quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Artigo: Os Lamentos de uma Mãe - A/1066

Crônica da Semana – Prepare-se para chorar!

Os Lamentos de uma Mãe
ao Perder o Filho Querido


      A Mãe deu um pulo assim que viu o cirurgião
      sair da sala de operações.

A mãe aflita: "Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
Quando é que eu posso vê-lo?"

O cirurgião respondeu: “Sinto muito. Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.”

A mãe questiona: “Porque razão é que as crianças pequenas têm câncer? Será que Deus não se preocupa? Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...”

O cirurgião perguntou: “Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.”

A mãe pede à enfermeira para ficar com ela, enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do menino inerte.

A enfermeira: “Quer um cachinho dele? A mãe abanou a cabeça afirmativamente. A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o para a mãe desolada. Disse ela: “foi ideia do meu filho doar o seu corpo à Universidade, porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa.” No início eu disse que não, mas ele respondeu: “Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe. Ela continuou: “O meu menino tinha um coração de ouro. Estava sempre pensando nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.”

Depois de ter passado a maior parte dos últimos seis meses, a mãe desesperada, saiu do hospital pela última vez. Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela. A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Levou o saco com as coisas de dele, incluindo o cabelo, para o quarto onde ficava a maior parte do tempo.

Começou a colocar as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre brincava. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu. Era quase meia-noite quando acordou, e ao lado dela estava uma carta. A carta dizia assim: “Querida Mãe, sei que vai ter muita saudade de mim, mas não pense que vou esquecer de você, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer Te Amo!. Eu vou sempre te amar cada vez mais, a cada dia que passa. Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiser adotar um menino para não ficar tão sozinha, por mim está bem. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferir uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós garotos, gostamos. Vai ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, você sabe. Não fique triste pensando em mim, pois este lugar onde me encontro é muito bonito! Os avós vieram me receber, assim que eu cheguei, para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar!

E saiba de uma coisa: Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando O vi, O tenha conhecido logo. Ele levou-me a visitar o Pai! E sabe de uma coisa? Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever esta carta, para te dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido.

Mas sabe de uma coisa Mãe? Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder te escrever esta carta. O Anjo Gabriel vai te entregar a carta. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que Lhe fez: Aonde estava Ele quando eu mais precisava? Deus disse que estava no mesmo lugar, tal e qual, quando o seu filho Jesus foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dEle. Mãe, só você é que consegue ver o que eu escrevi, e mais ninguém. As outras pessoas vêem este papel em branco. É mesmo maravilhoso, não é? Eu tenho que devolver a caneta ao Pai, para Ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida. Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa. Estava quase esquecendo: já não tenho dores, o câncer já foi embora. Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me sofrendo assim. Foi quando Ele enviou o Anjo da Misericórdia para  vir me buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que acha disto? Até breve, mamãe!

 (Esta crônica foi enviada por Aires Borges, diácono da Assembleia de Deus, Templo Central de Curitiba, PR)

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