quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Artigo: O Último Desejo - A/ 001703

O Último Desejo


Um recluso condenado à pena de morte, enquanto aguardava pela execução, pediu como último desejo um papel e um lápis. Após escrever por vários minutos, o condenado chamou o guarda prisional e pediu que esta carta fosse entregue a sua mãe biológica.

A carta dizia assim:  “Mãe, se houvesse mais justiça neste mundo seríamos os dois executados e não apenas eu. És tão culpada quanto eu sou pela vida que tenho levado. Lembras-te quando eu roubei e levei para casa a bicicleta de um menino como eu? Tu me ajudaste a escondê-la para que o meu pai não descobrisse. Lembras-te quando roubei o dinheiro da carteira do nosso vizinho? Tu foste comigo gastá-lo no centro comercial que havia mais perto. Lembras-te quando discutiste com o meu pai e ele se foi embora? Ele só queria corrigir-me por ter roubado o exame final do curso em que acabei por ser expulso.”

Mãe, eu era só uma criança, pouco tempo depois tornei-me num adolescente problemático e agora sou um homem bastante mal formado. Mãe, eu era apenas uma criança que precisava de correcão e não de aprovação. Mas mesmo assim perdoo-te mãe. Só peço que faças esta carta chegar a todos os pais do mundo, para eles saberem que o que faz todos os homens se tornarem pessoas de bem ou criminosos é a educação. Obrigado mãe, por me teres dado a vida e por me ajudares a perdê-la.
O teu filho, delinquente.

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