APOCALIPSE
Toda literatura apocalíptica é
escatológica, ou seja, aborda a questão dos “fins dos tempos”, o término de
mundo conforme é do conhecimento religioso, ou o final de uma era para os
iniciados. Nem toda literatura escatológica é apocalíptica. Pode-se falar
sobre o espírito e seu destino, e isso nos levaria a tratar sobre aspecto
escatológico normal, mas ao mesmo tempo, nada de distintamente apocalíptico
estará sendo envolvido nesse ensino.
Apocalipse em grego
(αποκάλυψις – Apocalipses) é uma palavra composta, que significa “um
desvendamento”, uma revelação, é o livro da Bíblia que possui extensas
profecias sobre o futuro, mais que qualquer outro livro ali contido.
Na literatura Judaico-Cristã,
está identificado o período das escritas apocalípticas entre 600 AC e 120
DC. Essa literatura antecipa o final de um ciclo histórico, a saber: o
ciclo Judaico, o que se daria em meio a dores severas antes do nascimento da
Era Cristã. Os apocalipses cristãos refletem o desapontamento dos
discípulos, os quais não viram o estabelecimento do Reino de Deus em sua
época. Esse desapontamento foi natural e se pensou que os acontecimentos
que foram tomados como necessário no início do Reino deveria ser transferido
para o futuro, o tempo da volta do Messias, não mais sendo atribuído ao seu
primeiro advento. Isso preencheu a laguna psicológica, mantendo os homens
na esperança do estabelecimento do Reino.
Os apocalipses Judaicos foram
escritos no período da prisão na Babilônia e no período da servidão Grega,
principalmente na época de Antíoco Epifânio, e posteriormente acompanhando as
perseguições que houve naquele período histórico. Essa literatura
apocalíptica teve a finalidade de dar aos homens a “esperança quanto ao
futuro”, sendo que o povo judeu passava por período dificílimo. Essa
esperança futura era ressaltada através do grande libertador, o Messias
prometido e o estabelecimento de seu Reino.
Pode-se notar que os
“apocalipses” cristãos e a literatura apocalíptica judaica conservavam a
necessidade psicológica de “saltar” por “cima” de um presente difícil, a fim de
levar os seres a terem esperança e fé firme de que se cumpriria uma nova era de
vitória e realizações espirituais, embora isso não dispensasse grande
agonia. Também é verdade que apesar da atividade da literatura
apocalíptica nunca ter se tornado uma questão central no judaísmo, e apesar de
que a maioria dos rabinos judeus a ignorava essencialmente, contudo, essas
escritas serviram ao seu propósito; embora nunca tenham ganhado posição
canônica. Em contraste com o judaísmo a Igreja Primitiva Cristã, era
dominada pela crença apocalíptica. O fato do Reino de Deus não ter se
materializado deu aos primeiros discípulos de Cristo a ardente esperança que a
Segunda vinda de Cristo seria eminente.
A literatura apocalíptica tem
a finalidade presente. Os que crêem têm a força espiritual aumentada para
passar pelas aflições, desapontamentos e pressões desta era ímpia em que
vivemos. Toda vitória que foi antevista torna a crise amenizada, dissipando os
horrores da época presente. As escritas apocalípticas prometem que o mal
será devastado e que o Reino será estabelecido.
Os livros apocalípticos são
sempre reveladores. Há atividades místicas, sonhos, visões, revelações, viagem
astral e tudo quanto transcende a era presente. Cremos que os apocalipses
não-canônicos envolvem algumas experiências místicas de grande valor, podemos
citar: O livro dos mortos Egípcios, centúrias de Michael de Nostradamus e
muitos outros.
A Bíblia apresenta três livros
apocalípticos: Ezequiel, Daniel e Apocalipse, os quais contêm esboços do futuro
e que são confirmados pelos profetas, místicos e iniciados.
O livro de Apocalipse emprega
verdades místicas e simbólicas ao invés de verdades físicas e literais. A
religião pode ser aceita e aprendida sem base nos acontecimentos reais, ou
passado, ou em antecipação do futuro. O meio de transmitir a verdade
dentro do misticismo é através de símbolos. Um símbolo pode ser válido,
sem se importar que por detrás dele tenha algum acontecimento físico e literal.
A literatura apocalíptica é
determinista, indica a vitória eventual do mundo vindouro sobre o mundo
presente, e o triunfo do bem sobre o mal como algo determinado pelas mãos do
Pai Celestial. Em alguns capítulos a literatura apocalíptica apresenta-se
pessimista e otimista ao mesmo tempo. Expões quadros horríveis, mostra a
depravação dos seres, a decadência, vindo o julgamento e logo em seguida o Novo
Mundo de resplendor, beleza e incrível progresso. O tratado de apocalipse são
instrumentos éticos, pois convocam os homens a andarem em retidão.
A literatura apocalíptica está
contida em alguns trechos do Velho Testamento, com exceção ao livro de Daniel
que é totalmente apocalíptico. Existem porções citadas nos livros
proféticos, como o do capítulo 24 ao capítulo 26 de Isaías. No tempo de
Macabeus, por volta de 200 AC, teve início a literatura apocalíptica, com o
surgimento do livro de Enoque (em etíope). Os livros neotestamentários usam
porções do livro de Enoque, como na Epístola de Judas. O Livro de Jubileus, 200
AC. A assunção de Moisés (livro também usado na Epístola de Judas), data do I
século AC. Os Livros, IV e II Esdras e o Apocalipse de Baruque datam final do I
século DC.
Na Literatura de Qunran
existem vários fragmentos de Apocalipses. No Novo Testamento podemos citar como
livros não-canônicos os seguintes:
- Apocalipse de Pedro,
início do século II DC, que ressalta o sofrimento dos ímpios e a recompensa do
justo.
- Ascensão de Isaías,
obra compilada do século II ao século IV DC, livro misto de Judaísmo e
Cristianismo.
- O Pastor de Hernas,
obra semiapócrifa, que data do meado do século II DC.
- No próprio Novo
Testamento temos os pequenos apocalipses; nos capítulos XXIV e XIII dos
evangelhos de São Mateus e São Marcos, ambos com derivação da mesma fonte, com
base em declarações proféticas do próprio Mestre Jesus, o Cristo. O quinto
capítulo da primeira Epístola de Tessalonicenses e o segundo capítulo da
Segunda Epístola aos Tessalonicenses são escritos apocalípticos de Paulo.
Mas o Apocalipse de João é o livro apocalíptico por excelência, tanto do ponto
de vista literário como do ponto de vista das previsões proféticas. Com relação
à autoria dos livros de João, existem duas posições extremas: Evangelho de João,
I, II e III Epístolas e Apocalipse.
