domingo, 5 de junho de 2011

Artigo: A Religião a Serviço de Deus - A/0919

A Religião a Serviço de Deus

A Religião, em geral, deveria estar a Serviço de Deus. É esse o grande objetivo de qualquer Religião ao ser criada. Ela existe em função do Homem, servindo como Instrumento de Mediação entre a Criatura e o Criador. A Proposta é essa, tão logo o Homem tem a Iniciativa de criar qualquer Movimento Religioso. Pode até, mais tarde, esse Princípio de religação do Homem com Deus ser ignorado, quando o agente espiritual ultrapassa os limites da Fé.

O Filósofo Immanuel Kant define muito bem essa situação, quando diz: “A Religião é o Conhecimento de todos os nossos Deveres como Mandamentos Divinos.” É bom entendermos o que significa Religião Revelada e religião natural. Tudo o que devemos saber de antemão que alguma coisa é um dever, antes que possamos reconhecer como um Mandamento Divino, pode ser considerado religião natural. É uma coisa que está em cada um de nós, como um instinto humano, sem a divinização. Ao contrário, todas as coisas que exigem uma certa revelação, que não dependem da vontade humana, a isso pode-se dar o nome de Religião Revelada.

Muitos confundem os conceitos de religião natural e Religião Revelada. A Religião Revelada está no mundo desde o início da Civilização, quando o Deus do Coração de cada Povo e Raça se manifestava, de uma maneira ou de outra. Assim foi com os Patriarcas da Bíblia, como Abraão e Moisés, que interpretavam o desejo de Deus para com as Nações Espirituais daquele Tempo. Usavam Figuras diversas e Linguagem própria para falar aos Filhos de Deus. E assim, em cada época, os rituais iam surgindo, em Tribos e Nações, com o Sentimento Espiritual que era uma emanação da Divindade, conforme a Crença de cada Etnia.

Não raras vezes, o nome de Deus passava a ser vilipendiado pelos líderes, de uma forma brutal, ignorando os Preceitos Divinos que aprendiam nas Escrituras Sagradas. A História registra muitas barbáries cometidas em Nome de Deus, com o Objetivo de conquistar Poder e Glória, que os Líderes atribuíam a Deus. Muitos Impérios foram formados, e também destruídos, através de guerras com derramamento de muito sangue. Crianças e adultos eram sacrificadas sem nenhuma piedade, acreditando os poderosos que era essa a vontade divina.

Nesse caso, a religião simplesmente estava a serviço de dominantes, sendo esses atos abomináveis aos olhos do Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas. O povo passava a ser “massa de manobra” e o nome de Deus era usado como uma mercadoria barata.

Infelizmente, essa prática perdura até os dias atuais, mas de maneira subjetiva, onde multidões são ludibriadas todos os dias, através de muitos “espertalhões” que ocupam canais da Internet e da Televisão para vender as suas idéias absurdas.

Os dias são difíceis e não são poucos os que vivem no engano permanente, pensando que trilham o caminho da Justiça e da Paz. O Evangelho da Prosperidade é apresentado diariamente pelas novas religiões, que se inserem no contexto de religião natural, embora os seus dirigentes estejam dando ênfase ao nome de Deus e de Jesus. Ninguém sabe a que ponto chegará essa confusão de doutrinas e como a Humanidade irá suportar tanta Propaganda nos Canais Televisivos.

Nada disso, nenhuma confusão deste mundo poderá embaraçar os Verdadeiros Filhos do Deus Altíssimo, pois eles sabem em quem têm crido. Se o Apóstolo Paulo ainda estivesse entre nós, ou se recebêssemos a visita de qualquer Homem de Visão Espiritual, certamente a advertência seria sobre os perigos a que estamos expostos diante dos oportunistas da religião natural, que deturpam a Verdadeira Religião Revelada, sem o menor sentimento de culpa, porque esses aventureiros não possuem o Temor de Deus, que é o Princípio da Sabedoria.

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