Este é um poema brejeiro, com rimas pobres.
No entanto, expressa todo o sentimento que tenho pela gloriosa viola caipira,
o instrumento divino de dez cordas.
O Tinido da Viola
O dia que eu fico triste, nada mesmo me consola!
Prefiro ficar sozinho, a solidão me faz bem.
Prá disfarçar minha dor, eu pego minha viola;
só ela que me entende, chora comigo também.
Minha viola de pinho conhece o meu padecer;
acabo com a saudade em suas cordas de aço.
Ela geme em meu peito alegrando o meu viver;
o som que a viola produz alivia o meu cansaço.
Quando a tristeza invade minha casinha modesta,
somente esta viola vai permanecer comigo;
o tinido que ela tem é tudo que ainda me resta,
viola, minha viola, você é meu doce castigo.
Ninguém neste mundo é mais triste do que eu;
não posso viver sozinho, a solidão me devora.
Quando terminar a lida vou prá juntinho de Deus
O legado que eu deixo é o som de minha viola.
07.07.2012 – Jairo de Lima Alves
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