uniforme. Cada carro tinha um rádio para pedir ajuda nessas emergências, mesmo quando estivesse longe da cidade. O orçamento também já foi farto. Informa: “Quando um assentamento era criado, o parceleiro recebia a chave da casa, com energia e uma cisterna na porta; implemento agrícola de atração animal e dois hectares formados para plantio.”

As boas lembranças se contrapõem às duas vezes em que foi preso pelos movimentos sociais. A primeira, na sede da Superintendência em Campo Grande; a segunda, no Projeto de Assentamento Itamarati. Apesar do tempo suficiente para a aposentadoria, Genoves prefere continuar no serviço público, afirmando: “Gosto de dirigir e gosto muito de trabalhar no Incra, porque o objetivo é tirar as pessoas da fome na periferia das cidades, dando condições para sobreviverem em cima de um lote da reforma agrária.” Os únicos motivos que o fariam deixar o emprego, seria a possibilidade de realizar os seus sonhos: ter uma chácara ou comprar uma van para trabalhar em transporte escolar, juntamente com a esposa.

Enquanto esse dia não chega, ele segue a lição que aprendeu com os militares, dentre eles um superintendente coronel, que dizia: “Vocês não são funcionários públicos, são servidores públicos. Estão aqui para servir o povo!”
E assim, o motorista Genoves busca cumprir a sua missão, que é conduzir os colegas, sempre com segurança, por diversos lugares deste País, e principalmente nas rodovias de Mato Grosso do Sul.

(TEXTO EXTRAIDO DO SITE DO INCRA, COM ADAPTAÇÃO PARA A MÍDIA IMPRESSA)

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