sábado, 31 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCML - 4950

"Mil palavras não deixarão uma impressão
tão profunda quanto um ato." (Henrik Ibsen)

A Bíblia Diz...

"Então me disse: Filho do Homem, estes ossos são toda 
a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, 
e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos cortados. 
Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: 
Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir 
das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra 
de Israel." (Ezequiel 37:11,12)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMXLIX - 4949

" Não é o medo da loucura que vai nos obrigar a hastear 
a meio-pau a bandeira da imaginação.” (André Breton)

Pensamento - IVCMXLVIII - 4948

"Você tem que ter cuidado se não sabe para onde está indo, 
porque você provavelmente nunca vai chegar lá." (ogi Berra)

Pensamento - IVCMXLVII - 4947

“Quem acumula muita informação perde o condão 
de adivinhar. Sábio é o que adivinha.“ (Manoel de Barros)

Pensamento - IVCMXLVI - 4946

"O temor não esvazia o amanhã de suas tristezas, 
esvazia a força do hoje." (Corrie Ten Boom)

Sabedoria Popular

Um homem aponta o céu; o tolo 
olha o dedo; o sábio vê a lua.

A Bíblia Diz...

"Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade 
de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós 
enxertada, a qual pode salvar as vossas almas." (Tiago 1:21)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Bíblia Diz...

"Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que agimos aleivosamente cada um contra seu irmão, profanando a aliança de nossos pais? (Malaquias 2:10)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As Férias em Santa Catarina

Enfim, as merecidas férias. Com a família, nas praias de Santa Catarina, onde queremos permanecer por alguns dias. Muita gente, de todos os recantos do País, buscando um refúgio por estas bandas. O dia foi muito concorrido, com o trânsito muito louco nas rodovias. Daqui prá frente, o movimento será ainda maior porque se aproxima o reveillon.

Sabedoria Popular

É melhor sofrer uma injustiça
que praticá-la, assim como às
vezes é melhor ser enganado
do que não confiar.

Pensamento - IVCMXLV - 4945

"Permanece sozinho, ou então, se preferes a amizade,
aceita o amigo tal como ele é." (Bashār ibn Burd)

Pensamento - IVCMXLIV - 4944

"Onde quer que nos encontremos, são os nossos 
amigos que constituem o nosso mundo."  (William James)

Pensamento - IVCMXLIII - 4943

"Aquilo que um homem diz, promete e decide na paixão, deve 
depois sustentar na frieza e na sobriedade." (Friedrich Nietzsche)

Pensamento - IVCMXLII - 4942

  "Segundo a definição dos estóicos, a sabedoria
consiste em ter a razão por guia; a loucura, pelo
contrário, consiste em obedecer às paixões; mas
        para que a vida dos homens não seja triste
      e aborrecida Júpiter deu-lhe mais paixão que
      razão." (Erasmo)

Pensamento - IVCMXLI - 4941

"A injustiça, senhores, desanima o trabalho,
a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos
dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens
a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso,
na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove
a venalidade; promove a relaxação, insufla a cortesania,
a baixeza, sob todas as suas formas." (Rui Barbosa)

Pensamento - IVCMXL - 4940

"A maioria das pessoas desiste justamente quando
estavam quase alcançando o sucesso. Elas param
na última linha do campo. Elas desistem no último
minuto do jogo, a meio metro de um touchdown
vencedor." (H. Ross Perot)

A Bíblia Diz...

"E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar." (Mateus 2:13)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMXXXIX - 4939

"Amar é sentir de dentro para fora; apaixonar-se
é sentir de fora para dentro." (Camilo Castelo Branco)

Pensamento - IVCMXXXVIII - 4938

"É maravilhosa a força da alegria. A sua resistência
excede tudo que se possa imaginar." (Thomas Carlyle)

Artigo: Expedição em Humaitá, Aazonas - A/01091

Humaitá, Estado do Amazonas


No dia 20 de dezembro, acompanhado do Comandante 5° Batalhão de Engenharia de Construção (5° BEC) - Batalhão Carlos Aloysio Weber, Tenente-Coronel da Arma de Engenharia Moacir Rangel Junior, fizemos uma visita ao General-de-Brigada Ubiratan Poty, Comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17ª Bda Inf Sl), sediada em Porto Velho, RO, que entusiasmado com o Projeto Desafiando o Rio-mar, determinou ao seu chefe de Comunicação Social que entrasse em contato com a mídia televisiva de Rondônia para agendar entrevistas conosco. “Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.” (Henry Ford)

- Porto Velho, RO (21.12.2011)

As ordens do Gen Poty foram cumpridas a risca e às sete horas, no jornal da manhã, fomos entrevistados nos estúdios da TV Globo. Após a entrevista nos deslocamos imediatamente para o Porto Graneleiro da Hermasa onde estava ancorado nosso Barco de Apoio (Piquiatuba) com os caiaques a bordo.

Porto Graneleiro da Hermasa: a soja que sai do Mato Grosso e Rondônia é transportada via terrestre para o Porto da Hermasa em Porto Velho e descarregada em grandes balsas que descem o Rio Madeira e são armazenadas no Porto Graneleiro da Hermasa de Itacoatiara que exporta mais de dois milhões e quinhentas mil toneladas de soja, por ano. Isso diminui o custo do frete em US$ 30,00 por tonelada e evita o congestionamento da malha viária do Sudeste.

Por volta das nove horas chegaram as equipes da TV Record e SBT que entrevistaram a mim e a meu filho João Paulo e solicitaram tomadas do deslocamento dos caiaques no Rio Madeira. Às 11h30 nos apresentamos nos estúdios da Rede TV e após a entrevista agendamos tomadas no Rio Madeira para as dezessete horas.

O Barco a Motor Piquiatuba do 8° Batalhão de Engenharia de Construção (8° BEC) deslocara-se de Santarém, PA, a Porto Velho, RO, cumprindo sua tradicional missão de transporte de tropa e abastecimento para os destacamentos da Engenharia Militar. Voluntariamente, apesar de ser um período de festas, a tripulação, formada pela equipe do Grupo Fluvial do 8° BEC, Soldados Mário Elder Guimarães Marinho (Comandante do B/M), Walter Vieira Lopes (Sub-comandante do B/M), Edielson Rebelo Figueiredo (Chefe da Casa de Máquinas) e Marçal Washington Barbosa Santos (cozinheiro), nosso bom Gourmet, se prontificaram a nos acompanhar neste período em que a embarcação não tinha nenhuma outra missão agendada.

- Partida do Porto da Hermasa - Porto Velho, RO (22.12.2011)

A TV Globo tinha marcado conosco uma entrevista, antes da largada, para as 06h30 no Porto da Hermasa e arredores. Só conseguimos partir para nossa primeira jornada às 08h30, três horas além de minha programação original. Teríamos, fatalmente, de enfrentar, no primeiro dia, a canícula amazônica no período da tarde. Parti, preocupado, já que era a primeira vez que meu filho surfista me acompanhava em uma jornada desta natureza e este não era seu esporte favorito. A postura no caiaque, a necessidade de se remar em torno de seis a sete horas por dia eram desafios que ele teria de vencer no primeiro dia acrescido do calor vespertino.

Depois da primeira curva à direita, no Rio Madeira, a presença das dragas de garimpeiros, em busca de ouro, se tornou uma constante, alguns conjuntos formavam horrendas Vilas onde a promiscuidade e a falta de cuidado com o meio-ambiente era a tônica. Lembrei-me da preocupação do IBAMA em proteger os microorganismos que, segundo eles, infestam os perigosos troncos que descem o Rio Madeira e ameaçam a vida dos ribeirinhos enquanto o uso indiscriminado do mercúrio nas dragas não sofre qualquer tipo de controle. Paramos em um banco de areia, para descansar depois de remar quinze quilômetros, onde encontramos duas mulheres contratadas pelos garimpeiros, uma delas se encantou com as tatuagens do João Paulo. Durante esta breve parada passou, no talvegue do Rio Madeira, uma garça branca graciosamente surfando um pequeno tronco de madeira.

Talvegue: canal do rio onde a velocidade da correnteza é maior.

Na segunda parada, próximo à Ilha dos Mutuns, já por volta das treze horas, percebi que meu filho começava a sofrer com o calor amazônico. Contatei o pessoal de apoio e disse que deveríamos achar um local de parada antes das quinze horas, o que foi feito. Paramos próximo à Comunidade Aliança, seis quilômetros a montante do local planejado que teria sido alcançado com folga se tivéssemos saído às 5h30. À tarde, já devidamente embarcados, o João Paulo teve seu primeiro contato com os famosos banzeiros amazônicos.

À noite fomos assaltados por um enxame de pequenos percevejos, tivemos que apagar todas as luzes deixando aceso apenas o farolete de popa onde se amontoou uma pululante e disforme massa marrom de centenas desses pequenos insetos que eram varridos periodicamente pelo João Paulo.

- Partida da Comunidade Aliança, RO (23.12.2011)

Pontualmente às 5h30 partimos para nossa nova jornada. Fizemos a primeira parada, estrategicamente, na foz do Jamari para abastecer o Piquiatuba de água limpa para poder lavar nossas roupas e tomar um banho decente. Fizemos a segunda parada próxima à Ilha das Curicacas e informamos ao pessoal de apoio que o local de parada, próximo a Comunidade Boa Hora, seria por volta das 11h30. Foram sessenta quilômetros percorridos e o meu parceiro surfista se portou com muita tranquilidade embora a canoagem não seja a “sua praia”. O João Paulo e a tripulação foram convidados, por jovens da Comunidade, para um jogo de futebol na lama enquanto eu permanecia a bordo digitando o material que seria postado em Humaitá, AM. Ao entardecer enxames de carapanãs nos atacaram esgotando nosso estoque de repelente. Recolhemo-nos cedo para fugir do ataque impiedoso dos mosquitos.

