É preciso ter esperança, é preciso sonhar com uma Pátria,
que está muito além daqui. Todos viveremos em perfeita paz
e longe das tribulações. O Mestre Maior esteve entre
nós e prometeu preparar um lugar para os que obedecem
a Vontade do Pai.
A razão principal que leva milhões de pessoas em todo o mundo a fomentar uma busca espiritual, é sobremodo o desejo de morar numa Pátria que está muito além, denominada por todos os espiritualistas e crentes como a Pátria Celestial. Acredita-se, pelos olhos da fé, que é nessa Pátria, onde está o Grande Trono Branco, morada de Deus e dos Seres Espirituais. Motivado por este mesmo desejo, Abraão, quando foi chamado para ir para um lugar que devia receber por herança, obedeceu e saiu, sem saber para onde ia, mas ele esperava a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus.
Antes que Deus pudesse usá-lo, Abraão deveria ser separado de suas associações anteriores, para que não viesse a ser controlado por influências humanas ou recorresse à ajuda humana. Quando passou a manter conexão com Deus, este homem devia habitar entre estranhos e possuir um caráter peculiar, diferente de todo o mundo. Ele não poderia explicar o seu curso de ação, de modo a ser compreendido por seus amigos, pois eram idólatras. As coisas espirituais devem ser discernidas espiritualmente, e por isso seus motivos e ações foram além da compreensão de seus parentes e amigos.
É exatamente dessa fé e confiança de Abraão que os mensageiros de Deus precisam ainda hoje. Mas muitos a quem o Criador poderia usar não se movem para a frente, ouvindo e obedecendo unicamente a uma Voz acima de todas as outras. A ligação com parentes e amigos, os antigos hábitos e associações, muitas vezes têm influência tão grande sobre os homens de Deus que Ele pode dar-lhes apenas pouca instrução, e pouco conhecimento de Seus propósitos. Em muitos casos, depois de um tempo, Ele os põe de lado e chama outros para ocupar seu lugar, a quem prova e testa de igual maneira. Deus poderá fazer muito mais por Seus filhos se estes forem totalmente consagrados a Ele, estimando Seu serviço acima dos laços de parentesco e todas as demais associações terrenas.
Quando Abraão enterrou a esposa Sara, ele não possuía mais que um pedaço de terra para depositar os seus mortos. Teve que comprá-lo. Mas quando o seu Deus apresentou diante dele a visão da vida imortal, da terra purificada que seria seu lar, ele ficou satisfeito. Assim deve ser com cada um de nós. Somos apenas peregrinos e forasteiros neste mundo de tantas desigualdades e injustiças. Estamos em demanda da Pátria Celestial, a mesma que Abraão procurava, cujo Grande Arquiteto e construtor é Deus, o Pai da Eternidade.
Todas as glórias dos reinos do mundo jamais podem ser comparadas com as glórias celestiais, cujo resplendor é indescritível. O pregoeiro da paz, Oswald Schimidt, responsável por um Ministério de Poder na cidade de Toronto, disse num folheto intitulado “Um País chamado Céu”, que as belezas da Pátria Celestial são incomensuráveis, onde todos as criaturas viverão isentas de todas as mazelas do sistema de coisas. Ninguém sofrerá mais nenhuma ação da morte e a paz reinará por todos os séculos. As grandes revelações acontecerão ali a quem perseverar na Fé que uma vez foi entregue aos santos.
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