I - O Evangelho e as epístolas
são atribuídas a João, o discípulo amado de Jesus.
II - O Apocalipse teria siso
obra de um outro João, o ancião ou vidente da Ásia Menor, embora também
pertencesse à Escola Joanina.
Essas duas correntes com
declarações simplistas estão sujeitas as disputas, mas é tão boa quanto a
qualquer outra ideia que já tenha sido apresentada. Pelo menos é certo
que o Evangelho de João e o Livro de Apocalipse não podem ter sido escrito pelo
mesmo autor. A gramática empregada no Evangelho de João é correta, porém
de um grego simples. Mas o grego empregado no livro de Apocalipse é rude,
sem concordância e erros verbais. Foi escrito por um judeu que tinha o
grego como sua segunda língua. Pensava em hebraico e algumas de suas ideias só
podem ser compreendidas quando reconstituídas em “hebraico tentativo” ou
aramaico.
Justino, o Mártir, atribuía a
autoria do Livro de Apocalipse ao apóstolo João. Esse ponto de vista foi
aceito na Igreja da época; em outros lugares essa afirmação de Justino era
combatida e nem aceita. O próprio livro não afirma ser de autoria de João,
pois se fosse do mesmo João, ter-se-ia identificado como tal, e existem outras
evidências internas que pode se observar que o autor não faz nenhuma tentativa
para se identificar com os doze apóstolos.
Historicamente, bem se poderia
colocar em dúvida que o apóstolo João tenha vivido até ao fim do século I DC,
ou começo do segundo século, para que pudesse ter sido o autor do livro de
Apocalipse. Há uma tradição, preservada por meio de Papias, que situa a
morte de João próxima ao tempo da morte de seu irmão Tiago, isto é, antes do
ano 70 DC. A passagem de Marcos 10:39 presumivelmente prediz isso; e
notemos que o Senhor Jesus se referiu a esses dois irmãos. Contudo, há
outras tradições que associam o apóstolo João com a Ásia Menor, referindo-se a
ele como homem idoso. E é possível que se aceitarmos estas últimas tradições
que João tenha vivido um tempo até que poderia ter escrito o livro de
Apocalipse. Irineu foi quem nos expôs essa tradição. Mas visto que
as tradições não concordam entre si nesse ponto, nada de certo pode ser
extraído delas acerca da autoria do livro de Apocalipse. George Harmatolous,
bem como um manuscrito seu, do século X DC repete essa tradição preservada por
Papias, no sentido que João morreu às mãos dos judeus, decapitado, mais ou
menos na época de seu irmão. Portanto, sem importar para este lado nos
voltemos, historicamente falando, não podemos ter certeza de que o apóstolo
João realmente teve tantas décadas de serviço em Éfeso; o que significa que não
sabemos se ele viveu o tempo suficiente, reflete as perseguições instauradas
contra a Igreja Cristã nos tempos de Domiciano, falecido em 96 D.C., ou
posteriormente.
A maioria dos eruditos
acredita com base em citações antigas, que um certo João foi quem o escreveu.
Um indivíduo que Papias chamou de “João, o ancião”, que viveu em Éfeso no
começo do século II DC, é identificado por alguns como seu autor. Eusébio faz
menção em sua “História Eclesiástica” à identidade de “dois Joãos” por parte de
Papias.
João, o Vidente. Há ainda uma
terceira possibilidade, que talvez seja mais viável que aquelas acima citadas,
a saber: que um terceiro João está em foco, o qual foi um Profeta que não foi
nem o Ancião e nem o Apóstolo. No próprio livro de apocalipse esse João não se
chama de “ancião”, conforme se vê na segunda e na terceira epístolas de João;
mas não se denomina “apóstolo”, o que é declarado no evangelho de João, em seu
epílogo (ver o seu vigésimo primeiro capítulo). Mas mui definidamente toma a
posição e o direito de um profeta, conforme se vê claramente no primeiro
capítulo do livro de Apocalipse. Observar que no capítulo 29:9, onde se vê que
o profeta no Novo Testamento, em seu sentido especial, são “servos do Senhor”,
o que é repetido no capítulo 1:1; 10:7; 11:18; e 22:26. O autor recebeu
ordem de profetizar. (ver Ap. 1:3; 10:11 e 22:7, 10,18.) Mui
provavelmente o autor foi um judeu da Palestina, homem dotado de pensamentos e
de discernimento profundo. O aramaico era seu idioma natural e o grego
era apenas um idioma adquirido. (Compare-se isso com reivindicações similares e
declarações de um outro profeta, Hernas, e o Didache “Didaquê”, escrito cerca
de 100 DC, que mostram que os profetas cristãos eram altamente estimados).
O
fato que João, o Vidente, conhecia e se utilizou de obras apócrifas e pseudoepígrafes
do Antigo Testamento, indica na opinião de alguns eruditos, que ele deve ter
sido um João que vivia fora da Palestina, pois tais livros eram favorecidos principalmente
entre os judeus da dispersão. Nesse caso, ele deve ter vivido relativamente
isolado, na comunidade judaica, pois, de outra maneira, o seu grego teria sido
melhor. Porque nenhum judeu alexandrino teria abusado tanto do idioma grego
como o fez o autor sagrado, se porventura tivesse qualquer educação relativa à
gramática.
A ESCOLA JOANINA.
Apesar da gramática do livro
de Apocalipse mostrar que o autor sagrado não pode ser identificado com o autor
do Evangelho de João, há certa similaridade, em pensamento e conceito, que
podem ser corretamente tidos como sinais de identificação do autor com a escola
Joanina de Éfeso.
Consideremos os seguintes pontos:
I - Há a comparação de
frases similares: João 16:2 com Ap. 2:2; João 13:8 com Ap. 20:6; João
3:8, 21 com Ap. 22:15; João 07h37min com Ap. 22:17.
II - Há a mesma significação
teológica conferida a termos teológicos como “vida”; “morte”;
“glória” e “sede”.
III - Algumas palavras e
frases são mais frequentemente usadas pelos dois autores do que em qualquer
outro livro do Novo Testamento. A conclusão que disso tudo se pode extrair é
que esses cinco livros: o Evangelho, as três Epístolas e o Apocalipse
foram produzidos pela mesma escola, a Escola Joanina de Éfeso.
Consideremos ainda três pontos distintos:
I - O Evangelho de João
deve ter sido escrito por um discípulo imediato de João, que perpetua sua
tradição, incluindo suas narrativas e seu testemunho. O Evangelho de João
é corretamente chamado “de João”. No mesmo sentido em que o Evangelho de Marcos,
poderia ser chamado “de Pedro”, porquanto tal evangelho preservou para nós a
tradição apostólica que chegou até nós, com base na memória de Pedro.
