quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tabagismo

Brasileiros são os mais conscientes
na hora de largar o cigarro

Estima-se que no ano de 1989, 33% da população
era fumante; hoje em dia, esse índice, embora ainda alto,
caiu para aproximadamente 17%.

O Dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, uma data na qual os brasileiros devem lembrar a importância de se deixar o hábito de fumar. De acordo com o pneumologista Dr. José Jardim, professor livre docente da Faculdade de Medicina da UNIFESP, o Brasil apresenta o maior índice de pessoas que largaram o cigarro nos últimos anos. “No entanto, o número de fumantes ainda é alto”, enfatiza o médico. O especialista cita dados do Ministério da Saúde, dando conta de que existem hoje aproximadamente 25 milhões de fumantes no país, ou seja, 17,2% da população. “Em 1989, cerca de 33% dos brasileiros fumavam”, lembra o pneumologista. Estima-se que entre o total dos fumantes brasileiros, de 20 a 40% desenvolverão a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O tabagismo é responsável por 80% dos casos da doença que, globalmente, já afeta 210 milhões de pessoas e estima-se que até 2020 será a terceira causa de mortes no mundo.

Para o Dr. José Jardim, o tabagismo é a causa da maior parte dos problemas respiratórios e está associado a 53 doenças, entre elas, o câncer de pulmão e a DPOC. Em 95% dos casos, os danos no tecido pulmonar causados pelo cigarro são irreversíveis, mesmo que a pessoa tenha parado de fumar há muitos anos. Por isso, o dia 31 de maio é uma data importante para chamar a atenção da sociedade aos efeitos positivos de campanhas e medidas do governo. “O hábito de fumar reduz a expectativa de vida entre 10 e 25 anos e, sendo assim, iniciativas como proibir o consumo do cigarro em locais públicos beneficiam toda a população”, completa o especialista.

O que é DPOC? – A DPOC engloba a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. É uma doença de evolução progressiva que se desenvolve após a exposição prolongada dos brônquios (estrutura que leva o ar para dentro dos pulmões) às substâncias tóxicas contidas na fumaça inalada do cigarro. Estudos comprovam a eficácia do antibiótico AVALOX® (moxifloxacino, da Bayer HealthCare Pharmaceuticals) nas exacerbações infecciosas respiratórias. “Com o tratamento, 70% dos pacientes tiveram rápida recuperação e melhora dos sintomas em até três dias. Esse índice aumentou para 93% em até cinco dias. Outro benefício foi o aumento do intervalo entre as crises, principalmente nos pacientes mais graves e com mais idade”, sustenta o Dr. José Jardim.  Saiba mais sobre o tabagismo no mundo conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS):

O tabaco é responsável pela morte de cinco milhões de pessoas no mundo todo ano. Se as estatísticas seguirem essa progressão, em 2030 o número de mortes causadas pelo cigarro e seus derivados deve pular para oito milhões. No Brasil morrem 200 mil pessoas por ano por doenças associadas ao cigarro.
Existem um bilhão de fumantes no mundo. Desse total, cerca de 20% são mulheres. A inalação da fumaça do cigarro aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de útero e, além disso, aumenta as chances de abortos espontâneos e de nascimento de crianças com baixo peso. Cerca de 1% das mortes mundiais se deve ao tabagismo passivo, o que significa estimados 600 mil óbitos por ano. Em torno de 50% dos fumantes morrerão de alguma doença associada ao cigarro. 

Estima-se que o hábito de fumar cause de 150 mil a 300 mil casos de infecções respiratórias em crianças com menos de 18 meses de idade.  Em todo o mundo, de 80 mil a 100 mil crianças começam a fumar todos os dias. Cerca de um quarto deles morrerá de uma doença relacionada ao tabagismo. Cerca de 60% das pessoas que consomem tabaco não são dependentes e a proibição do consumo do cigarro em locais públicos pode diminuir o índice de fumantes.

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