Um Réu Confesso
Foi longo o Julgamento de Lindemberg Alves em São Paulo. Acusação e Defesa travaram uma verdadeira batalha no Tribunal do Júri. Ofensas ecoavam durante a seção, quando a advogada Ana Lúcia, com a língua presa e toda desconcentrada, desafiava a Juíza que presidia o mais tumultuado Júri dos últimos tempos. Ao final de seguidos momentos de tensão, a sentença condenatória: 98 anos para o assassino Lindemberg Alves. A tresloucada Assad promete recorrer, chamando a Juíza de incompetente. Enquanto o caso é discutido em tribunais e nos meios jurídicos e policiais, Eloá está morta, e com a família inconsolável, fica apenas a sensação de que a Justiça cumpriu o seu papel, condenando o indefeso réu a quase cem anos de prisão. Se esse rapaz tivesse a consciência evoluída, se a polícia fosse melhor prepárada e se os pais tivessem dado melhor educação à filha, com certeza esse caso teria tido um melhor desfecho. Ninguém está preparado para aceitar uma tragédia desta proporção, mas se o Estado contasse com um Aparelho Policial mais eficiente, as barbáries seriam evitadas e as famílias de bem poderiam ser poupadas de tamanha dor e tanto sofrimento. (190212)
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