Yasser Arafat
Presidente da Autoridade Palestina
a partir de 1994 - (1-8-1929, Gaza)
Sob o pseudônimo de Abu Ammar, o fundador da Associação Estudantil Palestina e co-fundador da Organização Clandestina Al Fatah (Movimento para a Libertação da Palestina, 1959) tornou-se líder da luta pela independência e foi presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a partir de 1969. Em 1973 foi reconhecido pelos países árabes como seu único representante legítimo. Apesar dos golpes importantes que sofreu (a expulsão da Jordânia, em 1979; de Beirute, em 1982; de Damasco e Trípoli, em 1983; e do sul do Líbano, em 1988) e de ter sido obrigado a enfrentar graves conflitos surgidos nas suas próprias fileiras devido à moderação da sua linha política, Arafat conseguiu manter a liderança, graças à habilidade para estabelecer alianças, fazendo concessões em nome dos objetivos nacionais. No ano de 1989, em resposta ao reconhecimento do direito à existência do Estado de Israel, Arafat foi escolhido como presidente do futuro Estado da Palestina. Algumas das suas decisões, como o apoio a Saddam Hussein na Guerra do Golfo (1990-1991) ou a sua posição favorável aos golpistas contra Mikhail Gorbachev, colocaram-no temporariamente em dificuldades no plano internacional. No entanto, Arafat demonstrou ser um autêntico mestre em sobrevivência política e, em 1993, conseguiu seu maior êxito com a assinatura do tratado de paz com Israel, que previa a concessão de uma autonomia limitada aos territórios de Gaza e Jericó, a retirada do exército israelita desses locais em 1994 e o regresso de Arafat como chefe da Autoridade Nacional Palestina, depois de 27 anos de exílio. Em 1994, Arafat, em conjunto com Itzhak Rabin e Shimon Peres, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Depois do assassinato de Rabin (1995) e do subseqüente conservadorismo na política de Israel, impulsionado pelo novo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e mesmo do governo do primeiro-ministro trabalhista Ehud Barak, os esforços para se encontrar um equilíbrio duradouro entre palestinos e israelenses sofreram um sério retrocesso. Arafat tem estado, desde então, entre dois fogos: por um lado, a lentidão, e mesmo a interrupção, da retirada israelense dos territórios ocupados prevista nos acordos de paz e, por outro, o risco da perda de controle sobre as facções palestinas mais radicais e violentas.
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