II - As epístolas
joaninas poderiam ter sido escritas por esse mesmo autor. A primeira
epístola de João certamente o foi. Seja como for, outro elemento da
escola Joanina esteve envolvido, se não foi a mesma pessoa.
III - O Apocalipse foi
escrito por João o Vidente e não pelo Ancião ou pelo Apóstolo,
embora tivesse sido ele, por igual modo, um membro da Escola Joanina.
DEPENDÊNCIA
LITERÁRIA
I - O Antigo Testamento.
O Autor do livro de Apocalipse, nunca cita diretamente o Antigo Testamento, mas
em um total de quatrocentos e quatro versículos, duzentos e setenta e oito
encerram alguma forma de referência ao Antigo Testamento. Foi observado
que Marcion o rejeitou como “autoritativo”, já que cria ele que o
judaísmo é opositor do cristianismo e não seu progenitor. O
Autor parece não ter usado a Septuaginta, mas parece ter feito suas
próprias traduções e paráfrases. Parte disso porém, provavelmente foi
influenciado pela literatura comum e popular da Septuaginta. Alguns
eruditos supõem que ele tenha usado um manuscrito grego ou manuscrito
hebraico do Antigo Testamento, diferente do texto padrão da
Septuaginta, conforme chegou até nós; mas isso é menos provável do
que diz a outra posição. Uma lista quase completa de alusões e citações
parciais, extraídas do Antigo Testamento existentes no livro de
Apocalipse. O livro de Apocalipse é fortemente judaico em seu
caráter; mas isso não nos deve impedir de perceber a Igreja nos capítulos
quinto a décimo-nono, conforme afirmam erroneamente alguns interpretes. Pelo
contrário, o servo do Senhor é ali um que crê, e não um judeu de raça
apenas, conforme normalmente se pensa, o qual haverá de passar pela
grande tribulação.
II - O autor não cita as obras
pseudoepígrafes, mas é evidente que ele incorpora outras ideias e frases das
mesmas, especialmente aquelas extraídas do livro de Testamento de Levi, Enoque
e Assunção de Moisés.
III - Outros livros do Novo
testamento. O livro de Apocalipse foi escrito em uma época histórica em
que vários livros neotestamentários já deveriam ter sido escritos.
IV - Outras fontes.
Astrologia, Numerologia, Misticismo e Cabala. O judaísmo helenista
continha muitos elementos da astrologia e misticismo em parte tomados por
empréstimo de vizinhos pagãos, mas adicionados e modificados pelos místicos
judeus. O intrincado simbolismo dos números, no livro de apocalipse não
pode deixar de refletir algo dessa atividade; e como explicações que significam
esses números, podemos apelar para as tradições místicas judaicas que contêm
escritos dos rabinos cabalistas. A angelologia do livro de Apocalipse
também envolve certas adaptações de ideias astrológicas da época. Os
anjos que aparecem como governantes de nações, em esferas celestiais e
terrenas, ou que governam os ventos, as estrelas e as manifestações celestes,
eram conceitos comuns que foram tirados da astrologia e adaptados. Notem que o
autor sagrado se valeu do misticismo como âncora básica do simbolismo de seu
livro.
Nosso estudo inicia-se com
João, o Vidente, ou o Grande Iniciado, que viveu exilado na Ilha de Pátmos
(leste do mediterrâneo), onde pôde receber dos céus profecias que surpreende os
estudiosos nesse início de milênio.
SIMBOLISMO APOCALÍPTICO
Os textos de Apocalipse são
repletos de simbolismo que o pesquisador tem dedicado anos a fio em sua
interpretação. A comparação de emblemas, números, símbolos e alegorias,
têm sido uma constante hipotética de interpretações de textos com a astrologia
Assíria e Egípcia, porém sem chegar ao desfecho final das mensagens ali
contidas. Decodificou-se que o advento de uma nova era será purificado
pela dor e sofrimentos dos povos da Terra.
O Apocalipse em sua forma
natural está repleto de simbolismo e cuja interpretação, cada grupo religioso
ou filosófico tem dado conforme as suas crenças e preconceitos.
As interpretações finais estão
por vir, mas em todos os dias nascem novas interpretações sobre a obra de João
o Vidente, trazendo novos elementos, enriquecendo-o das realidades dos dias
atuais, onde as armas nucleares, a devastação ecológica e a crise econômica já
realidades vividas pela humanidade.
A linguagem contida no livro
de Apocalipse é hermética, sendo própria do uso dos iniciados. Com o
conhecimento da cabala, astrologia, numerologia, alquimia, hermetismo,
misticismo e outras ciências ocultas, a sua interpretação torna-se mais
fácil.
Vejamos:
“Revelação de
Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que
brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo enviou, e as notificou a João seu
servo;
“O qual testificou
da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.
‘“Bem-aventurado
aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas
que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Ap 1:1-3).
Revelação de Deus, através do
Anjo, sobre o futuro, o que por signos e símbolos foi revelado a João, servidor
de Deus.
“João às sete
Igrejas que estão na Ásia, a nós graças e paz da parte daquele que é, que era e
que, há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante de seu trono”.
“E da parte de
Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe
dos reis da Terra”. (Ap 1:4 e 5).
A Ásia significa o Oriente, a
origem e o mundo das causas; (no começo era o verbo) onde está o pensamento de Deus
e dos Justos; porque no princípio são os sete Elohim ou as sete forças dos
gênios da criação (Ele, os deuses) que Deus, três vezes Ele os criou.
Os sete espíritos são as
inteligências do setenário, a essência Divina está fora de qualquer número e de
qualquer forma, ela é Aquele que é que era e que será eternamente.
Como unidade diretriz de
forças, podemos representá-la como um triângulo cuja figuração representa o
equilíbrio em si mesmo e é igual a si mesmo. A altura é igual à profundidade, e
a largura da direita é igual à largura da esquerda.
Ele próprio é o cubo da suas
leis imutáveis, em que está entronizada a Santíssima Trindade que é Ele mesmo,
de onde se manifestas aos corações puros, depois por três sobre quatro para
fundar o seu dogma universal para a eternidade.
No primeiro capítulo do livro
de Apocalipse, temos referência à cabala, dando ênfase ao numero 7, número este
que os homens da antiguidade davam profundo significado, porque se relacionava
com os ciclos do ritmo humano, dos metais, astrologia, cores do arco-íris e
pedras preciosas.
