terça-feira, 29 de outubro de 2013

Artigo: A morte física do homem - A/01361

A morte física é motivo
para a tristeza do Homem

Jamais podemos perder a esperança diante do Infortúnio da Morte Física. O Homem Espiritual não está isento das dores do mundo, e como tal, necessita estar revestido quando a morte física chegar para um ente querido, a quem ele tanto ama.
 
Não há dúvida que a tristeza e a dor num momento deste são reações muito naturais, principalmente quando a perda não se dá por vias normais, como o envelhecimento e falência dos órgãos pela idade, mas por um evento inesperado, como um acidente ou crime abrupto.

No caso do místico, que tem um melhor preparo para enfrentar as intempéries, entenderá com mais facilidade que a tristeza não prolongará por muito tempo, tornando-o incapaz e com desespero irreversível. Ele sabe, acima de tudo que, não obstante a dor e o choque do momento, o Universo é regido por uma Lei Sábia e Boa, e que, se agora não é possível entender as aparentes crueldades da vida, sob uma perspectiva mais ampla tudo se ajusta e só o Bem há de triunfar.
O Espiritualista sabe também que a separação física não significa a interrupção de contato com a pessoa saudosa, o que pode ser realizado, elevando-se até ela em silêncio e meditação, cuja comunhão silenciosa faz chegar às esferas espirituais pelas vibrações, através das quais aquele que tenha passado pela transição é contatado, produzindo nisso uma alegria indizível pelo conforto da presença metafísica.

É bom que seja esclarecido, mais uma vez, que a morte não existe para o Homem-Espírito, e assim, quem “morreu” vive doravante nas mansões cósmicas, ou câmaras espirituais, sempre em bem-aventurança, e se prepara para o seu próximo retorno (se for o caso) à Terra, para continuar a sua missão.
Naturalmente, quanto maior o grau evolutivo do Espiritualista, mais consolo terá diante de um quadro considerado desolador aos olhos dos “descrentes”.

É importante que a nossa palavra num momento desse seja confortante, evitando a famosa expressão de que “a morte é só aparente”. As pessoas naturais não entenderão a mensagem de forma direta, por se encontrar enlutada. Ainda que seja verdade, é preciso respeitar o luto natural das pessoas, e apoiá-las  silenciosamente, irradiando em favor delas as melhores vibrações cósmicas.
É preciso que estejamos revestidos de coragem e muita fé num momento de transição, quando nosso ente querido se despede deste mundo. O propósito exato das provas que nos acometem poderá nos ser revelado em algum momento de meditação e de comunhão cósmica. É preciso permitir que a tristeza se desfaça em benefício de quem fica para continuar vivendo; se possível, deve-se participar de algumas sessões de terapia para amenizar a dor da separação.

No caso específico quem vive na Luz Perene, fazendo parte da Senda Mística da Vida, este terá muito mais recurso para superar o infortúnio, valendo-se de processos metafísicos num Altar para ele preparado para a adoração do Altíssimo. É justamente neste momento que ele precisa aplicar mais intensamente o que aprendeu sobre a vida, e muito mais sobre a importância da Vida Eterna.

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