As Mentiras de Políticos
São omissões de pequenos detalhes, mudanças de opinião por simples conveniência eleitoreira ou até discursos cheios de falácias para acobertar graves fraudes e irregularidades. Em suas mais diversas proporções, a mentira - lembrada neste dia 1º de abril em quase todo o mundo - praticamente já se incorporou ao jeito de se fazer política no Brasil e ao imaginário do eleitorado quando o assunto são os seus governantes.
A cada dois anos, a prática se repete em grande escala pelo país durante as campanhas, fartas de promessas que não convencem nem mesmo os mais otimistas. Exemplo recente é o do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB), que negou falta de compromisso ao ter abandonado o cargo em 2006 para disputar o governo. Ele chamou de "papelzinho" o termo assinado no qual prometia cumprir o mandato inteiro.
Os casos atingem até os que erguem a bandeira da verdade e da moralidade, como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), flagrado na semana passada em gravações policiais pedindo dinheiro e vazando informações para Carlinhos Cachoeira, acusado de exploração ilegal de jogos em Goiás.
No passado recente, também não foram raros os ministros e secretários que recorreram a fantasiosos argumentos para tentar escapar de acusações.
Atitudes. Nos últimos anos, surgiram no país iniciativas - ainda tímidas - de entidades e grupos apartidários com o objetivo de acompanhar as ações das autoridades. As mais importantes delas estão na internet, como grupos denominados "Adote um vereador" e "Adote um deputado", existentes em vários Estados, por meio dos quais internautas se comprometem a denunciar atos falhos e cobrar o cumprimento de promessas. Outras ferramentas digitais têm sido importantes meios de controle, como o Observatório Social do Brasil, que recebe denúncias e monitora as ações e gastos de câmaras e prefeituras.
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