A disputa eleitoral entre Alcides Bernal e Edson Giroto
deve pôr fim à hegemonia política em Campo Grande
As eleições do próximo domingo em Campo Grande vão definir, além do prefeito,
o futuro de uma hegemonia de 19 anos do PMDB na cidade.
A disputa opõe Edson Giroto (PMDB) a Alcides Bernal (PP), que venceu o
primeiro turno com 40,1% dos votos válidos, contra 27,9% do peemedebista.
A campanha do primeiro turno foi marcada por vídeos com ataques a Bernal que
foram parar na internet. O pepista acionou a Justiça para retirar o material do
YouTube e o diretor-geral do Google no Brasil acabou detido por algumas horas
por desobediência.
Já a polêmica do segundo turno é a recusa de Bernal a participar de debates.
Líder na pesquisa Ibope com 63% das preferências, contra 30% de Giroto, o
candidato do PP anunciou que participará de apenas um de quatro debates
previstos e citou dificuldades de agenda.
O engenheiro civil Giroto, 53, tenta chegar à prefeitura com promessas como
asfaltar 3 milhões de metros quadrados de ruas e recapear vias em 2.550 quadras.
Giroto se comprometeu também a construir viadutos e túneis e a atender
"todas" as famílias que precisem de assistência social.
Ele tem o apoio do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelsinho
Trad (PMDB). O vice da chapa é Dagoberto Nogueira Filho (PDT).
Já Bernal tenta se eleger com a promessa de fazer Campo Grande crescer "40
anos em quatro". Comprometeu-se a construir viadutos, passarelas, creches e
habitacionais.
Confiante na popularidade que alcançou no rádio e na TV, Bernal lançou-se
candidato em chapa pura. No segundo turno, ganhou apoio de PT, PV e PSDB.
O vice de Bernal é Gilmar Olarte (PP), membro da Assembleia de Deus Nova
Aliança do Brasil.
Bernal, 47, é formado em direito. Radialista há 20 anos, tinha um programa de
música sertaneja e comandou programa na TV.
Em 2004, elegeu-se vereador pelo PMN. Em 2008, foi reeleito pelo PP. Hoje é
deputado estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário