"Que Possamos vivenciar a felicidade de forma
consciente para que a sua expansão ocorra e que
ela se manifeste sempre em nós." (Jairo de Lima Alves)
domingo, 31 de janeiro de 2010
Pensamento - MDLXIV
"Os males causados aos inocentes e indefesos
e tantas injúrias e prejulgamentos geram carma
e sofrimento." (Jairo de Lima Alves)
e tantas injúrias e prejulgamentos geram carma
e sofrimento." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLXIII
"A verdadeira prosperidade não se conquista
com com dinheiro." (Jairo de Lima Alves)
com com dinheiro." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLXII
"É preciso que encaremos a cada dia
os contrastes, e quem não estiver
preparado, vai sucumbir."
(Jairo de Lima Alves)
os contrastes, e quem não estiver
preparado, vai sucumbir."
(Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLXI
"A saúde da alma, só pode ser conquistada pelo afastamento da Ignorância, das crendices, e pelo uso de uma sabedoria que permita avaliar a si próprio e que proporcione autodomínio." (Jairo de Lima Alves)
Mensagem do Escritor - M/1151
A Arte de Viver
Nós, seres humanos, nascemos para a felicidade. Devemos, ao longo da vida, conquistar o prazer, a felicidade e o bem, e isso, só se faz possível através da saúde da alma. Esta saúde da alma, só pode ser conquistada pelo afastamento da Ignorância, das crendices, pelo uso de uma sabedoria que permita avaliar a si próprio e lhe proporcione autodomínio. Diante desta realidade, nos orienta Bertold Brecht: “Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver.“ (290406))
Nós, seres humanos, nascemos para a felicidade. Devemos, ao longo da vida, conquistar o prazer, a felicidade e o bem, e isso, só se faz possível através da saúde da alma. Esta saúde da alma, só pode ser conquistada pelo afastamento da Ignorância, das crendices, pelo uso de uma sabedoria que permita avaliar a si próprio e lhe proporcione autodomínio. Diante desta realidade, nos orienta Bertold Brecht: “Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver.“ (290406))
Artigo: A Excelência da Escola Dominical - A/0678
Classe "Mensageiros da Fé", AD/Mundo Novo
John Wesley, líder pentecostal e notável Mestre Rosacruz, foi o criador da primeira Escola Dominical, com a ajuda de sua mãe Susana.
A Excelência da Escola Dominical
O ensino religioso nas igrejas remonta da época de John Wesley, tendo recebidoo nome de Escola Bíblica Dominical. Já em Savannah, na Georgia, por volta de 1736-1737, onde servia como missionário, Wesley se reunia com crianças para ensiná-las no caminho da Bíblia. Alguns chegam até a achar que ali é que foi inventada, por Wesley, a Escola Dominical. No seu Diário (20.4.1788), ele menciona ter falado em Bolton às três da tarde para um público de 900 a 1000 crianças. Diz ele: “Eu nunca tinha visto nada igual. Que belos hinos cantavam juntos, nenhuma delas fora do tom. A melodia soava melhor do que se pode ouvir num teatro. O melhor de tudo é que elas realmente crêem em Deus e a maioria conhece a verdadeira salvação."
John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra. Entra em transição no dia 2 março de 1791, em Londres.
Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar. Susana, essa notável mulher exerceu grande influência na vida do filho, único sobrevivente de um incêndio, além de ter contribuido decisivamente para a criação da primeira Escola Dominical, destinada às crianças.
A instituição Escola Dominical é fator determinante para o ensino da Bíblia nas igrejas, que hoje se estende a todas as faixas etárias, normalmente nas manhãs de domingo.
Um grande esforço tem sido feito, em todo o mundo, para que o ensino seja transmitido regularmente nas escolas dominicais, para crianças e adultos. Bons debates são realizados nas igrejas, com acompanhamento de professores treinados para essa função. Particularmente, é tão expressivo o movimento de Escola Dominical no Brasil, que as casas publicadoras de algumas denominações são mantidas pela venda de Lições Bíblicas. A Assembleia de Deus é um bom exemplo disso, com milhares de alunos matriculados em todo o País. É tão significativo o volume de publicações, que existem editoras paralelas produzindo lições bíblicas alternativas, para concorrer com a Editora Oficial, a CPAD. A Central Gospel, neste segmento editorial, oferece lições para a Escola Dominical, por preços menores e com qualidade superior, nas palavras do idealizador Pastor Silas Malafaia, notável Conferencista da Assembleia de Deus, por meio de seu Ministério.
Não importa o nível de concorrência comercial e a demanda em si, mas a Escola Dominical é fator decisivo para a vida espiritual da igreja moderna. Na prática, a Escola Dominical é distribuida em classes, com alunos devidamente matriculados, representando em torno de um quarto dos membros deuma igreja local. Nem todos se dispõem a participar das lições bíblicas oferecidas, preferindo frequentar os cultos dominicais.
Outra coisa que pode ser observada nas escolas dominicais é a presença de membros de igrejas e seus filhos, bem diferente dos tempos de Wesley, quando o grande objetivo do movimento era dar incentivo às demais crianças para aprenderem as lições bíblicas e o amor de Deus.
É bonito e proveitoso o sistema de ensino aplicado nas igrejas aos domingos, reunindo grupos de estudo em torno de um tema previamente elaborado por consagrados mestres. É uma oportunidade que todos têm para fomentar a discussão de uma ideia central, num espaço de uma aula, que pode chegar a quarenta minutos. Sem dúvida, o aprendizado na Escola Dominical é genuíno, dependendo do nível de conhecimento de cada participante.
A Excelência da Escola Dominical
O ensino religioso nas igrejas remonta da época de John Wesley, tendo recebidoo nome de Escola Bíblica Dominical. Já em Savannah, na Georgia, por volta de 1736-1737, onde servia como missionário, Wesley se reunia com crianças para ensiná-las no caminho da Bíblia. Alguns chegam até a achar que ali é que foi inventada, por Wesley, a Escola Dominical. No seu Diário (20.4.1788), ele menciona ter falado em Bolton às três da tarde para um público de 900 a 1000 crianças. Diz ele: “Eu nunca tinha visto nada igual. Que belos hinos cantavam juntos, nenhuma delas fora do tom. A melodia soava melhor do que se pode ouvir num teatro. O melhor de tudo é que elas realmente crêem em Deus e a maioria conhece a verdadeira salvação."
John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra. Entra em transição no dia 2 março de 1791, em Londres.
Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar. Susana, essa notável mulher exerceu grande influência na vida do filho, único sobrevivente de um incêndio, além de ter contribuido decisivamente para a criação da primeira Escola Dominical, destinada às crianças.
A instituição Escola Dominical é fator determinante para o ensino da Bíblia nas igrejas, que hoje se estende a todas as faixas etárias, normalmente nas manhãs de domingo.
Um grande esforço tem sido feito, em todo o mundo, para que o ensino seja transmitido regularmente nas escolas dominicais, para crianças e adultos. Bons debates são realizados nas igrejas, com acompanhamento de professores treinados para essa função. Particularmente, é tão expressivo o movimento de Escola Dominical no Brasil, que as casas publicadoras de algumas denominações são mantidas pela venda de Lições Bíblicas. A Assembleia de Deus é um bom exemplo disso, com milhares de alunos matriculados em todo o País. É tão significativo o volume de publicações, que existem editoras paralelas produzindo lições bíblicas alternativas, para concorrer com a Editora Oficial, a CPAD. A Central Gospel, neste segmento editorial, oferece lições para a Escola Dominical, por preços menores e com qualidade superior, nas palavras do idealizador Pastor Silas Malafaia, notável Conferencista da Assembleia de Deus, por meio de seu Ministério.
Não importa o nível de concorrência comercial e a demanda em si, mas a Escola Dominical é fator decisivo para a vida espiritual da igreja moderna. Na prática, a Escola Dominical é distribuida em classes, com alunos devidamente matriculados, representando em torno de um quarto dos membros deuma igreja local. Nem todos se dispõem a participar das lições bíblicas oferecidas, preferindo frequentar os cultos dominicais.
Outra coisa que pode ser observada nas escolas dominicais é a presença de membros de igrejas e seus filhos, bem diferente dos tempos de Wesley, quando o grande objetivo do movimento era dar incentivo às demais crianças para aprenderem as lições bíblicas e o amor de Deus.
É bonito e proveitoso o sistema de ensino aplicado nas igrejas aos domingos, reunindo grupos de estudo em torno de um tema previamente elaborado por consagrados mestres. É uma oportunidade que todos têm para fomentar a discussão de uma ideia central, num espaço de uma aula, que pode chegar a quarenta minutos. Sem dúvida, o aprendizado na Escola Dominical é genuíno, dependendo do nível de conhecimento de cada participante.
Pensamento - MDLX
"Exercitar o tato, é preciso, quando a oportunidade
estiver à nossa procura." (Jairo de Lima Alves)
estiver à nossa procura." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLIX
"Busque, a todo custo, a sua oportunidade, nunca
permitindo que ela vá embora." (Jairo deLima Alves)
permitindo que ela vá embora." (Jairo deLima Alves)
Pensamento - MDLVIII
“Uma Imaginação canalizada nos proporciona
grandes realizações, sendo a fonte de grandes
proezas.” (Jairo de Lima Alves)
grandes realizações, sendo a fonte de grandes
proezas.” (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLVII
"Não haveria necessidade de tanta lei, se todos
fossem íntegros e cumprissem à risca
os bons costumes." (Jairo de Lima Alves)
fossem íntegros e cumprissem à risca
os bons costumes." (Jairo de Lima Alves)
Filosofia Popular
As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo.
Auxílio Espiritual: Wilson
Oração Intercessória
Neste dia, elevo o meu pensamento ao Trono Divino, para impetrar a bênção em favor do amigo Wilson José Marques Brandão, que sempre foi um fiel colaborador nosso. Que o Deus de nossa vida possa auxiliá-lo sempre em sua caminhada, protegendo-o em todos os momentos! Agora, que fez 40 anos de idade, que a sua mente evolua e possa desfrutar de conhecimentos acima do trivial. Que o Cósmico esteja presente em todo o seu ser e de sua família. Que Assim Seja!...
Neste dia, elevo o meu pensamento ao Trono Divino, para impetrar a bênção em favor do amigo Wilson José Marques Brandão, que sempre foi um fiel colaborador nosso. Que o Deus de nossa vida possa auxiliá-lo sempre em sua caminhada, protegendo-o em todos os momentos! Agora, que fez 40 anos de idade, que a sua mente evolua e possa desfrutar de conhecimentos acima do trivial. Que o Cósmico esteja presente em todo o seu ser e de sua família. Que Assim Seja!...
Mensagem do Escritor - M/1150
O Estado da Felicidade
Sobre este estado, Eneide Pompiani Moura assim diz: "A Felicidade é um estado do Ser, que refrigera e reintegra a alma à corrente cósmica” O Mestre Dalai Lama fala: “ A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver num estado de confusão e agitação, os bens materiais não vão lhe proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito.” Que Possamos vivenciar a felicidade de forma consciente para que a sua expansão ocorra e que ela se manifeste sempre em nós. (290406)
Sobre este estado, Eneide Pompiani Moura assim diz: "A Felicidade é um estado do Ser, que refrigera e reintegra a alma à corrente cósmica” O Mestre Dalai Lama fala: “ A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver num estado de confusão e agitação, os bens materiais não vão lhe proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito.” Que Possamos vivenciar a felicidade de forma consciente para que a sua expansão ocorra e que ela se manifeste sempre em nós. (290406)
Personalidade: Elvis Aaron Presley - 0031
Elvis Aaron Presley
Título De A VOZ , foi dado a Elvis Presley, defendido pelas inúmeras pessoas Que ouviram as suas 750 interpretações Em versões de estúdio, ao vivo ou ensaios, durante Uma carreira de 23 anos. Elvis dispunha de um registo vocal muito flexível e eclético para quem nunca teve aulas de música ou mesmo ensino teórico convencional. Elvis, barítono, conseguia atingir 3 oitavas e, por vezes, atingir o registo vocal de tenores e baixos. Como exemplo Nos anos 70 podemos citar as músicas Unchained Melody, Hurt, How Great Thou Art, I'll Never Fall In Love, Again, América The Beautifull, An American Trilogy, What Now My Love, Rags To Riches, It's Now Or Never, My Way, entre muitas outras em performances ao vivo, onde ele demonstra Com maestria o seu poder vocal que chega a impressionar aqueles que não conhecem a sua carreira, atingindo em muitas delas o chamado dó de peito que corresponde a nota músical Sol 3, feito com voz de cabeça (como se fosse um falsete). Mesmo nos anos 50 ele demonstrava esse poder vocal, tanto em notas agudas e principalmente em notas graves, como no ano de 1957, com músicas como I Believe, Peace In The Valley, Don't, My Wish Came True, Loving You, Lonesome Cowboy, Oh Little Town Of Bethlehem, I'll Be Home For Christmas, Steadfast Loyal and True entre outras. Nos anos 60 ele também demonstrou o seu poder vocal tanto em notas agudas e graves, como por exemplo nas músicas Like a Baby, El Toro, Can't Help Falling In Love, Guadalajara, Viva Las Vegas, Santa Lucia, Somebody Bigger Than You And I, If I Can Dream, Charro, Edge Of Reality, Surrender entre outras. Com um extenso alcance vocal e sua técnica de certa forma operesca, principalmente nos anos 70, Elvis Presley se tornou um dos mais impressionantes exemplos do que um cantor pode fazer com sua voz, transformando-a em um verdadeiro instrumento, provocando até dúvida em algumas pessoas se realmente é ele mesmo que canta. Elvis Aaron Presley morreu em 16 de agosto de 1977 de ataque cardíaco no banheiro de sua mansão Graceland na cidade de Memphis no Tennessee. Sua morte e funeral foram divulgadas e mostradas para o mundo inteiro e chorada por milhões de fãs no mundo todo, pessoas que viveram nos EUA na época comparam a repercussão da morte dele com as de Kennedy e Martin Luther King. Ao contrário do que se propagou no mundo ele não morreu de overdose e sim de ataque cardíaco, pelos inúmeros medicamentos e o excesso de comida, principalmente a partir de 1974. Depois da morte física de Elvis vários acontecimentos o tornaram ainda mais famoso e consequentemente mais pessoas se tornaram fãs, ele foi várias vezes homenageado e continuou a fazer sucesso mesmo depois de morto. Em 1979 é realizado o primeiro filme sobre Elvis, que se chamou no Brasil de Elvis Não Morreu. O ator que fez Elvis foi Kurt Russel. Já no ano de 1981 é lançado o mais famoso documentário sobre Elvis, podendo ser considerado um dos melhores, o títudo dele foi This Is Elvis. No ano seguinte é aberta ao público a mansão Graceland. No ano de 1984 Elvis é homenageado pela fundação do blues e pela acadêmia de música country. Posteriormente em 1985, é lançado com enorme sucesso o livro Elvis e Eu, escrito por Priscilla Presley e Sandra Harmon, que viraria um filme para a TV também de enorme sucesso. Prosseguindo com as homenagens, em 1986, Elvis entra para o hall da fama do rock, como sendo um de seus sócios fundadores. Em 1987 é concedido a Elvis pela American Music Awards um prêmio por mérito (conjunto da obra). A mansão Graceland é considerada patrimônio histórico dos EUA em 1991. Elvis vira sócio fundador do hall da fama do rockabilly em 1997. Nesse mesmo ano é realizado pela primeira vez o show Elvis The Concert (Elvis no telão com a banda que tocou com Elvis ao vivo). Em 1998 Elvis entra para o hall da fama do country. Elvis é admitido no hall da fama do gospel no ano de 2001. Em 2002 uma nova Elvismania toma conta do mundo, Elvis Presley é redescoberto. O remix da música A Little Less Coation e o disco Number Ones Hits são um estrondoso sucesso em todo o mundo, fazendo assim com que as novas gerações tivessem a oportunidade de conhecê-lo. No ano seguinte o redescobrimento continua com grande destaque no mundo inteiro, o remix de Rubberneckin e o disco Second To None são um enorme êxito. Seguindo o êxito em vendas, são lançados em 2004 dois pacotes de DVD's de dois dos maiores momentos de Elvis, o especial de televisão Comeback e o primeiro show de música ao vivo para vários países o Aloha From Hawaii e viram um enorme sucesso. Nesse mesmo ano Elvis vira sócio fundador do hall da fama da música britânica. O filme Jailhouse Rock entra para o registro nacional de filmes dos EUA, entrando assim para a imortalidade, também em 2004. No ano de 2005, ano em que Elvis completaria 70 anos, ele é homenageado em todo o mundo.
Título De A VOZ , foi dado a Elvis Presley, defendido pelas inúmeras pessoas Que ouviram as suas 750 interpretações Em versões de estúdio, ao vivo ou ensaios, durante Uma carreira de 23 anos. Elvis dispunha de um registo vocal muito flexível e eclético para quem nunca teve aulas de música ou mesmo ensino teórico convencional. Elvis, barítono, conseguia atingir 3 oitavas e, por vezes, atingir o registo vocal de tenores e baixos. Como exemplo Nos anos 70 podemos citar as músicas Unchained Melody, Hurt, How Great Thou Art, I'll Never Fall In Love, Again, América The Beautifull, An American Trilogy, What Now My Love, Rags To Riches, It's Now Or Never, My Way, entre muitas outras em performances ao vivo, onde ele demonstra Com maestria o seu poder vocal que chega a impressionar aqueles que não conhecem a sua carreira, atingindo em muitas delas o chamado dó de peito que corresponde a nota músical Sol 3, feito com voz de cabeça (como se fosse um falsete). Mesmo nos anos 50 ele demonstrava esse poder vocal, tanto em notas agudas e principalmente em notas graves, como no ano de 1957, com músicas como I Believe, Peace In The Valley, Don't, My Wish Came True, Loving You, Lonesome Cowboy, Oh Little Town Of Bethlehem, I'll Be Home For Christmas, Steadfast Loyal and True entre outras. Nos anos 60 ele também demonstrou o seu poder vocal tanto em notas agudas e graves, como por exemplo nas músicas Like a Baby, El Toro, Can't Help Falling In Love, Guadalajara, Viva Las Vegas, Santa Lucia, Somebody Bigger Than You And I, If I Can Dream, Charro, Edge Of Reality, Surrender entre outras. Com um extenso alcance vocal e sua técnica de certa forma operesca, principalmente nos anos 70, Elvis Presley se tornou um dos mais impressionantes exemplos do que um cantor pode fazer com sua voz, transformando-a em um verdadeiro instrumento, provocando até dúvida em algumas pessoas se realmente é ele mesmo que canta. Elvis Aaron Presley morreu em 16 de agosto de 1977 de ataque cardíaco no banheiro de sua mansão Graceland na cidade de Memphis no Tennessee. Sua morte e funeral foram divulgadas e mostradas para o mundo inteiro e chorada por milhões de fãs no mundo todo, pessoas que viveram nos EUA na época comparam a repercussão da morte dele com as de Kennedy e Martin Luther King. Ao contrário do que se propagou no mundo ele não morreu de overdose e sim de ataque cardíaco, pelos inúmeros medicamentos e o excesso de comida, principalmente a partir de 1974. Depois da morte física de Elvis vários acontecimentos o tornaram ainda mais famoso e consequentemente mais pessoas se tornaram fãs, ele foi várias vezes homenageado e continuou a fazer sucesso mesmo depois de morto. Em 1979 é realizado o primeiro filme sobre Elvis, que se chamou no Brasil de Elvis Não Morreu. O ator que fez Elvis foi Kurt Russel. Já no ano de 1981 é lançado o mais famoso documentário sobre Elvis, podendo ser considerado um dos melhores, o títudo dele foi This Is Elvis. No ano seguinte é aberta ao público a mansão Graceland. No ano de 1984 Elvis é homenageado pela fundação do blues e pela acadêmia de música country. Posteriormente em 1985, é lançado com enorme sucesso o livro Elvis e Eu, escrito por Priscilla Presley e Sandra Harmon, que viraria um filme para a TV também de enorme sucesso. Prosseguindo com as homenagens, em 1986, Elvis entra para o hall da fama do rock, como sendo um de seus sócios fundadores. Em 1987 é concedido a Elvis pela American Music Awards um prêmio por mérito (conjunto da obra). A mansão Graceland é considerada patrimônio histórico dos EUA em 1991. Elvis vira sócio fundador do hall da fama do rockabilly em 1997. Nesse mesmo ano é realizado pela primeira vez o show Elvis The Concert (Elvis no telão com a banda que tocou com Elvis ao vivo). Em 1998 Elvis entra para o hall da fama do country. Elvis é admitido no hall da fama do gospel no ano de 2001. Em 2002 uma nova Elvismania toma conta do mundo, Elvis Presley é redescoberto. O remix da música A Little Less Coation e o disco Number Ones Hits são um estrondoso sucesso em todo o mundo, fazendo assim com que as novas gerações tivessem a oportunidade de conhecê-lo. No ano seguinte o redescobrimento continua com grande destaque no mundo inteiro, o remix de Rubberneckin e o disco Second To None são um enorme êxito. Seguindo o êxito em vendas, são lançados em 2004 dois pacotes de DVD's de dois dos maiores momentos de Elvis, o especial de televisão Comeback e o primeiro show de música ao vivo para vários países o Aloha From Hawaii e viram um enorme sucesso. Nesse mesmo ano Elvis vira sócio fundador do hall da fama da música britânica. O filme Jailhouse Rock entra para o registro nacional de filmes dos EUA, entrando assim para a imortalidade, também em 2004. No ano de 2005, ano em que Elvis completaria 70 anos, ele é homenageado em todo o mundo.
Artigo: A Espiritualidade no Século XXI - A/0677
A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XXI
(Mensagem recebida no Grupo de Discussão Maçônica MESTRE)
Prancha lida na ARLS Iberia Fraternitas. Esta R.·.L.·. pertence à Grande Loja Nacional Portuguesa e é constituída por Irmãos portugueses, franceses, espanhóis e marroquinos. Este ano o V.·.M.·. é francês, o 1º V.·. é espanhol, o 2º V.·. é marroquino e o M.·.C.·. é português. Cada um deles segue o ritual na sua língua natal do R.·.E.·.A.·.A.·..A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XXISe bem que a palavra espiritualidade figure inominada, eu devo dizer-vos que eu não defenderia aqui uma teoria espiritual que, como outras escolas filosóficas, nos proporia eventualmente um caminho em direção a um nirvana qualquer. Eu falar-vos-ia somente duma ética do homem. Porque a Maçonaria, talvez diversamente de uma igreja, não se submete aos dogmas. Ela tem valores, mas ela está em movimento - ela está percorrendo um caminho.É o encontro entre cada indivíduo consigo próprio, é o encontro com a vida, é o movimento do pensamento, do sentimento, e da razão. E é isto que faz com que a Maçonaria se perpetue no tempo, mas ela não é certamente a mesma que era antes. Porque ela tem uma vocação de resposta a um determinado número de necessidades dos homens, sendo que estas também mudam, porque nós não somos os mesmos homens que viviam há alguns séculos.O termo espiritualidadeUma precaução que eu tomaria no que concerne à palavra espiritualidade. A respeito de certas palavras, é preciso ser bem preciso. Malraux (escritor francês 1901 - 1976) dizia que o século XXI seria espiritual ou não seria. É necessário que nos entendamos acerca desta palavra ambígua, do mesmo modo que o seu uso é também ambíguo. Eu gostaria de relembrar que de um ponto de vista etimológico, a espiritualidade [1] reenvia para uma identificação da alma. Quer dizer que ela tem de fato uma acepção religiosa.Por mim, aquilo que acredito é que o século XXI será espiritual. Creio que o que está em jogo -e é uma das novidades deste século que está no seu começo- é justamente que as duas questões, da religião por um lado, no sentido ocidental do termo "a crença em Deus", e a espiritualidade por outro, isto é, uma determinada maneira "de habitar o mundo, a própria vida, a idéia de confrontar a própria morte", são questões distintas. Acreditou-se durante muito tempo no Ocidente -porque a espiritualidade foi cristã durante vinte séculos- que estas duas palavras, espiritualidade e religião, eram sinônimas e daí que quem não tivesse religião, devia renunciar a toda e qualquer vida espiritual. Eu acredito que aquilo que este século vai viver é a refutação desta idéia falsa. Bem entendido, aqueles que têm uma fé religiosa viverão a sua espiritualidade na fé, mas aqueles que não acreditam em Deus, viverão uma outra espiritualidade sem Deus, uma espiritualidade laica, aderindo neste aspecto à espiritualidade maçônica, do homem em busca de si próprio, que sabe que é imortal, ao contrário de um animal. Isto é uma busca do homem que procura ser mestre de si próprio, mestre do seu destino.Um século XX dramático e inquietanteO século XX decorreu num inquietante balanço. Depois do século XVIII que foi o século das Luzes, aquele da Razão, depois do século XIX, que foi aquele das grandes conquistas sociais, o século XX anunciava-se como aquele do triunfo da paz, como aquele da justiça social, da razão, das Luzes, da sociedade sem classes, da fraternidade universal, como aquele do reino da liberdade.Eu não sei o que escreverão da nossa época os historiadores dentro de trinta ou quarenta anos, mas o balanço do último século conheceu os dois conflitos mundiais mais mortíferos da história da humanidade, e depois conflitos parciais totalizando dois a três vezes o número de mortos da segunda guerra mundial. O século XX devia ser a vitória das Luzes e das liberdades - mas tornou-se, de todos os lados, o regresso em força dos obscurantismos, do clericalismo, da xenofobia, ilustrado quotidianamente pela atualidade.Tanto o nazismo como o comunismo tinham em comum a edificação do homem, dum certo tipo de homem, de onde a dimensão espiritual estava ausente e sistematicamente refutada e combatida. Quantos mártires (mortos pela sua fé, do católico, do protestante, do judeu, do maçom) não estão mais aqui para testemunhar! Os judeus dizem que Auschwitz era e é sempre o lugar onde Deus está ausente. Pouco importa aquilo que nós entendemos por "Deus", se é o Deus de Israel, aquele dos Evangelhos ou o do Corão, ou bem um Deus mais íntimo, recluso no mais profundo de si mesmo. Ele pode, sem dúvida, aí ter o lugar ou os momentos onde (ou seja, aquilo que há de mais profundamente humano em cada um de nós) recusa a manifestar-se. Mas precisamente, escutemos os testemunhos dos recuperados do inferno. Nós estamos bem colocados para saber que da Luz jorra das Trevas e que a Morte não é senão uma ilusão, certamente uma passagem em direção a um outro plano de Conhecimento que é ainda e mais que nunca a Vida.Quanto ao sofrimento, às injustiças das quais somos as testemunhas, às vezes até as vítimas, eu estou convencido que elas têm também um sentido. O problema, é que para saber mais, é preciso passar para o outro lado do Espelho. Mas como imaginar que por detrás desse caos aparente, haverá aí um equilíbrio, uma harmonia?A loja maçônica é uma escolaOs maçons pensam que o homem é susceptível de aperfeiçoamento, e que esse aperfeiçoamento se dá pelo conhecimento, pelo conhecimento do mundo, mas ao mesmo tempo pelo conhecimento de si mesmo, pois não se liberta aos outros senão nos libertarmos a nós mesmos, e os dois movimentos devem caminhar ao mesmo tempo. A escola é para permitir que a criança, com os utensílios da razão, venha a ser ela própria. A loja maçônica não nos propõe mais do que isso. No seu percurso ela não afirma a Verdade. Ela propõe a dúvida. A sabedoria não é uma escola da verdade, é uma escola de dúvida, é uma escola de interrogação, é uma escola de permanente construção de si próprio.Não é uma iniciação de um saber estabelecido, de uma verdade revelada, de dogmas, de uma gnose transcendental. É neste sentido que a palavra espiritualidade pode ser discutível. A sabedoria é um caminho em direção a si próprio. Não é o ponto de chegada, mas o caminho para aí chegar. É a mais bela catedral a construir, é aquela que cada homem constrói em si próprio, é essa do seu coração, é essa da sua razão. E se não nos construímos a nós próprios livremente, como poderemos pretender construir a cidade ideal?Um papel para a MaçonariaDir-me-ão: tudo isso é um pouco triste! Sim e não. É um balanço que deve interpelar-nos, que apela ao sobressalto. As forças políticas penam em encontrar elementos, soluções, mais depressa valores do que marcas de cultura. Pois bem, se nós não somos capazes de fornecer marcas, valores, expectativas, não há nenhuma razão para que amanhã a política se renove no Fórum.E se a Maçonaria, para além da sua missão iniciática, tem uma missão no século XXI, ela deve situar-se no terreno da cultura, no terreno dos valores. É ao mobilizar-se para que as liberdades individuais e coletivas, a liberdade de consciência, os princípios de igualdade, direitos e deveres, os princípios de solidariedade, sejam respeitados e desenvolvidos, que ela encontra sua missão.A esperança, para finalizarE, portanto, a esperança está aí! Ela está na Maçonaria porque, quaisquer que sejam os graus de iniciação maçônica, nós somos todos livres e iguais, portadores de uma esperança de emancipação, de justiça, de razão, de amor pela humanidade.Contrariamente àquilo que muitos pensam, eu não acredito que as nuvens se encobrirão. As novas gerações, aquelas que surgem e que se anunciam, estão em busca de sentido. É muito surpreendente para nós ver esses milhares de jovens aplaudir, por exemplo, um Papa ancião e doente. Todos esses jovens não são crentes. Eles admiram a sinceridade de um homem e a sua capacidade de dar amor e compaixão. Eles sentem confusamente também que a nossa sociedade desorientada tem necessidade de marcos morais e balizas, mesmo se a chamada de atenção de certas regras do "Viver em conjunto" pode incomodar-nos, porque elas parecem ir ao encontro da nossa busca pessoal da verdade. Melhor dizendo, eu creio que nós não seríamos muito sensatos, nós os maçons, sem ter em conta essa sede de espiritualidade que se vê manifestar por todo o lado, mesmo se ela toma por vezes formas sectárias e dogmáticas. Mesmo na nossa maneira de abordar as questões de ética ou de sociedade.Acontece, que certos maçons pensam que a velhice e os graus lhes conferem o poder e a autoridade. Eles são felizmente muito poucos. Pois que, de fato, os únicos graus que existem em Maçonaria são graus espirituais, isto é, que balizam um percurso de si para si. Isto não confere nenhum poder, nem virtude. E quando esperamos pelo último grau, o cume da montanha mágica, da pirâmide, - eu não descubro nenhum segredo aqui - descobrimos que tudo que está em cima já está em baixo, que o que conta, não é o ponto de chegada, é o caminho que percorremos no "eu interior". É a descoberta que fazemos em nós mesmos. É o olhar do "outro". É a conversão do olhar que temos em relação a nós próprios.Eu creio que é isso que precisamos encontrar. César enganou-se: os homens não se satisfazem com o pão e com o circo. Eles têm necessidade de sentido. Eles têm necessidade de esperança. Eles têm necessidade de pensar que amanhã será melhor. Pois, se a História da humanidade tem um sentido, é precisamente esse do longo caminho em direção à sua emancipação, em direção à emancipação dos homens, périplo que cada geração deverá refazer no interior de si mesma. Pois podemos tudo ensinar aos nossos filhos, mas nunca o caminho em direção a eles mesmos.Em última instância, do meu ponto de vista, é essa a mensagem da iniciação maçônica. Será isso talvez a espiritualidade maçônica que se prepara para o século XXI: sair da pré-história dos preconceitos, das pré-histórias das alienações, tentando ir sempre mais além num mundo de liberdade e de dignidade: fazer louca a fanfarronada, mas maravilhosa, produto da inteligência humana.É este o grito que eu tento exprimir. Era preciso dizer num dado momento: nós somos ricos e não o sabemos. Não procuremos para além daquilo que temos, cultivemos o que temos. É também talvez isso a força da vida que nos oferece a Maçonaria para o século XXI. É esta esperança que eu tento partilhar convosco.
G.CARRAZ
(Mensagem recebida no Grupo de Discussão Maçônica MESTRE)
Prancha lida na ARLS Iberia Fraternitas. Esta R.·.L.·. pertence à Grande Loja Nacional Portuguesa e é constituída por Irmãos portugueses, franceses, espanhóis e marroquinos. Este ano o V.·.M.·. é francês, o 1º V.·. é espanhol, o 2º V.·. é marroquino e o M.·.C.·. é português. Cada um deles segue o ritual na sua língua natal do R.·.E.·.A.·.A.·..A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XXISe bem que a palavra espiritualidade figure inominada, eu devo dizer-vos que eu não defenderia aqui uma teoria espiritual que, como outras escolas filosóficas, nos proporia eventualmente um caminho em direção a um nirvana qualquer. Eu falar-vos-ia somente duma ética do homem. Porque a Maçonaria, talvez diversamente de uma igreja, não se submete aos dogmas. Ela tem valores, mas ela está em movimento - ela está percorrendo um caminho.É o encontro entre cada indivíduo consigo próprio, é o encontro com a vida, é o movimento do pensamento, do sentimento, e da razão. E é isto que faz com que a Maçonaria se perpetue no tempo, mas ela não é certamente a mesma que era antes. Porque ela tem uma vocação de resposta a um determinado número de necessidades dos homens, sendo que estas também mudam, porque nós não somos os mesmos homens que viviam há alguns séculos.O termo espiritualidadeUma precaução que eu tomaria no que concerne à palavra espiritualidade. A respeito de certas palavras, é preciso ser bem preciso. Malraux (escritor francês 1901 - 1976) dizia que o século XXI seria espiritual ou não seria. É necessário que nos entendamos acerca desta palavra ambígua, do mesmo modo que o seu uso é também ambíguo. Eu gostaria de relembrar que de um ponto de vista etimológico, a espiritualidade [1] reenvia para uma identificação da alma. Quer dizer que ela tem de fato uma acepção religiosa.Por mim, aquilo que acredito é que o século XXI será espiritual. Creio que o que está em jogo -e é uma das novidades deste século que está no seu começo- é justamente que as duas questões, da religião por um lado, no sentido ocidental do termo "a crença em Deus", e a espiritualidade por outro, isto é, uma determinada maneira "de habitar o mundo, a própria vida, a idéia de confrontar a própria morte", são questões distintas. Acreditou-se durante muito tempo no Ocidente -porque a espiritualidade foi cristã durante vinte séculos- que estas duas palavras, espiritualidade e religião, eram sinônimas e daí que quem não tivesse religião, devia renunciar a toda e qualquer vida espiritual. Eu acredito que aquilo que este século vai viver é a refutação desta idéia falsa. Bem entendido, aqueles que têm uma fé religiosa viverão a sua espiritualidade na fé, mas aqueles que não acreditam em Deus, viverão uma outra espiritualidade sem Deus, uma espiritualidade laica, aderindo neste aspecto à espiritualidade maçônica, do homem em busca de si próprio, que sabe que é imortal, ao contrário de um animal. Isto é uma busca do homem que procura ser mestre de si próprio, mestre do seu destino.Um século XX dramático e inquietanteO século XX decorreu num inquietante balanço. Depois do século XVIII que foi o século das Luzes, aquele da Razão, depois do século XIX, que foi aquele das grandes conquistas sociais, o século XX anunciava-se como aquele do triunfo da paz, como aquele da justiça social, da razão, das Luzes, da sociedade sem classes, da fraternidade universal, como aquele do reino da liberdade.Eu não sei o que escreverão da nossa época os historiadores dentro de trinta ou quarenta anos, mas o balanço do último século conheceu os dois conflitos mundiais mais mortíferos da história da humanidade, e depois conflitos parciais totalizando dois a três vezes o número de mortos da segunda guerra mundial. O século XX devia ser a vitória das Luzes e das liberdades - mas tornou-se, de todos os lados, o regresso em força dos obscurantismos, do clericalismo, da xenofobia, ilustrado quotidianamente pela atualidade.Tanto o nazismo como o comunismo tinham em comum a edificação do homem, dum certo tipo de homem, de onde a dimensão espiritual estava ausente e sistematicamente refutada e combatida. Quantos mártires (mortos pela sua fé, do católico, do protestante, do judeu, do maçom) não estão mais aqui para testemunhar! Os judeus dizem que Auschwitz era e é sempre o lugar onde Deus está ausente. Pouco importa aquilo que nós entendemos por "Deus", se é o Deus de Israel, aquele dos Evangelhos ou o do Corão, ou bem um Deus mais íntimo, recluso no mais profundo de si mesmo. Ele pode, sem dúvida, aí ter o lugar ou os momentos onde (ou seja, aquilo que há de mais profundamente humano em cada um de nós) recusa a manifestar-se. Mas precisamente, escutemos os testemunhos dos recuperados do inferno. Nós estamos bem colocados para saber que da Luz jorra das Trevas e que a Morte não é senão uma ilusão, certamente uma passagem em direção a um outro plano de Conhecimento que é ainda e mais que nunca a Vida.Quanto ao sofrimento, às injustiças das quais somos as testemunhas, às vezes até as vítimas, eu estou convencido que elas têm também um sentido. O problema, é que para saber mais, é preciso passar para o outro lado do Espelho. Mas como imaginar que por detrás desse caos aparente, haverá aí um equilíbrio, uma harmonia?A loja maçônica é uma escolaOs maçons pensam que o homem é susceptível de aperfeiçoamento, e que esse aperfeiçoamento se dá pelo conhecimento, pelo conhecimento do mundo, mas ao mesmo tempo pelo conhecimento de si mesmo, pois não se liberta aos outros senão nos libertarmos a nós mesmos, e os dois movimentos devem caminhar ao mesmo tempo. A escola é para permitir que a criança, com os utensílios da razão, venha a ser ela própria. A loja maçônica não nos propõe mais do que isso. No seu percurso ela não afirma a Verdade. Ela propõe a dúvida. A sabedoria não é uma escola da verdade, é uma escola de dúvida, é uma escola de interrogação, é uma escola de permanente construção de si próprio.Não é uma iniciação de um saber estabelecido, de uma verdade revelada, de dogmas, de uma gnose transcendental. É neste sentido que a palavra espiritualidade pode ser discutível. A sabedoria é um caminho em direção a si próprio. Não é o ponto de chegada, mas o caminho para aí chegar. É a mais bela catedral a construir, é aquela que cada homem constrói em si próprio, é essa do seu coração, é essa da sua razão. E se não nos construímos a nós próprios livremente, como poderemos pretender construir a cidade ideal?Um papel para a MaçonariaDir-me-ão: tudo isso é um pouco triste! Sim e não. É um balanço que deve interpelar-nos, que apela ao sobressalto. As forças políticas penam em encontrar elementos, soluções, mais depressa valores do que marcas de cultura. Pois bem, se nós não somos capazes de fornecer marcas, valores, expectativas, não há nenhuma razão para que amanhã a política se renove no Fórum.E se a Maçonaria, para além da sua missão iniciática, tem uma missão no século XXI, ela deve situar-se no terreno da cultura, no terreno dos valores. É ao mobilizar-se para que as liberdades individuais e coletivas, a liberdade de consciência, os princípios de igualdade, direitos e deveres, os princípios de solidariedade, sejam respeitados e desenvolvidos, que ela encontra sua missão.A esperança, para finalizarE, portanto, a esperança está aí! Ela está na Maçonaria porque, quaisquer que sejam os graus de iniciação maçônica, nós somos todos livres e iguais, portadores de uma esperança de emancipação, de justiça, de razão, de amor pela humanidade.Contrariamente àquilo que muitos pensam, eu não acredito que as nuvens se encobrirão. As novas gerações, aquelas que surgem e que se anunciam, estão em busca de sentido. É muito surpreendente para nós ver esses milhares de jovens aplaudir, por exemplo, um Papa ancião e doente. Todos esses jovens não são crentes. Eles admiram a sinceridade de um homem e a sua capacidade de dar amor e compaixão. Eles sentem confusamente também que a nossa sociedade desorientada tem necessidade de marcos morais e balizas, mesmo se a chamada de atenção de certas regras do "Viver em conjunto" pode incomodar-nos, porque elas parecem ir ao encontro da nossa busca pessoal da verdade. Melhor dizendo, eu creio que nós não seríamos muito sensatos, nós os maçons, sem ter em conta essa sede de espiritualidade que se vê manifestar por todo o lado, mesmo se ela toma por vezes formas sectárias e dogmáticas. Mesmo na nossa maneira de abordar as questões de ética ou de sociedade.Acontece, que certos maçons pensam que a velhice e os graus lhes conferem o poder e a autoridade. Eles são felizmente muito poucos. Pois que, de fato, os únicos graus que existem em Maçonaria são graus espirituais, isto é, que balizam um percurso de si para si. Isto não confere nenhum poder, nem virtude. E quando esperamos pelo último grau, o cume da montanha mágica, da pirâmide, - eu não descubro nenhum segredo aqui - descobrimos que tudo que está em cima já está em baixo, que o que conta, não é o ponto de chegada, é o caminho que percorremos no "eu interior". É a descoberta que fazemos em nós mesmos. É o olhar do "outro". É a conversão do olhar que temos em relação a nós próprios.Eu creio que é isso que precisamos encontrar. César enganou-se: os homens não se satisfazem com o pão e com o circo. Eles têm necessidade de sentido. Eles têm necessidade de esperança. Eles têm necessidade de pensar que amanhã será melhor. Pois, se a História da humanidade tem um sentido, é precisamente esse do longo caminho em direção à sua emancipação, em direção à emancipação dos homens, périplo que cada geração deverá refazer no interior de si mesma. Pois podemos tudo ensinar aos nossos filhos, mas nunca o caminho em direção a eles mesmos.Em última instância, do meu ponto de vista, é essa a mensagem da iniciação maçônica. Será isso talvez a espiritualidade maçônica que se prepara para o século XXI: sair da pré-história dos preconceitos, das pré-histórias das alienações, tentando ir sempre mais além num mundo de liberdade e de dignidade: fazer louca a fanfarronada, mas maravilhosa, produto da inteligência humana.É este o grito que eu tento exprimir. Era preciso dizer num dado momento: nós somos ricos e não o sabemos. Não procuremos para além daquilo que temos, cultivemos o que temos. É também talvez isso a força da vida que nos oferece a Maçonaria para o século XXI. É esta esperança que eu tento partilhar convosco.
G.CARRAZ
Mensagem do Escritor - M/1149
Entre Gozo e Sofrimento
Até que o sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão. Na verdade, os altos e baixos em nossa visa são uma constante. É preciso que encaremos a cada dia os contrastes, e quem não estiver preparado, vai sucumbir. Não foi por acaso, que o notável estadista norte-americano Theodore Roosevelt, assim disse: “É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota”. Existem muitas pessoas nesse estágio, não conhecendo nenhuma destas facetas, ou talvez não consiga fazer o equilíbrio entre o gozo e o sofrimento. 290406)
Até que o sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão. Na verdade, os altos e baixos em nossa visa são uma constante. É preciso que encaremos a cada dia os contrastes, e quem não estiver preparado, vai sucumbir. Não foi por acaso, que o notável estadista norte-americano Theodore Roosevelt, assim disse: “É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota”. Existem muitas pessoas nesse estágio, não conhecendo nenhuma destas facetas, ou talvez não consiga fazer o equilíbrio entre o gozo e o sofrimento. 290406)
A Bíblia Diz...
"Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos, e à obra das nossas mãos já não diremos mais: Tu és o nosso deus; porque por ti o órfão alcança misericórdia." (Oséias 14:3)
Pensamento - MDLVI
"Do rio que tudo arrasta se diz violento, mas
ninguém chama de violentas as margens
que o aprisionam.” (Bertolt Brecht)
ninguém chama de violentas as margens
que o aprisionam.” (Bertolt Brecht)
sábado, 30 de janeiro de 2010
Amigo e Irmão - P/0338
Amigo e Irmão
Até parece que foi ontem, uma criança,
boas lições o menino ia aprendendo...
feliz andava pelas ruas, com a esperança
de vencer na vida. E assim, foi crescendo,
Muito cedo começou, o trabalho sério
com o pai e os irmãos, e a mãe querida.
Tudo sem reclamar. Sempre com critério;
humildemente, ele soube levar a vida,
É um vencedor, entre guerra e paz.
num labor constante, contras e prós...
supera as batalhas e sabe o que faz;
Então, passando o tempo, ei-lo entre nós
Amigo de todas as horas, é muito leal!
Sem vacilar, mantém-se na vanguarda;
um companheiro que não existe igual.
Corajoso e forte, firme em sua jornada.
Nos seus 40 anos, em plena Luz Divina
segue o caminho que lhe foi traçado...
na escola da vida, Wilson olha prá cima
e contempla o futuro, como filho amado.
30.01.2010 - Jairo de Lima Alves
Até parece que foi ontem, uma criança,
boas lições o menino ia aprendendo...
feliz andava pelas ruas, com a esperança
de vencer na vida. E assim, foi crescendo,
Muito cedo começou, o trabalho sério
com o pai e os irmãos, e a mãe querida.
Tudo sem reclamar. Sempre com critério;
humildemente, ele soube levar a vida,
É um vencedor, entre guerra e paz.
num labor constante, contras e prós...
supera as batalhas e sabe o que faz;
Então, passando o tempo, ei-lo entre nós
Amigo de todas as horas, é muito leal!
Sem vacilar, mantém-se na vanguarda;
um companheiro que não existe igual.
Corajoso e forte, firme em sua jornada.
Nos seus 40 anos, em plena Luz Divina
segue o caminho que lhe foi traçado...
na escola da vida, Wilson olha prá cima
e contempla o futuro, como filho amado.
30.01.2010 - Jairo de Lima Alves
Pensamento - MDLV
"A cada novo dia que aqui vivemos, novos e bons
amigos possamos granjear." (Jairo de Lima Alves)
amigos possamos granjear." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLIV
"Enaltecer o sentimento de família faz-nos sentir
jubilosos, acreditando num futuro de grandeza
e de Paz Perene." (Jairo de Lima Alves)
jubilosos, acreditando num futuro de grandeza
e de Paz Perene." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLIII
"A Ciência Espiritualista tem os seus princípios,
que na evolução humana, encontra guarida
em muitos corações." (Jairo de Lima Alves)
que na evolução humana, encontra guarida
em muitos corações." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDLII
"Faça o que deve ser feito com alegria e amor, e que esta disposição esteja presente em tudo que você faz, desde as tarefas mais simples até os trabalhos vitalmente importantes." (Jairo de Lima Alves)
Auxílio Espiritual: Francisco
Oração Intercessória
Hoje é Dia de intercessão em favor do amigo e Irmão Francisco Freire de Barros, um buscador que necessita urgentemente da Graça Divina. Como qualquer ser humano, tem as suas deficiências, mas no momento ele passa por algus problemas pessoais, inclusive de saúde, mas será abençoado pelo Deus de nosso coração, que conhece muito bem a nossa vida, e tudo o que pensamos. Então, dirigimos-nos, com fé ao Trono de Deus, impetrando a bênção especial sobre a vida do "Chico" e de sua família, rogando que ele se encontre e tenha paz, esperança e fé, para superar as adversidades. Que Assim Seja!...
Hoje é Dia de intercessão em favor do amigo e Irmão Francisco Freire de Barros, um buscador que necessita urgentemente da Graça Divina. Como qualquer ser humano, tem as suas deficiências, mas no momento ele passa por algus problemas pessoais, inclusive de saúde, mas será abençoado pelo Deus de nosso coração, que conhece muito bem a nossa vida, e tudo o que pensamos. Então, dirigimos-nos, com fé ao Trono de Deus, impetrando a bênção especial sobre a vida do "Chico" e de sua família, rogando que ele se encontre e tenha paz, esperança e fé, para superar as adversidades. Que Assim Seja!...
Mensagem do Escritor - M/1148
A Verdadeira Prosperidade
A verdadeira prosperidade não se conquista com com dinheiro. É através da prosperidade que se chega ao dinheiro. Na realidade, o dinheiro é um dos componentes menos importante da prosperidade. Cultivemos a prosperidade em sua essência. Sejamos prósperos. Sejamos felizes. E nunca nos esqueçamos, em toda a nossa existência, de agradecer ao Pai Maior, o Deus do nosso coração, pela prosperidade proporcionada por Ele através da vida. “A prosperidade é um dever. O Universo é abundante. O Universo imagina, e acontece. Basta usar o idioma, que o Universo fala: esse idioma feito de imagens, de percepções. E acontece.” (280406)
A verdadeira prosperidade não se conquista com com dinheiro. É através da prosperidade que se chega ao dinheiro. Na realidade, o dinheiro é um dos componentes menos importante da prosperidade. Cultivemos a prosperidade em sua essência. Sejamos prósperos. Sejamos felizes. E nunca nos esqueçamos, em toda a nossa existência, de agradecer ao Pai Maior, o Deus do nosso coração, pela prosperidade proporcionada por Ele através da vida. “A prosperidade é um dever. O Universo é abundante. O Universo imagina, e acontece. Basta usar o idioma, que o Universo fala: esse idioma feito de imagens, de percepções. E acontece.” (280406)
Personalidade: Eliphas Levi - 0030
ELIPHAS LEVI
Eliphas Levi Zahed é tradução hebraica de Alphonse Louis Constant, abade francês, nascido no dia 8 de fevereiro de 1810 em Paris. O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, era filho de um modesto sapateiro, Jean Joseph Constant e de Jeanne-Agnès Beaupurt, de afazeres domésticos. Possuía uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais velha do que ele. Apesar de mostrar desde menino aptidão para o desenho, seus pais encaminharam-no para o ensinamento religioso.
Foi assim que aos dez anos de idade ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis em L´lle, onde aprendeu o catecismo sob a direção do abade Hubault selecionava os garotos mais inteligentes, que demonstravam alguma inclinação para a carreira eclesiástica. Desse modo, Eliphas foi encaminhado por ele ao seminário de Saint-Nicolas du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios(1). A vida familiar cessou para ele a partir desse momento. No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos lingüisticos e aos dezoito anos já era capaz de ler a bíblia em seu texto original.
Em 1830, foi transferido para o seminário de Issy para cursar Filosofia. Dois anos mais tarde, ingressou em Saint-Sulpice para estudar Teologia. Foi em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, intitulado Nemrod; no grande seminário de Saint-Sulpice criou seus primeiros poemas religiosos, dotados de uma grande beleza.
Após seu curso de Teologia, Eliphas ingressou nas ordens maiores, sendo ordenado sub-diácono e encarregado de ministrar o catecismo para meninas. "Esse ministério, diz Eliphas, tão poético e tão suave, foi para mim muito agradável; parecia-me que eu era um anjo de Deus, enviado a essas crianças para iniciá-las na sabedoria e na virtude; as palavras tornavam-se abundantes para elas em meus lábios, pois meu coração estava repleto e tinha necessidade de expandir-se(2)".
Nosso jovem Alphonse são tardou a sentir o despertar em seu interior da força de sua juventude asceticamente reprimida desde a adolescência. Um dia, quando estava ensinando o catecismo às meninas, alguém chamou-o à sacristia. Era uma senhora, com uma jovem pálida e tímida, que pediu a Eliphas que a preparasse para a primeira comunhão. Outros padres tinham recusado por ser ela pobre e a filha doente e tímida. Eliphas não só aceitou a tarefa, como prometeu tratá-la como filha. A menina, que se chamava Adele Allenbach, de uma beleza pura e cândida, pareceu a Eliphas ser a imagem da própria Virgem Maria. Essa beleza juvenil correspondeu para ele a uma "iniciação a vida", pois amou-a ternamente como se fosse uma deusa.
Eliphas Levi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835; em maio de l836 teria sido ordenado sacerdote se não tivesse confessado a seu superior o amor que devotava à jovem. Suas convicções religiosas receberam um choque tão grande, que Eliphas sentiu-se jogado fora da carreira eclesiástica.
Após 15 anos de estudos, Eliphas deixou o grande seminário para ingressar no mundo, tinha então vinte e seis anos de idade. Sua mãe, ao saber disso, suicidou-se. Abalado, sem experiência do mundo, teve muitas dificuldades para encontrar um emprego. Essa dificuldade aumentava ainda mais pelo boato que correu, segundo o qual teria sido expulso do seminário. Após ter percorrido o interior da França, trabalhando em um circo, Eliphas encontrou em Paris alguns trabalhos como pintor e jornalista. Fundou, com seu amigo Henri-Alphonse Esquirros(3), uma revista denominada "As Belas Mulheres de Paris", na qual aplicava-se como desenhista e pintor e Esquirros como redator.
Mas, apesar desse pequeno parêntese em sua vida, Eliphas não tinha perdido sua inclinação para a vida religiosa. Despedindo-se de Esquirros, partiu em 1839 para o convento de Solesmes, dirigido por um abade rebelde. Eliphas aí encontrou uma biblioteca com mais de 20.000 volumes, iniciando-se na leitura dos antigos Padres da Igreja, dos Gnósticos e de alguns livros ocultistas, principalmente os da Senhora Guyon: "A vida e os escritos dessa mulher sublime, diz-nos Eliphas, abriram-me as portas de inúmeros mistérios que ainda não tinha podido penetrar; a doutrina do puro amor e da obediência passiva de Deus desgostaram-me inteiramente da idéia do inferno e do livre arbítrio; vi Deus como o ser único, no qual deveria absorver-se toda personalidade humana. Vi desvanecer o fantasma do mal e bradei: um crime não pode ser punido eternamente; o mal seria Deus se fosse infinito!"(4).
Eliphas vislumbrou, através do Spiridion e de outros escritos dessa autora, o reino futuro do Espírito Santo, o trabalho do homem de amanhã. O Cântico dos Cânticos lhe foi revelado; compreendeu por que em teologia a esposa tinha preferência em relação a mãe. Ficou imensamente feliz ao compreender que todos os homens poderiam ser salvos.
Partiu de Solesmes sem dinheiro, sem roupas, mas com uma profunda paz no coração. Não acreditava mais no inferno!(5).
Eliphas Levi passou, então, de emprego em emprego, sempre perseguido pelo clero que via nele um apóstata. Foi então que escreveu sua Bíblia da liberdade, desejando dividir com seus irmãos as alegrias de suas descobertas (1841). Essa publicação custou-lhe oito meses de prisão e 300 francos de multa! Foi acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contra as bases da sociedade, de propagar o ódio e a insubordinação.
Foi mais ou menos por essa época que conheceu os escritos de Swedenborg. Segundo Eliphas, tais escritos não contêm toda a verdade, mas conduzem o neófito com segurança na senda.
Saindo da prisão, realizava pequenos trabalhos, principalmente pintura de quadros e murais de igrejas e colaborações jornalísticas. Apesar dos contratempos materiais, não deixou jamais de aperfeiçoar seus conhecimentos e enriquecer sua erudição. Foi após Swedenborg que encontrou os grandes magos da Idade Média, que o lançaram definitivamente no Adeptado: Guillaume Postel, Raymond Lulle, Henry Corneille Agrippa. Assim em 1845, aos trinta e cinco anos de idade, escreveu sua primeira obra ocultista, intitulada O livro das Lágrimas ou o Cristo Consolador.
Em 13 de julho de 1846 casou-se com Marie Noémi Cadiot, matrimônio que durou sete anos. Esse casamento foi para ele um suplício. Instigado pela mulher, lançou-se a escrever panfletos políticos, resultando-lhe um segundo período de cárcere. Em 3 de fevereiro de 1847, foi condenado a um ano de prisão e ao pagamento de mil francos de multa, acusado de levar o povo ao ódio e ao desprezo do governo imperial. Sua mulher, grávida, percorreu os mistérios a fim de obter a redução da pena imposta a seu marido, o que conseguiu após seis meses.
Em 1847, sua esposa deu à luz uma menina, que faleceu em 1854, para desespero de seu pai, que a adorava. Era uma criança muito doente e esteve várias vezes à morte. "Um dia, diz o Mestre, trouxeram-me essa pobre criança agonizante, porque não ouso dizer morta, por uma estúpida mulher que Noemi, incapaz de ser mãe, tinha admitido como ama-de-leite. A criança estava fria; o coração e o pulso não batiam mais. Noemi, que não soube cuidar dela como devia, estava furiosa, dizendo que mataria o filho da ama-de-leite (que mulher eu tinha, grande Deus!). Para apaziguá-la, jurei-lhe que a menina não estava morta. Transportei o pobre corpo para a cama e coloquei-o sobre meu peito; assoprei ao mesmo tempo em sua boca e em suas narinas; senti que ela começava a se destorcer. Peguei em seguida um pouco de água morna e bradei: Maria! Si quid est in baptismate catholico regenerationis et vitae, vive christiana! Ego enim te baptizo en nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti. Meu amigo, não vos conto um sonho: a criança abriu imediatamente seus grandes olhos azuis espantados e sorriu... Levantei-me precipitadamente com um grande grito de alegria e conduzi-a aos braços de sua mãe, que não podia acreditar no que estava vendo". (6)
A Vontade, a Fé, o poder do Verbo Humano, juntos, operam as maravilhas da Natureza que os profanos denominam milagre...
Em l848, Eliphas Levi fundou um clube político, denominado Clube da Montanha, com fins eleitorais, no qual era presidente; Noemi Constant era a Secretária e Esquirros um dos vice-presidentes. Para sorte dos ocultistas, somente Esquirros foi eleito Deputado para a Assembléia Nacional (1849). Em 1851, Esquirros partiu para o exílio, na Inglaterra, onde escreveu uma série de obras, sendo uma delas de cunho ocultista, apesar de seu título (O Evangelho do Povo). Entre os discípulos de Esquirros contava-se Henri Delaage, Iniciador de Papus, em 1882 na Sociedade dos Filósofos Desconhecidos, entidade que provém de Louis Claude de Saint-Martin. Foi a partir desse episódio que Eliphas Levi abandonou integralmente sua obra social, para dedicar-se exclusivamente ao Ocultismo.
"Na Bíblia da Liberdade, explica-nos Eliphas, saudamos o gênio da revolução, do progresso e do futuro. Na festa de Deus, Assunção da Mulher e Emancipação da Mulher procuramos explicar nossa religião materna. Na Última Encarnação demonstramos o papel do Cristo sobre a terra e saudamos o gênio do Evangelho, marchando à frente do progresso. Agora, nossa obra social está concluída; não pedimos por ela, indulgência nem severidade. Escrevemos o que ditou nossa inteligência e nosso coração"(6).
Sabemos a origem dos estudos ocultistas de Eliphas Levi, mas permanece obscura sua origem iniciática. Sabemos de suas relações de amizade com Hoene Wronski e com Edward Bulwer Lytton. O polonês Wronski, falecido no dia 9 de Agosto de 1853, em Paris, deixou setenta manuscritos catalogados por sua esposa, à Eliphas Levi e outros, os quais foram doados à Biblioteca Nacional de Paris.
Em 1854, um ano após a morte de Wronski, Eliphas viajou à Londres, onde se encontrou com inúmeros ocultistas ingleses, que lhe pediram revelações e prodígios. Longe de querer iniciá-los na magia cerimonial, isolou-se no estudo da Alta Cabala.
Havia um, contudo, Adepto de primeira linha, que se tornou grande amigo de Eliphas Levi: Bulwer Lytton, autor de Zanoni, Os Últimos Dias de Pompéia, A Raça Futura, etc. Os dois Mestres teriam trocado informações iniciáticas dos mais altos interesses para as sociedades ocultistas, das quais certamente eram os chefes. Haveriam inclusive, realizado trabalhos espirituais entre 20 e 26 de julho de 1854, em Londres. As anotações relacionadas com esses eventos foram parar nas mãos de Papus, sendo publicadas, em parte, em um dos números da Revista L´Initiation. Registram três visões, de São João, de Jesus e de Apolônio de Tiana, os quais lhes teriam revelado os mistérios dos Sete Selos do Apocalipse; alguns enigmas do futuro, que desejavam saber; detalhes da Magia Celeste (revelados pelo livro do Rabino Inaz que lhes indicaram onde encontrar), as chaves dos milagres, bem como o sagrado dever de honrar a Coroa, uma vez conquistada.
Retornando a Paris, instalou-se no atelier do pintor e discípulo Desbarrolles, uma vez que estava separado de sua esposa Noemi (fato ocorrido antes de partir para Londres). Desenrolou-se nova etapa em sua vida. Foi a fase do Adeptado. Em 1855 fundou a Revista Filosófica e Religiosa (cujos artigos principais encontram-se em seu livro A Chave dos Grandes Mistérios). Nesse mesmo ano publicou seu Dogma e Ritual da Alta Magia e o poema Calígula, identificado no personagem, o imperador Napoleão III. Foi preso imediatamente. No fundo da prisão escreveu uma réplica, o Anti-Calígula, retratando-se. Foi posto em liberdade.
Em 1859 veio à luz sua História da Magia, formando com A Chave e o Dogma a Trilogia ocultista tida como bíblia por seus discípulos, entre os quais, nessa época, figuravam Desbarrolles, Delaage e Rozier. Os dois últimos vieram a transmitir a Papus e aos demais ocultistas do fim do século XIX o precioso depósito da Tradição, proveniente de Martinez de Pasqually, Willermoz, Saint-Martin e vivificada por Eliphas Levi.
O círculo de amigos de Eliphas Levi era constituído por uma elite de homens de Desejo, que se reuniam na casa de Charles Fauvety. Constavam-se entre os discípulos parisienses, além dos mencionados acima, Louis Lucas (autor de Química Nova), Louis Ménard (tradutor de Hermes Trismegistro), o conde Alexandre Branicki, Littré, Considérant, Reclus, Leroux, Caubet, Eugène Nus, Constantin de Branicki. O Conde Alexandre de Branicki, polonês, amigo pessoal de Bulwer Lytton, era tido como o principal discípulo de Eliphas Levi, "o mais avançado em Cabala"(8).
Mas nem todos os discípulos do Mestre habitavam em Paris, como era o caso do Barão Nicolas-Joseph Spedalieri, nascido em 1812, na Sicília. Iniciado desde os vinte anos na Sociedade dos Martinistas de Nápoles, era leitor assíduo de Louis Claude de Saint-Martin, o Filósofo Desconhecido. Aos trinta anos, fixou residência na França (Marselha). Em 1861, entrou em contato com o autor do Dogma e Ritual de Alta Magia, tornando-se seu discípulo. A correspondência entre Eliphas e Spedalieri, iniciada em 24 de Outubro de 1861, prolongou-se até 14 de Fevereiro de 1874.
Apesar de cultivar relações de amizade com pessoas ricas, que freqüentava, Eliphas levava uma vida bastante simples. Suas regras eram: "uma grande calma de espírito, um asseio com o corpo, uma temperatura sempre igual, de preferência um pouco mais fria do que quente, uma habitação arejada e bem seca, onde nada lembre as necessidades grosseiras da vida, refeições regulares e proporcionais ao apetite, que deverá ficar satisfeito e não excitado. Uma alimentação simples e substanciosa; deixar o trabalho antes do cansaço; fazer um exercício moderado e regulado; jamais aquecer-se ou excitar-se à noite, para que a maior calma preceda o sono. Com uma vida regulada assim, pode-se prevenir todas as doenças, que se apresentam sempre sob a forma de indisposições, fáceis de combater com remédios simples e brandos... uma xícara de vinho quente para o enfraquecimento e o resfriado, alguns copos de hidromel! como purgativo, infusão de borragem(9) e leite para a gripe, muita paciência e alegria farão o resto"(10).
Em agosto de 1862 editou seu livro Fábulas e Símbolos, considerado por ele mesmo como o mais profundo que escreveu. Ao elaborar essa obra, conta-nos Eliphas, o Espírito projetou-se em sua alma, de sorte que via todo o conteúdo do livro na Luz, antes de ser escrito. Toda a obra foi feita de um só fôlego, sem qualquer rasura. As idéias brotavam espontaneamente e coisas simples e belas emergiam da Luz, admirando o próprio autor. "Que a Vontade de Deus seja feita! Exclamou Eliphas. Estou maravilhado e espantado pelas grandes obras que Ele me faz executar. Se soubésseis como meu mérito é pequeno... Sou um verdadeiro cadáver que o Espírito Santo anima".(11)
Suas obras causavam impacto no mundo ocultista da França e do exterior. Recebia visitas de toda espécie: curiosos, ocultistas, estudantes sinceros, aprendizes de feiticeiro ... "Um dia, diz Eliphas, entre três e quatro horas da tarde, ouvi alguém bater a minha porta. Eram sete batidas secas, assim espaçadas: 00-0-00-00. Abri a porta e um rapaz muito bem vestido e de boa apresentação entrou lentamente, rindo, com um ar um pouco sarcástico, dizendo-me em um tom familiar: "meu caro Senhor Constant, estou encantado por encontrá-lo em casa". Tendo dito isso, passou para meu escritório como se estivesse em sua própria casa e sentou-se em minha poltrona.