- Partida da Comunidade Boa Hora, RO (24.12.2011)

Partimos à 5h30 para nossa nova jornada e fizemos nossa primeira parada num enorme banco de areia, à jusante da Ilha Botafogo onde os piuns faziam a festa. Como nos dias anteriores nenhum sinal de chuva e um sol causticante.

O Mário e o Marçal vieram até nós com um refrigerante gelado que foi degustado com imensa satisfação. Perguntei ao meu filho se ele estava em condições de alongar o trajeto em mais ou menos dezessete quilômetros para atingirmos a foz do Rio Ji-paraná (também conhecido como Machado), ele aquiesceu. A fotografia aérea, do Google Earth, dava a entender que suas águas eram melhores que as do Madeira, ledo engano. Fizemos uma última parada próximo à Ilha Assunção e partimos num ritmo forte para o novo objetivo. Aportamos pouco depois do meio-dia depois de percorrer setenta quilômetros em sete horas incluindo as paradas. À tarde o João Paulo e a tripulação foram até a Comunidade de Calama adquirir alguns itens para complementar nossa dispensa e a noite participaram dos festejos pagãos na última cidade de Rondônia só retornando às três horas da manhã.

Colonizadora Calama S.A.: a ocupação sistemática do território de Rondônia iniciou-se no final da década de 60, com a colonização particular da Colonizadora Calama S.A.

- Partida para Humaitá, AM (25.12.2011)

Acordei às 4h30 e parti, exatamente às cinco horas, sem meu parceiro tresnoitado. Havia decidido partir cedo para evitar a canícula da tarde já que a jornada seria de mais de sessenta quilômetros. Parece que São Pedro quis fazer uma brincadeirinha e a chuva amazônica se estendeu desde minha saída até a chegada às 11h45. Como ainda era noite coloquei minha lanterna de cabeça e percorri a foz do Ji-paraná com certa cautela. A quantidade de peixes atraídos pela luz que saltava sobre o caiaque batiam no casco, no convés ou em meu corpo me impressionou, se o caiaque fosse aberto a refeição para uns dois dias estaria garantida. Ainda era noite quando adentrei no Estado do Amazonas. Como a chuva fria não dava trégua e decidi não parar e tocar direto até Humaitá, afinal eu já adotara tal procedimento no Rio Solimões navegando, sem parar, 108 quilômetros de Anamã a Manacapuru. Em Humaitá acostei no Piquiatuba que já estava ancorado no Porto Hidroviário de Humaitá. Os fiscais portuários autorizaram nossa permanência temporária naquele local até as 22 horas. A jornada terminara e a chuva amainou e o sol finalmente apareceu.

- Humaitá, AM (25.12.2011)

Disquei o 190 e mais uma vez a valorosa Polícia Militar do Estado do Amazonas se prontificou em nos apoiar. O Tenente PM Daniel Melo nos levou até o Quartel do 54° Batalhão de Infantaria de Selva (54° BIS), Batalhão Cacique Ajuricaba, numa infrutífera tentativa de nos acomodar no Hotel de Trânsito da Guarnição gratuitamente. Ao retornarmos ao Piquiatuba o mesmo já fora transferido para o Porto do Caçote onde encontramos, também, a lancha do amigo José Holanda de Itacoatiara, decidi passar a noite embarcado. O Tenente PM Daniel Melo prometeu realizar uma diligência para tentar achar a pesquisadora Elisabeth Tavares Pimentel cuja tese revolucionária defende a existência do Rio Hamza.

(Hiram Reis e Silva, Humaitá, AM, 26 de dezembro de 2011)

Pensamento - IVCMXXXVII - 4937

“Há mais pessoas que desistem do que
pessoas que fracassam.” (Henry Ford)

Artigo: Porto Velho, o Relato - A/01090

Porto Velho, RO - Relato Histórico
.

A Origem do Nome (18.12.2011) Fonte: www.portovelho.ro.gov.br - Oficializada em 2 de outubro de 1914, Porto Velho foi criada por desbravadores por volta de 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em plena Floresta Amazônica, e inserida na maior bacia hidrográfica do globo, onde os rios ainda governam a vida dos homens, é a Capital do Estado de Rondônia. Fica nas barrancas da margem direita do Rio Madeira, o maior afluente da margem meridional do Rio Amazonas.

Desde meados do século XIX, nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do Rio Madeira (cerca de 380 km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transportado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Madeira, Província de Mato Grosso.

As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7 km abaixo, em local muito mais favorável.

Em 15 de janeiro de 1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-Lei nº 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado Porto Novo.

O Porto Velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até Santo Antônio, ponto inicial da EFMM. Percival Farquhar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho. Hoje, a capital de Rondônia.

- Porto Velho Antigo
Fonte: www.portovelho.ro.gov.br


Após a conclusão da obra da E.F.M.M. em 1912 e a retirada dos operários, a população local era de cerca de 1.000 almas. Então, o maior de todos os bairros era onde moravam os barbadianos - Barbadoes Town - construído em área de concessão da ferrovia. As moradias abrigavam principalmente trabalhadores negros oriundos das Ilhas Britânicas do Caribe, genericamente denominados barbadianos. Ali residiam, pois vieram com suas famílias, e nas residências construídas pela ferrovia para os trabalhadores só podiam morar solteiros.

Era privilégio dos dirigentes morarem com as famílias. Com o tempo passou a abrigar moradores das mais de duas dezenas de nacionalidades de trabalhadores que para cá acorreram. Essas frágeis e quase insalubres aglomerações, associadas às construções da Madeira-Mamoré foram a origem da cidade de Porto Velho, criada em 02 de outubro de 1914. Muitos operários, migrantes e imigrantes moravam em bairros de casas de madeira e palha, construídas fora da área de concessão da ferrovia.

Assim, Porto Velho nasceu das instalações portuárias, ferroviárias e residenciais da Madeira-Mamoré Railway. A área não industrial das obras tinha uma concepção urbana bem estruturada, onde moravam os funcionários mais qualificados da empresa, onde estavam os armazéns de produtos diversos, etc. De modo que, nos primórdios havia como duas cidades: a área de concessão da ferrovia e a área pública. Duas pequenas povoações, com aspectos muito distintos. Eram separadas por uma linha fronteiriça denominada Avenida Divisória, a atual Avenida Presidente Dutra. Na área da railway predominavam os idiomas inglês e espanhol, usados inclusive nas ordens de serviço, avisos e correspondência da Companhia. Apenas nos atos oficiais, e pelos brasileiros era usada a língua portuguesa. Cada uma dessas povoações tinham comércio, segurança e, quase, leis próprias. Com vantagens para os ferroviários, face à realidade econômica das duas comunidades. Até mesmo uma espécie de força de segurança operava na área de concessão da empresa, independente da força policial do estado do Amazonas.

Essa situação gerou conflitos frequentes, entre as autoridades constituídas e os representantes da Railway. Portanto, embora as mortes a lamentar durante sua construção tenham sido muitas, a ferrovia da morte, como chegou a ser denominada a Estrada de Ferro Madeira Mamoré é, na verdade a ferrovia da vida, para Porto Velho e seu povo. A importância da EFMM para a formação da cidade pode ser medida pelo texto da lei de sua criação, aprovada pela Assembléia Legislativa do Amazonas, que diz: Artigo 2° - O Poder Executivo fica autorizado a entrar em acordo com o governo Federal, a Madeira-Mamoré Railway Company e os proprietários de terras para a fundação imediata da povoação, aproveitando na medida do possível, as obras do saneamento feitas ali por aquela companhia, e abrir os créditos necessários à execução da presente lei.

Nos seus primeiros 60 anos, o desenvolvimento da cidade esteve umbilicalmente ligado às operações da ferrovia. Enquanto a borracha apresentou valor comercial significativo, houve crescimento e progresso. Nos períodos de desvalorização da borracha, devido às condições do comércio internacional e a inoperância empresarial e governamental, estagnação e pobreza.

- Universidade Federal de Rondônia - UNIR (18.12.2011)

“A ética é o fundamento que orienta as pessoas para que possam ter uma vida digna e justa. A corrupção é um mal que se estabelece nas sociedades através de pequenos vícios, portanto não deve ser encarada como algo natural, mas sim um desvio de conduta adquirido através de maus exemplos. Tem como fruto a miséria, a falta de saúde, falta de educação, falta de moradia digna etc. Rondônia tem sido alvo de pessoas inescrupulosas que utilizam o serviço público em defesa de seus interesses pessoais. O movimento unificado pela ética e contra a corrupção espera que essa lamentável situação seja a base de uma reflexão mais profunda sobre os efeitos maléficos da corrupção visando a banir de nosso meio a longa e dolorosa tradição de apropriação indevida do aparato público”. (Manifesto do Movimento Unificado pela Ética e Contra a Corrupção)

O Tenente Thiago Teixeira Baptista nos acompanhou até as instalações da Universidade Federal de Rondônia. O número de obras paralisadas em virtude dos últimos acontecimentos é impressionante, mas o que mais chamou atenção de nossa pequena comitiva foi a falta de ação dos encarregados da segurança que permitiam uma grande quantidade de pessoas perambularem, no domingo, pelas instalações sem qualquer tipo de controle, a falta de manutenção das instalações, além do descaso com os gastos com energia elétrica já que a maioria das salas de aula, embora vazias, estavam com as luzes acesas e os aparelhos de ar condicionado ligados. Curiosamente em todas elas estava fixado um aviso para que os mesmos fossem desligados ao sair da sala.