RITMO HUMANO:
-
Com 7 dias o cordão umbilical do bebê cai naturalmente;
-
Com 14 dias (7X2), o recém nascido segue o movimento da luz;
-
Com 21 dias (7X3), move a cabeça;
-
Com 7 meses aparecem os primeiros dentes;
-
Com 14 meses se expressa com gestos e sons;
-
Aos 7 anos (7X1) inicia-se o controle de suas necessidades e começa a mudança
de dentes;
-
Aos 14 anos (7X2) começa a atividade sexual;
-
Aos 21 anos (7X3) está com o físico formado;
-
Aos 28 anos (7X4) inicia o desenvolvimento espiritual onde começa prevalecer o
espírito sobre a matéria;
-
Aos 35 anos (7X5) alcança a força física máxima;
-
Aos 42 anos (7X6) chega ao máximo de sua ambição material;
-
Aos 49 anos (7X7) inicia a decadência física;
-
Aos 56 anos (7X8) chega à plenitude intelectual;
-
Aos 70 anos (7X10) cessa o impulso sexual e inicia a decadência mental.
Com os exemplos acima, podemos
aquilatar João o Vidente, que conhecia profundamente as ciências herméticas,
astrologia, numerologia, cabala, alquimia e outras ciências, fazendo uso de
seus códigos na elaboração de seu livro. Como todo iniciado, empregou a
linguagem simbólica, a fim de manter os segredos ali contidos restritos à
confraria.
Podemos notar que com o
emprego do número 1, representado por um ponto no centro do círculo, número um
(1) na linguagem hermética acompanhado do círculo eterno, (zero) resultando no
número dez (10), simbolizado pela serpente Ouroboros devorando a própria cauda,
numa imagem sem princípio e sem fim.
Sol
Ouroboros (ou oroboro
ou ainda uróboro) é um símbolo representado por
uma serpente, ou um dragão, que morde a
própria cauda. É um símbolo para a eternidade. Está relacionado
com a alquimia, que é por vezes
representado como dois animais míticos, mordendo o rabo
um ao outro. É possível que o símbolo matemático de infinito
tenha tido sua origem a partir desta imagem.
Segundo o Dictionnaire des
symboles o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre
si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em
consequência, eterno retorno.
Albert Pike,
em seu livro, Morals and Dogma [p. 496],
explica: "A serpente, enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os
egípcios, os druidas e os indianos. É uma referência à criação do
universo".
A forma circular do símbolo
permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo
celeste é simbolizado pelo círculo.
Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe
uma evolução
linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num
outro nível de existência, simbolizado pelo círculo.
Para alguns autores, a imagem
da serpente mordendo a cauda, fechando-se
sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um
símbolo solar, na maior parte
das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de
imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da
contingência e do perecível.
O ouroboros costuma ser
representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a
dança sagrada de morte e reconstrução.
Pode-se referir que o
ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais
significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa
mais estável que penetra todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge
esta imagem”.
Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em
dois, que contém em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome
tudo, que abre e fecha todas as coisas”.
Registre-se ainda, na
tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”,
que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa
“serpente”.
Se o segundo símbolo constante
da nossa imagem for uma alcachofra,
diga-se que esta é tida por alguns o análogo vegetal da Fênix, pois
após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente
branca, posto o que renasce.
Geralmente, nos livros
antigos, o símbolo
vem acompanhado da expressão "Hen to pan" (o um, o todo).
Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode
simbolizar o “novo” nascimento do Iniciado.
Em relação a certos
ensinamentos do budismo
tibetano (como dzogchen e mahamudra), pode-se esboçar uma maneira
específica para vivenciar (em estado meditativo) este ato de "morder a
própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado mental atípico
(além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo.
O número cinco (5) segue este
simbolismo cuja imagem (o pentagrama, a estrela de cinco pontas está dentro de
um círculo), representa a medida do homem, de que João fala. O pentagrama
invertido refere-se ao Anticristo em muitas passagens de seu Apocalipse.
Origina-se daí a estrela de cinco pontas com o ápice para baixo ser o
símbolo de Satã e das práticas bizarras da magia negra.
Pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος)
é uma estrela composta por
cinco retas e que possui cinco pontas. Na língua portuguesa, pentagrama
significa uma palavra com cinco letras. Também é, em música, as cinco linhas paralelas que compõem
a partitura.
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Júpiter está no vértice
superior representando a prevalência do espírito sobre a matéria. A eterna
ascendência, o Deus Supremo.
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Abaixo de Júpiter estão os
Olhos, o Espírito em sua Eterna Vigilância Invisível.
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Nos lados direito e esquerdo
superior (os braços), temos Marte simbolizando a Força.
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No centro estão Mercúrio
Vênus unidos, o masculino e o feminino, que todo homem e toda mulher portam.
Representa o Hermafrodite.
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As duas Asas representam a
ascensão do Fogo Sagrado na espinha dorsal, abrindo as 7 Igrejas citadas no
Apocalipse. (sete chacras)
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O Caduceu representa a
espinha dorsal, que os poetas e mitólogos gregos se basearam nos símbolos
Egípcios. O Caduceu de Mercúrio tem duas serpentes entrelaçadas no Cajado,
representando Mercúrio ou Hermes Trismegisto. É um símbolo cósmico, sideral
ou astronômico, o mesmo que espiritual e material. Simboliza a queda da
matéria primitiva e original, na grosseira fase terrestre. As cabeças e os
corpos das serpentes representam os pontos da eclíptica em que o Sol e a Lua
se juntam. Fisicamente é o símbolo de re-estabelecimento perdido entre o
Homem e Deus.
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O Símbolo de Salomão é
representado pelo duplo triângulo entrelaçado.
Na Índia este símbolo é
atribuído a Vichnu, em quase todas as casas se emprega como talismã contra o
mal.
O triângulo sempre foi considerado
sagrado e usado como símbolo religioso no extremo oriente, alguns séculos
antes que Pitágoras proclamasse como sendo a primeira figura geométrica, a
mais completa e misteriosa de todas.
O triângulo se encontra nas
paredes internas das pirâmides e nos obeliscos com significado oculto. O
sentido em que se encontra o ápice do triângulo determina o seu significado.
Se o ápice está para cima, significa o elemento masculino e o Fogo Divino; se
o ápice está para baixo representa o elemento feminino e as Águas Materiais.
O triângulo duplo (entrelaçados) significa as seis direções do espaço e a
união do Espírito com a Matéria.
|
A
R
S
T
W
h
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Os nomes de Adão e Eva estão
escritos em hebraico na parte superior, na direita e esquerda (braços), como
vigas que sustentam a humanidade.
Na Kabalah, Adão, o
primeiro homem engendrado significa igualmente Terra Vermelha. No primeiro
capítulo de Gênesis refere-se ao primeiro varão. Adão o homem celeste, o
microcosmo. Este Adão celeste o natural do mundo espiritual. O Adão material,
ou seja, da Terra pertence à criatura.
