sábado, 5 de maio de 2012

Mundo Sertanejo: Tinoco

Tinoco, o Caipira


José Perez, o "Tinoco" (nascido em uma fazenda de Botucatu - SP, que hoje pertence ao município de Pratânia, em 19 de novembro de 1920 – 4 de maio de 2012). Os rapazes João e José trabalhavam o ano inteiro para fazer bonito nos bailes, junto às caboclinhas", conta Tinoco. "Nós lá de calça comprida, camisa xadrez e as botas penduradas nas costas para não estragar o solado. As meninas com seus vestidos de chita dançavam de pés descalços e com uma flor no cabelo cheirando a gostosa." A esperança dos moços e das moças era arrumar um namoro. Foi num desses bailes que Tonico conheceu e apaixonou-se por Zula, filha do administrador da fazenda, Antônio Vani. O pai proibiu o namoro e magoado, Tonico compôs a letra Cabocla. Naqueles anos 30 só existiam 65 emissoras de rádio e 30 mil aparelhos receptores em todo o país, para uma população de 35 milhões de pessoas. Cantavam as modas de viola de Jorginho do Sertão, um autor imaginário, que utilizavam para assinar suas canções, que falavam da crise no país com as revoluções de 1930 e 1932. Após uma vida de muito sucesso, Tinoco se despede dos amigos, tendo sido velado no Cemitério da Quarta Parada e o corpo foi enterrado no Cemitério da Vila Alpina, onde está enterrada sua  mulher Nadir, que faleceu em setembro de 2010. “Ele foi se definhando quando ela morreu. Nunca retornou ao normal, perdeu o chão. Ela veio buscá-lo. O aniversário dela foi ontem, fico até arrepiado.”, um fã lamentou.

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