Barreiras invisíveis
Cada qual de nós se defronta com obstáculos criados por nós mesmos. À míngua de espaço, vou direto à veia do tema: superstição. Malgrado não seja de bom alvitre fundamentar a existência apenas na frieza da razão, mas a imaginação pode ganhar outras asas, menos agourentas, do que crendices que se nos encalacram desde a infância, a nos ensejar a criação de fantasmas que nos assustam ao longo da vida.
Que me relevem o tom enérgico desta crônica, os astrólogos, sensitivos e mandraqueiros de todo e qualquer jaez.
Procuro temperar os assuntos de forma a mais light possível, mas às vezes a verdade exige uma machadinha afiada para podar os espinhos que medram mercê da boa fé e da ingenuidade de tantas pessoas.
Se há algo que realmente Jesus Cristo insistiu até à exaustão, foi no fato de que Deus está dentro de cada ser humano. Chegou a dizer “vós sois deuses”, com todas as letras. A não se dar crédito ao que disse o maior dos Mestres, que as evidências falem por si mesmas. O mais desprovido dos seres da Natureza, - o homem - sem garras, sem asas, frágil e desengonçado, porque se obriga a caminhar sobre dois membros, conquistou as terras, as matas, os mares e o cosmos. Não há, pois, porque duvidar de si mesmo face aos desafios rotineiros da vida, porque “nem altura, nem profundidade, nem potestades, nem anjos nos separam do amor de Deus, em que nos movemos e temos o nosso ser.” Não há porque duvidar de si mesmo!
(Geraldo Generoso, de Ipaussu)
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