terça-feira, 4 de maio de 2010

Artigo: O Livro do Pucci - A/0815 - (Parte XXXVI)

A CATEDRAL

Certa vez, ao visitar uma enorme construção, uma pessoa parou diante de um operário e perguntou-lhe o que estava fazendo. O trabalhador respondeu: "estou assentando tijolos". Continuando seu passeio, o visitante fez a mesma pergunta a um segundo operário, recebendo como resposta: "uma parede". Mais adiante, inquirindo um terceiro trabalhador (a fazer a mesma coisa que os dois primeiros) teve como resposta: "estou construindo uma catedral".
Por que nossos sonhos não se tornam realidade? A estória acima nos ajuda a entender um pouco esta questão.
Aquele que esta fazendo uma parede não tem sonhos, simplesmente está juntando tijolos e argamassa e, para seu suplício, isto vai se repetir dia após dia.
O primeiro, que está assentando tijolos, está em situação ainda pior, não sabendo se os tijolos vão construir uma parede curta ou longa, alta ou baixa. Nem quantos são os tijolos que serão empregados em sua tarefa.
O terceiro trabalhador, todavia, está construindo uma catedral. Em sua mente, ao trabalhar vê, com clareza, a importância do edifício e antevê as solenidades que ali ocorrerão, trazendo multidões.
Com esta imagem precisa, certamente suas forças e seu interesse se multiplicarão. Terá imenso cuidado e incontida alegria a cada tijolo acrescentado; parará por vezes, para mirar com admiração e orgulho o trabalho já feito para imaginá-lo já concluído. Nada será capaz de tirá-lo ou desviá-lo de seu objetivo. Suportará e vencerá os obstáculos.
E por que? Porque tem um sonho, que se traduz em um objetivo, em uma razão fortíssima para estar ali, como os demais, assentado tijolo por tijolo, parede por parede, mas, diferentemente dos demais, persegue um resultado: a catedral pronta, em festa, cheia de pessoas rezando a seu Deus”.
Assim meus Irmãos, é o trabalho de construção de nós mesmos que fazemos aqui, juntos, aos milhares, nas Lojas espalhadas pelo mundo todo: alguns de nós se percebem apenas juntando tijolos e acabam desistindo logo de início.
Outros percebem que se levantam paredes, mas, sem ver bem seu sentido, achando a tarefa um suplício que se repete enfadonhamente semana após semana, mês após mês, ano após ano, apenas se deixam ficar até que surja "algo melhor".
Outros finalmente, percebem que estão construindo uma Catedral e se empolgam, seu entusiasmo cresce a cada dia, a alegria de descobrir outros envolvidos na mesma tarefa os renova e, quando às vezes cansam, não abandonam o trabalho... sentam-se à sombra de um recanto da alma e ficam admirando o quanto a obra cresceu.

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