Ele possui a aparência de um Mestre
É normal, a cada dia, nas ruas de Mundo Novo, nos depararmos com a presença de um Homem de meia idade, de voz mansa, muito simpático e educado. Fala muito de evolução, e se preocupa em tecer elogios a todas as crenças e pessoas, limitando-se apenas a dizer que é um Irmão. Tem os cabelos ligeiramente crescidos e barba por fazer. Carrega seus pertences numa pequena bolsa, levando uma Bíblia na bagagem, e quando pode, abre-a para leitura devocional. Nunca se coloca como o Mestre, embora seja parecido com um dos muitos mestres, pelas atitudes e jeito muito tranqüilo de expor suas idéias. Mora na casa de um amigo na cidade de Mundo Novo.Romildo Alves da Silva, 47, de origem humilde, migrou-se do Paraná e seus pais residem em Japorã. Diz ter estado num cativeiro por mais de três anos, conseqüência de erro praticado contra alguém que lhe teria feito um mal. Arrependido, informa que hoje jamais faria tal coisa, porque ainda em tempo, conheceu a verdade que liberta. Foi casado e hoje vive sozinho, mas admite que “o Pai está preparando para mim uma nova companheira, pois o homem não deve viver só.”Questionado sobre suas crenças pessoais, o nosso “mestre” diz que é reencarnacionista, pois ele é fruto desta fé, embora freqüente missas católicas. Cita ele passagens bíblicas, detendo-se no primeiro capítulo do Evangelho de João: “O Verbo se fez carne...” Faz algumas comparações no campo religioso, comentando positivamente as muitas formas de adoração nas igrejas e templos, chamando a todos de Irmãos. Lembra ainda que o Mestre Jesus, em seu Ministério, freqüentava as sinagogas judaicas, e certamente, não faria acepção de nenhum grupo religioso em nossos dias.Mais adiante, após ter demonstrado uma peculiar sabedoria, informa que conviveu em Maringá com um grupo de Templários, com quem aprendeu lições preciosas. Referia-se à Fraternidade dos Rosacruzes, que tem as características descritas por ele.Romildo fala de suas experiências como Homem, seus contatos diários na comunidade e a maneira como é tratado pelas pessoas. Com seu jeito muito especial de se vestir, usando as tradicionais túnicas, que eram usadas nos tempos primitivos, ele confessa que atrai a atenção de muita gente por onde anda, mas algumas vezes tem que enfrentar as chacotas, o que acha muito natural. “As pessoas têm o direito de viver na ignorância, mas aos poucos estão evoluindo.”, conclui o mestre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário