terça-feira, 8 de março de 2011

O Cangaço em Livro

José Lins do Rego retrata
o Cangaço em dois Clássicos

Nesta terça-feira (8), Maria Bonita completaria 100 anos. Ela se tornou famosa por se casar com Lampião, o mais conhecido cangaceiro da história nacional.

O período em que viveram é um dos principais cenários para grandes romances da literatura brasileira. Os escritores sertanejos comumente dedicavam parte de suas obras à história do cangaço e aos problemas da seca.

José Lins do Rego, um dos grandes representantes deles, publicou alguns livros sobre este período do sertão nordestino. "Pedra Bonita" e "Cangaceiros" são dois deles que foram recentemente republicados, como parte do projeto da editora José Olympio de relançar todos os livros do escritor.

Considerados dois marcos literários do chamado "Ciclo do Cangaço", retratam a realidade nordestina.

Reprodução

Desigualdades sertanejas impedem o amor de dois jovens apaixonados
O primeiro livro foi escrito em 1936 e conta a história de Antônio Bento, um menino que é deixado pela mãe aos cuidados de seu tio, o padre Amâncio. Depois de não se adaptar ao seminário, Bentinho torna-se sacristão do tio.

O garoto não é bem aceito pelos moradores de sua vila por ter um irmão envolvido com o cangaço. Em uma situação desconfortável, o menino precisa escolher entre dois caminhos: seguir os passos do tio ou do irmão.

Publicado em 1953, "Cangaceiros" acompanhaBentinho já adulto. Ele apaixona-se por Alice, mas não pode namorar a moça por ser conhecido como o irmão do mais famoso cangaceiro da região.

Esta história de amor é o fio condutor para tratar de temas como a luta pela sobrevivência no sertão, a brutalidade do cangaço e os motivos que levam os homens a entrar para o movimento.

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