Abelardo Barbosa “Chacrinha”
Chacrinha foi o maior comunicador do rádio e da televisão brasileira. E do bacalhau também. É o autor de expressões que se popularizaram por todo o Brasil, como “Quem não se comunica, se trumbica!”, "Eu vim para confundir e não para explicar", bordões como Terezinhaaaaaa.... e da nossa predileta: “Vocês querem bacalhau?” E jogava o bacalhau para a platéia, ou o pepino, ou o abacaxi, não importava. Chacrinha era festa, alegria, o máximo. Seus programas eram cheios de calor humano e divertidíssimos. O povo o amava e não se esquece do Velho Guerreiro balançando a pança e comandando a massa (Gilberto Gil - Aquele Abraço).
José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, nasceu em 20 de janeiro de 1916, em Pernambuco. Trabalhou quase 50 anos, inicialmente no rádio e depois na televisão, se consagrando como o primeiro comunicador do Brasil. O palhaço do povo, como ele mesmo se definia. Seus programas de calouros e de divulgação da MPB, como a Discoteca do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e o Cassino do Chacrinha foram sucesso em todas as emissoras nas quais Chacrinha trabalhou: Tv Tupi, TV Rio, TV Bandeirantes e TV Globo. Começou na Rádio Clube de Niterói, que ficava numa chácara em Icaraí. O estilo irreverente do comunicador, que recebia seu público de cuecas e com um lenço na cabeça em uma chácara, acabou por lhe legar o apelido de Chacrinha. Estreou na TV Tupi em 1956, vestido de xerife, apresentando o Rancho Alegre, e logo depois se transferiu para a TV Rio. Por muitos anos foi patrocinado pelas Casas da Banha: daí as brincadeiras com o bacalhau e com os produtos alimentícios. A Buzina do Chacrinha foi criada por ele em 1968, na TV Globo, quando comandava os programas de calouros aos domingos. Às quartas-feiras era o dia da Discoteca do Chacrinha, programa que lançou muitos ídolos da MPB e que tinha como atração as chacretes, que se transformaram em verdadeiras musas da televisão na década de 70. Durante três décadas foi líder de audiência. Em 1987, recebeu o título de professor honoris causa da Faculdade de Cidade; neste mesmo ano, foi homenageado pela Escola de Samba Império Serrano com o tema Com a boca no mundo, quem não se comunica.... Foi casado com dona Florinda Barbosa por 41 anos e teve 3 filhos: José Amélio, Jorge Abelardo e Zé Renato. Faleceu em 30 de julho de 1988, deixando uma imensa saudade em todos que tivemos o prazer de viver sua alegria.
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