para a tristeza do
Homem
No caso do místico, que tem um melhor preparo
para enfrentar as intempéries, entenderá com mais facilidade que a tristeza não
prolongará por muito tempo, tornando-o incapaz e com desespero irreversível.
Ele sabe, acima de tudo que, não obstante a dor e o choque do momento, o
Universo é regido por uma Lei Sábia e Boa, e que, se agora não é possível
entender as aparentes crueldades da vida, sob uma perspectiva mais ampla tudo
se ajusta e só o Bem há de triunfar.
O Espiritualista sabe também que a separação
física não significa a interrupção de contato com a pessoa saudosa, o que pode
ser realizado, elevando-se até ela em silêncio e meditação, cuja comunhão
silenciosa faz chegar às esferas espirituais pelas vibrações, através das quais
aquele que tenha passado pela transição é contatado, produzindo nisso uma
alegria indizível pelo conforto da presença metafísica.
É bom que seja esclarecido, mais uma vez, que
a morte não existe para o Homem-Espírito, e assim, quem “morreu” vive doravante
nas mansões cósmicas, ou câmaras espirituais, sempre em bem-aventurança, e se
prepara para o seu próximo retorno (se for o caso) à Terra, para continuar a
sua missão.
Naturalmente, quanto maior o grau evolutivo
do Espiritualista, mais consolo terá diante de um quadro considerado desolador
aos olhos dos “descrentes”.
É importante que a nossa palavra num momento
desse seja confortante, evitando a famosa expressão de que “a morte é só
aparente”. As pessoas naturais não entenderão a mensagem de forma direta, por
se encontrar enlutada. Ainda que seja verdade, é preciso respeitar o luto
natural das pessoas, e apoiá-las
silenciosamente, irradiando em favor delas as melhores vibrações
cósmicas.
É preciso que estejamos revestidos de coragem
e muita fé num momento de transição, quando nosso ente querido se despede deste
mundo. O propósito exato das provas que nos acometem poderá nos ser revelado em
algum momento de meditação e de comunhão cósmica. É preciso permitir que a tristeza
se desfaça em benefício de quem fica para continuar vivendo; se possível,
deve-se participar de algumas sessões de terapia para amenizar a dor da
separação.
No caso específico quem vive na Luz Perene,
fazendo parte da Senda Mística da Vida, este terá muito mais recurso para
superar o infortúnio, valendo-se de processos metafísicos num Altar para ele
preparado para a adoração do Altíssimo. É justamente neste momento que ele
precisa aplicar mais intensamente o que aprendeu sobre a vida, e muito mais
sobre a importância da Vida Eterna.
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