domingo, 27 de abril de 2014

Artigo: A Carta do Imperator A/01544

A Carta do Imperator 2014


Como acontece todos os anos, me atrevo mais uma vez, fazer um resumo da Carta do Imperator Christian Bernard, da Ordem Rosacruz. Na verdade, o texto se refere às suas numerosas viagens que faz pelo mundo todo, com o objetivo de elucidar dúvidas, levar uma mensagem de carinho Aos Iniciados, e sobretudo com o nobre objetivo da expansão da Tradicional Ordem, a AMORC.
Nas palavras iniciais, demonstra uma certa preocupação com o Egito, sobre as coisas negativas que acontecem ali, onde teve início a História da Humanidade. Fanáticos e extremistas têm desvirtuado o verdadeiro sentido da política, notadamente quando se trata da civilização egípcia, que deveria ser um exemplo a ser seguido por todas as nações do mundo. O Imperator cita o frater Mohamed Nazmy, um dos organizadores de grupos de turistas à Terra dos Faraós. Mesmo assim, o Irmão Christian se dispôs a ir sozinho ao Egito no mês de setembro, com o fim de levar uma palavra de ânimo aos rosacruzes da Planície de Gizé. Foi corajoso ao empreender esta viagem e diz que disso não se arrependeu.

No entanto, relata o Imperator, “os perigos não estão apenas no Egito, mas em todas as partes do Planeta.” E prossegue: “Mesmo em lugares considerados seguros, os perigos podem ser eminentes, mas não é preciso temer qualquer, pois se por um lado estamos atentos, por outro somos melhor rodeados e protegidos.” Podemos chamar isso de “confiança” de um Iniciados, que aprendeu a conviver com situações pitorescas em toda a sua trajetória, na qualidade de um Homem que trilha o Caminho da Luz.
Para mais um mandato de cinco anos na função de Grande Mestre foram reeleitosPaul Panikian, Hélio de Moraes e Marques, Serge Toussaint e Cláudio Mazzucco. Anunciou que o ex-Grande Mestre da  Jurisdição de Língua Portuguesa, Charles Veja Parucker se retirou definitivamente da função de vice-presidente da Organização Mundial, que exercia na Suprema Grande Loja.

Dentre tantas e tantas boas informações inseridas na Carta Anual do Imperator, uma delas foi, de certo modo, chocante, principalmente para o povo brasileiro, que sempre recebe notícias da Cuba, cuja ilha teve o domínio do ditador Fidel Castro, e agora o país é administrado por seu irmão Raul Castro.  O relato é desolador, ao informar que a Ordem Rosacruz está neste país caribenho desde 1940, com um grande número de membros, que não tem liberdade para receber pelo correio o seu material de estudo. Nenhuma convenção anual foi realizada ali, embora os gestores da AMORC estejam planejando para realizar a primeira no ano de 1916. Os rosacruzes de Cuba só podem realizar seus estudos em Organismos Afiliados diante das dificuldades já expostas, em decorrência de um governo ditatorial.
Frater Christian Bernard, ao concluir o relatório de nada menos que 13 páginas, sugere a leitura do texto “Humanismo Rosacruz”, que aqui é reproduzido para o conhecimento de nossos leitores. Eis a mensagem, na íntegra: “Os rosacruzes se dedicam a ser humanistas esclarecidos. Para tanto, eles devem se empenhar: 1. Considerar toda a humanidade como uma única e mesma família de almas, ligadas por uma origem e um destino comum; 2. Cultivar a benevolência entre todos os indivíduos, sem distinção de raça, de etnias, de nacionalidade, de classe social, de religião ou de qualquer outro elemento aparentemente distintivo; 3. Apoiar as ações e os projetos que aproximam os homens e os tornam solidários; 4. Privilegiar o interesse geral sobre os interesses particulares e trabalhar a serviço do bem comum; 5. Colocar o máximo possível a política, a economia, a tecnologia, a ciência e, de maneira geral, todos os campos da sociedade a serviço do homem; 6. Dar tanta importância aos deveres que nos incumbem para com outrem quanto aos direitos legítimos que reivindicamos para nós mesmos; 7. Não ceder à calúnia, à maledicência ou à crítica negativa; 8. Fazer da felicidade dos outros uma condição essencial  à sua própria felicidade; 9. Cultivar a ideia, segundo a qual todo indivíduo pode transcender e exprimir o melhor de si nas suas relações com outrem; 10. Trabalhar para o próprio aprimoramento pessoal a fim de serem uma boa companhia para os outros e contribuir para a melhoria da sociedade.

E ainda, nas palavras de Oscar Wilde, Christian Bernard, diz um até breve aos Inciados Rosacruzes de todo o mundo: “É preciso ter sonhos grandes o suficiente para não perde-los de vista, quando os perseguimos.” E conclui com sábias palavras: “... retomo o meu bastão de peregrino, para recomeçar um ano de novo labor, sempre com o mesmo entusiasmo, ainda com o corpo sentindo alguma fadiga e inconvenientes devido ao tempo que passa.”

 

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