Mozilla defende web como única:
Internautas não deveriam ser forçados a escolher'
Usuários de internet cada vez mais se veem forçados a escolher plataformas e formatos, quando na verdade a própria web deveria ser vista como a base única que move o desenvolvimento de produtos e serviços. É o que defende Gary Kovacs, diretor-executivo da Mozilla. Durante sua palestra na quinta-feira na Cebit 2011, feira de tecnologia que acontece em Hanover, Alemanha, o executivo expôs a visão universalista da companhia, que está apoiada numa comunidade de mais de 45 mil colaboradores e no código aberto.
Com o tema “Um mundo, uma internet”, Kovacs procurou mostrar a Mozilla como uma empresa que tem uma realidade diferente das concorrentes, Microsoft e Google. “A grande diferença da nossa organização é a criação colaborativa . E claro, o grande foco é o Firefox”, disse o CEO. O navegador tem mais de 450 milhões de usuários no mundo e já está traduzido em 82 línguas, ocupando o segundo lugar como browser mais usado no mundo.
Numa referência à Microsoft, Kovacs afirmou que a internet não é movida por escolhas que recaem sobre uma única organização, não importa quão boa ela seja. “Desenvolvedores podem ajudar as empresas a aumentar o poder de escolha dos consumidores, basta ver o exemplo da Apple e do Google.”
Para o líder da Mozilla, a web deve ser vista como ponto central da experiência do usuário, pois para o internauta não importa de qual dispositivo ou navegador ele a acessa. “O principal problema é que não pode haver uma plataforma proprietária dominando a internet. É preciso pensar nos interesses econômicos por trás disso. A internet é a plataforma”, explicou.
Firefox 4 a caminho
Kovacs mencionou a proximidade do lançamento da versão 4 do Firefox, que deve ocorrer nas próximas semanas. Mas ainda não há planos da empresa de levar o navegador para o iPhone. “Temos que negociar com a Apple sobre isso”, comentou o executivo.
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