O primeiro é a Essência
Universal, a presença da Divindade em sua essência Universal. O último é a
manifestação da inteligência na matéria. .
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O Cálice símbolo feminino
representa a mente cristalizada pelo Vinho da Sabedoria.
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O Cetro dos Patriarcas, ou o
Cajado de Moisés, é o que deve ser elevado através da transmutação da energia
Crística. Representa também a coluna vertebral
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A Espada, símbolo masculino,
a eterna guardiã do Jardim do Édem, protegendo a Árvore da Vida.
|
Na parte inferior do
Pentagrama, no final do Caduceu de Mercúrio, encontramos o símbolo que indica
“Transmutação”. Não há duvidas que exista na natureza um transmutação dos
metais inferiores em metais nobres, sendo esta crença vulgar e geral que se
tem da Alquimia. Mas a Real alquimia tem um significado simbólico puramente
psíquico, espiritual e sexual.
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T
E
T
R
A
G
R
A
M
A
T
O
M
|
É o Pentagrama Esotérico que
está circundado com a palavra “TETRAGRAMATON”, o qual é o nome do Supremo
Arbitro do Universo.
Originalmente em hebraico
possui quatro letras que são:
hwhy que transliteradas da
direta para a esquerda são:
IOD – HE – VAU – HE, ou em
letras maiúsculas de nosso alfabeto “IHVH”.
Sua verdadeira pronúncia foi
perdida.
Os Levitas jamais a
pronunciavam, e em seu lugar pronunciavam ”Adonai”, que significa Senhor.
Na Kabalah a letra I está
associada a “Hochman” hjbx que significa Sabedoria Divina; a letra H com
“Binah” hbiyb que significa Inteligência Ativa; a letra V associada a
“Tiphereth” ETRapyt que significa Esplendorosa Beleza; a letra final H,
associada a “Malchuth” tjkm que significa O Princípio das Formas.
Os cristãos em geral pronunciam
“JEOVÁ” .
As quatro letras são
sagradas e os pitagóricos juravam segredos sobre os mistérios que elas
portavam.
O significado místico
TETRAGRAMATON
|
Os números nas laterais
esquerda sobre o “TE”:
1. Significa a
Cruz – Pai.
2. Significa o Fogo
– Mãe.
3. Significa a
Alma – Filho.
Pentagrama Invertid
O Pentagrama invertido (com duas
pontas para cima), significa a verdade sobre o fato de o Espírito ser apenas
uma faceta da matéria. Pode-se observar também
que o Pentagrama com duas pontas para cima aparecia, como um dos símbolos de Baphomet. Assim sendo, o
pentagrama invertido possui significados paralelos.
O NÚMERO SETE
Também os sete Espíritos
diante do trono representam a inteligência do setentrião. A inteligência
Divina está fora de qualquer número e de qualquer forma. Ela é Aquele que
É, que era e que há de vir. Esta inteligência pode ser representada
simbolicamente como a unidade diretriz das forças, o princípio do
equilíbrio, o qual é representado pelo triângulo. O equilíbrio em
si mesmo.
A cruz e o quadrado
representam o numero 4, o triângulo representa o número 3, e a soma de 3 mais 4
é igual a 7, sendo assim considerado o número perfeito. Ou Hermes Trimegistro, O três
Vezes Grande, legou a humanidade os sete princípios fundamentais de toda
ciência, e se expressa da seguinte forma:
“Os princípios da verdade são
sete; aquele que os conhece perfeitamente, possui a chave da magia, com a qual
as portas do Templo serão abertas completamente”.
A filosofia hermética está
baseada nos sete princípios que são:
1 – O primeiro princípio do
mentalismo é que Todo é Mente; o universo é mental.
2 – O segundo princípio é o da
correspondência, tudo que está em cima é como o que está em baixo, tudo que
está em baixo é como o que está em cima.
3 – O terceiro princípio é o
da vibração, nada está parado, tudo vibra no universo.
4 – O quarto princípio é o da
dualidade; tudo tem o seu oposto; tudo tem polaridade, o igual e o desigual são
a mesma coisa. Os opostos são idênticos em natureza, mas diferem em grau,
os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todo paradoxo podem
ser reconciliados.
5 – O quinto princípio é o do
ritmo. Tudo tem fluxo e refluxo; tudo que sobe desce; tudo tem suas
marés; tudo se manifesta por oscilações compassadas; a intensidade do movimento
à direita é igual ao movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.
6 – O sexto princípio é o de
causas e efeitos; todo efeito tem a sua causa; o acaso é o nome dado a uma lei
não conhecida; tudo acontece de acordo com a lei; nada escapa à lei.
7 – O sétimo princípio é do
gênero. O gênero está em tudo; tudo tem seu princípio masculino e feminino; o
gênero manifesta-se em todas os planos.
O livro de Apocalipse é um
complexo de relações matemáticas em que a palavra decifrar é usada literalmente
na interpretação de cada capítulo. Na carta endereçada ao Anjo da
Igreja de Éfeso, o Vidente escreve:
“Isto diz aquele
que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete
candelabros de ouro”. Ap 2:1.
“Quem tem ouvido
ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Ao vencedor, deixarei que se alimente da
arvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus”. Ap 2:7.
O texto diz sobre as 7
estrelas que se originam da mão direita, correspondendo à ação. Não há
especificação quanto à posição dos dedos, deixando aberta a interpretação desse
ponto na linguagem gestual.
Cada candelabro e cada estrela
correspondem a cada uma das 7 igrejas a que as cartas são dirigidas nessa parte
do Apocalipse. Fazendo menção simbólica:
Éfeso, igreja da primeira
idade;
Esmirna, igreja da Segunda
idade;
Pérgamo, igreja da terceira
idade;
Tiátira, igreja da Quarta
idade;
Sardes, igreja da Quinta
idade;
Filadélfia, igreja da Sexta
idade e.
Laodicéia, igreja da sétima
idade.
A Árvore da Vida que se
encontra no Paraíso de Deus é a árvore que se encontra no centro do círculo da
serpente Ouroboros, evocando o Gênesis. Na sua simbologia mágica está
carregada com os frutos da sabedoria, os sonhos de imortalidade e dos
conhecimentos sobrenaturais sempre almejados pelo homem.
ÁRVORE DA VIDA.
Na carta endereçada ao Anjo da
Igreja de Esmirna, é feita referência a Satanás. “Ao Anjo da Igreja
de Esmirna, escreve: Assim diz o Primeiro e o Último, aquele que esteve morto,
mas voltou a viver.