No dia 14 de setembro deste ano, professores e alunos da UNIR se uniram em movimento grevista reivindicando melhores condições de trabalho. O Laudo de Vistoria Técnica, de 21 de outubro de 2011, realizado pela Diretoria de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia confirmaram as denúncias dos grevistas: o Campus Universitário, inaugurado em 1984, não vinha sofrendo qualquer tipo de manutenção e a deterioração ameaçava a segurança dos profissionais e alunos da UNIR além de prejudicar as atividades de ensino. O Comando de Greve, mais tarde, incorporou-se ao Movimento Unificado pela Ética e Contra a Corrupção reivindicando o afastamento da administração anterior envolvida em inúmeras irregularidades administrativas. Representantes do Movimento levaram pessoalmente um dossiê de 1.500 páginas a Casa Civil da Presidência da República onde foram informados que a administração da UNIR contava com o apoio da base aliada do Governo Federal no Congresso e nada poderia ser feito.

As pressões continuaram e, finalmente, no dia 23 de novembro de 2011, o Reitor da UNIR José Januário de Oliveira Amaral apresentou sua renúncia ao Ministro da Educação. Januário argumentou que não tinha mais condições de permanecer no cargo em virtude da série de denúncias de desvio de recursos envolvendo a Fundação Rio Madeira - RIOMAR, que serve de apoio à UNIR. No dia 24 de outubro, a Secretaria de Educação Superior (SESU) nomeou uma comissão de auditores, integrada por representantes do MEC e da Controladoria-Geral da União (CGU), para auditar as contas da RIOMAR e da UNIR.

Um movimento legítimo bem diferente do que se verificou recentemente na USP onde riquinhos baderneiros, travestidos de estudantes, reivindicavam a liberdade de fumar maconha no Campus Universitário.

- Usina Hidrelétrica de Samuel (18.12.2011)

Nas proximidades de Porto Velho, ao Norte a BR 364, observamos um dos extensos diques da Hidrelétrica de Samuel. Dele avistamos o grande reservatório da barragem que nessa oportunidade estava bastante seco.

No local onde existia a cachoeira de Samuel no Rio Jamari, afluente do Rio Madeira, foi construída a barragem da Hidrelétrica de Samuel, com potência instalada de 216 MW. Em virtude do relevo pouco acentuado da bacia do Jamari foram construídos 70 km de diques para conter extravasamento da água represada no seu reservatório de 540 Km2 para os igarapés vizinhos. Em 1982, a construção da usina teve início e em consequência da falta de verbas só foi concluída catorze anos depois.

A construção da Usina Hidrelétrica de Samuel fez surgir no lugar de uma antiga colônia de pescadores a sede do Município de Candeias do Jamari. Os royalties proporcionados pela Usina Hidrelétrica de Samuel favoreceram, além de Candeias do Jamari, mais três municípios: Alto Paraíso, Cujubim e Itapuã do Oeste. Atualmente, 90% dos 52 Municípios do Estado são beneficiados com energia desse sistema isolado da Eletronorte. Rio Branco, a capital do Acre, a partir de novembro de 2002, passou a ser abastecida com a energia de Samuel e, em maio de 2006, esse sistema foi ampliado, permitindo que a geração térmica do Acre fosse substituída pela hidráulica, proporcionando a substituição da geração a derivados de petróleo. Além de Samuel, a ELETROBRAS ELETRONORTE opera a Usina Termelétrica Rio Madeira, que produz 90 MW. Somada à geração dos produtores independentes de energia, a potência instalada em Rondônia é de 403 MW.

(Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 20 de dezembro de 2011)

Artigo: OLhando para Cima - A/01089

Olhando para Cima


De uma amiga recebi um e-mail retratando um falcão, um morcego e um zangão em situações parecidas. O falcão havia sido colocado em um cercado de tela com o diâmetro de um metro quadrado onde, apesar da parte superior ser totalmente aberta, ele se tornara prisioneiro, simplesmente por estar acostumado a dar uma pequena corrida em terra antes de alçar vôo. Sem o espaço para sua corrida, permanecia prisioneiro de uma cela sem teto, sem ao menos tentar bater suas asas e voar.

O morcego, famoso por suas habilidades e agilidades no ar, acostumado a se lançar em vôo para baixo, quando colocado em um piso totalmente nivelado não consegue sair, andando de forma confusa, procurando alguma pequena elevação de onde possa se lançar ao vôo, sem sequer experimentar jogar-se para cima e bater suas asas.

O zangão colocado em um pote com a tampa aberta lá permanecerá até sua morte, totalmente destruído, por persistir na tentativa de sair pelas laterais próximas ao fundo, onde não há saída, jogando-se contra as paredes do vidro sem buscar a saída pelo alto.

Existem pessoas que se comportam como o falcão, o morcego e o zangão, atirando-se contra obstáculos sem buscar outras possíveis saídas para seus problemas.

E mesmo quando nenhuma saída é encontrada, são incapazes de olhar para uma que sempre existiu, existe e existirá, aquela que está acima de tudo e de todos. Olhe para cima certamente a encontrará.

Imagino um pai, de qualquer raça, origem, posição social, financeira, cultura e educação. Ele é incapaz de impor a seu filho uma carga maior do que a que ele poderá suportar. Assim penso do meu, o mesmo de todos.

Depois de muitas outras já realizadas e comemorando a cura de um câncer, adquiri uma motocicleta nova, da marca e modelo sonhada durante anos e com amigos parti para uma nova viajem a um país vizinho.

Tudo estava perfeito, tranquilo, até que na volta, a poucos quilômetros de chegar ao Brasil, um bêbado estacionado com seu veículo às margens da rodovia resolveu fazer o contorno, exatamente no momento em que ia passar por ele.

A pancada nem cheguei a ver, ou se vi não me lembro, mas sei que metade do fígado foi perdido no impacto, fiquei doze dias em coma, passei por treze cirurgias num espaço de duzentos e oitenta dias e permaneci vinte e seis meses entre cama, cadeira der rodas, andador e muletas.

Em nenhum momento após estar lúcido, alguém me viu reclamar de algo, uma dor, nada. Não era necessário e de nada adiantaria, não poderiam me ajudar e eu já sabia que a batalha seria vencida, pois se aquilo me ocorria era porque tinha capacidade de suportar.

Era a resposta que dava a todos os amigos e amigas que me perguntavam sobre dores, como suportava sem nada reclamar ou estava sempre pronto para qualquer nova intervenção cirúrgica que os médicos julgassem necessária. Esse é o motivo que me faz levar com tranquilidade todas as dificuldades colocadas em meu caminho. Sei que vencerei.

Apesar de haver perdido meu pai biológico ainda com doze anos, meu pai celestial, o de todos, sempre mostrou ter por nós um amor muito maior do que recebido pelos que possuem o seu na terra e se os terrenos querem bem aos filhos, imagine Ele.

Aprendi que sou capaz de superar todas as dificuldades, simplesmente olhando para cima. Lá, à distância de uma simples oração, está QUEM sabe que sou capaz.

(João Bosco Leal - www.joaoboscoleal.com.br )

Pensamento - IVCMXXXVI - 4936

     “Personalidade é coisa assaz misteriosa.
      Nem sempre podemos analisar o homem
         pelo que faz: às vezes ele observa a lei e,
no entanto, não possui valor, outras, infringe-as,
e, no entanto é grande.” (Oscar Wilde)

A Bíblia Diz...

"Portanto, dai a cada um o que deveis:
a quem tributo, tributo; a quem imposto,
imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra.  A ninguém devais coisa alguma, a não
ser o amor com que vos ameis uns aos outros;
porque quem ama aos outros cumpriu a lei."
(Romanos 13:7-8)

A Bíblia Diz...

"Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo,
segundo a tua palavra, pois já os meus olhos
viram a tua salvação." (Lucas 2:29,30)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMXXXV - 4935

"Glória súbita,é a paixão que faz
as caretas chamadas riso." (Thomas Hobbes)

Pensamento - IVCMXXXIV - 4934

“Todo o interesse na doença e na morte é,
em verdade, apenas uma outra expressão
de nosso interesse na vida.” (Thomas Mann)

Pensameto - IVCMXXXIII - 4933

"Oh! Eu quero viver, beber perfumes na flor
silvestre, que embalsama os ares..." (Castro Alves)

Pensamento - IVCMXXXII - 4932

    "O Natal agita uma varinha mágica sobre
todo o mundo, e observe, tudo é mais suave
e mais bonito." (Norman Vincent Peale)

Pensamento - IVCMXXXI - 4931

"Cada um tem a idade do seu coração,
da sua experiência, da sua fé." (George Sand)

Pensamento - IVCMXXX - 4930

"Se você quer avançar para o infinito, explore
o finito em todas as direções." (Goethe)

Pensamento - IVCMXXIX - 4929

"Aquele que triunfa não é apenas persistente;
é persistente na direção certa." (Confúcio)

Artigo: Natal sem Fome - A/01088

Natal sem Fome

De novo a história se repete e muitas campanhas começam a ser desencadeadas contra a fome no dia de Natal. Todos sabem que essa superação visa a dar comida a quem passa fome o ano inteiro, principalmente crianças. Elas são felizardas por conseguirem alcançar as benesses desse período, enquanto muitas morreram vencidas fatalmente pela fome.

Em virtude de um vício nacional de só combaterem os problemas depois de se tornarem crônicos, caberia algumas observações, sem nenhuma reprovação a essas iniciativas. Primeiro seria o fato da prestação de contas se restringir somente ao montante arrecadado, sem detalhar a relação receita verso despesa. No máximo apresentam alguns projetos ou instituições beneficiados, sem mencionar com quanto.

Mais grave, entretanto, seria nunca haver prestação de contas do valor total arrecadado com as campanhas. Este nunca é citado. Claro que se tal campanha arrecada 10 milhões, todo o valor deve ser empregado para a finalidade específica, descontados eventuais impostos, por vir o dinheiro da população.

Não se sabe de alguém conhecedor dessa prestação de contas integral. Apenas exemplos não justificariam. A prestação de contas completa e detalhada traria maior credibilidade às iniciativas.

Por serem apenas sazonais, elas retiram o debate e as ações concretas com vista a erradicar a fome por todo o ano em todo o planeta. As campanhas ajudam, mas devem ser tratados pelo que são; meros paliativos.

Todos devem colaborar nos natais. Se isso, entretanto, for apenas para deixar aliviados alguns corações, achando que já fizeram a sua parte o bastante, ao invés de ser um bem, torna-se um mal gigantesco. Nenhum organismo é moldado a só ter necessidade de comida nos fins de ano. A fome não pode permanecer insolúvel o tempo todo, acobertada por uma cortina de campanhas em datas históricas ou depois de catástrofes.

Natal sem fome é bom, desde que não seja instrumento para camuflar eternamente uma Nação comendo apenas nos fins de ano e passando a vida inteira com fome e indigência.

Muita gente já penou depois deste texto, escrito no Natal de 2001. Como eu havia dito naquela oportunidade, muitas pessoas vão comer bem neste Natal, com a triste certeza de que passarão fome durante o próximo inteiro; sem levar em conta de quem seja a culpa, este mundo sé será minimamente justo quando todos tiverem a oportunidade de comer normalmente, sem fome prolongada de pessoas, famílias e nações. O ideal não é um Natal, mas um mundo sem fome.

(Pedro Cardoso da Costa/SP)

A Bíblia Diz...

"Falou Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja
  o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego,
que enviou o seu Anjo, e livrou os seus servos,
que confiaram nEle, pois violaram a palavra
   do rei, preferindo entregar os seus corpos,
para que não servissem nem adorassem algum
outro deus, senão o seu Deus." (Daniel 3:28)

domingo, 25 de dezembro de 2011

Misticismo

O que nos espera?

Cada um de nós deve constituir-se em ilha de resistência e procurar agregar-se num vasto arquipélago viral. Penso que nada existe de mais inteligente que o vírus. É urgente o contágio. Se o mundo se está a transformar no imundo é porque é esse o nosso merecimento, resultado da nossa rendição. Faz mais pela limpeza do mundo aquele que o pensa e imagina sem se deter e sem lhe pertencer do que os que baixam os braços e dizem não posso mais e aqui me fico. Podemos sempre mais, mesmo que não possamos evitar o desastre que se anuncia para o Ocidente, mas tal desastre pode ser até a catarse necessária para um novo amanhecer. Há o parto com dor e o parto sem dor. Podemos sempre escolher. De qualquer forma, querem os alquimistas que sobre a putrefacção se eleve uma estrela dançamte. (Abdul Cadre, de Portugal)

Artigo: Papai Noel chorou - A/01087

O Dia em que Papai Noel Chorou


Campo Grande é uma cidade com aproximadamente 800 mil habitantes. (A diferença social, ou seja, a existência de pobres e ricos, brancos e negros, homens e mulheres – segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maioria é constituída de mulheres), obriga, no período natalino, Papai Noel se desdobrar. Sonho de Natal é algo que você consegue transformar em realidade graças ao espírito solidário.

Como atender inusitados pedidos? Apesar da evolução tecnológica, alguns pedidos dificilmente chegarão às residências dos mais pobres. É aí que Papai Noel começa a ver o mundo que jamais gostaria: o da desigualdade, da injustiça que permeia entre os povos.

Foi na Cidade do Natal, iniciativa da Prefeitura de Campo Grande com a finalidade de manter entre as pessoas, ricas ou pobres, brancas ou negras, a essência do nascimento de Jesus Cristo, que ficou evidente que “o universo natalino nunca foi e jamais será igual para todos os mortais”.

Simpático, amável, atencioso, receptivo, enfim, o boa gente Papai Noel – contratado pela municipalidade para manter entre as crianças, principalmente, o sonho do Natal, ficou pesaroso, triste, sem palavras, literalmente emudecido por não ter como atender ao pedido de uma menina, uma criança!

Criança é criança em qualquer parte do mundo. É claro que a criança campo-grandense não difere de nenhuma outra criança aonde quer que a figura materna se faça presente. Então, com toda sinceridade, qual teria sido o pedido que desconcertou o Papai Noel da Cidade do Natal?

Através do jornalismo da TV Morena – MS TV – 1ª Edição, o sul-mato-grossense, como eu, acompanhou as lágrimas, viu os olhos avermelhados de Papai Noel, com o coração partido. Como dói saber que “um sonho tão fácil de ser transformado em realidade fez Papai Noel chorar!”.

Em pé ou sentado, quem sentiu dentro do peito o coração pulsar de forma diferente, uma dor que incomoda, que força o choro motivado pela emoção, soube compreender o porquê dos olhos avermelhados de Papai Noel.

Enquanto tem gente dormindo em “cama de ouro”, a menina que fez Papai Noel chorar e comoveu milhares de sul-mato-grossenses queria apenas uma cama para acomodar seu frágil corpo.

(Roberto Costa)

A Bíblia Diz...

"Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados;
os montes e os outeiros romperão em cântico diante
de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas."
 (Isaías 55:12)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Sabedoria Popular

Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore
de natal é a presença de uma família feliz.

Pensamento - IVCMXXVIII - 4928

"O tesouro mais bem guardado é aquele que está
num lugar onde todos vêem." (Le Yi-King)

Pensamento - IVCMXXVII - 4927

“Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se
da força do leão e da prudência da serpente.” (Píndaro)

Pensamento - IVCMXXVI - 4926

"Tolerância mútua é uma necessidade em todos
os tempos e para todas as raças. Mas tolerância
não significa aceitar o que se tolera." (Gandhi)

Pensamento - IVCMXXV - 4925

"Quando procuro o que há de fundamental em mim,
é o gosto da felicidade que eu encontro." (Albert Camus)

Pensamento - IVCMXXIV - 4924

"A idade não te protege do amor. Mas o amor,
de certa forma, te protege da idade." (Jeanne Moreau)

Pensamento - IVCMXXIII - 4923

"Os erros são, no mínimo, um sinal de que estamos
saindo da estrada principal e experimentando outros caminhos." (Roger Von Oech)

A Bíblia Diz...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Bíblia Diz...

E veio ter com Ele grandes multidões, que traziam
  coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos,
     e os puseram aos pés de Jesus, e Ele os sarou,
de tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo
os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar,
e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel."
(Mateus 15:30,31)

Pensamento - IVCMXXII - 4922

"Em tudo o que a natureza opera,
ela nada o faz bruscamente." (Lamarck)

A Bíblia Diz...

             "Quando, pois, vos disserem: Consultai
    os que têm espíritos familiares e os adivinhos,
       que chilreiam e murmuram: Porventura não
           consultará o povo a seu Deus? A favor
dos vivos consultar-se-á aos mortos?" (Isaías 8:19)

Pensamento - IVCMXXI - 4921

"O homem que tem coragem de desperdiçar
     uma hora do seu tempo não descobriu
         o valor da vida." (Charles Darwin)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMXX - 4920

                         "É pela Graça Divina que
                     podemos alçar vôos maiores;
       podemos, a exemplo do Apóstolo dos Gentios,
       ser o que realmente somos." (Jairo de Lima Alves)

Pensamento - IVCMXIX - 4919

                "O demônio, como alguns admitem, não é o único
           responsável pelo fracasso a que muitos se encontram;
          é necessário que os fracassados mudem o seu modelo
de vida, para alcançar o sucesso desejado." (Jairo de Lima Alves)

A Bíblia Diz...

    "Ninguém pode servir a dois senhores; porque
ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará
    a um e desprezará o outro. Não podeis servir
    a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMXVIII - 4918

"A maioria das pessoas gasta mais tempo
e energia ao falar dos problemas do que
ao enfrentá-los." (Henry Ford)

Pensamento - IVCMXVII - 4917

"Grande tranquilidade de coração tem aquele
que não se preocupa com o aplauso nem com
a crítica." (Thomas de Kêmpis)

Sabedoria Popular

O louco não é um homem que perdeu
a razão; O louco é um homem que
perdeu tudo, exceto a razão.

Pensamento - IVCMXVI - 4916

              "Seja simpático com as pessoas à medida
      que você for subindo, porque você encontrará
com elas à medida que você descer." (Wilson Mizner)

Pensamento - IVCMXV - 4915

"Mulher a gente encontra em toda parte,
   só não encontra a mulher que a gente
      tem no coração." (Ataulfo Alves)

Sabedoria Popular

      A pedra preciosa não pode ser
polida sem fricção, nem o homem
         aperfeiçoado sem provações.