"Mas Senhor, disse-lhe, não vos conheço"! Ele soltou uma gargalhada: "Sei perfeitamente disso: é a primeira vez que me vedes, pelo menos sob esta forma. Mas eu vos conheço muito bem! Conheço toda vossa vida passada, presente e futura. Ela está regulada pela lei inexorável dos números. Sois o homem do Pentagrama e os anos terminados pelo número cinco sempre vos foram fatais. Olhai para traz e julgai: em 1815 vossa vida moral começou, pois vossas recordações não vão além, em 1825 ingressastes no seminário e entrastes na liberdade de consciência; em 1845 publicastes A Mãe de Deus, vosso primeiro ensaio de síntese religiosa, e rompestes com o clero; em 1855 vós vos tornastes livre, abandonado que fostes por uma mulher que vos absorvia e vos submetia ao binário. Notais que se houvésseis continuado juntos, ela vos teria anulado completamente ou teríeis perdido a razão. Partistes em seguida para a Inglaterra; ora, o que é a Inglaterra? Ela é o Iod da Europa atual; fostes temperar-vos no princípio viril e ativo. Lá vistes Apolônio, triste, barbeado e atormentado como estáveis naquele período. Mas esse Apolônio, que vistes era vós mesmo; ele saiu de vós, entrou em vós e em vós permanece".
"Vós o revereis neste ano de 1865, mais bonito, radioso e triunfante. O fim natural de vossa vida está marcado (salvo acidente) para o ano de 1875(12); mas se não morrerdes neste ano, vivereis até 1885. Apolônio, quando o vistes, temia as pontas das espadas; vós as temeis como ele, pois neste momento, me tomais por um louco. Como um dia alguém quis assassinar-vos(13), perguntais inquietamente se não vou terminar minha extravagante alocução com um gesto semelhante (aqui começou a rir). Sim, sou louco, acrescentou, retomando seu ar sério, mas não sou a loucura morta, sou a loucura viva; ora, a loucura viva é o inverso da sabedoria de Deus. Sabeis vós o que é Deus? Deus sois vós, pois Satã é Deus visto ao contrário.
"Existem atualmente dois grandes escritores, continuou o estranho visitante, que são úteis à Ciência, Mirville e Eliphas Levi. A todo tempo são necessárias duas colunas; vós sois Jakin, ele é Boaz. Sabeis bem que nenhuma força se produz sem resistência, nenhuma luz sem sombra, nenhuma afirmação sem negação". Calou-se por alguns instantes e eu lhe perguntei:- Sois Espírita? Respondeu-me gravemente:"Os espíritas são escorpiões que inoculam um veneno cadavérico sob as pedras tumulares. Atraem os mortos, mas não os ressuscitam. Em breve a terra estará coberta de cadáveres que andam. Estamos em uma época de morte. Louis-Philippe era um Mercúrio sem asas na fronte; ele as tinha nos pés e foi-se. Napoleão III é um Júpiter sem estrela; após ele virá o Saturno coxo e o rei dos padres. O Senhor Conde de Chambord... "O visitante refletiu um instante, olhou-me fixamente e disse de repente:"Por que não quereis ser papa"? Dessa vez fui eu quem soltou uma gargalhada. Respondi-lhe:- Porque não quero ser despropossitado. "Ah! disse-me ele, ainda tendes um véu para rasgar e não conheceis vossa força toda-poderosa, acrescentou, retratando-se. Nós dois já criamos e destruímos muitos mundos e vós não ousais aspirar a governar um. Esperai, então, a derrota, o esmagamento dos tímidos, a cruz desse pobre homem que se chamava Jesus Cristo".
"Mas, finalmente, quem sois vós?", perguntei-lhe, então, levantando-me.
"Vós negastes minha existência, respondeu-me ele; chamo-me Deus. Os imbecis denominam-me Satã. Para o vulgo chamo-me Juliano Capella. Meu envelope humano tem vinte e um anos; ele nasceu em Bordéus; tem pais italianos".
"Enquanto esse rapaz falava, eu sentia um peso extraordinário na cabeça; parecia-me que minha testa iria explodir. Observava meu interlocutor com surpresa. Seu rosto lembrava os retratos de Lord Byron, com menos correções nos traços; possuía as mãos muito brancas e carregadas de anéis, o olhar seguro e crepitante de sarcasmos, a boca vermelha, os dentes regulares". (14)
O curioso visitante partiu e jamais os biógrafos de Eliphas Levi encontraram qualquer traço dele. O ano de 1865, como ele tinha predito, foi triunfal para Eliphas, pois a publicação de sua Ciência dos Espíritos trouxe-lhe enorme reputação entre os ocultistas de seu tempo.
No dia 31 de maio de 1875 faleceu Eliphas Levi. Aqueles que o acompanharam até o último momento testemunharam sua grande coragem e resignação. No momento de expirar, estava bastante calmo. Sua vida tinha sido plena de realizações espirituais. Havia cumprido a missão de iniciado e de iniciador. Acima de seu leito, estava fixado um crucifixo, que olhava seguidamente nos últimos momentos. Disse antes de expirar: "Ele prometeu o Consolador, o Espírito. Agora espero o Espírito, o Espírito Santo". O Mestre faleceu logo em seguida.
Dedicando praticamente todo seu tempo à pesquisa da verdade e ao apostolado perante seus discípulos, Eliphas Levi levou uma vida bastante humilde. Os bens materiais que possuía não passavam de muitos livros e algumas obras de arte, como prova seu testamento, redigido em uma quarta-feira, no dia 26 de maio de 1875, cinco dias antes de sua morte:
"Em nome da Justiça e da Verdade, este é meu testamento:
Lego ao Conde Georges de Mniszech meus manuscritos, livros e instrumentos de ciência, particularmente uma dupla esfera metálica portanto um resumo de todas as ciências.(15)
Desejo que ninguém toque em meus; manuscritos, a não ser o Conde de Mniszech, a condessa sua esposa, o Conde Branicki e a senhora Gustaf Gebhard, que reside na rua Koenigstrasse, 64, em Esberfeld.
Meu amigo Edouard Pascal, que se ocupou de mim com o maior devotamento, escolherá dentre meus livros não científicos e entre meus objetos de arte e de curiosidade o que lhe interessar.
Lego à minha irmã Pauline Bousselet, que sou forçado a deserdar, por causa de meu cunhado, todos os meus quadros e objetos de devoção.
Desejo, ademais, que todas minhas vestes e roupas em geral sejam legadas às irmãs de caridade da rua Saint-Jacques.
O que resta de móveis, curiosidades, tapeçarias, vasos, pratos de cobre, etc., será vendido e o resultado dividido entre as pessoas que se ocuparem de mim até os últimos momentos; não me refiro a mercenários, mas a amigos".
O Conde de Mniszech faleceu em 1885. Os manuscritos de Eliphas Levi foram vendidos e dispersos; mas graças a Stanislas de Guaita foram reencontrados. Cabe salientar que a Condessa de Mniszech era prima da Condessa Keller, esposa de Saint-Yves d´Alveydre, o Mestre intelectual de Papus, fato que certamente facilitou a recuperação dos preciosos manuscritos.
Edouard Pascal ficou também com a espada mágica de Eliphas Levi e com a famosa caderneta de anotações referentes aos trabalhos mágicos de Londres. Em 1894 esses objetos caíram nas mãos de Papus, graças a intercessão de amigos que conheciam a viúva de Pascal.
O Filho de Eliphas Levi que só viu o pai no dia de sua morte, acompanhou-o até a sua última morada.(16) M.A.C. foi visto em 1914 por Chacornac, que ficou admirado com sua extrema semelhança com Eliphas Levi. Era um velho de estatura média, de cabelos brancos e que exalava bondade. Mostrou-lhe sua biblioteca, com quase todas as obras de seu pai, cuidadosamente encadernadas. Presenteou-o com um busto de Eliphas e com um de seus manuscritos, denominado O livro de Hermes. Compunha-se de 294 folhas, com 47 figuras no texto e com 78 lâminas do Tarot, em anexo, desenhadas pelo próprio autor. Em 1919, Chacornac encontrou-se com o neto de Eliphas Levi, filho de M.A.C.
M.A.C. legou em 1914, a amigos de Papus, manuscritos inéditos de Eliphas, e objetos pessoais do Mestre. A Tradição Ocultista continuou através dos discípulos póstumos de Eliphas Levi Zahed. A vida continua depois da vida; o sol parte e vem a noite; mas ele não deixa de renascer no dia seguinte, para aquecer e iluminar todos os recantos da Natureza.
Eliphas Levi Zahed é tradução hebraica de Alphonse Louis Constant, abade francês, nascido no dia 8 de fevereiro de 1810 em Paris. O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, era filho de um modesto sapateiro, Jean Joseph Constant e de Jeanne-Agnès Beaupurt, de afazeres domésticos. Possuía uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais velha do que ele. Apesar de mostrar desde menino aptidão para o desenho, seus pais encaminharam-no para o ensinamento religioso.
Foi assim que aos dez anos de idade ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis em L´lle, onde aprendeu o catecismo sob a direção do abade Hubault selecionava os garotos mais inteligentes, que demonstravam alguma inclinação para a carreira eclesiástica. Desse modo, Eliphas foi encaminhado por ele ao seminário de Saint-Nicolas du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios(1). A vida familiar cessou para ele a partir desse momento. No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos lingüisticos e aos dezoito anos já era capaz de ler a bíblia em seu texto original.
Em 1830, foi transferido para o seminário de Issy para cursar Filosofia. Dois anos mais tarde, ingressou em Saint-Sulpice para estudar Teologia. Foi em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, intitulado Nemrod; no grande seminário de Saint-Sulpice criou seus primeiros poemas religiosos, dotados de uma grande beleza.
Após seu curso de Teologia, Eliphas ingressou nas ordens maiores, sendo ordenado sub-diácono e encarregado de ministrar o catecismo para meninas. "Esse ministério, diz Eliphas, tão poético e tão suave, foi para mim muito agradável; parecia-me que eu era um anjo de Deus, enviado a essas crianças para iniciá-las na sabedoria e na virtude; as palavras tornavam-se abundantes para elas em meus lábios, pois meu coração estava repleto e tinha necessidade de expandir-se(2)".
Nosso jovem Alphonse são tardou a sentir o despertar em seu interior da força de sua juventude asceticamente reprimida desde a adolescência. Um dia, quando estava ensinando o catecismo às meninas, alguém chamou-o à sacristia. Era uma senhora, com uma jovem pálida e tímida, que pediu a Eliphas que a preparasse para a primeira comunhão. Outros padres tinham recusado por ser ela pobre e a filha doente e tímida. Eliphas não só aceitou a tarefa, como prometeu tratá-la como filha. A menina, que se chamava Adele Allenbach, de uma beleza pura e cândida, pareceu a Eliphas ser a imagem da própria Virgem Maria. Essa beleza juvenil correspondeu para ele a uma "iniciação a vida", pois amou-a ternamente como se fosse uma deusa.
Eliphas Levi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835; em maio de l836 teria sido ordenado sacerdote se não tivesse confessado a seu superior o amor que devotava à jovem. Suas convicções religiosas receberam um choque tão grande, que Eliphas sentiu-se jogado fora da carreira eclesiástica.
Após 15 anos de estudos, Eliphas deixou o grande seminário para ingressar no mundo, tinha então vinte e seis anos de idade. Sua mãe, ao saber disso, suicidou-se. Abalado, sem experiência do mundo, teve muitas dificuldades para encontrar um emprego. Essa dificuldade aumentava ainda mais pelo boato que correu, segundo o qual teria sido expulso do seminário. Após ter percorrido o interior da França, trabalhando em um circo, Eliphas encontrou em Paris alguns trabalhos como pintor e jornalista. Fundou, com seu amigo Henri-Alphonse Esquirros(3), uma revista denominada "As Belas Mulheres de Paris", na qual aplicava-se como desenhista e pintor e Esquirros como redator.
Mas, apesar desse pequeno parêntese em sua vida, Eliphas não tinha perdido sua inclinação para a vida religiosa. Despedindo-se de Esquirros, partiu em 1839 para o convento de Solesmes, dirigido por um abade rebelde. Eliphas aí encontrou uma biblioteca com mais de 20.000 volumes, iniciando-se na leitura dos antigos Padres da Igreja, dos Gnósticos e de alguns livros ocultistas, principalmente os da Senhora Guyon: "A vida e os escritos dessa mulher sublime, diz-nos Eliphas, abriram-me as portas de inúmeros mistérios que ainda não tinha podido penetrar; a doutrina do puro amor e da obediência passiva de Deus desgostaram-me inteiramente da idéia do inferno e do livre arbítrio; vi Deus como o ser único, no qual deveria absorver-se toda personalidade humana. Vi desvanecer o fantasma do mal e bradei: um crime não pode ser punido eternamente; o mal seria Deus se fosse infinito!"(4).
Eliphas vislumbrou, através do Spiridion e de outros escritos dessa autora, o reino futuro do Espírito Santo, o trabalho do homem de amanhã. O Cântico dos Cânticos lhe foi revelado; compreendeu por que em teologia a esposa tinha preferência em relação a mãe. Ficou imensamente feliz ao compreender que todos os homens poderiam ser salvos.
Partiu de Solesmes sem dinheiro, sem roupas, mas com uma profunda paz no coração. Não acreditava mais no inferno!(5).
Eliphas Levi passou, então, de emprego em emprego, sempre perseguido pelo clero que via nele um apóstata. Foi então que escreveu sua Bíblia da liberdade, desejando dividir com seus irmãos as alegrias de suas descobertas (1841). Essa publicação custou-lhe oito meses de prisão e 300 francos de multa! Foi acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contra as bases da sociedade, de propagar o ódio e a insubordinação.
Foi mais ou menos por essa época que conheceu os escritos de Swedenborg. Segundo Eliphas, tais escritos não contêm toda a verdade, mas conduzem o neófito com segurança na senda.
Saindo da prisão, realizava pequenos trabalhos, principalmente pintura de quadros e murais de igrejas e colaborações jornalísticas. Apesar dos contratempos materiais, não deixou jamais de aperfeiçoar seus conhecimentos e enriquecer sua erudição. Foi após Swedenborg que encontrou os grandes magos da Idade Média, que o lançaram definitivamente no Adeptado: Guillaume Postel, Raymond Lulle, Henry Corneille Agrippa. Assim em 1845, aos trinta e cinco anos de idade, escreveu sua primeira obra ocultista, intitulada O livro das Lágrimas ou o Cristo Consolador.
Em 13 de julho de 1846 casou-se com Marie Noémi Cadiot, matrimônio que durou sete anos. Esse casamento foi para ele um suplício. Instigado pela mulher, lançou-se a escrever panfletos políticos, resultando-lhe um segundo período de cárcere. Em 3 de fevereiro de 1847, foi condenado a um ano de prisão e ao pagamento de mil francos de multa, acusado de levar o povo ao ódio e ao desprezo do governo imperial. Sua mulher, grávida, percorreu os mistérios a fim de obter a redução da pena imposta a seu marido, o que conseguiu após seis meses.
Em 1847, sua esposa deu à luz uma menina, que faleceu em 1854, para desespero de seu pai, que a adorava. Era uma criança muito doente e esteve várias vezes à morte. "Um dia, diz o Mestre, trouxeram-me essa pobre criança agonizante, porque não ouso dizer morta, por uma estúpida mulher que Noemi, incapaz de ser mãe, tinha admitido como ama-de-leite. A criança estava fria; o coração e o pulso não batiam mais. Noemi, que não soube cuidar dela como devia, estava furiosa, dizendo que mataria o filho da ama-de-leite (que mulher eu tinha, grande Deus!). Para apaziguá-la, jurei-lhe que a menina não estava morta. Transportei o pobre corpo para a cama e coloquei-o sobre meu peito; assoprei ao mesmo tempo em sua boca e em suas narinas; senti que ela começava a se destorcer. Peguei em seguida um pouco de água morna e bradei: Maria! Si quid est in baptismate catholico regenerationis et vitae, vive christiana! Ego enim te baptizo en nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti. Meu amigo, não vos conto um sonho: a criança abriu imediatamente seus grandes olhos azuis espantados e sorriu... Levantei-me precipitadamente com um grande grito de alegria e conduzi-a aos braços de sua mãe, que não podia acreditar no que estava vendo". (6)
A Vontade, a Fé, o poder do Verbo Humano, juntos, operam as maravilhas da Natureza que os profanos denominam milagre...
Em l848, Eliphas Levi fundou um clube político, denominado Clube da Montanha, com fins eleitorais, no qual era presidente; Noemi Constant era a Secretária e Esquirros um dos vice-presidentes. Para sorte dos ocultistas, somente Esquirros foi eleito Deputado para a Assembléia Nacional (1849). Em 1851, Esquirros partiu para o exílio, na Inglaterra, onde escreveu uma série de obras, sendo uma delas de cunho ocultista, apesar de seu título (O Evangelho do Povo). Entre os discípulos de Esquirros contava-se Henri Delaage, Iniciador de Papus, em 1882 na Sociedade dos Filósofos Desconhecidos, entidade que provém de Louis Claude de Saint-Martin. Foi a partir desse episódio que Eliphas Levi abandonou integralmente sua obra social, para dedicar-se exclusivamente ao Ocultismo.
"Na Bíblia da Liberdade, explica-nos Eliphas, saudamos o gênio da revolução, do progresso e do futuro. Na festa de Deus, Assunção da Mulher e Emancipação da Mulher procuramos explicar nossa religião materna. Na Última Encarnação demonstramos o papel do Cristo sobre a terra e saudamos o gênio do Evangelho, marchando à frente do progresso. Agora, nossa obra social está concluída; não pedimos por ela, indulgência nem severidade. Escrevemos o que ditou nossa inteligência e nosso coração"(6).
Sabemos a origem dos estudos ocultistas de Eliphas Levi, mas permanece obscura sua origem iniciática. Sabemos de suas relações de amizade com Hoene Wronski e com Edward Bulwer Lytton. O polonês Wronski, falecido no dia 9 de Agosto de 1853, em Paris, deixou setenta manuscritos catalogados por sua esposa, à Eliphas Levi e outros, os quais foram doados à Biblioteca Nacional de Paris.
Em 1854, um ano após a morte de Wronski, Eliphas viajou à Londres, onde se encontrou com inúmeros ocultistas ingleses, que lhe pediram revelações e prodígios. Longe de querer iniciá-los na magia cerimonial, isolou-se no estudo da Alta Cabala.
Havia um, contudo, Adepto de primeira linha, que se tornou grande amigo de Eliphas Levi: Bulwer Lytton, autor de Zanoni, Os Últimos Dias de Pompéia, A Raça Futura, etc. Os dois Mestres teriam trocado informações iniciáticas dos mais altos interesses para as sociedades ocultistas, das quais certamente eram os chefes. Haveriam inclusive, realizado trabalhos espirituais entre 20 e 26 de julho de 1854, em Londres. As anotações relacionadas com esses eventos foram parar nas mãos de Papus, sendo publicadas, em parte, em um dos números da Revista L´Initiation. Registram três visões, de São João, de Jesus e de Apolônio de Tiana, os quais lhes teriam revelado os mistérios dos Sete Selos do Apocalipse; alguns enigmas do futuro, que desejavam saber; detalhes da Magia Celeste (revelados pelo livro do Rabino Inaz que lhes indicaram onde encontrar), as chaves dos milagres, bem como o sagrado dever de honrar a Coroa, uma vez conquistada.
Retornando a Paris, instalou-se no atelier do pintor e discípulo Desbarrolles, uma vez que estava separado de sua esposa Noemi (fato ocorrido antes de partir para Londres). Desenrolou-se nova etapa em sua vida. Foi a fase do Adeptado. Em 1855 fundou a Revista Filosófica e Religiosa (cujos artigos principais encontram-se em seu livro A Chave dos Grandes Mistérios). Nesse mesmo ano publicou seu Dogma e Ritual da Alta Magia e o poema Calígula, identificado no personagem, o imperador Napoleão III. Foi preso imediatamente. No fundo da prisão escreveu uma réplica, o Anti-Calígula, retratando-se. Foi posto em liberdade.
Em 1859 veio à luz sua História da Magia, formando com A Chave e o Dogma a Trilogia ocultista tida como bíblia por seus discípulos, entre os quais, nessa época, figuravam Desbarrolles, Delaage e Rozier. Os dois últimos vieram a transmitir a Papus e aos demais ocultistas do fim do século XIX o precioso depósito da Tradição, proveniente de Martinez de Pasqually, Willermoz, Saint-Martin e vivificada por Eliphas Levi.
O círculo de amigos de Eliphas Levi era constituído por uma elite de homens de Desejo, que se reuniam na casa de Charles Fauvety. Constavam-se entre os discípulos parisienses, além dos mencionados acima, Louis Lucas (autor de Química Nova), Louis Ménard (tradutor de Hermes Trismegistro), o conde Alexandre Branicki, Littré, Considérant, Reclus, Leroux, Caubet, Eugène Nus, Constantin de Branicki. O Conde Alexandre de Branicki, polonês, amigo pessoal de Bulwer Lytton, era tido como o principal discípulo de Eliphas Levi, "o mais avançado em Cabala"(8).
Mas nem todos os discípulos do Mestre habitavam em Paris, como era o caso do Barão Nicolas-Joseph Spedalieri, nascido em 1812, na Sicília. Iniciado desde os vinte anos na Sociedade dos Martinistas de Nápoles, era leitor assíduo de Louis Claude de Saint-Martin, o Filósofo Desconhecido. Aos trinta anos, fixou residência na França (Marselha). Em 1861, entrou em contato com o autor do Dogma e Ritual de Alta Magia, tornando-se seu discípulo. A correspondência entre Eliphas e Spedalieri, iniciada em 24 de Outubro de 1861, prolongou-se até 14 de Fevereiro de 1874.
Apesar de cultivar relações de amizade com pessoas ricas, que freqüentava, Eliphas levava uma vida bastante simples. Suas regras eram: "uma grande calma de espírito, um asseio com o corpo, uma temperatura sempre igual, de preferência um pouco mais fria do que quente, uma habitação arejada e bem seca, onde nada lembre as necessidades grosseiras da vida, refeições regulares e proporcionais ao apetite, que deverá ficar satisfeito e não excitado. Uma alimentação simples e substanciosa; deixar o trabalho antes do cansaço; fazer um exercício moderado e regulado; jamais aquecer-se ou excitar-se à noite, para que a maior calma preceda o sono. Com uma vida regulada assim, pode-se prevenir todas as doenças, que se apresentam sempre sob a forma de indisposições, fáceis de combater com remédios simples e brandos... uma xícara de vinho quente para o enfraquecimento e o resfriado, alguns copos de hidromel! como purgativo, infusão de borragem(9) e leite para a gripe, muita paciência e alegria farão o resto"(10).
Em agosto de 1862 editou seu livro Fábulas e Símbolos, considerado por ele mesmo como o mais profundo que escreveu. Ao elaborar essa obra, conta-nos Eliphas, o Espírito projetou-se em sua alma, de sorte que via todo o conteúdo do livro na Luz, antes de ser escrito. Toda a obra foi feita de um só fôlego, sem qualquer rasura. As idéias brotavam espontaneamente e coisas simples e belas emergiam da Luz, admirando o próprio autor. "Que a Vontade de Deus seja feita! Exclamou Eliphas. Estou maravilhado e espantado pelas grandes obras que Ele me faz executar. Se soubésseis como meu mérito é pequeno... Sou um verdadeiro cadáver que o Espírito Santo anima".(11)
Suas obras causavam impacto no mundo ocultista da França e do exterior. Recebia visitas de toda espécie: curiosos, ocultistas, estudantes sinceros, aprendizes de feiticeiro ... "Um dia, diz Eliphas, entre três e quatro horas da tarde, ouvi alguém bater a minha porta. Eram sete batidas secas, assim espaçadas: 00-0-00-00. Abri a porta e um rapaz muito bem vestido e de boa apresentação entrou lentamente, rindo, com um ar um pouco sarcástico, dizendo-me em um tom familiar: "meu caro Senhor Constant, estou encantado por encontrá-lo em casa". Tendo dito isso, passou para meu escritório como se estivesse em sua própria casa e sentou-se em minha poltrona.
"Mas Senhor, disse-lhe, não vos conheço"! Ele soltou uma gargalhada: "Sei perfeitamente disso: é a primeira vez que me vedes, pelo menos sob esta forma. Mas eu vos conheço muito bem! Conheço toda vossa vida passada, presente e futura. Ela está regulada pela lei inexorável dos números. Sois o homem do Pentagrama e os anos terminados pelo número cinco sempre vos foram fatais. Olhai para traz e julgai: em 1815 vossa vida moral começou, pois vossas recordações não vão além, em 1825 ingressastes no seminário e entrastes na liberdade de consciência; em 1845 publicastes A Mãe de Deus, vosso primeiro ensaio de síntese religiosa, e rompestes com o clero; em 1855 vós vos tornastes livre, abandonado que fostes por uma mulher que vos absorvia e vos submetia ao binário. Notais que se houvésseis continuado juntos, ela vos teria anulado completamente ou teríeis perdido a razão. Partistes em seguida para a Inglaterra; ora, o que é a Inglaterra? Ela é o Iod da Europa atual; fostes temperar-vos no princípio viril e ativo. Lá vistes Apolônio, triste, barbeado e atormentado como estáveis naquele período. Mas esse Apolônio, que vistes era vós mesmo; ele saiu de vós, entrou em vós e em vós permanece".
"Vós o revereis neste ano de 1865, mais bonito, radioso e triunfante. O fim natural de vossa vida está marcado (salvo acidente) para o ano de 1875(12); mas se não morrerdes neste ano, vivereis até 1885. Apolônio, quando o vistes, temia as pontas das espadas; vós as temeis como ele, pois neste momento, me tomais por um louco. Como um dia alguém quis assassinar-vos(13), perguntais inquietamente se não vou terminar minha extravagante alocução com um gesto semelhante (aqui começou a rir). Sim, sou louco, acrescentou, retomando seu ar sério, mas não sou a loucura morta, sou a loucura viva; ora, a loucura viva é o inverso da sabedoria de Deus. Sabeis vós o que é Deus? Deus sois vós, pois Satã é Deus visto ao contrário.
"Existem atualmente dois grandes escritores, continuou o estranho visitante, que são úteis à Ciência, Mirville e Eliphas Levi. A todo tempo são necessárias duas colunas; vós sois Jakin, ele é Boaz. Sabeis bem que nenhuma força se produz sem resistência, nenhuma luz sem sombra, nenhuma afirmação sem negação". Calou-se por alguns instantes e eu lhe perguntei:- Sois Espírita? Respondeu-me gravemente:"Os espíritas são escorpiões que inoculam um veneno cadavérico sob as pedras tumulares. Atraem os mortos, mas não os ressuscitam. Em breve a terra estará coberta de cadáveres que andam. Estamos em uma época de morte. Louis-Philippe era um Mercúrio sem asas na fronte; ele as tinha nos pés e foi-se. Napoleão III é um Júpiter sem estrela; após ele virá o Saturno coxo e o rei dos padres. O Senhor Conde de Chambord... "O visitante refletiu um instante, olhou-me fixamente e disse de repente:"Por que não quereis ser papa"? Dessa vez fui eu quem soltou uma gargalhada. Respondi-lhe:- Porque não quero ser despropossitado. "Ah! disse-me ele, ainda tendes um véu para rasgar e não conheceis vossa força toda-poderosa, acrescentou, retratando-se. Nós dois já criamos e destruímos muitos mundos e vós não ousais aspirar a governar um. Esperai, então, a derrota, o esmagamento dos tímidos, a cruz desse pobre homem que se chamava Jesus Cristo".
"Mas, finalmente, quem sois vós?", perguntei-lhe, então, levantando-me.
"Vós negastes minha existência, respondeu-me ele; chamo-me Deus. Os imbecis denominam-me Satã. Para o vulgo chamo-me Juliano Capella. Meu envelope humano tem vinte e um anos; ele nasceu em Bordéus; tem pais italianos".
"Enquanto esse rapaz falava, eu sentia um peso extraordinário na cabeça; parecia-me que minha testa iria explodir. Observava meu interlocutor com surpresa. Seu rosto lembrava os retratos de Lord Byron, com menos correções nos traços; possuía as mãos muito brancas e carregadas de anéis, o olhar seguro e crepitante de sarcasmos, a boca vermelha, os dentes regulares". (14)
O curioso visitante partiu e jamais os biógrafos de Eliphas Levi encontraram qualquer traço dele. O ano de 1865, como ele tinha predito, foi triunfal para Eliphas, pois a publicação de sua Ciência dos Espíritos trouxe-lhe enorme reputação entre os ocultistas de seu tempo.
No dia 31 de maio de 1875 faleceu Eliphas Levi. Aqueles que o acompanharam até o último momento testemunharam sua grande coragem e resignação. No momento de expirar, estava bastante calmo. Sua vida tinha sido plena de realizações espirituais. Havia cumprido a missão de iniciado e de iniciador. Acima de seu leito, estava fixado um crucifixo, que olhava seguidamente nos últimos momentos. Disse antes de expirar: "Ele prometeu o Consolador, o Espírito. Agora espero o Espírito, o Espírito Santo". O Mestre faleceu logo em seguida.
Dedicando praticamente todo seu tempo à pesquisa da verdade e ao apostolado perante seus discípulos, Eliphas Levi levou uma vida bastante humilde. Os bens materiais que possuía não passavam de muitos livros e algumas obras de arte, como prova seu testamento, redigido em uma quarta-feira, no dia 26 de maio de 1875, cinco dias antes de sua morte:
"Em nome da Justiça e da Verdade, este é meu testamento:
Lego ao Conde Georges de Mniszech meus manuscritos, livros e instrumentos de ciência, particularmente uma dupla esfera metálica portanto um resumo de todas as ciências.(15)
Desejo que ninguém toque em meus; manuscritos, a não ser o Conde de Mniszech, a condessa sua esposa, o Conde Branicki e a senhora Gustaf Gebhard, que reside na rua Koenigstrasse, 64, em Esberfeld.
Meu amigo Edouard Pascal, que se ocupou de mim com o maior devotamento, escolherá dentre meus livros não científicos e entre meus objetos de arte e de curiosidade o que lhe interessar.
Lego à minha irmã Pauline Bousselet, que sou forçado a deserdar, por causa de meu cunhado, todos os meus quadros e objetos de devoção.
Desejo, ademais, que todas minhas vestes e roupas em geral sejam legadas às irmãs de caridade da rua Saint-Jacques.
O que resta de móveis, curiosidades, tapeçarias, vasos, pratos de cobre, etc., será vendido e o resultado dividido entre as pessoas que se ocuparem de mim até os últimos momentos; não me refiro a mercenários, mas a amigos".
O Conde de Mniszech faleceu em 1885. Os manuscritos de Eliphas Levi foram vendidos e dispersos; mas graças a Stanislas de Guaita foram reencontrados. Cabe salientar que a Condessa de Mniszech era prima da Condessa Keller, esposa de Saint-Yves d´Alveydre, o Mestre intelectual de Papus, fato que certamente facilitou a recuperação dos preciosos manuscritos.
Edouard Pascal ficou também com a espada mágica de Eliphas Levi e com a famosa caderneta de anotações referentes aos trabalhos mágicos de Londres. Em 1894 esses objetos caíram nas mãos de Papus, graças a intercessão de amigos que conheciam a viúva de Pascal.
O Filho de Eliphas Levi que só viu o pai no dia de sua morte, acompanhou-o até a sua última morada.(16) M.A.C. foi visto em 1914 por Chacornac, que ficou admirado com sua extrema semelhança com Eliphas Levi. Era um velho de estatura média, de cabelos brancos e que exalava bondade. Mostrou-lhe sua biblioteca, com quase todas as obras de seu pai, cuidadosamente encadernadas. Presenteou-o com um busto de Eliphas e com um de seus manuscritos, denominado O livro de Hermes. Compunha-se de 294 folhas, com 47 figuras no texto e com 78 lâminas do Tarot, em anexo, desenhadas pelo próprio autor. Em 1919, Chacornac encontrou-se com o neto de Eliphas Levi, filho de M.A.C.
M.A.C. legou em 1914, a amigos de Papus, manuscritos inéditos de Eliphas, e objetos pessoais do Mestre. A Tradição Ocultista continuou através dos discípulos póstumos de Eliphas Levi Zahed. A vida continua depois da vida; o sol parte e vem a noite; mas ele não deixa de renascer no dia seguinte, para aquecer e iluminar todos os recantos da Natureza.
Artigo: A Escada de Jacó - A/0676
A ESCADA DE JACÓ
Encontramos no Painel da Loja de Aprendizes uma escada, denominada Escada de Jacó, que simbolicamente representa a ligação entre a Terra e os Céus. A origem da introdução do simbolismo da Escada de Jacó na Maçonaria Especulativa deve-se à visão de Jacó, registrada no Velho Testamento, Gênesis 28 v.10,11,12, 1sete e 18. Gênesis 28 - 10: "E Jacó seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Harã". Gênesis 11: "Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar , visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar". Gênesis 12: "E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela". Gênesis 1sete: "Jacó acordou do sono e disse: Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia". Gênesis 18: "E ficou temeroso e acrescentou; Quão aterrorizante é este lugar. Não é senão a casa de Deus e este é seu portão de entrada".Simbolismo da Escada de Jacó: Erguendo-se a partir do Altar dos Juramentos, sustentada pelo L.`. L.`., vai em direção à abóbada celeste, representada no teto da Loja. Na base da escada, no centro e no topo, encontramos três símbolos: a cruz - que representa a FÉ, a âncora que representa a ESPERANÇA e um braço estendido em direção a um cálice que representa a CARIDADE, e no seu ápice uma estrela de sete pontas. No dicionário encontramos um dos significados de estrela = destino, sorte, fado, fadário. A estrela de Davi, símbolo judaico, tem seis pontas, formada pela interposição, entrelaçamento ou superposição de dois triângulos eqüiláteros. No painel do Aprendiz, ao lado da estrela de sete pontas, encontramos, à direita, a Lua rodeada de sete estrelas e, à esquerda, o Sol. O número sete, na simbologia mística, nos esclarece do porque uma estrela incomum de sete pontas no ápice da escada de Jacó. Simbologia do número sete Principio neutro dominando os elementos da natureza, aliança da idéia e da forma; a unidade em equilíbrio; paciência desenvolvendo a inteligência. Vitória: ligada à natureza e ao amor, simboliza o triunfo do iniciado ao fim da sua busca (entendimento, compreensão e conhecimento). Poder espiritual vivificante, o aconselhamento fornecido ao iniciado por Deus. Poder final do espírito sobre a matéria. Reintegração da matéria no espírito e do tempo na eternidade. Número de poder mágico com sua força plena, onde estão compreendidos os estados de evolução física e espiritual que se completam; poder adquirido pelo iniciante nos dois mundos (material e espiritual). Misterioso. Profundo. Estranho e indefinível aos olhos do profano. Número que representa a energia mais perfeita que Deus concedeu para utilização dos iniciados nos rituais. O sete, dizem os seguidores de Pitágoras, era assim chamado em função do verbo grego "sebo" (venerar) e deriva do hebraico Shbo, set, ou satisfeito, abundância, sendo Septos, em grego "santo, divino, de mãe virgem". Assim como a Escada de Jacó está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá conhecer, temos a árvore da vida no jardim do Éden nos mostrando caminhos de um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô - o arcanjo maior - O Julgamento - aonde vemos uma escada de sete degraus, um arcanjo com sua trombeta, tendo à sua volta uma serpente que engole seu rabo, com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada. Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Arvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacó) é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do Arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo, descritos por Carl Gustav Jung. È a Escada de Jacó um símbolo religioso, nos mostrando que só chegaremos à morada de Deus se galgarmos degrau por degrau a escada da vida. È o símbolo do caminho para a perfeição. Sua colocação no painel do Aprendiz indica que o neófito colocou o pé no primeiro degrau da escada, iniciando sua busca para o aperfeiçoamento moral. Outra visão - a esotérica - da escada de Jacó, onde anjos subiam e desciam por ela, nos mostra, simbolicamente, os ciclos evolutivos e involutivos da vida num perpétuo fluxo e refluxo através dos sucessivos nascimentos e mortes. A citação bíblica "a casa de meu pai tem muitas moradas" também nos reporta ao seu sentido esotérico, dizendo-nos que há muitos níveis para as criaturas dentro do seu grau de evolução e progresso. Que possamos, na nossa ignorância, atinar para a grande inteligência do Plano de Evolução da Vida, que nos é sugerido no painel da Loja de Aprendiz, pois após a estrela de sete pontas, que simboliza a verdadeira sabedoria e a perfeição moral, ainda poderemos transcender rumo às nuvens, Lua, Sol e demais estrelas do firmamento, incorporando-nos no grande e glorioso Céu, contido na abóbada celeste, para verdadeiramente nos reencontramos com o G.`.A.`.D.´.U.´ (Jurandyr José Teixeira das Neves)
Encontramos no Painel da Loja de Aprendizes uma escada, denominada Escada de Jacó, que simbolicamente representa a ligação entre a Terra e os Céus. A origem da introdução do simbolismo da Escada de Jacó na Maçonaria Especulativa deve-se à visão de Jacó, registrada no Velho Testamento, Gênesis 28 v.10,11,12, 1sete e 18. Gênesis 28 - 10: "E Jacó seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Harã". Gênesis 11: "Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar , visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar". Gênesis 12: "E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela". Gênesis 1sete: "Jacó acordou do sono e disse: Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia". Gênesis 18: "E ficou temeroso e acrescentou; Quão aterrorizante é este lugar. Não é senão a casa de Deus e este é seu portão de entrada".Simbolismo da Escada de Jacó: Erguendo-se a partir do Altar dos Juramentos, sustentada pelo L.`. L.`., vai em direção à abóbada celeste, representada no teto da Loja. Na base da escada, no centro e no topo, encontramos três símbolos: a cruz - que representa a FÉ, a âncora que representa a ESPERANÇA e um braço estendido em direção a um cálice que representa a CARIDADE, e no seu ápice uma estrela de sete pontas. No dicionário encontramos um dos significados de estrela = destino, sorte, fado, fadário. A estrela de Davi, símbolo judaico, tem seis pontas, formada pela interposição, entrelaçamento ou superposição de dois triângulos eqüiláteros. No painel do Aprendiz, ao lado da estrela de sete pontas, encontramos, à direita, a Lua rodeada de sete estrelas e, à esquerda, o Sol. O número sete, na simbologia mística, nos esclarece do porque uma estrela incomum de sete pontas no ápice da escada de Jacó. Simbologia do número sete Principio neutro dominando os elementos da natureza, aliança da idéia e da forma; a unidade em equilíbrio; paciência desenvolvendo a inteligência. Vitória: ligada à natureza e ao amor, simboliza o triunfo do iniciado ao fim da sua busca (entendimento, compreensão e conhecimento). Poder espiritual vivificante, o aconselhamento fornecido ao iniciado por Deus. Poder final do espírito sobre a matéria. Reintegração da matéria no espírito e do tempo na eternidade. Número de poder mágico com sua força plena, onde estão compreendidos os estados de evolução física e espiritual que se completam; poder adquirido pelo iniciante nos dois mundos (material e espiritual). Misterioso. Profundo. Estranho e indefinível aos olhos do profano. Número que representa a energia mais perfeita que Deus concedeu para utilização dos iniciados nos rituais. O sete, dizem os seguidores de Pitágoras, era assim chamado em função do verbo grego "sebo" (venerar) e deriva do hebraico Shbo, set, ou satisfeito, abundância, sendo Septos, em grego "santo, divino, de mãe virgem". Assim como a Escada de Jacó está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá conhecer, temos a árvore da vida no jardim do Éden nos mostrando caminhos de um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô - o arcanjo maior - O Julgamento - aonde vemos uma escada de sete degraus, um arcanjo com sua trombeta, tendo à sua volta uma serpente que engole seu rabo, com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada. Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Arvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacó) é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do Arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo, descritos por Carl Gustav Jung. È a Escada de Jacó um símbolo religioso, nos mostrando que só chegaremos à morada de Deus se galgarmos degrau por degrau a escada da vida. È o símbolo do caminho para a perfeição. Sua colocação no painel do Aprendiz indica que o neófito colocou o pé no primeiro degrau da escada, iniciando sua busca para o aperfeiçoamento moral. Outra visão - a esotérica - da escada de Jacó, onde anjos subiam e desciam por ela, nos mostra, simbolicamente, os ciclos evolutivos e involutivos da vida num perpétuo fluxo e refluxo através dos sucessivos nascimentos e mortes. A citação bíblica "a casa de meu pai tem muitas moradas" também nos reporta ao seu sentido esotérico, dizendo-nos que há muitos níveis para as criaturas dentro do seu grau de evolução e progresso. Que possamos, na nossa ignorância, atinar para a grande inteligência do Plano de Evolução da Vida, que nos é sugerido no painel da Loja de Aprendiz, pois após a estrela de sete pontas, que simboliza a verdadeira sabedoria e a perfeição moral, ainda poderemos transcender rumo às nuvens, Lua, Sol e demais estrelas do firmamento, incorporando-nos no grande e glorioso Céu, contido na abóbada celeste, para verdadeiramente nos reencontramos com o G.`.A.`.D.´.U.´ (Jurandyr José Teixeira das Neves)
Mensagem do Escritor - M/1147
Sofrimento e Carma
O sofrimento que todos os homens experimentam na forma de conflitos, guerras, epidemias e doenças incuráveis, são em grande parte a consequências cármicas de todos os sofrimentos que eles impuseram há séculos aos nossos irmãos inferiores. Os animais, e quem sabe até os vegetais podem estar inseridos neste contexto. Todo tipo de maldade, como as injustiças praticadas contra quem quer que seja, os males causados aos inocentes e indefesos e tantas injúrias e prejulgamentos. Tudo isso gera carma, que por sua vez causa o sofrimento. (280406)
O sofrimento que todos os homens experimentam na forma de conflitos, guerras, epidemias e doenças incuráveis, são em grande parte a consequências cármicas de todos os sofrimentos que eles impuseram há séculos aos nossos irmãos inferiores. Os animais, e quem sabe até os vegetais podem estar inseridos neste contexto. Todo tipo de maldade, como as injustiças praticadas contra quem quer que seja, os males causados aos inocentes e indefesos e tantas injúrias e prejulgamentos. Tudo isso gera carma, que por sua vez causa o sofrimento. (280406)
A Bíblia Diz...
"Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto." (Joel 2:1)
Pensamento - MDLI
"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente.
Não ousar é perder-se." (Soren Kierkegaard)
Não ousar é perder-se." (Soren Kierkegaard)
Filosofia Popular
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Pensamento - MDL
"Para seguir no caminho do desenvolvimento
interior, o homem precisa ter uma vontade
firme e intensa." (Jairo de Lima Alves)
interior, o homem precisa ter uma vontade
firme e intensa." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLIX
"Quando a mente está quieta e em paz, a força divina
pode trabalhar mais facilmente." (Jairo de Lima Alves)
pode trabalhar mais facilmente." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLVIII
"A irritação é uma das causas de doenças que
está por toda parte, se esconde sob muitas
formas e nos invade." (Jairo de Lima Alves)
está por toda parte, se esconde sob muitas
formas e nos invade." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLVII
"Cada grupo religioso, seja do Oriente ou do Ocidente, pretende debalde estabelecer a sua verdade, mas pode perder-se em emaranhados que a lógica jamais teria uma explicação aceitável." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLVI
"Os diferentes tempos, lugares e circunstâncias
particulares é que criam as tão chamadas
diferenças." (Jairo de Lima Alves)
particulares é que criam as tão chamadas
diferenças." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLV
"A vida procura continuamente construir formas
mais adaptadas aos seus desígnios, sabendo, que
no mais profundo de si mesma, nada pode ser
construído na inatividade." (Jairo de Lima Alves)
mais adaptadas aos seus desígnios, sabendo, que
no mais profundo de si mesma, nada pode ser
construído na inatividade." (Jairo de Lima Alves)
Pensamento - MDXLIV
"Vale a pena ir de encontro às verdades eternas,
promovendo o equilíbrio de todas as virtudes,
com amor e dedicação." (Jairo de Lima Alves)
promovendo o equilíbrio de todas as virtudes,
com amor e dedicação." (Jairo de Lima Alves)
Filosofia Popular
Se a única ferramenta que você conhece é o martelo,
todo problema que aparece você pensa que é prego.
todo problema que aparece você pensa que é prego.
