segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Artigo: Segunda-Feira Chuvosa - A/0670

SEGUNDA-FEIRA CHUVOSA
Estamos vivendo uns dias de inverno em Curitiba "como antigamente", diriam os mais antigos. Garoa fina e parecendo eterna; frio úmido; pessoas encolhidas. E quando as pessoas ficam encolhidas, o ficam por fora e por dentro. Afinal, o hábito também faz o monge. Você talvez já tenha ouvido falar na janela de Johari. Um esquema extremamente prático para mapear os complexos sistemas com que nos relacionamos. Pense um quadrado; divida-o em quatro outros quadrados iguais; escreva num deles "eu aberto", no outro "eu cego", no terceiro "eu secreto" e no último "eu desconhecido". "Eu aberto" contém aquela parte de mim que conheço e que os outros também conhecem; é transparente. "Eu cego" contém aquela parte de mim que os outros percebem e eu não. "Eu secreto" o que eu percebo de mim mas os outros não. Finalmente o "Eu desconhecido" contém o que nem eu e nem os outros percebemos de mim. É nossa caixa preta. Acredito que nestes dias de inverno em Curitiba nossos "eus desconhecidos" estão particularmente ferventes: trocamos antipatias, inconsciente e indesejadamente, porque estamos negativamente carregados pelo clima frio/úmido/escuro. Precisamos estar particularmente atentos a nossos "eus desconhecidos" nestes meses, ou nossas relações correrão sérios riscos. (Francisco Pucci)

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