Infelizmente, não há como equiparar o nível de qualidade de vida e cultura do brasileiro com o do argentino. Aliás, aqui, assassinato e assalto são notícias no jornal.
A desigualdade social existe, mas o argentino tem escola de qualidade e não há problemas sociais tão presentes como vemos no Brasil. Há violência, mas os índices de assassinatos em Buenos Aires (‘capital do crime’) são dez vezes menores que no Rio. Há pobreza, mas é uma pobreza bem diferente.
O que mais impressiona é a diferença de sentimento de nacionalismo. No Brasil, não há sentimento de nação (só na copa do mundo, como já disse FHC, que o povo brasileiro experimenta um sentimento de nação). Na Argentina, a população vai para a rua, bater panelas e fazer protestos, por qualquer coisa. Há o movimento das donas de casa e das avós, que vão enfrentar até a polícia em praça pública, no corpo a corpo. Enfim, para que o brasileiro tenha o mesmo padrão social e qualidade de vida que o argentino, serão necessárias décadas.
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