sábado, 28 de maio de 2011

A Homofobia no Congresso

Sobre o chamado “kit-gay”

“Jovens parlamentares, este ano está sendo distribuindo um ‘kit gay’ que estimula o homossexualismo e a promiscuidade. Temos de trazer esse tema aqui para dentro, votar essa questão, e não deixar que o governo leve esse tema para a garotada.” (Deputado jair Bolsonaro).

No DVD do “kit gay” um dos vídeos, intitulado “Encontrando Bianca”, conta a história de um menino de aproximadamente de 14 ou 15 anos que vai ao banheiro e encontra um colega. Enquanto o amiguinho urina, José Ricardo dá uma olhada para o lado e se diz apaixonado por ele assumindo sua homossexualidade. O jovem relata que gosta de ser chamado de Bianca, nome de sua atriz preferida, e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo. Bianca, no final do “filmete”, assume sua opção sexual e afirma ter superado o “bullying” provocado pelo comportamento homofóbico na escola.

Na versão feminina o material mostra duas meninas namorando. André Lázaro, secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, afirmou, durante a audiência na Câmara dos Deputados, que o Ministério teve dificuldades em decidir se mantinha ou não o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”.

O deputado Jair Bolsonaro foi o primeiro membro da Câmara a reagir corajosa e veementemente contra o vergonhoso “kit”. A decisão do governo de implantar o “kit” sofreu mudanças bastante radicais depois do caso Palocci e foi usado como moeda de troca na tentativa de proteger seu ministro. A própria presidente foi à luta tentando barganhar e ganhar a simpatia da bancada evangélica que ameaçou radicalizar sua postura caso o governo não voltasse atrás.

O governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas (...) No entanto, não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais, nem de nenhuma forma nós podemos interferir na vida privada das pessoas. (...) Agora, o governo pode, sim, fazer uma educação de que é necessário respeitar a diferença e que você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você isso eu não concordo com o kit. Um pedaço que eu vi na televisão, passado por vocês, eu não concordo com ele. Agora, esta é uma questão que o governo vai revisar. Não haverá autorização para esse tipo de política, de defesa de A, B, C ou D. Agora, nós lutamos contra a homofobia. (Dilma Roussef)

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