sábado, 8 de setembro de 2012

Personalidade: José Sarney

José Sarney, Político e Escritor


Antes de ser político, José Sarney é Homem de Letras. Escritor e poeta
de mão cheia, é membro da Academia de Letras do Maranhão, é integrante
da Academia Brasileira de Letras e faz parte da Academia de Ciências e Letras
de Portugal. Sua Obra Literária é vasta, com 84 livros editados.

José Sarney. Nascido em 24 de abril de 1930, em Pinheiro, no estado do Maranhão, José Sarney é filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa. Sua cidade natal fica no centro de uma região colonizada por criadores de gado, a Baixada Maranhense, formada por campos alagados e se situa entre a capital, São Luis, e a fronteira do Pará. O pai era promotor público, e seu nome foi encontrado pelo avô de Sarney, José Adriano da Costa, em uma edição de 1901 do Almanaque Bristol. Ele ficara impressionado com a história de um menino de 12 anos que sabia a Bíblia de cor e salteado e que se chamava Sarney. Dona Kyola nasceu em Correntes, Pernambuco, de mãe paraibana, do Ingá do Bacamarte, e de pai piauiense, o sertanejo de Valença chamado Assuéro Leopoldino Ferreira. Nos anos 20 Assuéro deixou o sertão de Pernambuco e emigrou em busca dos vales úmidos do Maranhão com três filhos e a menina Kyola. Quando criança, o filho de Kiola e Sarney de Araújo, seguindo o costume do Nordeste de associar o nome do filho ao do pai, era conhecido como José “do Sarney”. Ao entrar na política, o jovem candidato abandonou o nome de José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa e adotou o nome de José Sarney, reconhecido em cartório em 1965. Casamento e Filhos. Em 1946, Sarney conhece Marly Macieira, dois anos mais moça. Ela é prima de um amigo, Murilo Ferreira. No ano seguinte, Marly o convida para sua festa de quinze anos, e torna-se o seu primeiro e único namorado. Após o ritual de um tradicional noivado, casam-se em 12 de julho de 1952. Marly é filha de Vera e do cirurgião, clínico e diretor de hospital, Carlos Macieira. Do casamento nasceram três filhos: Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, o deputado federal Sarney Filho e o empresário e engenheiro Fernando Sarney. Igualdade Racial. José Sarney sempre foi um dos defensores da igualdade racial. Ainda jovem, aos 31 anos, o deputado Sarney, como delegado especial do Brasil na XVI Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), subiu à tribuna para condenar o apartheid . Em 1988, nas comemorações do Centenário da Abolição da Escravatura, Sarney cria a Fundação Palmares , destinada à promoção dos afrodescendentes, especialmente em seus aspectos culturais e sociais. Incentivo à Cultura. A primeira legislação federal de incentivo fiscal à produção cultural, batizada Lei Sarney, foi sancionada em 2 de julho de 1986 , concretizando projetos que apresentara seguidamente desde 1972. A iniciativa complementou processo de valorização da cultura brasileira, deflagrado com a criação do Ministério da Cultura , no seu primeiro mês de governo. A Lei Sarney, que estabelecia uma relação entre o poder público e o privado, onde o primeiro abdicava de parte dos impostos devidos pelo segundo, a chamada renúncia fiscal, surgiu como um novo paradigma para as relações entre a classe artística e o empresariado, que investiria em produtos culturais, como cinema, teatro, literatura, artes plásticas, patrimônio. Academia de Letras. Eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida na cadeira 38, é recebido em 6 de novembro de 1980 pelo acadêmico Josué Montello. Recebeu os acadêmicos Marcos Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco. Dos atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras, José Sarney é o membro mais antigo. Também é presidente de Honra da Academia Pinheirense de Letras, Artes e Ciências – APLAC. José Sarney é também, desde 1985, acadêmico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

 

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