domingo, 2 de outubro de 2011

Artigo: A Idade do Amor - A/01025

A Idade do Amor


Para se amar, não existe limite de idade. Talvez, por este motivo, Guy de Maupassant expressou assim: "Quando duas pessoas se amam, nada é mais imperativo e delicioso para elas do que dar; dar, sempre e tudo, os pensamentos, a própria vida, o próprio corpo, e tudo o que se tem; e sentir a doação, e arriscar tudo, afim de ser capaz de dar mais, ainda mais."

São homens mais velhos formando vínculo amoroso com moças mais novas. São mulheres velhas com jovens. Qual é a fonte de atração?

Em primeiro lugar, a necessidade de afeto. Como segundo aspecto, pode ser destacado o tom proibido e contestador destas relações pela própria diferença de idade.  O terceiro aspecto estaria ligado a uma paixão infantil pai/filha, mãe/filho.

A necessidade de afeto é algo intrínseco a toda pessoa viva, saudável e com boa auto estima. É aquela vontade de se envolver e obter uma correspondência. Ao encontrar correspondência, outras  emoções surgem: o apego, a alegria, a paixão. Contudo, quando a paixão cede espaço para a realidade, esta última  envia suas perguntas: "Como posso amar uma pessoa mais velha do que eu? Será que vai dar certo?

Certamente, é uma paixão que pode mexer com a auto estima. O mais velho sente-se mais bonito, porque uma jovem o deseja; a mulher mais velha sente o mesmo, porque um jovem a deseja. Assim, o jovem, seja homem ou mulher, deseja alguém experiente no sentido de proteção. Então, apesar das realidades da vida serem muito diferentes em virtude da grande diferença de idade, os desejos se encontram, aumentando a possibilidade de uma felicidade duradoura.

E conclui Regina Mello: "Os riscos de uma relação desfavorável encontram-se nos conflitos  provenientes das fases diferentes da vida. Os desníveis  intelectuais, profissionais e de ideias, em geral podem gerar conflito, no entanto, a força dos desejos inconscientes, consegue, muitas vezes, ultrapassar todos os obstáculos."

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