“Conheço a tua
tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que a si mesmo se
declaram judeus e não o são, sendo antes a sinagoga de Satanás. Não temas as
coisas que tens de sofrer. Eis que o Diabo está a lançar em prisão alguns
dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias.
Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. Ap. 2:8-10.
O pregador corrompido
A primeira perfeição numérica
na linguagem simbólica é o 10, ao qual o texto se refere. Podemos notar
as variedades de relações algébricas possíveis tendo como origem o número
10. A Segunda perfeição é a
centena, e a terceira é a milhar, que se for multiplicada por 4 ou cruz, da
4.000. A Serpente Ouroboros tem o valor numérico de BETA ou a BESTA,
o fatídico número 666. O valor astrológico do Sol é o número 6; se
dividirmos 666 por 6, terá 111. Quatro mil 4.000 dividido por 111,
resulta 36,036036... ; a cifra 360 é o valor em graus do círculo da Serpente de
Ouroboros.
“E logo fui
arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado
sobre o trono. Eis que o que
estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica, e o
arco celeste está ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.
E ao redor do
trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentado sobre os tronos vinte e
quatro anciãos vestidos de vestido branco; e tinham sobre suas cabeças coroas
de ouro.
“E do trono saiam
relâmpagos e trovões e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo,
as quais são os sete espíritos de Deus”. Ap. 4:2-5.
O significado das pedras
preciosas está amarrada à astrologia, ou as sete lâmpadas de fogo, as quais são
os Sete Espíritos de Deus representam também os sete metais:
Ouro para o sol; Prata para a
Lua; Mercúrio para o planeta do mesmo nome; Chumbo para Saturno; Estanho para
Júpiter; Cobre para Vênus; Ferro para Marte. Os vinte e quatro tronos e os
vinte e quatro anciãos, correspondem a uma circunferência, onde cada trono está
a 15° distante um do outro. Ou seja: 15 X 24 = 360. Todos estão ao redor do Pai
Celestial o Supremo Árbitro do Universo, o Princípio e a Origem. O dia é
composto de 24 horas, relacionando-se com os 24 tronos.
Dando sequência a
interpretação chegará à mão do homem início de todas as medidas. O
polegar e o indicador formam um ângulo de 90°, com a mão aberta, e os três
dedos centrais completa a medida angular utilizada pelos construtores das
catedrais no período gótico, medida herdada dos construtores do Templo de
Salomão.
“E havia diante do
trono um como mar de vidro semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao
redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por traz. E o primeiro
animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e
tinha o terceiro animal um rosto como o de homem, e o quarto animal era
semelhante a uma águia voando.
E os quatro
animais tinham cada um por si, seis asas, e ao redor e por dentro,
estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia e nem de noite, dizendo:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o todo poderoso, que era, e que é, e que
há de vir”. Ap 4:6-8.
A mesma representação da
Esfinge que tinha quatro faces, simbolizando os mistérios de Tebas e Mênfis. A
primeira forma era o homem, a segunda a águia, símbolo da realiza e do ar. Com
as asas abertas, significando a grafia do Alfa. A terceira o Leão, símbolo do
fogo. Quarto, o Bezerro, o que lembra o Mictaríamos, religião que tem várias
ligações com o Cristianismo. Os olhos dos animais representam acima de
tudo, o olhar enigmático atribuído a Esfinge, local dos grandes segredos
herméticos.
A partir da mitologia Egípcia
e de outros povos antigos, é possível decodificar os símbolos do Apocalipse.
Segundo o grande cientista britânico Isaac Newton, no parágrafo dos quatro
animais, ele nos lembra que os estandartes das tribos de Israel tinham os
mesmos símbolos citados: Judá era o leão; Efraim um
touro; Ruben um homem; Dan uma águia.
Daí foram criados os
hieróglifos de Serafim e querubins que tinham no corpo as quatro faces. É evidente
que a correspondência do Apocalipse com os conhecimentos dos antigos egípcios
está presente na simbologia. “E olhei, e eis
que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os
anciães um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontos e sete olhos,
que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda Terra.
E veio, e tomou o
livro da destra do que estava assentado no trono. E havendo tomado o
livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciães prostram-se
diante o cordeiro, e tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheios de
incenso, que são as orações dos santos.
E cantavam um novo
cântico dizendo: Digno é de tomar o livro, e abrir os seus selos; porque foste
morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua,
e povo e nação. E para o nosso
Deus fizeste reis e sacerdote, e eles reinarão sobre a terra”. Ap. 5:6-10.
A GRANDE PIRÂMIDE
Construída pelo grande
construtor Quéops, era representado também por um carneiro ou signo de Áries
(cordeiro). Goneim Zakkabra, arqueólogo de
renome, tece comentários sobre essa dualidade e lembra que a Grande Pirâmide
foi construída a aproximadamente 1662 AC, ou seja, o início da era de
Áries. Cada era tem duração de 2.160 anos; assim sendo durou até 498
DC. A astrologia explica que faltando 12° para entrar na era seguinte, as
influências já se fazem sentir no planeta Terra. Ex.: Horóscopo: Demonstra que cada
30° equivale a 2.160 anos
João conhecia os segredos dos
astros e ficava fascinado com as riquezas apresentadas com o simbolismo,
relações numerológicas e matemáticas das pirâmides. Notem que os quatro lados das
pirâmides se alinham com os pontos cardeais. Em cada uma de suas quatro faces
estão inscritos três signos do zodíaco com 30° cada um, totalizando 360°. É de conhecimento geral que a
pirâmide de Quéops está localizada no ponto zero do planeta, dividindo ao meio
terra e água e entre os eixos norte, sul, leste e oeste. A pirâmide olhada por cima e
um quadrado inscrito em um círculo dividido em 12 parte de 30°. Será isso obra do acaso?
Não cremos. Nada da grande
pirâmide está lá por acaso. Ela não foi construída para servir de túmulo
aos Faraós. Possui uma infinidade de revelações gravadas em seu interior que é
chamado “Livro de Pedras que Atravessa os Milênios”. Os piramidólogos
descobriram profecias com vários pontos de semelhança com o Apocalipse,
demonstrando dessa forma o conhecimento hermético que João o Vidente tinha, e aliou
aos ensinamentos do Mestre Supremo, Jesus, o Cristo.
A Grande Pirâmide tem em seu
interior uma infinidade de revelações que coincidem com as profecias do Livro
de apocalipse, e as revelações alicerçadas chegam ao clímax com erupções de
vulcões, terremotos dos quais nenhuma nação do mundo escapará. Também está
gravado em seus corredores, que após a calamidade total haverá um período de
paz e glória para a humanidade.
