domingo, 8 de julho de 2012

Viola Caipira

Este é um poema brejeiro, com rimas pobres.
                                              No entanto, expressa todo o sentimento
                                              que tenho pela gloriosa viola caipira,
                                              o instrumento divino de dez cordas.


O Tinido da Viola

O dia que eu fico triste, nada mesmo me consola!
 Prefiro ficar sozinho, a solidão me faz bem.
 Prá disfarçar minha dor, eu pego minha viola;
 só ela que me entende, chora comigo também.

Minha viola de pinho conhece o meu padecer;
 acabo com a saudade em suas cordas de aço.
 Ela geme em meu peito alegrando o meu viver;
 o som que a viola produz alivia o meu cansaço.

Quando a tristeza invade minha casinha modesta,
 somente esta viola vai permanecer comigo;
 o tinido que ela tem é tudo que ainda me resta,
 viola, minha viola, você é meu doce castigo.

Ninguém neste mundo é mais triste do que eu;
 não posso viver sozinho, a solidão me devora.
 Quando terminar a lida vou prá juntinho de Deus
 O legado que eu deixo é o som de minha viola.

07.07.2012 – Jairo de Lima Alves

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