Auxílio Espiritual: João Carlos
Oração Intercessória
Em favor do abnegado Obreiro da Causa do Mestre, João Carlos Vieira Vilande, que está trabalhando na cidade paranaense de Ibiporã, desde o dia 30 de junho de 2009. Ele fez um bom trabalho frente à Assembleia de Deus de Mundo Novo, durante quatro anos. Em pouco tempo, tem realizado uma grande obra em seu novo campo ministerial. Nossa oração é para que o Deus que tudo pode, continue com as mãos estendidas sobre a vida desse Homem de Deus, assim como a sua querida família. Que o digno pastor possa vencer todos os obstáculos, triunfando sempre! Que o Trono da Graça Divina o alcance em sua infinita misericórdia" Que Assim Seja!...
Em favor do abnegado Obreiro da Causa do Mestre, João Carlos Vieira Vilande, que está trabalhando na cidade paranaense de Ibiporã, desde o dia 30 de junho de 2009. Ele fez um bom trabalho frente à Assembleia de Deus de Mundo Novo, durante quatro anos. Em pouco tempo, tem realizado uma grande obra em seu novo campo ministerial. Nossa oração é para que o Deus que tudo pode, continue com as mãos estendidas sobre a vida desse Homem de Deus, assim como a sua querida família. Que o digno pastor possa vencer todos os obstáculos, triunfando sempre! Que o Trono da Graça Divina o alcance em sua infinita misericórdia" Que Assim Seja!...
Mensagem do Escritor - M/1146
Palavras de Conforto
A cada novo dia que surge, também surgem muitas tarefas e tantas necessidades que nos perturbam. Li num texto de Célia Maria G. Mendonça, mais ou menos com os seguintes dizeres: "Tenhamos a cada dia uma lágrima para todas as dores; um sorriso para todas as alegrias; um perdão para todas as ofensas; uma mão, que se estenda a todas as necessidades; um coração, que ame todos os homens; uma oração para todas as horas." São palavras confortantes para os dias de turbulências em que toda a Humanidade está vivendo. (280406)
A cada novo dia que surge, também surgem muitas tarefas e tantas necessidades que nos perturbam. Li num texto de Célia Maria G. Mendonça, mais ou menos com os seguintes dizeres: "Tenhamos a cada dia uma lágrima para todas as dores; um sorriso para todas as alegrias; um perdão para todas as ofensas; uma mão, que se estenda a todas as necessidades; um coração, que ame todos os homens; uma oração para todas as horas." São palavras confortantes para os dias de turbulências em que toda a Humanidade está vivendo. (280406)
Artigo: A Epopéia de Gilgamesh - A/0675
A EPOPÉIA DE GlLGAMESH
De clássico em clássico, chegamos àquele que é considerado o mais antigo da humanidade, apontando nada menos que as origens e a própria fundação da cultura ocidental. Herdado dos sumérios, inventores da escrita, o poema assírio A Epopéia de Gilgamesh, datado do terceiro milênio antes de Cristo, antecede em pelo menos 1,5 mil anos os relatos homéricos da Ilíada e da Odisséia e mostra quanto as narrativas dos povos do Oriente Próximo contribuíram com as ciências, os mitos e as instituições que proliferam entre os povos que ocuparam a Mesopotâmia e a Palestina. E não surpreende que registros do Velho Testamento devem-se a esse desabrochar civilizatório.Descobertas no século 19 por um jovem inglês que escavava em Nínive, as primeiras tábuas de argila (muitas foram localizadas e decifradas mais tarde) contavam a história do monarca Gilgamesh, que, reinando por 126 anos, foi o construtor das grandes muralhas de Uruk, Cidade-Estado ao sul de Bagdá. Dois terços deus e um terço humano, sua tragédia é o conflito entre os desejos de uma linhagem, imortal, e da outra, sujeita às dores, às fraquezas e aos padecimentos dos mortais. Em episódios divididos como capítulos, Gilgamesh encontra seu parceiro de aventuras - o selvagem Enkidu -, com quem faz uma perigosa travessia na floresta em busca da sabedoria e da imortalidade, sempre sob os olhos dos deuses do panteão mesopotâmico.Mas o que sempre chamou a atenção dos estudiosos - e dos leigos também - é o relato do Dilúvio, em quase tudo similar ao descrito no Gênesis. Em A Epopéia de Gilgamesh, o deus Enlil propõe às outras divindades em conselho o extermínio da raça humana. A razão? Barulho: "O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia". Mas um dos deuses, Ea, decide poupar Utnapishtim, com quem Gilgamesh se encontra em sua jornada. É o próprio quem relata a história: instruído pelo deus, constrói um barco e leva para ele "a semente de todas as criaturas vivas". Sete dias depois, veio a chuva e, sete dias depois, cessou. Em meio ao mar infinito, o navio acabou encalhando numa montanha. Também sete dias depois, Utnapishtim soltou uma pomba, que, não encontrando lugar para voltar, retomou; depois, também sem sucesso, uma andorinha; e, por fim, um corvo, que encontrou terra.A semelhança é evidente, mas não há consenso entre os historiadores se a história do Velho Testamento deriva diretamente da registrada de Gilgamesh. Uma hipótese é que o relato já existia séculos antes, pulverizado em uma dúzia de povos esquecidos. Mas há outra diferença, crucial: se em Gilgamesh Utnapishtim só consegue escapar à catástrofe por causa de uma desavença entre os deuses, no Gênesis a salvação se deve a uma questão ética - basilar do monoteísmo que forjou, numa outra e decisiva etapa, a civilização ocidental que conhecemos. Mas do nada não se cria nada, e somos todos devedores daquele tempo indefinido entre a lenda e a história, entre a história oral e a escrita, de uma época em que o homem mal havia saído das cavernas. Mais clássico que isso, impossível. (Almir de Freitas)
De clássico em clássico, chegamos àquele que é considerado o mais antigo da humanidade, apontando nada menos que as origens e a própria fundação da cultura ocidental. Herdado dos sumérios, inventores da escrita, o poema assírio A Epopéia de Gilgamesh, datado do terceiro milênio antes de Cristo, antecede em pelo menos 1,5 mil anos os relatos homéricos da Ilíada e da Odisséia e mostra quanto as narrativas dos povos do Oriente Próximo contribuíram com as ciências, os mitos e as instituições que proliferam entre os povos que ocuparam a Mesopotâmia e a Palestina. E não surpreende que registros do Velho Testamento devem-se a esse desabrochar civilizatório.Descobertas no século 19 por um jovem inglês que escavava em Nínive, as primeiras tábuas de argila (muitas foram localizadas e decifradas mais tarde) contavam a história do monarca Gilgamesh, que, reinando por 126 anos, foi o construtor das grandes muralhas de Uruk, Cidade-Estado ao sul de Bagdá. Dois terços deus e um terço humano, sua tragédia é o conflito entre os desejos de uma linhagem, imortal, e da outra, sujeita às dores, às fraquezas e aos padecimentos dos mortais. Em episódios divididos como capítulos, Gilgamesh encontra seu parceiro de aventuras - o selvagem Enkidu -, com quem faz uma perigosa travessia na floresta em busca da sabedoria e da imortalidade, sempre sob os olhos dos deuses do panteão mesopotâmico.Mas o que sempre chamou a atenção dos estudiosos - e dos leigos também - é o relato do Dilúvio, em quase tudo similar ao descrito no Gênesis. Em A Epopéia de Gilgamesh, o deus Enlil propõe às outras divindades em conselho o extermínio da raça humana. A razão? Barulho: "O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia". Mas um dos deuses, Ea, decide poupar Utnapishtim, com quem Gilgamesh se encontra em sua jornada. É o próprio quem relata a história: instruído pelo deus, constrói um barco e leva para ele "a semente de todas as criaturas vivas". Sete dias depois, veio a chuva e, sete dias depois, cessou. Em meio ao mar infinito, o navio acabou encalhando numa montanha. Também sete dias depois, Utnapishtim soltou uma pomba, que, não encontrando lugar para voltar, retomou; depois, também sem sucesso, uma andorinha; e, por fim, um corvo, que encontrou terra.A semelhança é evidente, mas não há consenso entre os historiadores se a história do Velho Testamento deriva diretamente da registrada de Gilgamesh. Uma hipótese é que o relato já existia séculos antes, pulverizado em uma dúzia de povos esquecidos. Mas há outra diferença, crucial: se em Gilgamesh Utnapishtim só consegue escapar à catástrofe por causa de uma desavença entre os deuses, no Gênesis a salvação se deve a uma questão ética - basilar do monoteísmo que forjou, numa outra e decisiva etapa, a civilização ocidental que conhecemos. Mas do nada não se cria nada, e somos todos devedores daquele tempo indefinido entre a lenda e a história, entre a história oral e a escrita, de uma época em que o homem mal havia saído das cavernas. Mais clássico que isso, impossível. (Almir de Freitas)
Personalidade: Demócrito de Abdera - 0029
Demócrito de Abdera
Demócrito nasceu em Abdera (colônia jônica da Trácia). Estudioso da matemática e física, teve cultura semelhante à de Aristóteles. Foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera.
O último grande filósofo da natureza desenvolveu a idéia de que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de minúsculas pedrinhas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades mínimas Demócrito deu nome de átomos.
A palavra "átomo" significa indivisível. Para Demócrito existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes, que combinados dariam origem a corpos os mais diversos.
Demócrito não acreditava numa força que pudesse intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existiam eram os átomos e o vácuo.
Para ele tudo era regido pelas leis inalteráveis da natureza, e tudo o que acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à própria coisa. Para Demócrito a alma era composta por alguns átomos particularmente arredondados e lisos, os "átomos da alma". Dizia que quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se por todas as direções e podem se agregar a outra alma, no momento mesmo que esta é formada. Ao contrário de Empédocles, ele não acreditava na influência de forças espirituais sobre a vida. Além disso não acreditava que o homem possuía uma alma imortal.
Demócrito nasceu em Abdera (colônia jônica da Trácia). Estudioso da matemática e física, teve cultura semelhante à de Aristóteles. Foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera.
O último grande filósofo da natureza desenvolveu a idéia de que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de minúsculas pedrinhas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades mínimas Demócrito deu nome de átomos.
A palavra "átomo" significa indivisível. Para Demócrito existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes, que combinados dariam origem a corpos os mais diversos.
Demócrito não acreditava numa força que pudesse intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existiam eram os átomos e o vácuo.
Para ele tudo era regido pelas leis inalteráveis da natureza, e tudo o que acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à própria coisa. Para Demócrito a alma era composta por alguns átomos particularmente arredondados e lisos, os "átomos da alma". Dizia que quando uma pessoa morre, os átomos de sua alma espalham-se por todas as direções e podem se agregar a outra alma, no momento mesmo que esta é formada. Ao contrário de Empédocles, ele não acreditava na influência de forças espirituais sobre a vida. Além disso não acreditava que o homem possuía uma alma imortal.
A Bíblia Diz...
"Naqueles dias, e naquele tempo, diz o SENHOR, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que eu deixar." (Jeremias 50:20)
Mensagem do Escritor - M/1145
Os Desejos do Homem
Bem sabemos que os desejos do Homem são ilimitados. Quanto mais tem, mais quer. Há quem diga que onde está o homem, está o perigo. Quem sabe tenha sido este o motivo que na Arábia se diz: "Quando Deus quer punir os Homens, realiza os seus desejos.” É muito profundo o significado desta expressão, mas o entendimento é de que o Homem, diante de tantos desejos, pode entrar em verdadeiros turbilhões, e assim, se perder em emaranhados de incompreensões. (280406)
Bem sabemos que os desejos do Homem são ilimitados. Quanto mais tem, mais quer. Há quem diga que onde está o homem, está o perigo. Quem sabe tenha sido este o motivo que na Arábia se diz: "Quando Deus quer punir os Homens, realiza os seus desejos.” É muito profundo o significado desta expressão, mas o entendimento é de que o Homem, diante de tantos desejos, pode entrar em verdadeiros turbilhões, e assim, se perder em emaranhados de incompreensões. (280406)
Berço da Poesia
São José do Egito, PE
Conhecida como Berço da Poesia, aí nasceram os poetas repentistas e cantadores Lourival Batista[6],Rogaciano Leite, na verdade nasceu na cidade de Itapetin, antes pertencente ao municipio de São José do Egito, Antonio Marinho, João Batista de Siqueira também nasceu na cidade de Itapetin, (conhecido por Cancão), Jó Patriota, Ivanderlan Siqueira, atualmente mora em São Paulo, e através dos sites www.saojosedoegito.net ou www.portaldopajeu.com e no seu blog, ivanalvessiqueira.blogspot.com. Já foi um dos maiores centros de realização de cantorias no Nordeste. Infelizmente, hoje a juventude da cidade é grande consumidora da "Cultura de Massa", como os forrós pronográficos e as suingueiras bahinas, deixando em segundo plano a Cantoria de Viola. Na cidade, durante a Festa de Reis, acontece o Festival de Cantadores e Poesia Popular.
Pensamento - MDXLIII
"Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta,
não às pessoas nem ou coisas." (Albert Einstein)
não às pessoas nem ou coisas." (Albert Einstein)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Pensamento - MDXLII
"Mesmo percorrendo caminhos diferentes, vamos
nos encontrar no fim da viagem." (Jairo de Lima Alves)
nos encontrar no fim da viagem." (Jairo de Lima Alves)
Auxílio Espiritual: André Puccinelli
Oração Intercessória
Agora é a vez do governador André Puccinelli, chamado de "O Italiano". Dizem que ele é temperamental, ditador, intolerante e outros adjetivos lhe atribuem, pela maneira como encara a vida. Não importa como ele é, basta entendermos que é, acima de tudo, um ser humano, e como tal, carece muito da misericórdia de Deus, principalmente porque governa um povo. Assim sendo, rogamos ao Supremo a graça em seu favor, de sua família e de todos os seus colaboradores do dia-a-dia. Nova disputa eleitoral vamos ter neste ano, e suplicamos ao Deus de nosso coração que o resultado seja o melhor para o Estado. Que a mente desse homem seja iluminada a cada novo dia, e que possa ser justo em suas ações político-administrativas. Que Assim Seja!...
Agora é a vez do governador André Puccinelli, chamado de "O Italiano". Dizem que ele é temperamental, ditador, intolerante e outros adjetivos lhe atribuem, pela maneira como encara a vida. Não importa como ele é, basta entendermos que é, acima de tudo, um ser humano, e como tal, carece muito da misericórdia de Deus, principalmente porque governa um povo. Assim sendo, rogamos ao Supremo a graça em seu favor, de sua família e de todos os seus colaboradores do dia-a-dia. Nova disputa eleitoral vamos ter neste ano, e suplicamos ao Deus de nosso coração que o resultado seja o melhor para o Estado. Que a mente desse homem seja iluminada a cada novo dia, e que possa ser justo em suas ações político-administrativas. Que Assim Seja!...
Mensagem do Escritor - M/1144
Pedras ou Flores?
Nossa meta deve ser sempre praticar o bem. E, com isto, não estaremos fazendo nenhum favor a ninguém, senão a nós mesmos. Porém, não podemos negar que, às vezes, benfeitor é quem maltrata. Já que, irremediavelmente, aprendemos muito mais pela dor do que pelo amor, quem sabe por isso “ o passado sempre atira pedras no futuro.” O que estamos plantando hoje, certamente nos será devolvido daqui a pouco, porque isso é lei universal. Será que estamos nos preparando para um dia recebermos pedras ou chuva de flores? Se todos os marginais, malandros e corruptos soubessem o quanto iriam lucrar fazendo o bem, eles mudariam de atitude de imediato, só por esperteza. (070606)
Nossa meta deve ser sempre praticar o bem. E, com isto, não estaremos fazendo nenhum favor a ninguém, senão a nós mesmos. Porém, não podemos negar que, às vezes, benfeitor é quem maltrata. Já que, irremediavelmente, aprendemos muito mais pela dor do que pelo amor, quem sabe por isso “ o passado sempre atira pedras no futuro.” O que estamos plantando hoje, certamente nos será devolvido daqui a pouco, porque isso é lei universal. Será que estamos nos preparando para um dia recebermos pedras ou chuva de flores? Se todos os marginais, malandros e corruptos soubessem o quanto iriam lucrar fazendo o bem, eles mudariam de atitude de imediato, só por esperteza. (070606)
Personalidade: Dante Alighieri - 0028
Dante Alighieri
Dante Alighieri nasceu em Florença em 1265 de uma família da baixa nobreza. Sua mãe morreu quando era ainda criança e seu pai, quando tinha dezoito anos.
Pouco se sabe sobre a vida de Dante e a maior parte das informações sobre sua educação, sua família e suas opiniões são geralmente meras suposições. As especulações sobre a sua vida deram origem à vários mitos que foram propagados por seus primeiros biógrafos, dificultando o trabalho de separar o fato da ficção. Pode-se encontrar muita informação em suas obras, como na Vida Nova (La Vita Nuova) e na Divina Comédia (Commedia).
Na Vida Nova Dante fala de seu amor platônico por Beatriz (provavelmente Beatrice Portinari), que encontrara pela primeira vez quando ambos tinham 9 anos e que só voltaria a ver 9 anos mais tarde, em 1283. Nos tempos de Dante, o casamento era motivado principalmente por alianças políticas entre famílias. Desde os 12 anos, Dante já sabia que deveria se casar com uma moça da família Donati. A própria Beatriz, casou-se em 1287 com o banqueiro Simone dei Bardi e isto, aparentemente, não mudou a forma como Dante encarava o seu amor por ela. Provavelmente em 1285, Dante casou-se com Gemma Donati com quem teve pelo menos três filhos. Uma filha de Dante tornou-se freira e assumiu o nome de Beatrice.
Em 1290, Beatriz morreu repentinamente deixando Dante inconsolável. Esse acontecimento teria provocado uma mudança radical na sua vida o levando a iniciar estudos intensivos das obras filosóficas de Aristóteles e a dedicar-se à arte poética.
Dante foi fortemente influenciado pelos trabalhos de retórica e filosofia de Brunetto Latini - um famoso poeta que escrevia em italiano (e não em latim, como era comum entre os nobres), tendo também se beneficiado da amizade com o poeta Guido Cavalcanti - ambos mencionados na sua obra. Pouco se sabe sobre sua educação. Segundo alguns biógrafos, é possível que tenha estudado na universidade de Bologna, onde provavelmente esteve em 1285.
A Itália no tempo de Dante estava dividida entre o poder do papa e o poder do Sagrado Império Romano. O norte era predominantemente alinhado com o imperador (que podia ser alemão ou italiano) e o centro, com o papa (veja mapa).
A Itália, porém, não era um império coeso. Não havia um único centro de poder. Havia vários, espalhados pelas cidades, que funcionavam como estados autônomos e seguiam leis e costumes próprios. Nas cidades era comum haver disputas de poder entre grupos opositores, o que freqüentemente levava a sangrentas guerras civis. Florença era, na época, uma das mais importantes cidades da Europa, igual em tamanho e importância a Paris, com uma população de mais de 100 mil habitantes e interesses financeiros e comerciais que incluíam todo o continente.
A política nas cidades representava os interesses de famílias. A afiliação era hereditária. A família de Dante pertencia a uma facção política conhecida como os guelfos (Guelfi) - representados pela baixa nobreza e pelo clero - que fazia oposição a um partido conhecido como os guibelinos (Ghibellini) - representantes da alta nobreza e do poder imperial. Os nomes dos dois grupos eram originários de partidos alemães, porém os ideais políticos eram um mero pretexto para abrigar famílias rivais. Florença se dividiu em guelfos e guibelinos quando um jovem da família Buondelmonti não cumpriu uma promessa de casamento com uma moça da família Amadei e foi assassinado. As famílias da cidade tomaram partido por um lado ou por outro e Florença se dividiu em guelfos e guibelinos.
Dante nasceu em uma Florença governada pelos guibelinos, que haviam tomado a cidade dos guelfos na sangrenta batalha conhecida como Montaperti (monte da morte), em 1260. Em 1289, Dante lutou com o exército guelfo de Florença na batalha de Campaldino, onde os florentinos venceram os exércitos guibelinos de Pisa e Arezzo, e recuperaram o poder sobre a cidade.
Na época de Dante, o governo da cidade era exercido por representantes eleitos de corporações de operários, artesãos, profissionais, etc. chamadas de guildas. Dante se inscreveu na guilda dos médicos e farmacêuticos e disputou as eleições em Florença, tendo sido eleito em 1300 como um dos seis priores (presidentes) do Conselho da Cidade.
A maior parte do poder em Florença estava então nas mãos dos guelfos - opositores do poder imperial. Mas o partido em pouco tempo se dividiu em duas facções. A causa foi novamente uma rixa entre famílias, desta vez, importada da cidade de Pistóia. Os Cancellieri era uma grande família de Pistóia, descendentes de um mesmo pai que tivera, durante sua vida, duas esposas. A família Cancellieri se dividiu quando um membro desajustado da família assassinou o tio e cortou a mão do primo. Os descendentes da primeira esposa do Cancellieri, que se chamava Bianca, decidiram se apelidar de Bianchi. Os rivais, que defendiam o jovem assassino, se apelidaram de Neri (negros) em espírito de oposição. A briga tomou conta de Pistóia e a cidade acabou sofrendo intervenção de Florença, que levou presos os líderes dos grupos rivais. Mas as famílias de Florença não demoraram a tomar partido e, por causa de uma briga de rua, a divisão se espalhou pela cidade, dividindo os guelfos em negros e brancos.
