A morte de Euclides da Cunha em 1909
RIO - Na manhã do dia 15 de agosto de 1909,
Euclides da Cunha se vestiu de preto. Não pregara olho durante a noite, fumara
sem parar. De Copacabana, seguiu para a casa dos primos Nestor e Arnaldo, em
Botafogo, e lá pegou emprestado um revólver Smith & Wesson, calibre 22. Na
Central do Brasil, tomou o trem. Passou por São Cristóvão, Riachuelo, Sampaio,
Méier... Na estação da Piedade, saltou. Ao chegar à casa 214 da Estrada Real de
Santa Cruz, hoje Avenida Suburbana, o autor de "Os sertões" estava
disposto a "matar ou morrer". Acabou morto com quatro tiros, por
Dilermando de Assis, um cadete do Exército, que desde 1905 mantinha um romance proibido
com Anna, mulher do escritor. Euclides tinha 43 anos, Dilermando, 21. Anna, 37.
Euclides da Cunha era engenheiro, jornalista e Acadêmico da ABL.
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