Pensamento - IVCMXIV - 4914

                    "Muita gente fala sobre a necessidade
          de se fazer a coisa certa, mas só a prática
pode servir como medida de caráter." (John Maxwell)

Pensamento - IVCMXIII - 4913

"O ideal é não priorizar a sua agenda e sim
agendar as suas prioridades." (Stephen Covey)

Pensamento - IVCMXII - 4912

"Você nunca encontrará tempo para nada.
Se precisar de tempo, terá de criá-lo."
(Charles Buxton)

Pensamento - IVCMXI - 4911

"Oportunidade é uma deusa arrogante que não perde
tempo com quem não está preparado." (George S. Clason)

Pensamento - IVCMX - 4910

"Duvidar de tudo é como acreditar em tudo.
 São posições igualmente perigosas. Ambas
 nos dispensam de refletir." (Henri Poincaré)

Sabedoria Popular

Uma palavra amiga contém calor para
três invernos; uma palavra áspera fere
como seis meses de frio rigoroso.

Pensamento - IVCMIX - 4909

"Quando as pessoas têm a coragem
de lutar por si mesmas, elas podem
mudar seus mundos." (Carol Pearson)

Pensamento - IVCMVIII - 4908

                  "Aquele que quiser liderar deve primeiro
               poder liderar a si mesmo. Ele tem de saber
lidar com suas necessidades e paixões." (Anselm Grün)

Pensamento - IVCMVII - 4907

             "A justiça pode irritar-se porque
é precária. A verdade não se impacienta,
porque é eterna." (Rui Barbosa)

Pensamento - IVCMVI - 4906


"A abelha, que tem mel na boca, tem
um ferrão na extremidade oposta." (John Lyly)

Mensagem do Escritor - M/01475

A Oração do Natal

Neste Natal, não vamos falar do papai Noel, árvores enfeitadas e nem do consumismo que toma conta do mundo. Vamos falar sobre uma oração que o próprio Jesus utilizava quando conversava com os céus. Nela vemos a figura do pai e da mãe, a busca do pão e do entendimento para o mundo, o sentir a Terra e o conhecimento oculto em tudo que nela existe. Ela nos mostra o perigo das ilusões que nos prendem e nos impedem de crescer. Nela sentimos uma oração que vem de dentro de uma alma evoluída, com muito conhecimento e de significado muito atual neste mundo desequilibrado. Vamos pensar nesta oração e tenhamos um ótimo Natal. (211211)

Tribuna Livre

A PERGUNTINHA. Diante do Quadro Sucessório bem Complexo em Japorã, quem terá a Bênção do Prefeito Rubens Freire Marinho para a Sucessão no Município?

APAGÃO DA ENERSUL. Após algum tempo, volta o apagão. Muita gente ficou preocupada com o apagão que aconteceu na noite da última terça-feira na região Cone Sul, desde de Naviraí até Mundo Novo. Os consumidores ficaram alguns minutos no escuro, apelando para a luz de velas, lembrando os velhos tempos. Com certeza, alguns tiveram prejuízo com a falta de energia, pois a queda foi brusca, e ainda sem explicação sobre a ocorrência. Geladeiras, Computadores e outros aparelhos que estavam ligados podem ter sido queimados, e agora, resta a reclamação de todos os que foram prejudicados. Tomara que fato como este não aconteça com mais frequência, porque ninguém aguenta este castigo.

TEMPOS DE NATAL. É hora de Comemorações em Família. O Natal traz a todos nós uma sensação de alegria e paz, embora tudo isso não passe de uma doce ilusão. Todo mundo vai às compras, e a troca de presentes faz a diferença neste momento quando tanto se fala sobre o Nascimento de Jesus. O Papai Noel não tem sossego e tenta agradar a todas as crianças. Ele sabe que isso também é utopia, mas o serviço precisa ser feito, porque a tradição recomenda que nesta época os gestos de bondade devem ser praticados. Nos vales e nos casebres estão os desamparados que dificilmente vão receber a visita do Bom Velhinho, que as crianças pensam que seja ele o responsável pelos presentes. Tudo é ilusão que não tem preço, mas é inevitável, para que o comércio também possa ter o seu lucro.

SICREDI EM MUNDO NOVO. Mais uma Unidade da Cooperativa SICREDI é inaugurada. Depois de alguns estudos preliminares e consecutivas reuniões com autoridades, Mundo Novo conquista a sua Unidade, que vem contribuir com a economia local e de cidades circunvizinhas, como Japorã e Eldorado. A Equipe de Funcionários, liderada por Fábio Pezarico, que veio de Iguatemi, se desdobrou para que a Unidade pudesse funcionar no dia previsto. Daqui prá frente, mais trabalho ainda, quando os mundonovenses têm mais uma opção para as transações bancárias. EM TEMPO: uma gafe foi cometida pelo cerimonial no momento dos discursos, deixando de incluir o Presidente do Legislativo Municipal, que estava presente ao Evento acompanhado de outros vereadores. Mesmo assim, o dia 22 de dezembro de 2011 fica na história do Município de Mundo Novo, com a chegada da Instituição Financeira na Admirável Mundo Novo.

RECESSO DO JORNAL. Após um ano de muito trabalho, é hora de repousar um pouco. Nossa Equipe prestou à Comunicação serviços relevantes durante o ano de 2011. Então, é mais do que justo que cada um, neste momento de reflexão, possa reclinar a cabeça, e assim, refazer as energias para novos embates no ano que vai chegar. Voltaremos na segunda semana de 2012. O Jornal desempenhou o seu papel na missão de levar a boa informação aos leitores, em sua área de atuação. As nossas escusas pelas falhas humanas e também os sinceros agradecimentos pelas Parcerias Estabelecidas, tanto no setor público como no meio empresarial. Vencemos todas as Etapas com Sucesso, porque sobremodo as Mãos de Deus estiveram sobre nós. A Ele, o nosso Louvor!

A Bíblia Diz...

      "E a Vida Eterna é esta: que te conheçam,
            a ti só, por único Deus Verdadeiro,
e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17:3)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pensamento - IVCMV - 4905

"Entender as Coisas Espirituais é uma Habilidade Sobrenatural
   dada pelo Criador a quem pode assimilar as Virtudes de um Verdadeiro Buscador num Mundo Controverso, onde prolifera
   o Espírito de Aventura." (Jairo de Lima Alves)

Pensamento - IVXCMIV - 4904

"É Preciso que haja Mudança, para que
a Criatura Humana viva um Novo Tempo,
de Revelação e da Plena Glória Divina."
(Jairo de Lima Alves)

Pensamento - IVCMIII - 4903

"Todos desejamos um Novo Tempo, no entanto,
 poucos estão prearados para essa Realidade do
Mundo Moderno." (Jairo de Lima Alves)

Gente Especial: Elisângela

    Para quem tem bom gosto, as belas Cestas de Natal
do Expresso Supermercado, preparadas com muito carinho
pelas eficientes funcionárias Ana, Vanessa e Elisângela.
   

Artigo: Imprensa Livre - A/01086

Ainda há Imprensa Livre?

Dia destes, cavaqueando com diretor de pequeno periódico, onde dei a lume algumas entrevistas, este, lamentava-se de dificuldade em que vive ou sobrevive, a imprensa local.

Sem auxilio estatal, dependente de assinantes, que, em norma, são cada vez menos, e de anúncios, que devido à crise - interna e externa, - diminuíram drasticamente, resta - a muitas administrações, - a dependência do poder autárquico, que, em regra, impede imprensa livre, capaz de informar com a desejada isenção. Só há liberdade de expressão, se a mídia pode, sem medo, apresentar comentários e criticar o poder, se há razão disso.

Mas, como se é livre, quando se depende do poder político para quitar despesas de pessoal e tipográficas? O jornal subsiste das vendas e dos anunciantes. Quando escasseiam, resta-lhe fechar as portas ou reverenciar o poder.

Certa vez - em 1997, - o Presidente da Câmara de Penalva do Castelo, Gabriel Costa, asseverou a jornalistas, em Viseu “ Quem está com o Governo come, quem não está, cheira. “ O homem do “PP” acabara de aceitar o convite do “PS” para se candidatar nas suas listas, após a promessa de novo edifício para os Paços do Concelho - “ O Primeiro de Janeiro”, 10/SET/97.

Disse bem Gabriel Costa, porque disse a verdade. Quem está com o poder, governa-se. Assim pensaram, igualmente, muitos após a Revolução dos Cravos (cito Baptista-Basto, in “ Diário Económico” 10-10-97: “ No 25 de Abril (…) surgiu um rol impressionante de democratas de cartão plastificado e de antifascistas vitalícios (…) Matricularam-se nos partidos, chegaram deputados e a ministros. Antigos serventes de Salazar e Caetano, arregimentaram-se à nova ordem, que os recebeu de braços “calientes”. Estão todos bem, graças a Deus. Até os pides.”

Voltemos à vaca fria - salvo seja! - à conversa que mantive com o diretor de gazeta local. Referiu-se que outrora havia a detestável censura, agora permanece o receio de processos judiciais (sempre caríssimos), e o corte de anúncios, se o ponto de vista do director, fere interesse de anunciante; e a propósito citou o que aconteceu ao jornal francês “ La Croix” ao criticar os que faziam desfile de moda, de conhecidos costureiros, nas comunhões solenes. Atitude reprovável e nada cristã. O resultado foi que as modistas famosas e industriais do ramo, retirassem a publicidade do jornal, facto que prejudicou a subsistência do periódico.