Depois de criados, os partidos assumiram posições políticas. Os guelfos brancos, moderados, respeitavam o papado mas se opunham à sua interferência na política da cidade. Já os guelfos negros, mais radicais, defendiam o apoio do papa contra as ambições do imperador, que era apoiado pelos guibelinos.
Os priores de Florença (entre eles Dante) viviam em constante atrito com a igreja de Roma que, sob o governo do papa Bonifácio VIII, pretendia colocar toda a Itália sob a ditadura da igreja. Em um dos encontros com o papa, onde os priores foram reclamar da interferência da igreja sobre o governo de Florença, Bonifácio respondeu ameaçando excomungá-los. A briga entre os Neri e Bianchi tornou-se cada vez mais intensa durante o mandato de Dante até que ele teve que ordenar o exílio dos líderes de ambos os lados para preservar a paz na cidade. Dante foi extremamente imparcial, incluindo, entre os exilados, um dos seus melhores amigos (Guido Cavalcanti) e um parente de sua esposa (da família Donati).
No meio da confusão entre os guelfos de Florença, o papa decidiu enviar Carlos de Valois (irmão do rei Felipe da França) como pacificador para acabar com a briga entre as facções. A suposta ajuda, porém, revelou ser um golpe dos Neri para tomar o poder. Eles ocuparam o governo de Florença e condenaram vários Bianchi ao exílio e à morte. Dante foi culpado de várias acusações, entre elas corrupção, improbidade administrativa e oposição ao papa. Foi banido da cidade por dois anos e condenado a pagar uma alta multa. Caso não pagasse, seria condenado à morte se algum dia retornasse a Florença.
No exílio, Dante se aproximou mais da causa dos guibelinos (o império), à medida em que a tirania do papa aumentava. Ele passou o seu exílio em Forlì, Verona, Arezzo, Veneza, Lucca, Pádua (e também provavelmente em Paris e Bologna). Em 1315 voltou a Verona e dois anos depois fixou-se em Ravenna. Suas esperanças de voltar a Florença retornaram depois que o sucessor de Bonifácio VIII chamou à Itália o imperador Henrique VII. O objetivo de Henrique VII era reunir a Itália sob seu reinado. Porém a traição do papa, que ainda alimentava a idéia de ter um império próprio, seguida por uma nova vitória dos Neri e a morte de Henrique VII três anos depois enterraram de vez as suas esperanças.
Na obra La Vita Nuova, seu primeiro trabalho literário de importância, iniciado pouco depois da morte de Beatriz, Dante narra a história do seu amor por Beatriz na forma de sonetos e canções complementadas por comentários em prosa. Durante o seu exílio Dante escreveu duas obras importantes em latim: De Vulgari Eloquentia, onde defende a língua italiana, e Convivio, incompleto, onde pretendia resumir todo o conhecimento da época em 15 livros. Apenas os quatro primeiros foram concluídos. Escreveu também um tratado: De Monarchia, onde defendia a total separação entre a Igreja e o Estado. A Commedia consumiu 14 anos e durou até a sua morte, em 1321, ocorrida pouco após a conclusão do Paraíso. Cinco anos antes de sua morte, foi convidado pelo governo de Florença a retornar à cidade. Mas os termos impostos eram humilhantes, semelhantes àqueles reservados à criminosos perdoados e Dante rejeitou o convite, respondendo que só retornaria se recebesse a honra e dignidade que merecia. Continuou em Ravenna, onde morreu e foi sepultado com honras.
Dante Alighieri nasceu em Florença em 1265 de uma família da baixa nobreza. Sua mãe morreu quando era ainda criança e seu pai, quando tinha dezoito anos.
Pouco se sabe sobre a vida de Dante e a maior parte das informações sobre sua educação, sua família e suas opiniões são geralmente meras suposições. As especulações sobre a sua vida deram origem à vários mitos que foram propagados por seus primeiros biógrafos, dificultando o trabalho de separar o fato da ficção. Pode-se encontrar muita informação em suas obras, como na Vida Nova (La Vita Nuova) e na Divina Comédia (Commedia).
Na Vida Nova Dante fala de seu amor platônico por Beatriz (provavelmente Beatrice Portinari), que encontrara pela primeira vez quando ambos tinham 9 anos e que só voltaria a ver 9 anos mais tarde, em 1283. Nos tempos de Dante, o casamento era motivado principalmente por alianças políticas entre famílias. Desde os 12 anos, Dante já sabia que deveria se casar com uma moça da família Donati. A própria Beatriz, casou-se em 1287 com o banqueiro Simone dei Bardi e isto, aparentemente, não mudou a forma como Dante encarava o seu amor por ela. Provavelmente em 1285, Dante casou-se com Gemma Donati com quem teve pelo menos três filhos. Uma filha de Dante tornou-se freira e assumiu o nome de Beatrice.
Em 1290, Beatriz morreu repentinamente deixando Dante inconsolável. Esse acontecimento teria provocado uma mudança radical na sua vida o levando a iniciar estudos intensivos das obras filosóficas de Aristóteles e a dedicar-se à arte poética.
Dante foi fortemente influenciado pelos trabalhos de retórica e filosofia de Brunetto Latini - um famoso poeta que escrevia em italiano (e não em latim, como era comum entre os nobres), tendo também se beneficiado da amizade com o poeta Guido Cavalcanti - ambos mencionados na sua obra. Pouco se sabe sobre sua educação. Segundo alguns biógrafos, é possível que tenha estudado na universidade de Bologna, onde provavelmente esteve em 1285.
A Itália no tempo de Dante estava dividida entre o poder do papa e o poder do Sagrado Império Romano. O norte era predominantemente alinhado com o imperador (que podia ser alemão ou italiano) e o centro, com o papa (veja mapa).
A Itália, porém, não era um império coeso. Não havia um único centro de poder. Havia vários, espalhados pelas cidades, que funcionavam como estados autônomos e seguiam leis e costumes próprios. Nas cidades era comum haver disputas de poder entre grupos opositores, o que freqüentemente levava a sangrentas guerras civis. Florença era, na época, uma das mais importantes cidades da Europa, igual em tamanho e importância a Paris, com uma população de mais de 100 mil habitantes e interesses financeiros e comerciais que incluíam todo o continente.
A política nas cidades representava os interesses de famílias. A afiliação era hereditária. A família de Dante pertencia a uma facção política conhecida como os guelfos (Guelfi) - representados pela baixa nobreza e pelo clero - que fazia oposição a um partido conhecido como os guibelinos (Ghibellini) - representantes da alta nobreza e do poder imperial. Os nomes dos dois grupos eram originários de partidos alemães, porém os ideais políticos eram um mero pretexto para abrigar famílias rivais. Florença se dividiu em guelfos e guibelinos quando um jovem da família Buondelmonti não cumpriu uma promessa de casamento com uma moça da família Amadei e foi assassinado. As famílias da cidade tomaram partido por um lado ou por outro e Florença se dividiu em guelfos e guibelinos.
Dante nasceu em uma Florença governada pelos guibelinos, que haviam tomado a cidade dos guelfos na sangrenta batalha conhecida como Montaperti (monte da morte), em 1260. Em 1289, Dante lutou com o exército guelfo de Florença na batalha de Campaldino, onde os florentinos venceram os exércitos guibelinos de Pisa e Arezzo, e recuperaram o poder sobre a cidade.
Na época de Dante, o governo da cidade era exercido por representantes eleitos de corporações de operários, artesãos, profissionais, etc. chamadas de guildas. Dante se inscreveu na guilda dos médicos e farmacêuticos e disputou as eleições em Florença, tendo sido eleito em 1300 como um dos seis priores (presidentes) do Conselho da Cidade.
A maior parte do poder em Florença estava então nas mãos dos guelfos - opositores do poder imperial. Mas o partido em pouco tempo se dividiu em duas facções. A causa foi novamente uma rixa entre famílias, desta vez, importada da cidade de Pistóia. Os Cancellieri era uma grande família de Pistóia, descendentes de um mesmo pai que tivera, durante sua vida, duas esposas. A família Cancellieri se dividiu quando um membro desajustado da família assassinou o tio e cortou a mão do primo. Os descendentes da primeira esposa do Cancellieri, que se chamava Bianca, decidiram se apelidar de Bianchi. Os rivais, que defendiam o jovem assassino, se apelidaram de Neri (negros) em espírito de oposição. A briga tomou conta de Pistóia e a cidade acabou sofrendo intervenção de Florença, que levou presos os líderes dos grupos rivais. Mas as famílias de Florença não demoraram a tomar partido e, por causa de uma briga de rua, a divisão se espalhou pela cidade, dividindo os guelfos em negros e brancos.
Depois de criados, os partidos assumiram posições políticas. Os guelfos brancos, moderados, respeitavam o papado mas se opunham à sua interferência na política da cidade. Já os guelfos negros, mais radicais, defendiam o apoio do papa contra as ambições do imperador, que era apoiado pelos guibelinos.
Os priores de Florença (entre eles Dante) viviam em constante atrito com a igreja de Roma que, sob o governo do papa Bonifácio VIII, pretendia colocar toda a Itália sob a ditadura da igreja. Em um dos encontros com o papa, onde os priores foram reclamar da interferência da igreja sobre o governo de Florença, Bonifácio respondeu ameaçando excomungá-los. A briga entre os Neri e Bianchi tornou-se cada vez mais intensa durante o mandato de Dante até que ele teve que ordenar o exílio dos líderes de ambos os lados para preservar a paz na cidade. Dante foi extremamente imparcial, incluindo, entre os exilados, um dos seus melhores amigos (Guido Cavalcanti) e um parente de sua esposa (da família Donati).
No meio da confusão entre os guelfos de Florença, o papa decidiu enviar Carlos de Valois (irmão do rei Felipe da França) como pacificador para acabar com a briga entre as facções. A suposta ajuda, porém, revelou ser um golpe dos Neri para tomar o poder. Eles ocuparam o governo de Florença e condenaram vários Bianchi ao exílio e à morte. Dante foi culpado de várias acusações, entre elas corrupção, improbidade administrativa e oposição ao papa. Foi banido da cidade por dois anos e condenado a pagar uma alta multa. Caso não pagasse, seria condenado à morte se algum dia retornasse a Florença.
No exílio, Dante se aproximou mais da causa dos guibelinos (o império), à medida em que a tirania do papa aumentava. Ele passou o seu exílio em Forlì, Verona, Arezzo, Veneza, Lucca, Pádua (e também provavelmente em Paris e Bologna). Em 1315 voltou a Verona e dois anos depois fixou-se em Ravenna. Suas esperanças de voltar a Florença retornaram depois que o sucessor de Bonifácio VIII chamou à Itália o imperador Henrique VII. O objetivo de Henrique VII era reunir a Itália sob seu reinado. Porém a traição do papa, que ainda alimentava a idéia de ter um império próprio, seguida por uma nova vitória dos Neri e a morte de Henrique VII três anos depois enterraram de vez as suas esperanças.
Na obra La Vita Nuova, seu primeiro trabalho literário de importância, iniciado pouco depois da morte de Beatriz, Dante narra a história do seu amor por Beatriz na forma de sonetos e canções complementadas por comentários em prosa. Durante o seu exílio Dante escreveu duas obras importantes em latim: De Vulgari Eloquentia, onde defende a língua italiana, e Convivio, incompleto, onde pretendia resumir todo o conhecimento da época em 15 livros. Apenas os quatro primeiros foram concluídos. Escreveu também um tratado: De Monarchia, onde defendia a total separação entre a Igreja e o Estado. A Commedia consumiu 14 anos e durou até a sua morte, em 1321, ocorrida pouco após a conclusão do Paraíso. Cinco anos antes de sua morte, foi convidado pelo governo de Florença a retornar à cidade. Mas os termos impostos eram humilhantes, semelhantes àqueles reservados à criminosos perdoados e Dante rejeitou o convite, respondendo que só retornaria se recebesse a honra e dignidade que merecia. Continuou em Ravenna, onde morreu e foi sepultado com honras.
Mensagem do Escritor - M/1143
A Escassez do Tempo
Parece que foi ontem, e já ficamos mais velhos. O tempo é ingrato e não pára. Nossas rugas aumentam e logo estaremos voando para o desconhecido. Sobre o assunto, veja estas estrofes: “ É tão escasso o tempo que temos, para conhecer, sentir e amar.Se nós pudéssemos perambular por este mundo afora e apenas sermos o que realmente somos, e encarar o mundo e os outros, cientes deste ônus. Mas será que sabemos o que somos? Talvez, vida eterna não almejar, necessitássemos. Se cada instante de nossas efêmeras vidas fosse desfrutado com incessante certeza de que seria, sim, esse o último. Não quero uma permanente Vida, apenas que este instante não cesse...” (070606)
Parece que foi ontem, e já ficamos mais velhos. O tempo é ingrato e não pára. Nossas rugas aumentam e logo estaremos voando para o desconhecido. Sobre o assunto, veja estas estrofes: “ É tão escasso o tempo que temos, para conhecer, sentir e amar.Se nós pudéssemos perambular por este mundo afora e apenas sermos o que realmente somos, e encarar o mundo e os outros, cientes deste ônus. Mas será que sabemos o que somos? Talvez, vida eterna não almejar, necessitássemos. Se cada instante de nossas efêmeras vidas fosse desfrutado com incessante certeza de que seria, sim, esse o último. Não quero uma permanente Vida, apenas que este instante não cesse...” (070606)
Artigo: A Educação Adequada - A/0674
A EDUCAÇÃO ADEQUADA
PARA O SÉCULO XXI
Chegamos ao século XXI e já é tempo de refletir o que temos conseguido no campo da educação, do que têm sido nossos erros e se temos que continuar nessa direção neste século, ou se necessitamos fazer as coisas de outra maneira.Ao considerar esta pergunta, queria explorar a situação globalmente, sem fazer referência a nenhuma nação em particular. Também queria dar um significado amplo à palavra educação, a fim de cobrir todo o processo de educar a próxima geração, desde a infância até a idade adulta, e não me limitarei somente ao que sucede na sala de aula da escola.A educação das crianças envolve o ambiente em que crescem, e esse ambiente é determinado, da mesma maneira, pelos pais, os professores e a sociedade que as rodeia. Tudo isso e muito mais determinam o tipo de indivíduo que produzimos, o que, por sua vez, determina o tipo de sociedade em que vivemos.É importante ter em mente a relação do indivíduo com a sociedade.Se produzimos indivíduos autocentrados, agressivos, ambiciosos e competitivos, não poderemos organiza-los em uma sociedade não violenta, pacífica, cooperativa e harmoniosa.Se os organizamos em uma sociedade comunista, teremos a violência e a dominação que temos visto nas sociedades comunistas. Se os organizamos em uma sociedade capitalista, assim chamada sociedade livre, teremos a violência e as divisões que vemos nessas sociedades também. Não é possível fazer uma transformação fundamental da sociedade, a menos que o indivíduo se transforme, portanto a educação é o motor principal da transformação social, já que determina o tipo de indivíduo que produzimos.Os governos, as legislações e as agências oficiais são somente organizações para o controle do indivíduo, porém não o transformam.Portanto, a verdadeira mudança social é a responsabilidade principal da educação, e não somente a produção de pessoas capacitadas. A prova de uma educação adequada hoje em dia, será quando conseguirmos produzir bons cidadãos planetários.Nossa forma de viver mudou drasticamente durante o século passado, e essa mudança pode transferir-se ao que temos conseguido no campo da educação. (...)A fim de examinar isso, deixe-me fazer uma lista do que, em minha opinião, são os grandes desafios que a humanidade enfrenta hoje em dia.Talvez o maior problema que estamos enfrentando atualmente, é o fato de que os seres humanos estão divididos em grupos: grupos raciais, nacionais, religiosos, lingüísticos, econômicos, políticos, profissionais, e cada indivíduo se identifica com seu próprio grupo, sente rivalidade para com os outros e se preocupa somente com a segurança e o progresso de seu grupo em particular.Estes grupos, por sua vez, querem explorar-se uns aos outros, enganar-se e ainda destruir-se em guerras.Isto se converteu na maior causa de insegurança no mundo de hoje. Esta situação é responsável pela maioria da violência que vemos em forma de guerras, terrorismo, motins e militarismo.É uma enfermidade que aflige tanto a pessoas altamente educadas quanto a pessoas mais atrasadas e analfabetas. (...)Outro grave problema que enfrentamos hoje são as catástrofes ambientais, acerca das quais estamos lendo constantemente nos jornais e revistas: diminuição da camada de ozônio, aquecimento global, contaminação industrial, desmatamento, erosão, acidentes nucleares e excesso de população.A causa principal da maioria desses fenômenos é a atitude que desenvolvemos em relação à natureza durante o século passado. A temos tratado como um recurso destinado a ser explorado para nosso próprio benefício.(...) Os animais não são considerados como seres viventes, mas apenas como matéria prima. Os rios e montanhas são considerados como objetos a serem explorados para produzir eletricidade e promover o turismo. Até as crianças são consideradas a "riqueza" da família.A natureza é aproveitada para nosso uso porque nos cremos donos do mundo. Porém somos realmente donos do mundo? Foi o mundo criado para nós? Ou somos parte do mundo, como tudo o demais, e necessitamos viver em harmonia com todas as coisas, considerando-as amigas e não recursos?Dessa maneira a humanidade se relacionou com a natureza durante milhares de anos, e a menos que realizemos uma mudança de paradigma vamos enfrentar cada vez mais catástrofes ambientais.Temos melhores computadores, aviões mais rápidos, porém não temos ar fresco para respirar e as novas enfermidades originadas do desequilíbrio causarão uma situação tal que não mais valerá a pena viver.Outro grande problema que enfrenta a humanidade é o fato de que a maioria dos governos do mundo, especialmente nos países do terceiro mundo, são ditaduras militares, ditaduras comunistas, ditaduras religiosas ou ditaduras travestidas de democracia. Existem muito poucos países onde existe uma verdadeira democracia e liberdade de expressão, liberdade política, liberdade de crescer, liberdade de questionar, de pensar e de escrever o que se crê.(...) Portanto a educação deve preocupar-se com produzir o uso correto do poder, que é o verdadeiro espírito da democracia.A instituição do matrimônio e a família foram estabelecidas parcialmente para regular o comportamento sexual, porém mais importante ainda, para assegurar que somos capazes de cumprir com nossas responsabilidades para com a próxima geração. A criança necessita cuidado, proteção e ajuda para aprender. Não o necessita por alguns dias ou alguns meses, como é o caso dos mamíferos, senão por um período mínimo de 21 anos, já que isso implica uma dimensão completamente nova de crescimento mental, emocional e espiritual. Até agora ninguém encontrou melhor maneira de assegurar isso que através do crescimento da criança dentro de uma família com os pais. É uma responsabilidade que um homem e uma mulher compartilham quando trazem um bebê ao mundo. Hoje em dia essa cooperação está se desintegrando na sociedade moderna e a incidência do divórcio alcança agora os 60% em algumas sociedades opulentas.Por último existe o grande problema de que a sociedade tende a repetir o passado. Os preconceitos e as ilusões se transmitem de uma geração à seguinte, e assim sucede com os problemas que lhe são associados. Se os judeus ensinam a seus filhos que os árabes são seus inimigos e os árabes ensinam a seus filhos que os judeus são seus inimigos, a geração jovem cresce com o sentimento de animosidade já arraigado em sua mente.Portanto devemos criar uma mente inquisitiva, que questiona o que se diz, uma mente que está consciente de que existem muitos preconceitos que se vem examinar e eliminar, e que esteja disposta a empreender a tarefa de descobrir por si mesma o que é a verdade.Esse processo de duvidar da própria opinião e discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso é o despertar da inteligência.que es falso es el despertar de la inteligencia.(...) Há demasiada inércia na sociedade atualmente, e o único caminho de mudança é criar uma mente inquisitiva, não somente em questões científicas como também em assuntos sociais, morais e religiosos. Em outras palavras, uma mente que seja inteligente a respeito da totalidade da vida e não meramente em um só aspecto.(...) Os desafios maiores que a humanidade está enfrentando hoje, não se devem à falta de educação. Não foram criados por aldeões analfabetos na Ásia ou África. Foram criados por mentes altamente educadas e profissionais, advogados, administradores de empresas, cientistas, economistas, militares, diplomatas e semelhantes, os que planejam e dirigem os governos, as organizações e os negócios.Portanto necessitamos examinar a qualidade da educação que estamos desenvolvendo, e não a quantidade. Quando fazemos isso, entendemos que estamos produzindo seres humanos desequilibrados:Muito avançados, muito rápidos e capazes intelectualmente, porém quase primitivos em outros aspectos da vida; cientistas proeminentes e engenheiros que podem enviar seres humanos à lua, porém que podem ser brutais com seu cônjuge ou seus vizinhos; seres humanos que têm um entendimento amplo do funcionamento do universo, porém pouco entendimento de si mesmos ou de suas vidas.aspectos de la vida; científicos prominentes e ingenieros que pueden enviar seres humanos aÉ este desenvolvimento desequilibrado do indivíduo o responsável por todos os problema que estamos enfrentando atualmente. Como educadores devemos aceitar que quando transmitimos conhecimento, é também nossa responsabilidade transmitir a sabedoria necessária para utilizálo corretamente.(...)UMA VISÃO DIFERENTE DA EDUCAÇÃOTendo em conta o que dissemos até agora, como deveríamos modificar nossa visão da educação para o século XXI? Que tipo de mente devemos tratar de produzir? Que valores devemos tentar inculcar?O preceito não seria idêntico para todos os países e as diferentes culturas podem escolher seu próprio caminho, porém o alinhamento geral pode colocar-se como segue:Criar uma mente global, em vez de uma mente nacionalista. Todos somos cidadãos do mesmo planeta e compartilhamos a terra como nossa morada comum. O que afeta a uma parte do mundo, hoje nos preocupa a todos: portanto necessitamos ter uma mente que sinta pelo mundo inteiro e não somente por um país.