quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Crônica: Adeus, “seo” Cícero!

"Seo" Cícero com a esposa Sebastiana e os filhos Toninho, Douglas e Aparecido

Sempre era visto nas ruas de Mundo Novo, transitando com a sua bicicleta e sorrindo para todas as pessoas. Sempre disposto e com muita vontade de viver, estava com 84 anos, dos quais mais de 60 anos ao lado da esposa Sebastiana, que ainda não assimilou muito bem a despedida do querido companheiro.

O Homem de Ouricuri, no sertão pernambucano, era um dos 14 irmãos, com certeza um dos milhares de retirantes nordestinos, que no Sul do País, veio buscar a felicidade, tão desejada por todos. Pai do prefeito Antônio Cavalcante, “seo” Cícero deixa netos e bisnetos, além da querida esposa, para entrar na Vida Eterna. Há alguns dias, o outro filho, Cido, teve uma visão. O vô Miguel, falecido em 1981, esteve com ele em sonho, e mostrava a vida do outro lado. Entendeu, então, que os dias do querido genitor chegavam ao fim.

De repente, eis que nele se manifesta o infarto. Hospitalizado, ainda havia esperança de vida. Ele mesmo, falava com o médico que queria voltar prá casa, pois a caravana que organizou para a Cidade de Aparecida, o esperava para os últimos preparativos. Com as palavras de homem simples, mas de muita inteligência, expressava toda a alegria em poder realizar a viagem com os romeiros, além de outro antigo sonho que alimentava, e que seria realizado em janeiro: visitar a sua terra natal, para matar a saudade de parentes e de velhos amigos. Não foi possível, mas cumpriu a sua missão, realizando tanta coisa boa que o Criador lhe concedeu, durante a feliz peregrinação neste mundo. Fechou os olhos às 13h do dia 17 de novembro de 2010, tendo sido sepultado no dia seguinte no jazigo da família, em Mundo Novo, onde também dorme o seu pai, Miguel Cavalcante.

Agora, Cícero Cavalcante descansa em paz, e noutros estágios, irá completar a sua obra e tantos outros desejos que almejava. Ao toque da última trombeta, ei-lo, juntamente com milhares de todas as gerações, que acreditavam em Deus, tendo no coração a Grande Esperança da Eternidade com os Seres Espirituais. Até breve, “seo” Cícero!

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