A Catedral
Após a peregrinação por becos e ruelas,
na avenida, o marco da fé me espera;
meio-dia em ponto, o sol castiga e dói:
o som do sino vai longe, doce primavera.
Na arquitetura de um ateu confesso, a fé!
Fulgurante Catedral, os fiéis a meditar;
alguns penitentes de joelhos, com fervor:
pedintes ao derredor suplicam sem parar.
Traços perfeitos, com anjos representados,
lembrando Divindades de nossos ancestrais;
o Buscador no silêncio, exclama sem pressa:
"Deus de meu coração, vem a nós muito mais!"
Murmúrios de toda espécie, vozes ecoando
no interior do Sagrado Templo, imensa Luz!
velhos, moços e crianças em passos vagarosos
clamam por misericórdia, que só vem de Jesus.
Oh, bela Catedral da Fé, Casa de Peregrinos!
Templo de todos os Povos, erigido com amor...
no peito, a viva esperança, que nunca morre!
No coração do Planalto, muita graça e favor!
Poema inspirado na beleza arquitetônica da Catedral de Brasília,
ao meio-dia de 15 de setembro de 2011.
15.09.2011 - Jairo de Lima Alves
Um comentário:
Belo poema, caro irmão e poeta Jairo. Evoca a figura da catedral, plantada por um ateu e que, em seu interior recebe pessoas de todas as raças, e representa um marco forte da espiritualidade nacional.
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