sábado, 3 de abril de 2010

Personalidade: Plutarco - 0093

Plutarco

Nasceu em Queronéia, perto de Tebas, por volta de 45; completou os estudos na Academia de Atenas com o filósofo platônico Amônios e viajou posteriormente pela Ásia, pelo Egito e pelo norte da Itália. Passou algum tempo em Roma, onde fez bons amigos e deve ter consultado muitos documentos e livros necessários aos seus escritos.
Fixou-se em sua cidade natal, Queronéia, e se casou com Timoxena, com quem teve diversos filhos. Lá passou quase toda sua vida, cercado de amigos, escrevendo e desempenhando diversas funções cívicas, inclusive a de arconte. Foi também sacerdote de
Apolo em Delfos durante os últimos 20 ou 30 anos de sua vida e muito fez pela revitalização do santuário.
Voltou a Roma pelo menos uma vez, na época de Domiciano (81-96), quando apresentou uma série de conferências sobre assuntos diversos. Embora vivesse em Queronéia, tinha também direitos de cidadão em Atenas, Delfos e Roma, onde seu "nome oficial" era Mestrius Plutarchus.
É certo que em 120 ainda vivia; deve ter morrido pouco depois, talvez por volta de 125. Depois de sua morte, recebeu grandes homenagens em Delfos.
Segundo a tradição, Plutarco escreveu mais de 200 livros. Chegaram até nós cerca de 50 biografias de gregos e romanos ilustres e ainda 78 escritos sobre os mais variados tópicos.
As biografias, conhecidas por Vidas Paralelas, são estruturadas da seguinte forma: primeiro, a biografia de um grego; depois, a biografia de um romano; finalmente, uma curta comparação entre os dois. Os três primeiros "pares" são Teseu e Rômulo; Licurgo e Numa; Sólon e Valerius Publicola. Há quatro "Vidas" isoladas, cujos pares se perderam: Artaxerxes, Arato, Galba e Othon.
Os demais escritos, conhecidos coletivamente por Moralia ("Obras morais"), podem ser agrupados do seguinte modo:
Filosofia e religião: Questões platônicas, As contradições dos estóicos, Sobre o E de Delfos, Sobre os oráculos da Pítia, O daimon de Sócrates, A superstição, etc.
Moral: Da virtude moral, A cura da cólera, A inveja, A paz da alma, O banquete dos
Sete Sábios, Se os velhos devem participar dos negócios públicos, Como distinguir entre o adulador e o amigo, etc.
Crítica literária e pedagogia: A malignidade de
Heródoto, A educação das crianças, Comparação entre Aristófanes e Menandro, etc.
Algumas obras de Plutarco foram publicadas postumemente por iniciativa de um de seus filhos que, aliás, também se chamava Plutarco.

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