Veja quem pode ganhar vaga no Congresso após decisão do STF
STF decidiu que Lei da Ficha Limpa não poderia ter sido aplicada em 2010.
Pelo menos quatro senadores e dois deputados podem ganhar vaga.
Barrados pela Lei da Ficha Limpa, alguns políticos de expressão no cenário nacional podem conquistar vagas no Congresso depois da decisão desta quarta-feira (23) do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou os efeitos da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010.
No ano passado, terminou empatada a decisão sobre a validade da lei para as eleições de outubro. Apesar do empate – possível devido à aposentadoria de Eros Grau, que deixou a corte com dez ministros –, o STF decidiu manter decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que considerou a validade para as eleições de 2010.
O STF analisou o recurso do deputado estadual mineiro Leonídio Bouças (PMDB), barrado por condenação de improbidade. Bouças contestava a validade da lei nas eleições passadas. Confira o que pode mudar na composição do Senado e na Câmara.
Quem reivindica vaga
O que aconteceu
Razão pela qual foi barrado
Quem perderia vaga
NO SENADO
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), ex-governador
Foi o mais votado para o Senado pela Paraíba com mais de 1 milhão de votos. O primeiro eleito mais votado obteve cerca de 870 mil votos.
Perdeu o mandato de governador após ser condenado por abuso de poder econômico.
Wilson Santiago (PMDB), que foi o terceiro mais votado e acabou beneficiado pela inelegibilidade de Cunha Lima.
Jader Barbalho (PMDB-PA), ex-deputado federal
Recebeu 1,77 milhão de votos e entraria na segunda vaga para o Senado pelo Pará.
Renunciou em 2001 para evitar possível cassação (estaria inelegível até 2011).
Marinor Brito (PSOL), que foi a quarta mais votada do estado e acabou beneficiada pela inelegibilidade dos segundo e terceiro colocados, Jader Barbalho e Paulo Rocha respectivamente.
Paulo Rocha (PT-PA), ex-deputado federal
Foi o terceiro mais votado para o Senado pelo Pará e pode entrar na segunda vaga, caso seja confirmada a inelegibilidade de Jader Barbalho.
Renunciou ao mandato de deputado federal em outubro de 2005 após ser citado por envolvimento no escândalo do mensalão.
Marinor Brito (PSOL), que foi a quarta mais votada do estado e acabou beneficiada pela inelegibilidade dos segundo e terceiro colocados, Jader Barbalho e Paulo Rocha respectivamente.
João Capiberibe (PSB-AP), ex-senador
Obteve mais de 128 mil votos e entraria na segunda vaga pelo Amapá no Senado.
Foi condenado em processo de compra de votos em 2002.
GIlvam Borges (PMDB) obteve 121 mil votos e foi o terceiro mais votado, mas acabou beneficiado pela inelegibilidade de Capiberibe.
Marcelo Miranda (PMDB-TO), ex-governador
Foi o segundo mais votado para o Senado pelo estado com 340 mil votos.
Teve seu mandato cassado em setembro de 2009 por abuso do poder político.
Vicentinho Alves (PR-TO) obteve 332 mil votos e foi o terceiro mais votado, mas acabou beneficiado pela inelegibilidade de Miranda.
NA CÂMARA
Janete Capiberibe (PSB-AP), ex-deputada federal
Recebeu mais de 27 mil votos e foi a candidata a deputado federal mais votada do Amapá. O diplomado com mais votos recebeu 21 mil votos.
Foi condenada em processo de compra de votos em 2002.
Como a eleição é proporcional, ou seja, vale a quantidade de votos da coligação para saber o número de cadeiras, será necessária recontagem dos votos pelo TRE-AP.
João Alberto Pizzolatti Júnior (PP-SC)
Recebeu mais de 130 mil votos, o suficiente para se eleger.
Foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa em 2007.
Como a eleição é proporcional, ou seja, vale a quantidade de votos da coligação para saber o número de cadeiras, será necessária recontagem dos votos pelo TRE-SC.
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