Outro fato curioso são as
diversas revelações da Pirâmide e do Apocalipse de João o vidente que se
comparados batem na íntegra. Para os estudantes das Pirâmides, as datas
estabelecidas por eles estão entre 2.001 e 2.090 e o início de uma nova era.
Para a profecia de João o Vidente, está prevista esta influência de uma nova
era a partir do ano 2.000, surgindo o novo mundo.
No sexto capítulo do livro de
Apocalipse, o autor faz referência aos quatro cavaleiros do Apocalipse. O
primeiro está montado em um cavalo branco; o segundo em um cavalo vermelho; o
terceiro em um cavalo negro e o quarto em um cavalo verde.
A alquimia com seu simbolismo,
explica que essas quatro cores correspondem às diversas fases de realizações
para a obtenção da Pedra Filosofal. Em primeiro passo deve-se cozinhar o
metal verde, que se trata do óxido de cobre, até alcançar a sublimação do
vermelho, que é o óxido de ferro em seu estado incandescente, passa-se então ao
negro da putrefação, e finalmente a calcinação prata ou pedra branca, símbolo
lunar, utilizada em uma das operações para obtenção do maior ouro puro.
A Grande Obra, que é posse dos
Iniciados, trata-se de transformação de metais inferiores em ouro; é
equivalente ao papel que o Pai Celestial represente no Apocalipse de São João.
Ele é a célula fundamental, o átomo energético original, ao redor do qual tudo
flui segundo Sua Vontade.
A astrologia também nos
explica a relação das cores dos cavalos através de cálculos astronômicos: O verde é Vênus; o vermelho é
Marte; o negro é Saturno e o branco é a Lua.
Conforme descrita a posição de
cada cavaleiro, determinaria a posição dos quatro planetas, referidos no plano
Cósmico.
Vejamos:
A seta no arco do cavaleiro
branco, indicaria uma posição Astrológica secreta; a espada do cavaleiro
montado no cavalo vermelho (Marte armado com armas de ferro) seria uma alusão à
Mercúrio, conhecido como o mensageiro dos deuses; o cavaleiro que empunha uma
balança sobre o cavalo negro seria Vênus, já que a referencia as três “medidas
de côvado que custavam dinheiro”, referindo-se à figura de Vênus estampada na
moeda de época. O desenho tinha a Esfinge de Vênus portando uma balança,
símbolo da constelação de Libra e do instrumento que mede, pesa e numera.
Podemos notar que o Apocalipse está repleto de referência numérica o que deixa
claro que o Vidente cria que o homem se entendia com o Criador através das
relações de medidas, números e pesos. Finalmente o cavaleiro montado no cavalo
verde que é chamado de morte, e conforme o texto arrasaria a Terra com a peste
e a fome. Seria uma premonição do mundo, em processo iniciado neste século, com
a industrialização irracional, e a destruição do verde que sustenta a vida?
No sétimo capítulo, João o
Vidente, diz:
“E depois destas
coisas vi quatro Anjos que estavam sobre as quatro cartas da terra,
retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a
terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma”. Ap 7:1. Os pontos cardeais são quatro,
as estações do ano são quatro, com estas revelações o conceito já está formado,
porém qual das estações soprará os ventos? Ou para onde irá a desgraça da
guerra?
Nova referência é feita com
respeito a Carneiro (Quéops), que conduzirá todas as tribos à salvação. Aparece
o número 144 e o vidente diz: “E ouvi o número
dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de
todas as tribos dos filhos de Israel.”. Ap. 7:4.
Curiosamente, 144 metros é a
altura da pirâmide de Quefrem. É também o número correspondente em côvados, da
muralha de Jerusalém, medidas pelos anjos, que abrigará o ser após a redenção
final, relatada no Apocalipse.
No capítulo nove podemos
definir uma medida de tempo simbólica; conforme a Bíblia, Deus construiu o
mundo em seis dias. O dia na medida de tempo Divino é equivalente a 1.000 anos
terrestre. Dessa medida teórica, partiram as extrapolações com respeito ao
final do mundo; no ano 1.000 de nossa era, o que levou a população do mundo a
um a paranoia.
Os cálculos foram efetuados da
seguinte forma:
I - Adão, o primeiro homem,
teria nascido a 6.000 anos antes do final da espécie humana. Foram
aproximadamente 4.000 ou 5.000 AC, e 1.000 ou 2.000 depois. A falta de exatidão
nos cálculos paralisou o mundo no dia de São Silvestre no ano de 999 DC. O
Apocalipse era esperado com todas as suas desgraças, mas, ele não veio, e
supunha-se que chegaria ao ano 2.000, completando os seis dias divinos, a
partir dos quatro dias simbólicos da criação de Adão, o que também não
aconteceu.
II - Dos 1000 que se sucederam
ao frustrado Apocalipse foram somados mais 1000 anos, perfazendo o ano 2000.
Nesse espaço de tempo, o antícristo já estaria agindo no planeta Terra. O
detalhe do número satânico 666 seria segundo alguns especuladoresa realidade de
600 décadas, 60 séculos e 6 milênios, compreendendo nesta subdivisão, os 6
milênios da raça Adâmica, que completaria o período no final do século 20.
III - Existem evidências
objetivas que o homem está sobre a face da Terra a mais de duzentos milhões de
anos. Esta afirmação não contraria as sagradas escrituras, mas afirma
divinamente, mostrando que os intérpretes dos Anjos desconheciam os cálculos
astronômicos, e as religiões sempre procuraram esconder a verdade para
escravizar os seres através de falsas interpretações dos Livros Sagrados.
No capítulo 11, há duas
referências dignas de nota:
I – O uso de um símbolo, a
vara de medir que é correspondente ao cajado de Moisés. Mais uma vez, estamos
diante de uma evidência objetiva de que São João tinha ligações com as escolas
esotéricas e herméticas.
A vara também tem o sentido de
“medida de comportamento”. O significado esotérico é a coluna vertebral do
homem, a lembrar que divide o ponto no círculo da Serpente Ouroboros.
II - Referência à tradição
simbólica:
“Estes tem o poder
para fechar o céu, para que não chova nos dias de suas profecias, e tem o poder
sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte
de pragas, todas quantas vezes quiser”. Ap. 11:7.
A transformação da água em
sangue e o poder das profecias desencadearam pragas ao Egito e atravessou o
tempo a partir de Moisés. Ele que possuía os dons do Mago, arrasou cidades e
transformou o Nilo em sangue.
Moisés foi importante
antecessor de João na arte da profecia e simbologia. A Bíblia não revela que
Moisés a exemplo do autor de Apocalipse, possuía conhecimentos científicos e
esotéricos, que não se sabe de onde vieram. Faz menção a Jetro o sacerdote, que
instruiu Moisés durante quarenta anos no deserto de Median.
