As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser
mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não compartilho da lenda de
que no final dos anos 60 e no início dos 70 (inclusive eu) fomos o braço armado
de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da
anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das
organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário,
ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não
existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como
instrumento da resistência democrática.
(Daniel Aarão Reis Filho, ex-guerrilheiro do MR8 - O
Globo, 23.09.2001)
Guerrilheiros da “Liberdade” - O ato de “reescrever a
história” não é um fato novo na biografia da humanidade e muito menos
privilégio dos brasileiros. Quantas vezes foi usado para melhorar a auto-estima
de um povo em relação às suas conquistas e glórias maximizando-as e dando-lhes
um colorido simpático e atraente. Infelizmente, quando certos ParTidos com
tendências totalitárias estendem seus tentáculos pelos tortuosos meandros do
poder há um propósito claro de reescrever a história omitindo aquilo que não
lhes é conveniente e usando de ardis de toda a ordem para mascarar desvios de
conduta e atrocidades ou transformar antônimos em sinônimos –
totalitarismo em democracia.
O chavão “nunca antes na história deste país” empregado
com frequência por alguns alienados encastelados no poder da República reflete
apenas sua tentativa de menosprezar o passado. Ao negar as conquistas
realizadas pelos seus antecessores, apoderando-se de programas iniciados em
outros governos, olvidam o trabalho incansável das gerações que os antecederam.
Seria menosprezar o trabalho de nossos pais e avós, desconsiderar as belas
páginas da história gravadas “Ad æternum” pelos nossos heróis. Acreditamos que
as imagens tenham mais força que as palavras em um país onde se cultua a
ignorância e se faz proselitismo da alienação, por isso, disponibilizo os dois
“links” abaixo para aqueles que querem conhecer a real história do seu país.
(Hiram Reis e Silva, 31 de março de 2013)
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