(...) Enfatizar o desenvolvimento humano, não somente o econômico. A educação não deve considerar as crianças como matéria prima para conseguir o crescimento econômico da nação; deve preocupar-se primeiramente do desenvolvimento de todos os aspectos do ser humano - físico, intelectual, emocional e espiritual - de Meira que ele ou ela vivam criativa e felizmente como parte de um todo. Os seres humanos podem diferenciar-se em suas habilidades, porém não são superiores ou inferiores por isso. Devem ser respeitados além de suas habilidades. A bondade deve ser mais valorizada que a eficiência.Motivar o questionamento em vez do conformismo.Pode ser inconveniente para os adultos, porém é importante que os filhos cresçam com perguntas, mais do que com respostas. Em cada idade, naturalmente, as perguntas serão diferentes, porém a habilidade de questionar e de aprender por si mesmo é mais importante que obedecer e fazer o que se manda, sem questionar.(...)Cultivar a cooperação em vez da competência.A ênfase atual no mundo em relação ao sucesso individual por renome e fama, é irracional e egoísta. Todos estamos inter-relacionados e interdependentes, pelo que a cooperação é a essência da democracia. (...) É importante que cada indivíduo faça o melhor que possa, mas não é importante que faça melhor que o outro.(...)Criar uma mente que aprenda em vez de uma mente que acumule conhecimentos.O despertar da inteligência é mais importante que o cultivo da memória, tanto na vida como nos estudos. Se damos informação a uma criança, agregamos algo a seu conhecimento, porém a inteligência é a habilidade que cada um deve adquirir por si mesmo. (...) É importante criar uma mente que não aceite e nem rechace uma opinião ou ponto de vista demasiado rápido, senão que se pergunte: será certo?(...)Criar uma mente que seja tanto científica quanto religiosa, em seu verdadeiro sentido.Desgraçadamente, temos separado a busca científica da busca religiosa, e nos temos concentrado apenas na primeira no processo educacional. De fato são duas buscas complementares: uma, para descobrir a ordem correta que se manifesta no mundo externo da matéria, energia, espaço e tempo; a outra, para descobrir a ordem (paz, harmonia, virtude) no mundo interno de nossa consciência. Ao identificar erroneamente a religião com a crença, criamos um antagonismo entre a ciência e a religião. (...) Sem o equilíbrio entre a emoção e o intelecto, uma mente não é verdadeiramente educada. Compreender-se a si mesmo (autoconhecimento) é tão importante quanto entender o mundo. (...)A arte de viver.A educação deve preocupar-se da arte de viver criativamente, que é muito mais amplo que as artes específicas da pintura, da música ou da dança, que ensinamos atualmente. Temos igualado qualidade de vida com padrão de vida, e medimos isso em termos de PNB ou renda per capita da população. Sem dúvida, será a qualidade de vida determinada somente pela qualidade da casa onde vivemos, do automóvel que manejamos, da comida que comemos ou da roupa que vestimos? (...) Quando ensinamos às crianças a trabalharem para obter uma recompensa e não para usufruir do trabalho, as ensinamos a separar trabalho de prazer.Um desenvolvimento holístico de todas as faculdades.Atualmente a educação está planejada para produzir especialistas. Certa quantidade de especialização nas habilidades pode ser inevitável, mas antes de tudo somos seres humanos e, só depois, engenheiros, médicos, advogados, artistas e agricultores. Portanto a especialização não se deve produzir às custas do entendimento do que significa viver plenamente como ser humano.(...)A verdadeira responsabilidade da educação é a de revelar às crianças toda a beleza da vida.Existe uma grande beleza na arte, na literatura, na ciência, nas matemáticas, na música, nos jogos e nos esportes, na natureza e na relação com os demais, isto é, em todos os aspectos da vida.(...)DIFICULDADES DE MINISTRAR ESTE TIPO DE EDUCAÇÃOHá várias dificuldades, hoje, para ministrar este tipo de educação. A maior, é que nós mesmos não fomos educados dessa maneira e, portanto, não devemos repetir mecanicamente o que sabemos. Necessitamos questionar nossos métodos e não meramente repetir o que nossos mestres e pais fizeram. Isto requer que sejamos originais, inteligentes, criativos e que não estejamos meramente afirmando-nos a nós mesmos.(...)Na nova visão de educação, não só estamos assumindo a responsabilidade de ministrar informação e habilidades, como também a de despertar a sensibilidade e a criatividade nas crianças. Não existe um método estabelecido para fazer isso; são coisas que não se podem simplesmente decidir, praticar e conseguir.Dar sermões não funciona; as crianças aprendem com o que sucede ao seu redor, não do que falamos em sala de aula. Se vêm que dizemos uma coisa e fazemos outra, também aprenderão a fazer o mesmo, o que significa que as ensinamos a serem hipócritas. Um professor que castiga as crianças que não sabem somar, não somente as ensina que não sabem somar, mas também transmite que o forte pode dominar e castigar o mais fraco. (...)As verdades mais profundas vêm à mente reflexiva como visões internas, que não podem ser ensinadas por outra pessoa. (...)CONCLUSÃOA humanidade está encarcerada em uma grande ilusão. Pensa que pode resolver seus problemas através da legislação, de reformas políticas e sociais, do avanço científico e tecnológico, de maior conhecimento, riqueza, poder e controle. (...) Se nós, como seres humanos, não nos transformamos interiormente, logo formaremos parte daquela lista de criaturas desafortunadas que viveram milhões de anos e logo se extinguiram por não poder se adaptar. (...) Buda, Sócrates, Cristo e inumeráveis outros sábios em todas as culturas disseram a mesma coisa. Até agora temos ignorado o que disseram. Não podemos seguir fazendo o mesmo, já que nos dirigimos inexoravelmente para um holocausto quase total, que fará a sobrevivência sem valor ou impossível.(....) Na apresentação da visão para uma educação adequada para o século XXI, escolhi coisas da vida e do trabalho de Maria Montessori e de Jidu Krishnamurti. Ambos sublinharam a necessidade de educar o ser humano integral e não apenas seu intelecto. (...) A técnica não cria a visão, é a visão que cria a técnica.(...)"O homem não é uma máquina, e se atrofia quando não se dá a ele a oportunidade de formar-se com independência e se lhe nega a liberdade de julgar por si mesmo. Cedo aprendi o que podia conduzir a um conhecimento mais profundo, prescindindo de tudo que não faz senão carregar a inteligência, desviando-a do essencial" (Albert Einstein). NOTAS:¹Tradução do espanhol²Embora não seja um texto maçônico, a vocação natural da Maçonaria para com a educação o recomenda, pois sua visão é humanística e liberal. (Prof. P. Krishna)
PARA O SÉCULO XXI
Chegamos ao século XXI e já é tempo de refletir o que temos conseguido no campo da educação, do que têm sido nossos erros e se temos que continuar nessa direção neste século, ou se necessitamos fazer as coisas de outra maneira.Ao considerar esta pergunta, queria explorar a situação globalmente, sem fazer referência a nenhuma nação em particular. Também queria dar um significado amplo à palavra educação, a fim de cobrir todo o processo de educar a próxima geração, desde a infância até a idade adulta, e não me limitarei somente ao que sucede na sala de aula da escola.A educação das crianças envolve o ambiente em que crescem, e esse ambiente é determinado, da mesma maneira, pelos pais, os professores e a sociedade que as rodeia. Tudo isso e muito mais determinam o tipo de indivíduo que produzimos, o que, por sua vez, determina o tipo de sociedade em que vivemos.É importante ter em mente a relação do indivíduo com a sociedade.Se produzimos indivíduos autocentrados, agressivos, ambiciosos e competitivos, não poderemos organiza-los em uma sociedade não violenta, pacífica, cooperativa e harmoniosa.Se os organizamos em uma sociedade comunista, teremos a violência e a dominação que temos visto nas sociedades comunistas. Se os organizamos em uma sociedade capitalista, assim chamada sociedade livre, teremos a violência e as divisões que vemos nessas sociedades também. Não é possível fazer uma transformação fundamental da sociedade, a menos que o indivíduo se transforme, portanto a educação é o motor principal da transformação social, já que determina o tipo de indivíduo que produzimos.Os governos, as legislações e as agências oficiais são somente organizações para o controle do indivíduo, porém não o transformam.Portanto, a verdadeira mudança social é a responsabilidade principal da educação, e não somente a produção de pessoas capacitadas. A prova de uma educação adequada hoje em dia, será quando conseguirmos produzir bons cidadãos planetários.Nossa forma de viver mudou drasticamente durante o século passado, e essa mudança pode transferir-se ao que temos conseguido no campo da educação. (...)A fim de examinar isso, deixe-me fazer uma lista do que, em minha opinião, são os grandes desafios que a humanidade enfrenta hoje em dia.Talvez o maior problema que estamos enfrentando atualmente, é o fato de que os seres humanos estão divididos em grupos: grupos raciais, nacionais, religiosos, lingüísticos, econômicos, políticos, profissionais, e cada indivíduo se identifica com seu próprio grupo, sente rivalidade para com os outros e se preocupa somente com a segurança e o progresso de seu grupo em particular.Estes grupos, por sua vez, querem explorar-se uns aos outros, enganar-se e ainda destruir-se em guerras.Isto se converteu na maior causa de insegurança no mundo de hoje. Esta situação é responsável pela maioria da violência que vemos em forma de guerras, terrorismo, motins e militarismo.É uma enfermidade que aflige tanto a pessoas altamente educadas quanto a pessoas mais atrasadas e analfabetas. (...)Outro grave problema que enfrentamos hoje são as catástrofes ambientais, acerca das quais estamos lendo constantemente nos jornais e revistas: diminuição da camada de ozônio, aquecimento global, contaminação industrial, desmatamento, erosão, acidentes nucleares e excesso de população.A causa principal da maioria desses fenômenos é a atitude que desenvolvemos em relação à natureza durante o século passado. A temos tratado como um recurso destinado a ser explorado para nosso próprio benefício.(...) Os animais não são considerados como seres viventes, mas apenas como matéria prima. Os rios e montanhas são considerados como objetos a serem explorados para produzir eletricidade e promover o turismo. Até as crianças são consideradas a "riqueza" da família.A natureza é aproveitada para nosso uso porque nos cremos donos do mundo. Porém somos realmente donos do mundo? Foi o mundo criado para nós? Ou somos parte do mundo, como tudo o demais, e necessitamos viver em harmonia com todas as coisas, considerando-as amigas e não recursos?Dessa maneira a humanidade se relacionou com a natureza durante milhares de anos, e a menos que realizemos uma mudança de paradigma vamos enfrentar cada vez mais catástrofes ambientais.Temos melhores computadores, aviões mais rápidos, porém não temos ar fresco para respirar e as novas enfermidades originadas do desequilíbrio causarão uma situação tal que não mais valerá a pena viver.Outro grande problema que enfrenta a humanidade é o fato de que a maioria dos governos do mundo, especialmente nos países do terceiro mundo, são ditaduras militares, ditaduras comunistas, ditaduras religiosas ou ditaduras travestidas de democracia. Existem muito poucos países onde existe uma verdadeira democracia e liberdade de expressão, liberdade política, liberdade de crescer, liberdade de questionar, de pensar e de escrever o que se crê.(...) Portanto a educação deve preocupar-se com produzir o uso correto do poder, que é o verdadeiro espírito da democracia.A instituição do matrimônio e a família foram estabelecidas parcialmente para regular o comportamento sexual, porém mais importante ainda, para assegurar que somos capazes de cumprir com nossas responsabilidades para com a próxima geração. A criança necessita cuidado, proteção e ajuda para aprender. Não o necessita por alguns dias ou alguns meses, como é o caso dos mamíferos, senão por um período mínimo de 21 anos, já que isso implica uma dimensão completamente nova de crescimento mental, emocional e espiritual. Até agora ninguém encontrou melhor maneira de assegurar isso que através do crescimento da criança dentro de uma família com os pais. É uma responsabilidade que um homem e uma mulher compartilham quando trazem um bebê ao mundo. Hoje em dia essa cooperação está se desintegrando na sociedade moderna e a incidência do divórcio alcança agora os 60% em algumas sociedades opulentas.Por último existe o grande problema de que a sociedade tende a repetir o passado. Os preconceitos e as ilusões se transmitem de uma geração à seguinte, e assim sucede com os problemas que lhe são associados. Se os judeus ensinam a seus filhos que os árabes são seus inimigos e os árabes ensinam a seus filhos que os judeus são seus inimigos, a geração jovem cresce com o sentimento de animosidade já arraigado em sua mente.Portanto devemos criar uma mente inquisitiva, que questiona o que se diz, uma mente que está consciente de que existem muitos preconceitos que se vem examinar e eliminar, e que esteja disposta a empreender a tarefa de descobrir por si mesma o que é a verdade.Esse processo de duvidar da própria opinião e discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso é o despertar da inteligência.que es falso es el despertar de la inteligencia.(...) Há demasiada inércia na sociedade atualmente, e o único caminho de mudança é criar uma mente inquisitiva, não somente em questões científicas como também em assuntos sociais, morais e religiosos. Em outras palavras, uma mente que seja inteligente a respeito da totalidade da vida e não meramente em um só aspecto.(...) Os desafios maiores que a humanidade está enfrentando hoje, não se devem à falta de educação. Não foram criados por aldeões analfabetos na Ásia ou África. Foram criados por mentes altamente educadas e profissionais, advogados, administradores de empresas, cientistas, economistas, militares, diplomatas e semelhantes, os que planejam e dirigem os governos, as organizações e os negócios.Portanto necessitamos examinar a qualidade da educação que estamos desenvolvendo, e não a quantidade. Quando fazemos isso, entendemos que estamos produzindo seres humanos desequilibrados:Muito avançados, muito rápidos e capazes intelectualmente, porém quase primitivos em outros aspectos da vida; cientistas proeminentes e engenheiros que podem enviar seres humanos à lua, porém que podem ser brutais com seu cônjuge ou seus vizinhos; seres humanos que têm um entendimento amplo do funcionamento do universo, porém pouco entendimento de si mesmos ou de suas vidas.aspectos de la vida; científicos prominentes e ingenieros que pueden enviar seres humanos aÉ este desenvolvimento desequilibrado do indivíduo o responsável por todos os problema que estamos enfrentando atualmente. Como educadores devemos aceitar que quando transmitimos conhecimento, é também nossa responsabilidade transmitir a sabedoria necessária para utilizálo corretamente.(...)UMA VISÃO DIFERENTE DA EDUCAÇÃOTendo em conta o que dissemos até agora, como deveríamos modificar nossa visão da educação para o século XXI? Que tipo de mente devemos tratar de produzir? Que valores devemos tentar inculcar?O preceito não seria idêntico para todos os países e as diferentes culturas podem escolher seu próprio caminho, porém o alinhamento geral pode colocar-se como segue:Criar uma mente global, em vez de uma mente nacionalista. Todos somos cidadãos do mesmo planeta e compartilhamos a terra como nossa morada comum. O que afeta a uma parte do mundo, hoje nos preocupa a todos: portanto necessitamos ter uma mente que sinta pelo mundo inteiro e não somente por um país.(...) Enfatizar o desenvolvimento humano, não somente o econômico. A educação não deve considerar as crianças como matéria prima para conseguir o crescimento econômico da nação; deve preocupar-se primeiramente do desenvolvimento de todos os aspectos do ser humano - físico, intelectual, emocional e espiritual - de Meira que ele ou ela vivam criativa e felizmente como parte de um todo. Os seres humanos podem diferenciar-se em suas habilidades, porém não são superiores ou inferiores por isso. Devem ser respeitados além de suas habilidades. A bondade deve ser mais valorizada que a eficiência.Motivar o questionamento em vez do conformismo.Pode ser inconveniente para os adultos, porém é importante que os filhos cresçam com perguntas, mais do que com respostas. Em cada idade, naturalmente, as perguntas serão diferentes, porém a habilidade de questionar e de aprender por si mesmo é mais importante que obedecer e fazer o que se manda, sem questionar.(...)Cultivar a cooperação em vez da competência.A ênfase atual no mundo em relação ao sucesso individual por renome e fama, é irracional e egoísta. Todos estamos inter-relacionados e interdependentes, pelo que a cooperação é a essência da democracia. (...) É importante que cada indivíduo faça o melhor que possa, mas não é importante que faça melhor que o outro.(...)Criar uma mente que aprenda em vez de uma mente que acumule conhecimentos.O despertar da inteligência é mais importante que o cultivo da memória, tanto na vida como nos estudos. Se damos informação a uma criança, agregamos algo a seu conhecimento, porém a inteligência é a habilidade que cada um deve adquirir por si mesmo. (...) É importante criar uma mente que não aceite e nem rechace uma opinião ou ponto de vista demasiado rápido, senão que se pergunte: será certo?(...)Criar uma mente que seja tanto científica quanto religiosa, em seu verdadeiro sentido.Desgraçadamente, temos separado a busca científica da busca religiosa, e nos temos concentrado apenas na primeira no processo educacional. De fato são duas buscas complementares: uma, para descobrir a ordem correta que se manifesta no mundo externo da matéria, energia, espaço e tempo; a outra, para descobrir a ordem (paz, harmonia, virtude) no mundo interno de nossa consciência. Ao identificar erroneamente a religião com a crença, criamos um antagonismo entre a ciência e a religião. (...) Sem o equilíbrio entre a emoção e o intelecto, uma mente não é verdadeiramente educada. Compreender-se a si mesmo (autoconhecimento) é tão importante quanto entender o mundo. (...)A arte de viver.A educação deve preocupar-se da arte de viver criativamente, que é muito mais amplo que as artes específicas da pintura, da música ou da dança, que ensinamos atualmente. Temos igualado qualidade de vida com padrão de vida, e medimos isso em termos de PNB ou renda per capita da população. Sem dúvida, será a qualidade de vida determinada somente pela qualidade da casa onde vivemos, do automóvel que manejamos, da comida que comemos ou da roupa que vestimos? (...) Quando ensinamos às crianças a trabalharem para obter uma recompensa e não para usufruir do trabalho, as ensinamos a separar trabalho de prazer.Um desenvolvimento holístico de todas as faculdades.Atualmente a educação está planejada para produzir especialistas. Certa quantidade de especialização nas habilidades pode ser inevitável, mas antes de tudo somos seres humanos e, só depois, engenheiros, médicos, advogados, artistas e agricultores. Portanto a especialização não se deve produzir às custas do entendimento do que significa viver plenamente como ser humano.(...)A verdadeira responsabilidade da educação é a de revelar às crianças toda a beleza da vida.Existe uma grande beleza na arte, na literatura, na ciência, nas matemáticas, na música, nos jogos e nos esportes, na natureza e na relação com os demais, isto é, em todos os aspectos da vida.(...)DIFICULDADES DE MINISTRAR ESTE TIPO DE EDUCAÇÃOHá várias dificuldades, hoje, para ministrar este tipo de educação. A maior, é que nós mesmos não fomos educados dessa maneira e, portanto, não devemos repetir mecanicamente o que sabemos. Necessitamos questionar nossos métodos e não meramente repetir o que nossos mestres e pais fizeram. Isto requer que sejamos originais, inteligentes, criativos e que não estejamos meramente afirmando-nos a nós mesmos.(...)Na nova visão de educação, não só estamos assumindo a responsabilidade de ministrar informação e habilidades, como também a de despertar a sensibilidade e a criatividade nas crianças. Não existe um método estabelecido para fazer isso; são coisas que não se podem simplesmente decidir, praticar e conseguir.Dar sermões não funciona; as crianças aprendem com o que sucede ao seu redor, não do que falamos em sala de aula. Se vêm que dizemos uma coisa e fazemos outra, também aprenderão a fazer o mesmo, o que significa que as ensinamos a serem hipócritas. Um professor que castiga as crianças que não sabem somar, não somente as ensina que não sabem somar, mas também transmite que o forte pode dominar e castigar o mais fraco. (...)As verdades mais profundas vêm à mente reflexiva como visões internas, que não podem ser ensinadas por outra pessoa. (...)CONCLUSÃOA humanidade está encarcerada em uma grande ilusão. Pensa que pode resolver seus problemas através da legislação, de reformas políticas e sociais, do avanço científico e tecnológico, de maior conhecimento, riqueza, poder e controle. (...) Se nós, como seres humanos, não nos transformamos interiormente, logo formaremos parte daquela lista de criaturas desafortunadas que viveram milhões de anos e logo se extinguiram por não poder se adaptar. (...) Buda, Sócrates, Cristo e inumeráveis outros sábios em todas as culturas disseram a mesma coisa. Até agora temos ignorado o que disseram. Não podemos seguir fazendo o mesmo, já que nos dirigimos inexoravelmente para um holocausto quase total, que fará a sobrevivência sem valor ou impossível.(....) Na apresentação da visão para uma educação adequada para o século XXI, escolhi coisas da vida e do trabalho de Maria Montessori e de Jidu Krishnamurti. Ambos sublinharam a necessidade de educar o ser humano integral e não apenas seu intelecto. (...) A técnica não cria a visão, é a visão que cria a técnica.(...)"O homem não é uma máquina, e se atrofia quando não se dá a ele a oportunidade de formar-se com independência e se lhe nega a liberdade de julgar por si mesmo. Cedo aprendi o que podia conduzir a um conhecimento mais profundo, prescindindo de tudo que não faz senão carregar a inteligência, desviando-a do essencial" (Albert Einstein). NOTAS:¹Tradução do espanhol²Embora não seja um texto maçônico, a vocação natural da Maçonaria para com a educação o recomenda, pois sua visão é humanística e liberal. (Prof. P. Krishna)
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