Poucos anos depois, ainda criança, fui ensinado sobre a magia de Papai Noel, e por pouco não misturei a ideia de que fosse a mesma pessoa. Mas não tardou para que me mostrassem a diferença entre um e outro.
Aos poucos me instilaram no coração e na mente a imagem moça de uma outra pessoa, muito ligada ao Senhor, de quem se dizia perdoar os nossos pecados. A feição que me apresentaram foi de alguém até mais acessível, cheio de humildade, ainda que também de muito poder e glória.
A exemplo do que acontece com todas as pessoas, o tempo também para mim passou. E nesse arrastão de dias e noites me despejou muitas questões, a maioria, sem respostas.
Até que enfim, me olhando no espelho, vejo um retrato velho do menino que fui. E aí O encontro como um companheiro sempre presente, nem velho e nem moço, especialmente nas horas de silêncio e reflexão.
É aí que descubro o mistério daquelas palavras, nascidas lá nos confins do Velho Testamento e confirmadas por Aquele moço que fez sua divindade habitar o mundo e reafirmar com todas as letras, para todas as criaturas: “Vós sois deuses”. (Geraldo Generoso)
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