No 13° capitulo aparece a
imagem da Besta:
“E eu pus-me sobre
a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre os seus chifres, dez diademas, e sobre suas cabeças um
nome de blasfêmia”. Ap. 13:1.
O selo de Salomão, de acordo
com a tradição hermética constante da “Tábua de Esmeralda de Hermes
Trismegistros” diz:
“O que está em cima (céu) é
igual ao que está embaixo (terra)”. Representa a usurpação do poder de
Deus; a Besta emerge e apossa do poder Divino.
Este capítulo é rico em
especulações numerológicas e revelações matemáticas, mas no caso, ficaremos com
a interpretação filosófica das imagens apresentadas por São João.
Vejamos:
“E faz que a
todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhe seja posto um
sinal na mão direita, ou nas suas lestas;
Para que ninguém
possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o número da Besta,
ou o número de seu nome”. Ap. 13:16 e 17.
O número da besta é 666,
formado por três aspas de uma roda solar girando eternamente.
Psicologicamente pode ser a
decomposição de um círculo que simboliza o eu interior. É a volta que o ser dá
retornando sempre ao ponto inicial do seu Eu... O círculo representa a
primeira nação figurada do território do ser humano, e dessa limitação derivam
as funções de pensar, sentir, intuir, perceber. A forma do conhecimento
do homem começa com a figura geométrica de um círculo egocêntrico.
João fez referência em seu
livro, da tradição herdada da Babilônia, onde os deuses foram transportados
para o céu e se transformaram nos signos do zodíaco; Carneiro, Touro, Leão, são
animais citados por João.
O simbolismo do animal na
religião revela o lado animalesco do homem. Esse parâmetro equivocado prova-se
a lutar contra os instintos do homem, levando-se a um excesso de misticismo que
desequilibra sua psique. O ser humano quando pretende transformar-se em Anjo,
aí sim se mostra como uma verdadeira besta.
O capítulo 16 vem reforçar a
hipótese de que a grande Pirâmide de Quéops foi uma importante fonte de valores
para os antigos, e João o Vidente da Ilha de Pátmos, se utilizou dos
ensinamentos contidos em suas paredes. João, falando que “o quarto Anjo sobre o
Sol” e os seres se queimavam com intenso calor, descreve um cataclismo
registrado na Grande Pirâmide. Podemos falar das catástrofes provocadas pelo
quinto, sexto e sétimo anjo: Terremoto e cidades inteiras destruídas,
anunciando o fim da Babilônia. A diferença entre as interpretações das
pirâmides e as de João, refere-se tão somente à visão temporal do universo; as
profecias do vidente não determinaram as datas dos eventos...
A conclusão do Apocalipse com
uma visão do paraíso em Jerusalém, nos leva a dois aspectos interessantes em
termos de simbologia. A visão de João o Vidente, com respeito à Cidade Santa,
mostra um quadrado perfeito e está sem dúvida ligada a interpretação do mestre
admirando a sua obra, o símbolo da perfeição humana que virá após todo
sofrimento e a expiação do final do ciclo. João se refere ao advento de
Jerusalém, fazendo menção a chegada do novo ciclo zodiacal, a Era de Aquários. Aquários é um signo do ar,
governado por Saturno e Urano tendo regência sobre a eletricidade, aeronáutica,
astrologia, reforma interior, progresso, futurismo, invento e descobertas,
viagens espaciais, energia nuclear, humanitarismo, a esperança, otimismo,
independência, e outros.
Como já dissemos, o início
matemático da Era de Aquários se dará em 2.568, mas deixamos claro que 12°
antes, os campos magnéticos se fundem. Em março de 1970, a posição do ponto
vernal estava a 20°33’02”da Constelação de Peixes”. Em 15 de outubro de 1783 um
homem sobe em um balão, marcando o início da navegação espacial. Em 1783 já se
encontrava com 18° no Signo de Peixes, portando a 12° de Aquários.
As lutas pela independência
dos povos se multiplicaram a partir dessa data. Em 1849 Max e Engels publicam a
declaração de suas doutrinas revolucionárias. Em 1888 a Princesa Isabel assina
a “Lei Áurea”, abolindo a escravidão no Brasil. Em 1895 Röentgen descobre o
Raio X. a 7 de novembro de 1917 após a revolução Russa, é implantado o
proletariado. Em 1898 foi descoberto o Radium pelo casal Curie, destruindo os
alicerces da física antiga, criando uma nova ciência, e como consequência até a
filosofia teve que reformular suas teorias. Em 1945 a desintegração atômica,
com o grande flagelo de Hiroshima e Nagasaki. A teoria da relatividade de
Einstein, o automóvel, o avião, o cinema, o gerador elétrico, a iluminação
elétrica, o radar, o computador, as naves espaciais, a chegada do homem à Lua e
outros. Todas essas descobertas ainda
enveredarão um novo caminho. Tudo o quanto vemos hoje, será rudimentar amanhã.
O contato com os seres estelares será estabelecido em breve. Haverá um governo
mundial, sem fronteiras de países. Um só padrão monetário, a ausência de
produtos animais na alimentação.
Meditemos:
O Vidente da Ilha de Pátmos há
dois mil anos alertou a humanidade com respeito à fé, a crença em um único
Deus, os abusos do homem com respeito à natureza, o uso desregrado dos quatro
elementos, a devastação do verde, o crescimento das religiões que manipulam e
escravizam os seres.
Que o Pai Celestial tenha
clemência e desperte a Luz da razão, tirando-os das trevas da ignorância
e conduzindo ao caminho do meio, da busca eterna que dia após dia soma-se ao
conhecimento que transforma em sabedoria.
(J. Vicente Campos)
Rua augusta Zacharias, 46 –
Valinhos – SP
19 – 38292345 Cel (19)
9444-7698 - (19) 8315-8357
Bibliografias:
1. Bíblia
Sagrada – João Ferreira de Almeida
2. Bíblia de
Jerusalém.
3. Novo
Dicionário da Bíblia;
4. Novo
Testamento Interpretado - Versículo por Versículo - volume 5– Russell
Norman Champlin, Ph. D.
5. Panoramas
do Novo Testamento – Robert H. Gundry, Ph. D.
6. Curso de
Astrologia Científica –Antonio Facciollo Neto
7. Revista
Planeta 134
8. Os
Mistérios da Cabala – Eliphas Levi
9. Dictionnaire des Symbols - Alain Gheerbrant et Jean
Chevalier.
10.
Dicionário de Símbolos – Helder Lexikon.
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