Tempo de Escola
Cursei o ensino fundamental na Escola Estadual "AntônioTupy Pinheiro", cuja diretora era a querida Educadora Celina Margaridi. Essa mulher era tão abnegada, que percebendo a minha ausência na escola, num início de ano, mandou me chamar. Meu pai querido não podia pagar a matrícula, mas ela me fez voltar, bancando a despesa. Aprendi português com Darci Margaridi, que era irmã da diretora da Escola. Dentre a equipe de professores, guardo ainda na memória a fisionomia de Lourdes Machado, Iris Pompermayer, Terezinha Capeletto, Guiomar Brigantini, Luiz Costa e o Padre José Maria Manic. Recordo-me muito berm do prof.Guiomar, que datilografava alguns poemas meus no cartório em que trabalhava. A professora Iris lecionava matemática com muito rigor e com ela quase nada aprendi, pois eu detestava cálculos. Nunca me esqueço da professora Lourdes, que durante uma de suas aulas me ridicularizou, chamando-me de "pateta", porque alguns colegas de classe me chamavam de poeta. Sempre dominei bem o francês, obtendo as primeiras colocações e aclamado pelo padre José Manic, um francès que era o titular desta disciplina. Jamais vou esquecer as paradas de Sete de Setembro, tão festivas e com todos os estudantes devidamente uniformizados. Tenho muita saudade do patriotismo da época. O Hino Nacional era cantado pelas turmas todos os dias, antes do início das aulas. Havia muito respeito entre alunos e professores e cada estudante se apresentava bem vestido e de maneira muito comportada. Para ter acesso à escola, fiz admissão ao ginásio e me matriculei no curso no início de 1966. Foi nessa época que conheci o velho filósofo Noé Brondani, que morava em seu próprio sítio, onde recebia estudantes e os amigos. Já não vive mais entre nós, mas muita coisa aprendi com esse Mestre e um dos fundadores da Cidade de Querência do Norte. Estes e outros fatos dos tempos de estudante ginasiano são lembranças que nunca se apagam de minha mente.
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