PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?
P - Para que nos reunimos aqui, Ir\Primeiro Vigilante?
R – Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros; [para] glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, levantando templos à Virtude e cavando masmorras ao vício.
Esta é a pergunta que nos repetimos eternamente, a cada vez que nos reunimos. Por que o fazemos? Para que nos recordemos sempre dos ideais a que juramos lealdade. Mas também para que nos sirva simultaneamente como exame de consciência e impulso ao constante crescimento.
Essa é a resposta que deveríamos dar à pergunta: porque você se tornou maçom?
Toda a literatura maçônica trata, em essência, desse tema. Aliás, não poderia ser diferente, já que podemos dizer que O objetivo da Maçonaria está aí contido.
Tomando como amostra apenas uma publicação, a Revista O Prumo de novembro/dezembro último, que está a meu lado, podemos encontrar essa mesma resposta, dada de mil formas diferentes, em artigos, entrevistas e depoimentos os mais diversos.
Vejamos:
“Pela amostragem da sociedade atual, é difícil traçar um perfil ideal, já que o homem é produto do meio, e o meio social, hoje, está esgarçado, graças ao desprezo pelos padrões morais e éticos, o qual cresce em progressão geométrica. Todavia, a construção de um maçom de rígidos princípios morais e éticos pode ser engendrada desde que ele é proposto à iniciação maçônica, através de pesquisa profunda de sua vida e de sua atuação social e através de contatos e conversas informais, onde ele possa ser melhor aquilatado. O seu aperfeiçoamento posterior vai depender, e muito, da Loja e de seus mentores” (Ir\Castellani, p.5).
“A maçonaria brasileira precisa estar consciente da grave crise a que está submetida a humanidade e deve propor o seu próprio projeto ético.
O homem maçom deve compreender que faz parte de um importante meio alternativo de sociabilidade. Nesta sociabilidade deve defender uma concepção ética do homem que afeta a sua natureza e a sua finalidade.
Deve buscar a resposta na própria essência ética e relativista da Instituição, que admite nos seus quadros homens que professam diversos credos, se reúnem sob um ritual próprio, onde é invocada a presença de Deus” (Ir\Frederico, p.5-6).
“Nós sabemos quais são os ensinamentos dos mestres. E, com esses ensinamentos, caríssimos Irmãos, podemos perceber que o mundo, nesta nova fase de sua história, está no ponto da aglutinação dos grandes princípios geradores da paz. Somos privilegiados em poder participar desta fase de transformação, porque a Maçonaria possui em sua essência o amor”.
(...) Sabemos que muitos lutam apenas para Ter. Outros entenderam a futilidade deste processo e partiram em direção ao Ser.
Permita o Grande Arquiteto do Universo estejamos em direção ao Ser” (Ir\Pedro, p. 11).
“O maçom tem o direito inalienável de investigação, direito esse que não deve parar, em atitude servil, diante do argumento de autoridade”. (Ir\ José Wilson, p. 13).
“Em verdade, até a presente data, uma grande parte dos maçons brasileiros não quer entender que a principal finalidade da Maçonaria é tão somente político-social e de auto-aprimoramento espiritual, e que somos construtores sociais praticando o culto ao Grande Arquiteto do Universo, o amor à humanidade, trabalhando para que tenhamos no futuro uma sociedade humana com paz, justiça e fraternidade. Não temos como fugir a esse destino”. (Ir\ Spoladore, p. 24).
“Há necessidade de que façamos uma reformulação em nossos ideais e nossos objetivos. É preciso que encaremos, de frente, não apenas os problemas que vêm afligindo os homens de bem, como também dar um basta nas injustiças que são cometidas por aqueles que detêm o poder em suas mãos” (Ir\ José Vicente, p. 29).
“Precisamos de coragem e pertinácia nessa grande luta. A nossa omissão nos levará a rasgar a tradição de libertadores de povos infelizes, de proclamadores de independências, derrubadas de bastilhas, de subscritores da Carta dos Direitos Humanos e tantas outras ações que estão escritas na História Universal”.
Demonstremos que crescemos espiritualmente, agindo e não dormindo nas entranhas de nossos Templos, sonhando com a vida eterna e feliz que as religiões oferecem” (Ir\ Cruz e Souza, p. 33).
“É preciso, portanto, resgatar a fraternidade, esse nem sempre fácil sentimento, que para o maçom deve ser um meio e um fim. Um meio de engrandecimento espiritual e um fim a justificar a sua própria passagem pela vida.
A fraternidade, em maior ou menor grau, agoniza em quase todas as lojas, porque os maçons estão cada vez mais profanos. Se a liberdade e a igualdade já não precisam mais de nossos esforços, porque estão asseguradas e garantidas pelas constituições, pelos códigos e pelas leis, a fraternidade continuará a depender de cada um de nós. Nenhuma lei poderá, jamais, impor e assegurar a prática da fraternidade, sentimento que só pode sobreviver na mente sadia e no coração generoso do verdadeiro maçom”
Por que nos reunimos aqui? E mais precisa ser dito?
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