ao receber um troféu no ano 2010
Amigo Jairo,
Ficamos felizes com vossa preocupação e, vez ou outra comentamos com carinho sobre vocês em nossas conversas em família. Graças a Deus, estamos bem aqui em Jaboticabal. Estou fazendo o jornal regularmente e circulando na região, apesar das dificuldades naturais. Nestes dois últimos anos, comecei a circular em Pitangueira, uma cidade que fica aqui ao lado , e as coisas melhoraram bastante. O prefeito é dono da usina e tem autorizado boas reportagens em nosso Jornal.
A Benvinda cuida mais da Vídeo Locadora e eu ajudo ela à noite. Enfim, dá prá sobreviver e poder sonhar com alguma coisa no futuro. Porém, o que mais incomoda a gente, é ainda ter de pagar aluguel. Mas, mesmo com um orçamento apertado, vamos vivendo e nos divertindo em bailes, festas e com o nosso neto, o Vitor Hugo. O Allisson trabalha fora e monta o jornal. O Lucian arrumou um bom emprego, numa Empresa Multinacional, e junto com a mãe, já comprou um carro. O Cristiano mora em São Paulo, mas a cada 15 dias passa por aqui, com a namorada.
Eu recebi os seus jornais e confesso que fiquei com saudade das coisas daí. Nossa, que gostoso ver as pessoas nos jornais... fui recordando de várias passagens bonitas que tive por aí, nessa minha segunda vida. Lembro com carinho do Castro, e queria tanto estar por perto para ver a sua vitória ao lado da inseparável Sandra. Da Júnias, não esqueço da sua simpatia e nem de sua esperteza, de quando me vendia jornal, que era distribuído sem custo. (rs). Da dona Luz, que mesmo contrariada e “enfezada” , teve que engolir as minhas brincadeiras. E de você, meu velho amigo, de seus ensinamentos e de sua ideologia, que foram fundamentais para o meu aprendizado, numa área que eu pouco conhecia. Muito mais do que isso, você me ensinou a ver a vida de uma outra maneira, mostrando fidelidade, confiança e sendo o parceiro de todos os dias.E olha que foram várias aventuras...
E prá matar essa louca saudade, eu só queria ter mais condições para passar uma semana por aí, rever os amigos e lembrar das bonitas estórias que vivenciei. Ou então, receber a visita de vocês num dia qualquer. Se puder, dê um abraço nas minhas duas mães que deixei por aí: dona Maria (mulher do seu Paulo) e na professora Sálua , a minha protetora.
Agora, me desculpe! Tenho que parar por aqui para enxugar as lágrimas... Um abraço a todos, amigão!
Marcos Ferreira, um Mundonovense de Coração!
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