terça-feira, 13 de março de 2012

Artigo: Professores em Greve - A/01127

Professores cruzam os braços
por Melhorias na Educação


Professores de todo o Brasil anunciam Paralisação Geral, em nome de uma Educação de Qualidade. 14, 15 e 16 de março foram os dias escolhidos para o manifesto da honrosa classe de educadores. Sob o slogan “O Piso é Lei, a Greve é Legal”, eles estão reivindicando reconhecimento profissional, com salários justos e a volta de atividades de planejamento o que não acontece em muitos estados da Federação.

A Paralisação é nacional, mas cada estado tem a sua característica própria, cujas reivindicações podem ser diferenciadas de região para região. A queixa em Mato Grosso do Sul é sobre a falta de apoio básico no encaminhamento geral do processo educacional, tais como melhorias salariais, a aplicação de 1/3 da jornada dos educadores para as atividades extracurriculares e outras vantagens que possam valorizar o Magistério como um todo.

Os Educadores enfatizam: “Essa luta é nossa, essa luta é de todos” e informam: “Para a Educação Melhorar, vamos parar.” Educação de Qualidade é a Temática Geral para os Grevistas, que exigem que os Governantes em todos os níveis cumpram a Lei, apoiando os Professores, para que tenham uma vida digna com uma aposentadoria mais justa quando chegarem no fim da carreira, após terem dedicado toda uma vida, ensinando as crianças e adolescentes a se tornarem verdadeiros cidadãos.

É justa a reivindicação dos mestres, visto que a Educação de Qualidade é tudo para todas as pessoas e todas as idades. O que deve ser considerado, no entanto, é que as reivindicações não sejam apenas no âmbito do salário. A questão financeira é, sem dúvida, muito importante para todo profissional especializado. Muito mais para o professor, que se desgasta em sala de aula, transmitindo conhecimento e modificando comportamentos humanos. Neste aspecto, a Educação precisa, com urgência, merecer a atenção de quem governa.

Fala-se muito em Plano Nacional de Educação e em Piso Salarial. Na verdade, os Gestores Educacionais e os Mestres de Educação precisam urgentemente elaborar um Plano Eficaz, com regras práticas, que possam dar um rumo à Educação em todo o País, considerando as diferenças regionais, e ainda criando um mecanismo de contrapartida entre Educadores e Estado. Os professores, com raras exceções, necessitam de reciclagem. Para transmitir conhecimento, os professores precisam também adquirir mais conhecimento. A Educação no Brasil é de má qualidade, porque os Educadores não buscam a evolução. Então, no bojo de negociações entre Governo e Magistério, deveriam constar regras claras sobre Jornadas de Estudo para os Mestres, com avaliação constante e a concessão de Incentivos de acordo com a evolução profissional do professor. As vantagens oferecidas num determinado período poderiam também ser retiradas, caso o Educador não cumpra as metas preestabelecidas.

Quando isso ocorrer em nosso País, as greves não terão mais sentido e haverá mais paz nas salas de aula, com um aprendizado bem mais satisfatório. Justa Remuneração, Material Didático Adequado e Valorização Profissional. Tudo isso é muito bom e faz a Diferença para a Educação. Mas é preciso que haja mais Consciência e Responsabilidade na Formação do Caráter do Estudante Brasileiro. Antes de Proporcionar à Nação uma Educação de Qualidade, os Mestres também precisam de treinamento para a Missão de Ensinar. Precisam ler mais, assinar jornais e revistas, enfim, a busca da informação deve ser constante na vida de qualquer profissional; no caso do Educador, a necessidade da busca de conhecimento é ainda maior. Tem professor que só aprendeu dar aula e fora da sala de aula, passaria fome porque não evoluiu e continua reclamando. Não basta apenas dinheiro, melhores salários. Outros Valores têm de ser agregados no contexto de Educação de Qualidade.

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