Nos nossos dias administrar pequena gazeta é feito quase heróico, quando se pretende informar com seriedade e publicar artigos de opinião, sem lhe pôr espartilho.

Assim como numa empresa estatal se chega facilmente ao topo, possuindo um pouco de talento e cartão partidário, também um jornal navega de vento em popa, se se entregar à dependência do poder.

Felizmente, ainda que muitos pensem o contrário, é na imprensa local, onde se encontra mais honestidade e independência; preferindo muitos, reduzir a periodicidade e até tiragens, para se manterem orgulhosamente apartados do poder. Infelizmente nem sempre são compreendidos e aplaudidos pelos leitores.

(HUMBERTO PINHO DA SILVA - Porto, Portugal)

Gente Especial: Gilheandro e Rogéria

No dia 14 de janeiro unem-se pelos laços sagrados do matrimônio, Gilheandro e Rogéria, recebendo os cumprimentos de convidados, amigos e familiares. Ao casal, os votos de paz e harmonia, no sincero desejo de que esta união seja para a Eternidade.

Gente Especial: Andressa


A bonita Andressa, Recepcionista da Unidade DIMATEX
de Mundo Novo, com outras amigas na Confraternização
da Empresa na Sede do CTG, em Maringá - Paraná

Encontro Corinthiano em Eldorado

             Corinthianos se reuniram
        em Eldorado para comemorar
                 as Vitórias do Timão

Mais uma vez, sob a coordenação do conceituado Ortopedista, Dr. José Carlos Dias de Toledo, a Vibrante Torcida do Corínthians, se reuniu na cidade de Eldorado em Confraternização de Fim de Ano, Evento que aconteceu durante almoço para quase 150 pessoas na Churrascaria do Dauti.

Durante o Encontro, foram apresentados vídeos com os melhores momentos do Timão, numa trajetória de mais de cem anos na história do Futebol Brasileiro. Dr. Toledo, emocionado, agradeceu a presença de todos os amigos e torcedores, informando que os Encontros nestes 11 anos lhe deram muita alegria. E finalizou, com lágrimas: “Estamos aqui reunidos para comemorar a conquista do Pentacampeonato Brasileiro de 2011, pelo Corínthians. Para mim, este almoço tem um significado muito especial, não só pelo comparecimento maciço de adesões, como também pela oportunidade de oferecer o sorteio de mais de 80 prêmios e brindes doados pelos corinthianos e comércio de Eldorado. Outra coisa: o evento marca o fim de minha gestão à frente do Núcleo dos Corinthianos, que teve início no dia 31 de março de 2000. Ao todo, foram sete Encontros durante esse tempo. Estou convicto de que cumpri fielmente a minha missão com amor, dedicação e apoio de todos os torcedores, sem os quais não poderia encerrar a atividade com chave de ouro. A todos, portanto, deixo os votos de um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Saudações Corinthianas."

O almoço foi servido ao público presente, com as melhores iguarias e a carne preparada pela equipe do Dauti era de primeira, elogiada por todos os participantes do Evento Social.

A Equipe Tribuna do Povo fez o registro dos melhores momentos em vídeo e fotos, enquanto mais de 80 Prêmios foram sorteados, entre camisetas e toalhas do Corínthians e outros objetos doados pelo comércio eldoradense e amigos do Dr. Toledo.

A Festa Corinthiana foi um marco importante como Evento, onde os Fiéis Torcedores se confraternizaram, com a Presença de Corinthianos de Iguatemi, Campo Grande, Japorã, Mundo Novo e Eldorado.

Delfino - Guaíra


Equipe Delfino Materiais de Construção em Confraternização, após mais um ano de pleno sucesso, atendendo os clientes de toda a região, com muita eficiência. Irmanados nos bons sentimentos de um Natal Feliz e melhores realizações em 2012, o Empresário Marciel Lobato regozija-se com a família pelas etapas vencidas e pelas perspectivas de um Ano Novo ainda melhor.

A Bíblia Diz...

"Então, Abner gritou a Joabe, e disse: Consumirá
a espada para sempre? Não sabes tu que por fim
haverá amargura? E até quando não hás de dizer
ao povo que deixe de perseguir a seus irmãos?"
(2 Samuel 2:26)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sabedoria Popular

Sou a única pessoa no mundo que
eu realmente queria conhecer bem.

DIMATEX: Confraternização em Maringá

            Grupo DIMATEX realiza
                Confraternização com
            Funcionários em Maringá

O Grupo DIMATEX, que mantém Unidades de Produção nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina reuniu na Sede do CTG em Maringá no dia 17 de dezembro mais de mil pessoas, entre amigos e funcionários do Complexo Empresarial.


A Festa foi de alto nível, quando o Empresário Odenir João Marion e sua esposa Josimeire sentiram-se à vontade, recepcionando esse grande público em Confraternização, agradecendo as Dádivas recebidas, e lembrando as vitórias de mais um ano que se finda.


A Cidade de Mundo Novo possui duas Unidades do Grupo DIMATEX, com mais de 250 funcionários trabalhando, sob a coordenação do jovem supervisor Clayton Duarte. De todo o Contingente que se deslocou para a Confraternização em Maringá, compareceram mais de 200 pessoas de Mundo Novo, para abrilhantar a Festa de Fim de Ano na Cidade Canção.


Numa prova inequívoca de absoluta liderança no ramo de confecções em geral e estamparias, o Empresário Odenir esbanjava largos sorrisos, acompanhado da esposa, que de igual modo, abraçava a todos durante o Magnífico Evento. Notava-se no rosto de cada participante a alegria que contagiava o ambiente na noite de sábado, quando o amplo salão do CTG recebeu as vibrações de tanta gente feliz.

Já no início, foi celebrada a Missa da Confraternização em moldes modernos, onde o Sacerdote abençoava as famílias presentes, realizando ato penitencial e conclamando a todos para ouvirem a Palavra de Deus. Teve o sagrado momento da Comunhão, assim como o Ofertório e os mais belos Cânticos de Exaltação ao Criador.

Sorteio de Prêmios

Os organizadores se preocuparam em dar uma festa à altura, com zelo e muita dedicação aos que promovem o Progresso e o Desenvolvimento das Empresas Integrantes do Grupo DIMATEX. Momento muito especial foi quando veio o anúncio do Sorteio de mais de 70 Prêmios entre os Funcionários Presentes. Por último foi sorteada uma moto, deixando muito alegre a costureira Lucilene dos Santos Campelini, que foi a sortuda da noite festiva.

Agradecimentos Especiais

Dentre tantos agradecimentos, Odenir emocionado chamou a primeira funcionária, Adelaide, rendendo-lhe significativa homenagem pelos mais de 20 anos se serviços prestados à Empresa, e que agora está se aposentando.

Jantar de Confraternização

Regado ao bom champagne, cerveja e refrigerantes, foi servido um delicioso Jantar, com iguarias da época e muita fruta. As equipes que serviam o bom alimento eram treinadas, cujo atendimento estava acima da média. O ambiente todo decorado e Luzes de Natal levavam as pessoas a uma espécie de êxtase, uma coisa inexplicável.

Baile e Animação

Após tantos momentos de alegria e descontração, chegou a hora de todos se esbaldarem, dançando e se divertindo ao som de músicas apropriadas até a madrugada de domingo.

Sabedoria Popular

De todos os serviços da roça,
o pior deles é morrer.

Pensamento - IVCMII - 4902

"Ciência é o conhecimento organizado.
Sabedoria é vida organizada." (Immanuel Kant)

Pensamento - IVCMI - 4901

                     "Quem luta não perde tudo.
                  Perde quem fica de braços
             cruzados. Quem luta deixa,
         pelo menos, um exemplo
     a ser seguido." (Félix de Athayde)

Pensamento - IVCM - 4900

  “O segredo é demorar o sofrimento,
    cozinhá-lo em lentíssimo fogo, até
que ele se espalhe, diluto, no infinito
do tempo.” (Mia Couto)

Pensamento - IVDCCCXCIX - 4899

         "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça
as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se
contra as ameaças." (Sun Tzu)

Pensamento - IVDCCCXCVIII - 4898

"Tudo o que é rigorosamente proibido
é ligeiramente permitido." (Roberto Campos)

Pensamento - IVDCCCXCVII - 4897

                "Quantas preocupações desaparecem
             quando a gente se preocupa não em ser
alguma coisa, mas em ser alguém." (Coco Chanel)

Pensamento - IVDCCCXCVI - 4896

"Um homem pode possuir o mundo
e mesmo assim ser infeliz." (Lucius Annaeus Sêneca)

Pensamento - IVDCCCXCV - 4895

   "Combater contra si mesmo é a guerra
mais difícil; vencer a si mesmo, a vitória
mais bela." (Friedrich von Logau)

Artigo: Rumo a Porto Velho - A/01085

Rumo a Porto Velho, RO



Partida de Porto Alegre (17.12.2011). Chegamos ao Aeroporto Salgado Filho antes das sete horas, nosso vôo tinha a partida marcada para as 07h53. A enorme fila frente aos portões de embarque confirmava que o “caos aéreo” das festas de fim de ano já se instalara. Apesar do atendimento da Gol ter sido perfeito, as instalações aeroportuárias se mostravam extremamente acanhadas mesmo com o reduzido número de vôos previsto para aquele horário. A confusão era geral, partimos com 30 minutos de atraso. No deslocamento até Porto Velho constatamos uma total falta de educação dos passageiros em relação ao uso de aparelhos eletrônicos a bordo, apesar dos insistentes apelos da tripulação.

