domingo, 7 de novembro de 2010

Artigo: Oração e Vigilância - A/0870

Oração e Vigilância

O apóstolo Tiago indaga: “Está alguém entre vós aflito?” – “Ore!”.
E o Divino Mestre recomenda: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.

Os dedos nervosos, que ao tomarem da pena para escrever um libelo, no qual, em se defendendo acusam, indo, inadvertidamente, cometer o mesmo erro, mas, no justo momento do revide, espalma a mão sobre o papel alvo, conferindo ao tempo a oportunidade de esclarecimento, vigia, porque não revidar golpe com golpe é exercitar a experiência de vigilância.
Esta pode ser a forma que alguém adota para se compensar, diante de algumas contrariedades, tão comuns em nosso cotidiano.

Há, ainda, uma vigilância pouco exercitada e recomendada pelo Criador, que é aquela que convida o Homem a conduzir a alma de tal maneira, que se não deixe contaminar pelo veneno do mundo, mesmo quando os fortes elos das tentações se unirem em cadeia vigorosa, ameaçando despedaçar a atividade das boas intenções. Mesmo que sejamos tocados pela chama divina, existem momentos em que vacilamos, sendo isso conhecido como falta de vigilância.

Oração e Vigilância são duas coisas distintas em nossa vida. Oração é um estado de reverência, quando nos prostramos para manter um diálogo com Deus, o Criador. A oração nos faz aproximar da Divindade, desde que tenhamos essa confiança. A vigilância é o outro remo, que pode nos conduzir ao equilíbrio espiritual, livrando-nos de tantos males. Quando deixamos de vigiar, por qualquer motivo, ficamos debilitados, ao ponto de ficarmos numa condição quase de anestesiados, descuidando-nos de nossos compromissos com Deus e com o nosso semelhante.

Durante uma sessão de Escola Dominical, um pequeno debate sobre oração e vigilância, quando um participante questionava o assunto com insistência. O mestre da sala, irritou-se com o aluno, fazendo-o ficar literalmente “calado”. Infelizmente, a incompreensão pode nos levar a pequenos atritos sem necessidade. Uma palavra ao final da aula satisfez o anseio do inquieto aluno, quando toda a classe pôde discernir bem, situando-se entre os conceitos Orar e Vigiar. Mais uma importante lição naquela manhã de domingo, quando a intolerância do mestre da classe para com o aluno questionador simplesmente se transformou em falta de vigilância, não dando uma resposta à altura. Isso também – o controle de qualquer situação – está inserido no contexto de Oração e Vigilância.

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