Assembleia de Deus - 54 Anos
A HISTÓRIA QUE
NÃO FOI CONTADA
Corria o ano de 1977, já no limiar de 1978. A Assembleia de Deus de Mundo Novo, que teve seus primeiros passos em 1957, com a participação de poucas famílias, era muito influente na Comunidade. O abnegado Pastor José Manoel Neto era o Presidente do Campo Eclesiástico. Os cultos eram realizados num pequeno Templo na rua Montevidéu, que depois foi vendido na gestão do Pr. Manoel Rodrigues, restando apenas a saudade dos bons tempos em que Deus operava maravilhas num local de grandes concentrações evangelísticas e com a presença de renomados Obreiros, como é o caso do Evangelista Celso Lopes e do Cantor Eliel Rosa, do dueto Dico e Rosinha, dentre tantos.
Havia a necessidade de um novo Templo e a Igreja dispunha de um terreno que ficava na atual avenida Campo Grande, na baixada próximo à rua que dá acesso à Delegacia de Polícia. A Prefeitura recentemente instalada, o Prefeito era Walter Pina. O Legislativo tinha sete Vereadores, sendo um deles Membro da Vibrante Denominação. O Capitão Olinto Marques de Freitas, que administrava pelo Incra o perímetro urbano, de maneira arbitrária fez cessão do único terreno da Igreja para terceiros, o que gerou uma certa indisposição entre os Cooperadores. O vereador, juntamente com o digno Pastor Zé Neto, sem temer represálias, subiram a escadaria do antigo prédio que abrigava o gabinete do saudoso militar da reserva, para questionar a atitude incoerente. O Capitão ficou pálido no momento e se dispôs a atender os "crentes", oferecendo no momento a área onde estava prevista a construção da Praça, conhecida hoje como "Praça Oscar Zandavalli". Coerentemente, os representantes da Assembleia de Deus não aceitaram a oferta, pois seria isso muita pretensão, construir o Templo num local público. No entanto, sem intransigir, mas com determinação, o polêmico vereador exigiu que dois terrenos amplos fossem cedidos para a Comunidade, sendo em comum acordo com o saudoso Zé Neto, a área onde mais tarde foi lançada a Pedra Fundamental e que ainda nos dias atuais está o majestoso Santuário, palco de muitos acontecimentos espirituais, e que, festivamente completa 25 anos de inauguração.
É pobre um povo sem memória, mas é bom lembrar que para chegar onde chegou, a Igreja que hoje está em festa, passou por muitas lutas e tribulações. Alguns pastores, para sobreviverem, recebiam ajuda dos crentes que de longe vinham com as doações de amor para o "Anjo da Igreja". Muitas lágrimas foram derramadas no Púlpito e nos velhos bancos de madeira, para sustentar a Obra de Deus. Obreiros de Valor partiram sem colher os frutos de um trabalho fatigante. O autor destas linhas, que teve o privilégio de acompanhar muitas etapas desta história, e como num filme, pode contemplar o "Irmão Zé Neto" chegando de bicicleta nas casas, para visitar as almas famintas. Também o saudoso Pastor Ozias, num carrinho tração animal, indo de encontro aos Irmãos em Mundo Novo e nas Congregações. E assim, tantos outros, que trabalhavam muito, por acreditarem na Vida Eterna. Depois de tudo isso, a vida melhorou e a Igreja chegou a um estágio de Independência. Como nas palavras do Apóstolo João à Igreja de Laodiceia "sei de tuas obras, que nem és quente nem frio", está hoje a Igreja de Mundo Novo, rica e opulenta, mas aguardando dias melhores, onde a paz e o amor possam reinar na Comunidade, que não pertence a um homem, mas unicamente ao Autor da Vida, que anela pelos seus filhos. Pode-se verificar os contrastes e injustiças praticadas em nome de Deus, no entanto, todos estamos certos de que, como disse Paulo aos Gálatas "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Daqui a pouco começa a colheita, quando os injustos e devassos, sem que estejam preparados para isso, serão exemplarmente punidos pelo Grande Arquiteto do Universo, que tudo vê e sabe de todas as coisas. E cada um receberá a sua recompensa, mesmo que não creiam nesta grande Verdade, "porque Deus, é Deus" e a sua Justiça não falhará. (JLA)
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