- Chegada em Porto Velho (17.12.2011)

Céus de Rondônia
(Letra: Joaquim de Araújo Lima
Música: José de Mello e Silva)

Quando nosso céu se faz moldura
Para engalanar a natureza
Nós, os bandeirantes de Rondônia,
Nos orgulhamos de tanta beleza.
Como sentinelas avançadas,
Somos destemidos pioneiros
Que nestas paragens do poente
Gritam com força: somos brasileiros! (...)

A viagem transcorreu sem maiores alterações e a aeronave pousou pontualmente às treze horas, hora local, no Aeroporto Internacional de Porto Velho – Aeroporto Governador Jorge Teixeira. Em virtude do fuso horário e horário de verão teríamos um extenso dia de 26 horas. O Tenente-Coronel da Arma de Engenharia Moacir Rangel Junior, Comandante do 5° Batalhão de Engenharia de Construção (5° BEC) - Batalhão Carlos Aloysio Weber, havia escalado o Tenente Thiago Teixeira Baptista e o Soldado Keiles para nos recepcionar no Aeroporto e nos alojar no Palacete do Rio Madeira. O Palacete é uma Casa de Apoio para Oficiais do 5° BEC, e tem a finalidade de apoiar oficiais e comitivas do 2º Grupamento de Engenharia que se deslocam para a guarnição de Porto Velho, a serviço.

Depois de devidamente recepcionados e instalados, pelo Soldado Guilherme Fialho, o Tenente Teixeira fez um “tour” pela cidade mostrando suas instalações mais relevantes e discorrendo sobre sua história. De todos os locais visitados o que mais nos impressionou foi o “Parque Memorial Madeira Mamoré”.

- Questão do Acre e o Pusilânime “Tratado de Petrópolis”

Se a insistência da Bolívia fosse irredutível, seria melhor abrirmos mão das negociações, deixando-a entregue à sua fraqueza contra os insurgentes do Acre, mais capazes de resolver a questão do que o governo brasileiro, na situação a que o condena, por um lado, a debilidade lastimável dos nossos meios e ação militar, por outro a repugnância invencível da nossa gente em ceder ao estrangeiro um palmo de terra, ainda recebendo em retorno a vastidão territorial de um novo Estado. (Ruy Barbosa de Oliveira)

O tratado determinava que o Brasil indenizasse a Bolívia com 2 milhões de libras esterlinas em troca de um território que incorporaria. O Brasil comprometeu-se, ainda, a entregar áreas da fronteira do Mato Grosso que totalizavam 3.164 km², bem como iniciaria a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a “Ferrovia do Diabo”.

- Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM)
Por Antônio Cândido da Silva, 09 de Novembro de 2006

Bem no meio da mata
Onde o Rio serpenteia
Entre tarântulas às toneladas
Palmeiras e seringueiras
Há um bando de trabalhadores
Pegando pesado sem parar
Para terminar a ferrovia
Que levará borracha ao mar.
(Operário da EFMM)

A ocupação do Vale do Guaporé pelos portugueses, e mais tarde, o alto preço da borracha no mercado mundial, levou toda a região do alto Madeira e Mamoré a intensificar a produção da colheita do látex. Por outro lado, era já um sonho antigo a ligação do Mato Grosso (Vila Bela) com o Atlântico, pelos dos rios Guaporé, Mamoré, Madeira e Amazonas. A Bolívia, que fazia parte do território de Charcas, após a guerra pela independência, perdeu para o Peru a saída que tinha para o mar, nascendo daí o interesse em chegar ao Atlântico, pelos rios brasileiros.

As cachoeiras do Rio Madeira eram as grandes dificuldades naturais para o escoamento da produção comercial do Brasil e da Bolívia, pelos rios da região que agora, com o Tratado da Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição, promulgado em 27 de março de 1867, dava à Bolívia o direito de, pelos rios brasileiros, chegar com seus produtos até o Atlântico.

A ideia de se construir uma ferrovia partiu do general boliviano Quentin Quevedo e do engenheiro brasileiro João Martins da Silva Coutinho, o primeiro descendo o Rio Madeira em 1861, e o segundo subindo o Rio no mesmo ano, por determinação do presidente da província do Amazonas e de cujo relatório consta que: “Da primeira a última cachoeira há 70 léguas, segundo o major Serra. O melhor meio de transpor esse obstáculo é abrir uma estrada que ligue os dois pontos extremos, pela margem direita. A estrada pode vir a ter 50 léguas, em conseqüência da grande curva que descreve o Rio ao poente. Da última cachoeira à Vila Bela podem navegar vapores que demandem de seis a sete palmos d’água. No caso de construir-se uma estrada de ferro para vencer as cachoeiras a viagem da Corte (Rio de Janeiro) à Vila Bela podia ser feita em um mês”.

Por ordem do imperador Dom Pedro II, em 27.03.1867, foi criada a Comissão chefiada por Fraz Keller para fazer os estudos preliminares para a construção de uma ferrovia na área das cachoeiras. Enquanto isso, no México, Quentin Quevedo veio conhecer George Earl Church que se interessou por seu projeto para construir a ferrovia. Após conseguir o aval do governo boliviano e a permissão brasileira para a construção, Church, na Inglaterra, conseguiu financiar o seu projeto com a condição de que a firma inglesa Public Works fosse a empresa construtora.

No dia 26 de junho de 1872, vinte e cinco engenheiros ingleses com grande quantidade de material, desembarcaram em Santo Antônio do Madeira, que seria o ponto inicial da ferrovia. Um ano depois, em 09.07.1873, os ingleses abandonaram tudo ao relento, vencidos pelas doenças que assolavam a região, sem haver assentado um único trilho.

Para tentar restabelecer a confiança no empreendimento, Church tenta conseguir uma empresa que com recursos próprios, iniciasse os trabalhos e implantasse os primeiros quilômetros da ferrovia. Essa firma seria a Dorsay & Caldwell, empresa americana, que assinou o contrato em 17 de setembro de 1873, comprometendo-se a implantar os 15 primeiros quilômetros da ferrovia com o material já existente em Santo Antônio, deixado pela Public Works.

Em fins de janeiro de 1874, um engenheiro, um ajudante e dez trabalhadores, chegavam a Santo Antônio, para voltar, poucos dias depois, doentes e apavorados pela morte de um dos trabalhadores e a empresa Dorsay & Caldwell, transfere a concessão para a construção da ferrovia à empresa empreiteira de Londres, a Reed Bross. & Co.

"No dia 24 de janeiro de 1874, chegaram a Manaus um engenheiro, um ajudante de engenheiro e dez trabalhadores, todos norte – americanos, enviados pela firma Dorsay & Caldwell. Imediatamente seguiram para Santo Antônio, onde iriam tomar as medidas necessárias para o início dos trabalhos"

A informação prossegue do seguinte modo:

"Vendo-os transitar de volta para os Estados Unidos, o engenheiro Souza (Antônio Alvares dos Santos Souza) registrou no seu diário, de maneira lacônica: regressaram com falta de um, por ter falecido". Em agosto de 1875, a demanda judicial no tribunal inglês favorecia as aspirações de Church que tentou, junto À Reed Bross & Co., Iniciar os trabalhos, no entanto a empresa inglesa não demonstrou o menor interesse no negócio, por isso, em 18 de janeiro de 1877, Church anula o contrato com a empresa, indenizando-a em 25.000 libras, e parte para os Estados Unidos, desesperado, para reiniciar os trabalhos e provar que a Public Works não tinha razão quando declarou nos tribunais de Londres que a construção da ferrovia era uma missão impossível de ser realizada. O processo judicial movido contra a Madeira - Mamoré Railway Co. Ltda. favorecia os sonhos de Church; bastava que ele conseguisse uma empresa que, com recursos próprios, iniciasse a implantação da ferrovia, para que o dinheiro retido nos tribunais londrinos fosse liberado, em parcelas, de acordo com o andamento dos trabalhos. Na Filadélfia, Church conhece Franklin B. Gowen, Presidente da Philadelphia and Reading Coal and Iron Co., que previu a possibilidade de fornecer por meio de sua Companhia, o material necessário para a implantação da ferrovia, leva Church até os irmãos Phillip e Thomas Collins e o contrato entre a P.&T. Collins e a Madeira - Mamoré Railway Co. é assinado em 25 de outubro de 1877.

Os jornais americanos fizeram uma campanha maciça de divulgação, mostrando a competência da nação que ia implantar em plena selva amazônica uma estrada de ferro, e mostrar ao mundo as belezas do paraíso terrestre. Tudo era preparado em clima de festa, como se a grande tarefa não passasse de um piquenique que viriam fazer na floresta tropical. A partida se deu do porto da Filadélfia, no dia 4 de janeiro de 1878 e foi em clima de festa que o vapor Mercedita deixou o cais naquela noite, levando no seu bojo, 54 engenheiros que representavam a nata da engenharia americana na construção de ferrovias, grupo igual nunca antes reunido em empreitada desse tipo, além dos demais componentes da equipe, no total de 227 pessoas, o Mercedita transportava, ainda, 200 toneladas de máquinas e ferramentas e 350 toneladas de carvão mineral.

