sábado, 30 de novembro de 2013

Artigo: A Plena Confiança em Deus - A/01371

A Plena Confiança em Deus

Ter intimidade com Deus seria a melhor opção para todos nós, pobres criaturas humanas. Se o homem comum pudesse debruçar sobra os grandes mistérios que envolvem toda a Criação, certamente perscrutaria a Fabulosa Obra Divina e seria, assim, um devotado Crente em busca da Iluminação, que poucos têm alcançado em todo o mundo.
Se pudéssemos, todos nós, seguir o conselho da Sabedoria de Deus, encontraríamos a regeneração, não depois desta vida, mas de imediato. Quem quiser, e puder, explorar a profundeza das revelações divinas, com todas as suas manifestações, vai encontrar muito fácil a glória de Deus e o bem da humanidade, a partir de um encontro consigo mesmo. Em primeiro lugar, é preciso aprimorar a prática da resignação, submetendo-se à completa Vontade do Criador, na constante busca da Pátria Eterna.

O filósofo Aristóteles afirmava que “o desejo de saber é inato no homem.”  Esse desejo manifesta-se muito cedo na criança, pela curiosidade natural nas perguntas que costuma fazer em plena inocência. Esse desejo de saber é o princípio das ciências, cujo fim não está em oferecer ao homem os meios de agir sobre a natureza, mas em satisfazer sua natural curiosidade.

O homem que é de Deus, tem conhecimento de Deus, o Pai Único e Criador de todas as coisas. Quando o homem eleva seu espírito à Divindade, o Espírito Santo penetra e opera nele de maneira muito especial, transformando-o numa Criatura de Visão Ampla e muito mais Espiritual. No entanto, se ele deixar seu espírito descer a este mundo, entregando-o ao império do mal, as hostes da maldade o dominarão por completo, neutralizando toda a sua força. Isso ocorre porque o homem é feito de todos os poderes de Deus, extraídos de seus sete-espíritos, como os anjos. Porém, como é construído com matéria corruptível, nem sempre o poder divino se manifesta em todos os seus aspectos e se desenvolve operando nele. Isso é também mistério no mundo da Espiritualidade.

Quando nós depositarmos plena confiança em Deus e no seu Poder Maravilhoso, teremos o bastante para esta vida e para a seguinte, como foi dito ao apóstolo dos gentios: “a Graça de basta!” E. Armond disse: “tudo tem sido revelado, gradativamente e em partes, pelo Mestre Divino, ou pelos missionários que têm sido enviados, de tempos em tempos, ao nosso Orbe, para auxiliar no seu esforço coletivo.”

Sobre a intimidade da Criatura com o Criador, vale lembrar o que disse William Blake, antecipando-se  a Nietzsche e Jung, confirmando que o homem pode atingir uma dimensão gigantesca quando conseguir integrar o céu no inferno, ou seja, seu céu em seu inferno, visto que todos nós temos o céu e o inferno em nosso interior. Aqui vale aplicar a célebre frase de Sócrates: “homem, conhece-te a ti mesmo.”

Validivar, em sua estreita relação com Deus, disse aos seus contemporâneos: “o mistério do Absoluto homem algum o conhece, e jamais o conhecerá, mas a Iluminação chega àqueles que procuram conhecê-lO. É neste ponto que a porta do conhecimento necessita ser aberta, é quando o homem começa a perscrutar no Caminho que conduz à Felicidade Eterna.  Mas, sobretudo, é importante lembrarmos que o verdadeiro céu está onde o Buscador Sincero se encontre. O céu superior, todavia, compreende dois reinos de anjos que não decaíram; este mesmo céu é habitado tal como foi em toda a Eternidade, mesmo antes da criação dos anjos.
É verdade incontestável , que existe um céu puro e magnífico em todas as três criações acima do espaço deste mundo, onde o Ser Supremo e os Anjos se elevam em pureza, na glória e na alegria. Aquele que negar ao Criador não terá nascido de Deus, e não poderá tomar parte de seu Reino.

O Espírito Trino da Divindade está em uma única essência, que é a eterna compreensão, a origem de todas as coisas, e ainda é o Eterno Oculto, exatamente como a compreensão que não está confinada no tempo e no espaço, mas tem sua sede no homem, a perfeita Criação de Deus. É com este Ser Criador, Pai de Misericórdia e de Bondade que a Criatura necessita estar ligada, mantendo com Ele a Intimidade que todo Filho tem com o próprio Pai. Estabelecida esta confiança mútua, tudo se resolve e nada ficará no obscurantismo. (JLA)


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