Em Belém, o grupo dividiu-se em dois e a primeira turma chegou a Santo Antônio no dia 19 de fevereiro no vapor Arari, fretado pela Companhia, e no dia 7 de março, rebocado pelo Arari, chega o Mercedita com o restante do pessoal. Além do Mercedita, outro navio, o Metrópolis, que também saiu do porto da Filadélfia, naufragou na praia de Currituck, onde foram recolhidos 80 mortos, dos duzentos e quarenta e seis passageiros embarcados, além de perder todo o material que transportava.

A insalubridade de “Santo Antônio, o lugar onde o diabo perdeu as botas”, aliada à falta de alimentação começaram a fazer as suas vítimas. No dia 23 de março, Thomas Collins chega a Santo Antônio e começam a construção de uma serraria, um armazém, duas residências e é iniciado, também, o “Casarão” que ainda hoje pode ser visto em Santo Antônio. Entre os trabalhadores trazidos por Thomas Collins vieram 218 italianos, que aqui passaram a exigir salários iguais aos americanos e irlandeses que faziam parte de uma turma de funcionários qualificados. Como não conseguiram seu intento, rebelaram-se. Thomas Collins prendeu e deportou para Manaus os líderes do movimento. Alguns desceram o Rio Madeira em jangadas e 75 deles fugiram pela mata em direção à Bolívia, sem nenhum instrumento, e nunca mais se teve notícia deles.

A partir de maio, praticamente todo o pessoal estava doente por causa da má alimentação e falta de medicamentos. A situação foi se agravando e em agosto, término do contrato, praticamente todo o pessoal abandonou o trabalho. Em julho, a situação se agravou e apesar de estar decretada a falência da empresa, Thomas Collins não perdia o entusiasmo. Em setembro, com a chegada de 400 nordestinos vindos do Ceará, sobreviventes da grande seca e da peste de 1877, o trabalho continua, no entanto, os nordestinos “morriam como moscas” e Santo Antônio era a imagem da desolação.

A partir de janeiro de 1879, não havia mais o que fazer. Os poucos americanos que resistiam estavam doentes e famintos. Mister Collins e George Gray foram atacados pelos índios e, apesar de flechados, escaparam com vida por milagre. Finalmente, no dia 19 de agosto de 1879, os últimos sobreviventes deixam Santo Antônio, abandonando tudo, deixando de positivo apenas sete quilômetros de trilhos assentados e o levantamento topográfico de cento e dez quilômetros. Três anos depois, por ordem do imperador do Brasil, foi criada em 25.11.1882, uma Comissão chefiada pelo engenheiro Carlos Alberto Morsing, destinada a fazer o levantamento para a construção da ferrovia. A sua chegada a Santo Antônio aconteceu em 19 de março de 1883. Pouco tempo depois, vários membros da Comissão encontravam-se doentes, inclusive Carlos Morsing, que viaja para tratamento de saúde, deixando na chefia o Engenheiro Júlio Pinkas que consegue resistir até o dia 19 de agosto desse mesmo ano quando viaja para Manaus com os demais sobreviventes.

Carlos Morsing retorna, chegando a Manaus no dia 4 de setembro, termina o levantamento e apresenta o seu relatório que foi contestado pelo Engenheiro Pinkas. Diante disso, o governo determina que Carlos Morsing volte e refaça o seu trabalho. Carlos Morsing se recusa e Pinkas é nomeado o novo chefe da Comissão, cujo resultado final também foi contestado pelos engenheiros que tinham em Carlos Morsing um exemplo de competência.

Com a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, entre a Bolívia e o Brasil, agora sob o regime republicano, para resolver os problemas de fronteira entre os dois países. Com o incidente do Acre, o governo brasileiro obriga-se a construir uma ferrovia em território brasileiro no trajeto entre Santo Antônio, no Rio Madeira até Guajará-Mirim, no Rio Mamoré.

A concorrência foi vencida pelo Engenheiro Joaquim Catramby que, mais tarde, vendeu-a a Percival Farquar. Embora Santo Antônio já fosse um pequeno povoado, os americanos resolveram, por várias razões, iniciar a construção da ferrovia, sete quilômetros abaixo de Santo Antônio, no lugar denominado Porto Velho, levando com isso o governo brasileiro a renegociar a cláusula VII do Tratado de Petrópolis. Farquar criou a Madeira Mamoré Railway Co. e por meio dela contrata os serviços da empresa May & Jakyll que depois junta-se a John Randolph, formando assim a May Jakyll & Randolph, responsável pela construção. Os trabalhos seriam supervisionados pela Madeira – Mamoré Railway Co. Saíram de New York em 6 de maio de 1907 e chegaram a Santo Antônio em 20 de junho do mesmo ano. Naquele ano fizeram o levantamento do acervo deixado pela P.& T. Collins, foi construído o hospital da Candelária e os serviços de frente já se encontravam adiantados. No entanto, as doenças já faziam as suas primeiras vítimas e o relatório do hospital, naquele ano, registrava o falecimento de seis pessoas.

No final de 1909, a ferrovia já contava com 74 quilômetros construídos e Farquar consegue junto ao governo brasileiro, o arrendamento da ferrovia e de vários seringais, pelo prazo de 60 anos. Em dezembro desse ano, Rondon chegava a Porto Velho, concluindo a trilha para a implantação da linha telegráfica, Cuiabá – Santo Antônio.

No ano de 1910, Osvaldo Cruz e Belisário Pena estiveram no local da construção da ferrovia, para estudar uma maneira de fazer o saneamento da área e, também nesse ano, os trilhos chegavam à cachoeira de Três Irmãos.

No dia 7 de setembro de 1911, os trabalhos de implantação da ferrovia chegam a Abunã e, em 31 de abril do ano seguinte, atinge Guajará – Mirim, sendo inaugurada no dia 1º de agosto. Dos homens contratados pela empresa construtora, num total de 21.817, haviam falecido 1.522 durante o período da construção. A Estrada de Ferro Madeira – Mamoré estava concluída, no entanto a Bolívia, nesse ano, já chegava ao Pacífico por duas ferrovias e estava sendo concluída a sua ligação com o Atlântico, pela Argentina. O canal do Panamá estaria concluído dentro de três anos e, com isso, a Madeira – Mamoré só daria lucro nos dois primeiros anos de atividades, pois a produção ordenada dos seringais do Oriente fariam cair o preço da borracha no comércio internacional.

A grande recessão mundial, que começou em 1914, levou Percival Farquar à falência em 1919 e, só então, os investidores ingleses e canadenses que tinham recursos administrados por Farquar, verificaram que o dinheiro de suas ações havia sido utilizado para a constituição da Empresa Madeira – Mamoré Railway Co., e por força do contrato de concessão firmado com o governo Brasileiro foram obrigados a assumir a administração da ferrovia, o que fizeram durante doze anos. Em 30 de junho de 1931, os ingleses pararam as atividades da ferrovia durante 8 dias, e, com isso, o contrato foi rompido. Foi assim que, no dia 10 de julho de 1931, por determinação do Presidente Getúlio Vargas, Aluízio Pinheiro Ferreira, assume a direção da ferrovia, no entanto, somente em 5 de abril de 1937, o contrato foi oficialmente rescindido com o pagamento do acervo construído pela Madeira – Mamoré Railway Co.

Em 1966, depois de 54 anos de atividades, praticamente acumulando prejuízos durante todo esse tempo, o Presidente da República, Humberto de Alencar Castello Branco, em 25 de maio de 1966, determina a erradicação da Estrada de Ferro Madeira – Mamoré que seria substituída por uma rodovia. Em 10 de julho de 1972, as máquinas apitaram pela última vez e, a partir daí, o abandono foi total até, que em 1979, o acervo começou a ser vendido como sucata para uma siderúrgica de Mogi das Cruzes, em São Paulo. Com a mobilização popular, o empenho de Associações Paulistas ligadas à preservação ferroviária e do Governador Jorge Teixeira de Oliveira, a venda foi suspensa.

A Fundação Pró – Memória realizou um seminário em Porto Velho, de 26 a 29 de novembro de 1980, resultando na reativação da ferrovia em um trecho de 7 quilômetros, entre Porto Velho e Santo Antônio, inaugurado no dia 5 de maio de 1981. Hoje o trecho recuperado atinge a vila de Teotônio, no quilômetro 25, mas, por falta de recursos para manutenção, o trem trafega apenas no primeiro trecho, mesmo assim, precariamente.

- Parque Memorial Madeira Mamoré

“as obras de restauração do conjunto rotunda/girador/oficina marcarão uma mudança no modo de ver a relação do Rio Madeira com Porto Velho. A cidade está virada ‘de costas’ para o Rio e a recuperação de uma área como o pátio da EFMM, complementada pela obra que se iniciou, fará que a população, através do contato, se aproprie do Rio como parte da paisagem. Esta obra será mais um passo para que a cidade una dois dos seus maiores patrimônios: o histórico (EFMM) e o natural (Rio Madeira). (Giovani Barcelos - arquiteto e urbanista do IPHAN)

No dia 10 de novembro de 2005, a ferrovia foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e em 28 de dezembro de 2006, a Portaria 108, considerou a EFMM como Patrimônio Cultural Brasileiro. IPHAN, em novembro de 2011, iniciou as obras de restauração da grande oficina da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que possui 5.700 m2 e 13 metros de altura. A previsão é de que as obras estejam concluídas até 2014 quando as locomotivas percorrerão um trecho 8 quilômetros entre a Estação de Porto Velho e Santo Antônio.

(Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 19 de dezembro de 2011)